sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Gaguim diz que agora é ele quem quer convenção e avisa o governador cassado: "Não tenho medo de ninguém"


O governador Carlos Henrique Gaguim (PMDB) afirmou que agora é ele quem quer que os partidos possam fazer convenção e indicar candidatos na eleição indireta, que espera que ocorra até o dia 10 de outubro. Gaguim afirmou ao CT, por telefone, de Brasília, que disse isso ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Brito, na noite dessa quinta-feira, 24, e também pediu que a votação seja aberta e nominal. "Agora mudou, eu quero que o TRE [Tribunal Regional Eleitoral] regulamente essa eleição, quero que os partidos indiquem candidatos e quero votação aberta, porque não tenho medo de ninguém", avisou o governador.

Gaguim foi muito o claro sobre os interesses que jogaram dúvidas sobre o processo eleitoral e o atrasaram. "O ex-governador [Marcelo Miranda], seu pai [o ex-secretário estadual de Infraestrutura Brito Miranda], o Eudoro [Pedrosa, ex-secretário estadual e Indústria e Comércio] e o Derval [de Paiva, ex-vice-prefeito de Palmas] ficaram aqui em Brasília tentando nos atrapalhar. Acho que o ex-governador poderia nos ajudar a pagar as dívidas ao invés ficar atrapalhando nossa administração", afirmou o governador.

Segundo informações de bastidores, Marcelo, Eudoro e Derval, principalmente, ficaram esses últimos dias em Brasília tentando apoio, com o objetivo de tentar destituir o deputado federal Osvaldo Reis do cargo de presidente regional do PMDB, como primeiro passo para impedir a eleição de Gaguim. Para isso, estiveram até com o presidente da Câmara Federal, Michel Temer (SP), e com a presidente do PMDB Nacional, deputada Íris de Araújo (GO).

"Não tenho medo deles e quero enfrentá-los na convenção, e vou vencer. Se o ex-governador quer lançar candidato, que lance, não tenho medo de ninguém", afirmou o governador. "Eles precisam ajudar o Tocantins e não ficar atrapalhando. Conclamo que eles deixem que eu possa vir a Brasília buscar recursos para as contrapartidas dos convênios, como um de R$ 200 milhões para Palmas. Porque nem dinheiro para a contrapartida dos convênios nós temos. Parem de atrapalhar o Tocantins, que não pode mais esperar, não pode ser mais prejudicado."

Gaguim afirmou que esteve com os sete ministros do TSE, que concluiu que a Assembleia tem realmente autonomia para realizar a eleição indireta como tinha sido definido pela lei aprovada logo após a destituição do governador cassado Marcelo Miranda. O presidente do TRE, desembargador Moura Filho, também foi a Brasília para se reunir com o presidente do TSE, Carlos Ayres Brito, para quem o órgão do Tocantins agiu com correção ao concluir, com voto minerva de Moura Filho, que a Assembleia tem autonomia sobre a regulamentação da eleição indireta.

O governador disse que visitará Moura Filho nessa sexta-feira, 25, e voltará a pedir ao TRE que regulamente a eleição indireta, incluindo convenção partidária e votação aberta.

Além do governador Carlos Henrique Gaguim, participaram da reunião com o presidente do TSE, o procurador-geral eleitoral Roberto Gurgel, os ministros Félix Fischer e Fernando Gonçalves e o presidente do TRE do Tocantins. Logo após a audiência, Gaguim participou, a convite de Ayres Brito, da sessão solene do TSE em homenagem póstuma ao ex-ministro da Corte José Guilherme Villela.

Projeto:

O Projeto de Lei 57/2009, que dispõe sobre a realização de eleições indiretas para governador e vice-governador, foi aprovado pela Assembléia Legislativa no dia 10 deste mês com 18 votos favoráveis e apenas uma abstenção. No dia seguinte, o TRE-TO aprovou, sem ressalvas, as regras para a realização do processo pela Assembleia.

O projeto é de autoria do Executivo e propõe que os deputados indiquem e votem nos candidatos aos cargos de governador e vice-governador do Estado e tem como base as constituições estadual e federal, o relatório do Recurso Contra a Expedição de Diploma (RCED) do ex-governador Marcelo Miranda e de seu ex-vice, Paulo Sidnei, que traz no acórdão, elaborado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a decisão de eleição indireta para escolher os novos representantes do poder Executivo. (Com informações da Secom)

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

“ Lula é o político mais popular do planeta, diz a Newsweek”


Reportagem do site da revista Newsweek chama o Presidente Lula, de "o político mais popular do planeta" e diz que Lula é a estrela da Assembleia Geral da ONU, que ocorre em Nova York. A tradução é de Marco Bahé, do site Contas Abertas. Confira:

Ele cresceu tão pobre que só veio descobrir o que era pão quando tinha 7 anos. Essa era a idade de Lula quando ele subiu num pau-de-arara com sua família de agricultores pés-descalços e todos os seus bens para uma viagem de 1.900 milhas do nordeste do país para uma vida nas favelas de São Paulo. Ele abandonou a escola na quinta série, lustrou sapatos na rua, e, aos 14, foi trabalhar em uma fábrica de auto-peças, até perder um dedo em um torno durante o turno da noite. Eventualmente, ele subiu na vida ao se tornar um líder sindical respeitado internacionalmente. Uma junta militar governava o Brasil na época e as greves eram ilegais, mas ele desafiou os generais e os patrões e praticamente coloco de joelhos a potência industrial do continente em nome dos metalúrgicos.

Lula está em Nova York, esta semana, para abrir a 64ª sessão da Assembleia Geral da ONU. As câmeras podem concentrar-se na personificação cool americana Barack Obama ou em autocratas flamboyant de peito estufado como Mahmoud Ahmadinejad, do Irã, e Hugo Chávez, e da Venezuela, mas a maior estrela presente será o barbudo operador de torno: o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Após quase sete anos tumultuados de mandato, o homem a quem todos chamam de Lula continua a se beneficiar de uma taxa de aprovação acima de 70 por cento. Isso seria um feito notável em qualquer lugar, até mesmo em um continente onde os presidentes são uma mercadoria descartável. “Aquele ali é o cara”, saudou-o Obama na Cúpula das Américas deste ano. “O político mais popular na terra.”

Como da Silva ganhou tal aclamação diz muito sobre como a riqueza e o poder estão mudando nesta era de recessão. Com sua liderança, o Brasil tem resistido à crise melhor do que quase qualquer outra nação: nenhum único banco foi abaixo, a inflação está baixa e a economia está crescendo novamente. “As pessoas duvidavam quando eu disse que seria o último a cair em recessão e o primeiro a sair”, disse Lula a Newsweek, em uma entrevista exclusiva. “Mas espere para ver, em dezembro. Nós vamos criar um milhão de empregos este ano”. Isso não é tão bom quanto possa parecer: um milhão de empregos seria apenas o necessário para substituir os postos de trabalho que seu país perdeu desde outubro de 2008. Mas o Brasil parece muito melhor em comparação com a maioria dos lugares, está ultrapassando a Rússia e se juntando à Índia e à China, as outras grandes potências emergentes denominadas de BRIC – para liderar o caminho de volta ao crescimento econômico global. Longe estão os dias em que, como economista-chefe do Goldman Sachs, Jim O’Neill, brincando, lembrava: “as pessoas me disseram para eu colocar o B em BRIC só para fazer a sigla soar melhor.”

O “cara” do momento no Brasil diz que não poderia dar o fígado pelas pesquisas de opinião. “Se você tem políticas com falhas e tentar vendê-las com publicidade falsa, suas avaliações não vão durar”, diz ele. Mas a questão agora é saber se ele pode continuar a apostar na transformação da força de sua própria estrela em ganhos para o Brasil e, mais especificamente, se ele está prestes a jogar fora muito do que ele realizou como presidente. Ele tem apenas 15 meses de mandato e sua preferida na sucessão, a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, possui um nome pouco conhecido nacionalmente e nem um pouco do charme de seu chefe. Apesar da imensa popularidade de Lula, pesquisas recentes dizem que ela ocupa um distante segundo lugar e perdendo terreno para o candidato da oposição, o governador de São Paulo, José Serra. “A aura de Lula não é transferível”, observa Donna Hrinak, ex-embaixadora dos EUA para o Brasil. Para compensar, o ex-operário começou a fazer apenas o que seus críticos mais temiam quando ele tomou posse em 2003: apertar o controle governamental da economia, olhando para o outro lado quando aliados fundamentais são pegos com as mãos no dinheiro público.

Em nome de ajudar os pobres e os trabalhadores de classes mais baixas, mas com um olhar atento à eleição do próximo ano, Lula tem reiteradamente ‘bombado’ o salário mínimo (aumento de 67% desde 2003, quase 40% acima da inflação) e está impulsionando pagamento de benefícios sociais, um movimento que só pode acrescentar problemas à administração seguinte. “Temos que dar um pouco mais para aqueles que ganham menos”, diz Lula. No entanto, esse é o tipo de conversa populista que dá muitos calafrios. “O risco é o legado de despesas fixas e compromissos orçamentais que Lula vai deixar para o futuro”, adverte o ex-ministro Mailson da Nóbrega. A folha de pagamento pública está crescendo em mais de 10 vezes a taxa de investimento público em estradas, pontes e portos. Enquanto isso, Lula não tem feito nada para aliviar a carga tributária total do país, a mais elevada nos mercados emergentes em 36% do PIB. E quando o senador e ex-presidente José Sarney, que controla um bloco significativo de votos no aliado Partido do Movimento Democrático Brasileiro, viu-se sob o fogo por distribuir empregos para amigos e parentes, Lula correu em sua defesa, dizendo que Sarney “não poderia ser tratado como uma pessoa comum”, uma estranha escolha de palavras, vindo de um homem do povo.

Ainda assim, se há uma verdade constante sobre Lula, é que as coisas estão sujeitas a alterações. “Eu sou uma metamorfose ambulante”, ele gosta de dizer, citando o cantor cult brasileiro dos anos 1970 Raul Seixas. Na superfície, ele não tem mais do que uma leve semelhança com o sindicalista rude de 30 anos atrás, ou mesmo com o político se tornou nos anos 80 e 90, pregando para os pobres e esquecidos até que sua voz se tornou rouca. Os cachos negros agora são grisalhos e a barba desgrenhada é muito bem aparada. Em lugar de seu velho uniforme surrado e a calça jeans boca-sino, veste-se em belos ternos sob medida. Sua rispidez tem diminuído ao longo da vida, e longas horas de prática têm refinado sua gramática e vocabulário. O homem que assumiu o cargo dizendo que iria melhorar a sorte dos pobres brasileiros agora está convencido da missão do Brasil em transformar o mundo. “O Brasil é um país com sólidas instituições democráticas”, diz ele. “Nós mostramos às nações algumas lições sobre como enfrentar a crise econômica.”

De forma mais profunda, Lula é o mesmo de sempre. Ele ainda fala do mesmo jeito que eletrizou seus companheiros metalúrgicos. E, apesar de todas as suas maneiras polidas e roupas finas, nada irrita mais Lula do que ficar preso em seu escritório. “Ele fica nervoso quando passa muito tempo em sua mesa”, diz o chefe de gabinete, Gilberto Carvalho. “Ele diz: ‘Eu preciso sair e viajar e conhecer pessoas’. O presidente não gosta de protocolo rígido, gosta de sair do script, e (para o desespero de seus seguranças) adora ir ao encontro da multidão. No entanto, para seu crédito, ele tem resistido bravamente à pressão de seus seguidores para emendar a Constituição e buscar um terceiro mandato. E alerta para a condição falsa de celebridade. “Popularidade é como a pressão arterial”, diz ele. “Às vezes é alta e às vezes é baixa. O que você precisa é mantê-la sob controle.”

Essa é uma habilidade que ele adquiriu da maneira mais difícil. Começando em 1989, ele concorreu à presidência por três vezes, subindo nas pesquisas cedo só para bater de cara no muro no dia da votação. Até o final dos anos 90, ele estava à beira de abandonar a política. Em vez disso, Lula fez algo mais ousado: refez-se a si mesmo. Parou seu bradar arengas, vestiu um terno, e contratou um treinador de fala e um assistente de marketing. Mais importante, ele temperou a sua política de esquerda. O ponto de virada foi em junho de 2002. Ele estava à frente nas pesquisas, mas a economia do Brasil foi abalada em grande parte, ao que parece, porque os investidores estavam assustados com a perspectiva de Lula se tornar de fato presidente. Ele respondeu com uma “Carta ao Povo Brasileiro”, comprometendo-se a honrar os contratos, pagar as dívidas do país, cumprir as exigências do Fundo Monetário Internacional e, geralmente, jogar pelas regras do mercado. Foi o jogo da sua carreira, o equivalente político à aderência em um furacão. A linha dura de seu Partido dos Trabalhadores (PT) acusou-o de traição, de ceder aos banqueiros e de se tornar capacho dos capitalistas. Os executivos de negócios também foram cautelosos: seria esse “novo” Lula confiável? Mas os investidores se puseram em suas mãos.

Ganhou por um deslizamento de terra, mas o trabalho duro tinha apenas começado. A turbulência financeira pré-eleitoral comprometeu o crescimento econômico e forçou uma forte desvalorização da moeda do Brasil. “Não foi fácil”, lembra Lula. “Não tínhamos crédito externo. Nossas reservas eram extremamente baixas. A inflação mostrava fortes sinais de ressurgimento. A economia estava engarrafada.” Mas um desafio ainda maior foi pôr abaixo a imagem de esquerda radical que ele e o PT tinham adquirido ao longo dos anos. “Nós assumimos o cargo em meio a uma enorme crise de desconfiança”, diz Carvalho, seu chefe de gabinete e um amigo de longa data. “Nós éramos uma minoria no Congresso. A imprensa foi cética.” Afinal de contas, admite Carvalho, “até então, tudo o que eu defendia era não pagar a dívida externa, o aumento dos salários. Teria sido um desastre.”

Para convencer os credores do Brasil que era sua virada era séria, Lula aumentou o “superávit primário”, o dinheiro que o governo deixa de lado a cada ano para pagar dívidas e juros, e aumentou as taxas de empréstimo a escaldantes de 26% ao ano [Nota do tradutor: refere-se à Selic, juros básicos da economia brasileira pelos quais o governo remunera quem compra os títulos públicos], freando a aceleração do crescimento, a fim de matar a inflação. Ele também manteve os salários e aposentadorias sob controle. “Os sindicatos e muitas pessoas no partido odiava”, diz Ricardo Kotscho, amigo e ex-assessor de imprensa.

Mas os homens do dinheiro do mundo todo ainda não estavam convencidos. “Sabíamos que ele tinha sido um líder sindical e presidente de um partido político. O que eu realmente me perguntei foi se ele tinha as armas para ser presidente”, diz o ex-presidente do Banco Mundial James Wolfensohn. Assim Wolfensohn, enviou uma mensagem, oferecendo-se para encaminhar uma equipe de especialistas para discutir com o governo Lula sobre os principais problemas enfrentados na economia internacional e América Latina. Ele não sabia como o novo presidente iria responder. “Muitos líderes preferem lançar o selo presidencial sobre você”, disse Wolfensohn. “Mas Lula topou na hora. Ele era como um pedaço de papel em branco. Ele percebeu que tinha um grande trabalho a fazer e que a execução de uma eleição é diferente da execução de um país. Para mim, isso caracteriza o homem.”

Da Silva tem operado dessa maneira desde então, colocar o pragmatismo à frente da ideologia. “Ninguém nos seus sonhos teria pensado que Lula iria se comportar do jeito que ele se comportou”, disse-me o guru de investimentos em mercado emergentes Mark Mobius, da Templeton Asset Management, um ano atrás. Agora Templeton tem US$ 5 bilhões no Brasil, mais do que na China. Por certo, Lula tinha muito o que trabalhar. Com uma rede de centrais hidroelétricas e metade da sua frota de carros movidos a queima limpa de etanol de cana, o país tem sido o ponto de referência em energias renováveis. Agrônomos eficientes transformaram o duro sertão tropical em um celeiro, exportando mais carne, soja e frangos congelados do que qualquer outra nação. Mas Lula também agregou valor, subindo no palanque com marcas brasileiras no exterior. “Tivemos de deixar claro que o Brasil não é um país pequeno”, diz ele. “O Brasil tem a Amazônia [floresta], mas faz também aviões e telefones celulares.” E assim como nos comícios certa vez galvanizou os capacetes em São Paulo, sua diplomacia agressiva tem encorajado nações mais pobres na demanda de comércio livre e de um novo consenso na economia internacional.

Seu gênio real, entretanto, tem sido a sua capacidade de vender as reformas intragáveis para uma população majoritariamente pobre que olhou para ele como uma espécie de salvador. “A popularidade de Lula o ajudou a tomar decisões arriscadas que muitas vezes levava a sacrifícios necessários”, diz José Dirceu, um ex-dirigente do Partido dos Trabalhadores que caiu num escândalo de corrupção. Mais importante, ao contrário dos supremos e demagogos populistas que abundam na América Latina, ele fez tudo isso jogando pelas regras. “O respeito de Lula para a democracia e para as eleições é uma grande vantagem”, diz o ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy. “Muitas vezes ele tem sido capaz de traduzir os valores fundamentais da democracia de modo a torná-las mais concretas para as pessoas”. O presidente ainda considera que seu trabalho está incompleto e que não resta muito tempo para realizá-lo. “Este é um país que tem sofrido de baixa auto-estima”, diz ele. “O Brasil precisa recuperar seu orgulho. E eu acho que as coisas estão acontecendo. Espero que quem vier depois de mim possa trabalhar para transformar o Brasil em uma grande economia.”

A crise econômica mundial colocou as habilidades de persuasão de Lula à prova. “Foi assustador”, lembra Silva. “Não tínhamos crédito, sem dinheiro, em setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março.” Mas em vez de balançar para a esquerda, seus instintos o levaram para o centro, fortalecendo-o contra pressões populistas. Ele deu ao Banco Central carta branca para controlar a inflação, mesmo ao preço de reduzir o crescimento. “Nós sabíamos que não haveria milagres”, diz ele.

Ainda assim, a crise inflamou o velho rancor de Lula sobre o “capitalismo selvagem” e a loucura do mercado livre. Ele culpou a confusão do mercado subprime aos banqueiros “pele branca, olhos azuis” e ridicularizou os campeões da desregulamentação e do estado “mínimo”. “Nos anos 80 e 90, era moda ridicularizar o Estado”, diz ele. “Mas, em um piscar de olho, o mercado desregulamentado quase faliu o mundo. E de quem eles foram buscar ajuda? Do Estado.” Isto não é tão forte quanto parece. Enquanto Lula denuncia veementemente seu antecessor de privatizar estatais, ele não fez nada para reverter o processo depois de tomar posse. “Eu acho que a privatização foi um erro, mas eu tinha que trabalhar para fazer”, diz ele. “Eu não podia dar ao luxo de gastar o meu mandato brigando com o antigo governo.” Consenso, não dogma, é o combustível de Lula.

É evidente que esta ‘realpolitik’ com que Lula trabalha é voltada para consolidar a preeminência do Brasil. “Como a economia dominante na região, o Brasil tem a compreensão de seus vizinhos”, diz ele. “É como as relações de pai para filho.” Ele ainda defende o governo do presidente venezuelano Hugo Chávez. “Dê-me um exemplo de como a Venezuela não é uma democracia!”, ele exige. Mas a maior ambição de Lula é fazer valer o lugar do Brasil no cenário mundial. Ele não faz segredo do seu próprio orgulho nacional. Já em 2003, as nações do G7, finalmente, abriram seu encontro anual para alguns dos países menos ricos, e Lula estava entre os convidados. Ele passou antes do encontro na França e ficou maravilhado com o quão improvável era que ele, filho de um camponês, agora abordar algumas das pessoas mais poderosas do planeta. Então ele virou a mesa: por que não realizar a próxima reunião do G7 no Brasil, ele desafiou. “Afinal, em 20 anos talvez apenas três de vocês vai continuar a existir.” Nem todo mundo se divertiu. Mas todos entenderam.

Congresso promulga PEC dos Vereadores


A PEC dos Vereadores acaba de ser promulgada em sessão conjunta do Congresso Nacional. Em linhas gerais, a Emenda Constitucional 58 amplia em quase 8 mil o número de vagas de vereadores.

Também altera a proporcionalidade de vereadores em relação à quantidade de habitantes em cada município. Assim, os menores municípios (até 15 mil habitantes) terão nove e os maiores (até 8 milhões), no máximo 55 vereadores.

Em outro ponto, a proposta reduz gastos com as câmaras municipais ao fixar faixas percentuais de despesas com essas casas legislativas. Para tanto, serão observadas a população do município e a arrecadação total no ano anterior.

Dessa forma, fica estabelecido que serão gastos com as câmaras: 7% da receita líquida para municípios com população de até 100 mil habitantes; 6% para 101 mil até 300 mil habitantes; 5% para aqueles com 301 mil até 500 mil habitantes; 4% para municípios com mais de 501 mil até 2 milhões de habitantes; 3% para 2.001 milhões até 8 milhões de habitantes; e 2% para cidades com mais de 8 milhões de habitantes.

Acompanhada com grande interesse por uma imensa legião de suplentes de vereador, que não vê a hora de assumir o cargo, a PEC poderá decepcionar os mais afoitos. Segundo interpretam vários juristas, as novas vagas só poderiam ser criadas a partir das eleições de 2012. O assunto promete um bom debate, agora não mais no Congresso, e sim na Justiça.

Estudo da FLB aponta que 44 vereadores tomarão posse no Tocantins

Estudo feito por integrantes da Frente Legislativa Brasileira (FLB) revela que o Tocantins terá 44 novos vereadores com a aprovação das PECs (Propostas de Emendas Constitucionais) 336 e 379 - no país o número subirá de 52 mil para cerca de 59 mil. As emendas foram aprovadas nessa terça-feira, 22, na Câmara e agora aguardam promulgação para, de fato, virarem lei.

Dos 139 municípios tocantinenses, apenas 12 terão novos vereadores. A Câmara de Palmas é a que mais ampliará o número de parlamentares. De acordo com o estudo serão mais nove nove vereadores. Além da Capital, os demais municipios que vão diplomar parlamentares são: Araguaína (6), Gurupi (5), Porto Nacional (4), Paraíso (4), Colinas(4), Tocantinópolis (2), Guaraí (2), Dianópolis (2), Miracema (2), Araguatins (2) e Formoso do Araguaia (2). Os demais municípios não sofrerão alterações, pois possuem menos que 15 mil habitantes. As informações são da FLB.

O estudo foi desenvolvido pelo coordenador da FLB, no Tocantins, e suplente a vereador da Câmara de Palmas, José Anibal Rodrigues, o Biba (PRTB), em conjunto com André Gomes (PMDB), também integrante da FLB e suplente de vereador em Miracema. De acordo com Biba, para realizar este estudo foi utilizado o número de votos válidos de cada município, até encontrar o coeficiente, usado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para definir o número de vereadores por Câmara.

Segue abaixo listagem com os nomes dos suplentes que provavelmente assumirão cargos de vereador no Tocantins:

PALMAS:

NORTON (PRB)
ALBERTO GORDO (PT)
RILTON (PT)
CIRLENE (PMDB)
DR. SEBASTIÃO (DEM)
TIBÚRCIO (PTN)
GALEGO (PTN)
JUCELINO (PRB)
AMARILDO (PSC)
JOSMUNDO (PV)
SAMUEL (PMDB)
ANÍBAL - BIBA (PRTB)

ARAGUAÍNA:

BATISTA CAPIXABA (PPS)
CLEIDE (DEM)
JOAQUIM QUINTA NETO (DEM)
LÚCIA DA FARMÁCIA (PR)
ORIVAN DO INSS (PP)
ABRÃO (PDT)

GURUPI:

DR. ALBERTO (PR)
FEITOSA (PMDB)
JOSIMAR DO DERTINS (PPS)
JAIR DA PREFEITURA (PV)
ZÉ HENRIQUE (PSB)

PARAÍSO:

COLOMBIANO (PMDB)
LAZINHO DA CIVIL (PR)
ORLIRA (DEM)
JC (PDT)

ARAGUATINS:

ANTÔNIO EVANGELISTA (PTB)
JAIRO (DEM)

DIANÓPOLIS:

CLAIR BEL PÃO (PT)
ÍTALO MARCEL (PR)


PORTO NACIONAL:

GERSON (PPS)
LEANDRO( PT)
SAGENTO DIÓGENES (PDT)
PROF. SEBASTIÃO (PTB)

MIRACEMA:

ANDRÉ GOMES (PMDB)
IRMÃO DA REFRIGERAÇÃO (PSC)

COLINAS:

CENEIDE MORAIS (PDT)
ALMERI (PMDB)
JOSÉ MARIA (PT)
NETO LEITEIRO (PSDB)

FORMOSO DO ARAGUAIA:

AILTON (PTN)
GEODIVAN (PSB)

GUARAI:

ZÉ MAGALHÃES (PPS)
ZÉLIA TURÍBIO (PR)

TOCANTINÓPOLIS:

CASSIANO APINAGÉ (PMDB)
WILSON LIMA (DEM)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Silvanno Salles faz show em DNO


Evento: Show do Silvanno Salles

Data: 03/10/2009 - Horas: 22 h

Local: Casa de Show Esquema 10

Cidade: Dianópolis/TO

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Entrevista - Carlos Henrique Gaguim


Entrevista:‘No meu governo não tem faz-de-conta’

A expectativa era de que a semana terminasse com o governador interino Carlos Henrique Gaguim (PMDB) sendo efetivado no cargo por meio das eleições indiretas. Mas, devido ao questionamento da constitucionalidade da Lei das Indiretas, criada pelo Executivo e aprovada na Assembleia Legislativa, espera-se agora uma manifestação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que a Casa possa realizar o pleito. Somente os 24 deputados estaduais participarão da escolha do novo governador e vice-governador do Tocantins.
Ainda em condição de interino, Gaguim é o entrevistado da semana desta edição do Tribuna do Planalto. O governador fala sobre suas prioridades à frente da administração, sobre a indicação polêmica dos novos secretários, sobre as eleições de 2010 e seus planos para o governo do Estado. Gaguim adianta que não é candidato a reeleição.

Tribuna do Planalto - O senhor está há poucos dias à frente do governo do Estado. Qual tem sido, por enquanto, seu maior desafio?
Carlos Henrique Gaguim - O desafio que considero mais importante é o de defender os interesses de toda a população, com todos trabalhando num único objetivo, que é o desenvolvimento do Tocantins. Desde o momento em que assumi interinamente o governo do Estado, tenho batido nessa tecla: cada secretário meu, cada auxiliar do meu governo, cada nome que eu assinei embaixo quando dei posse nos últimos dias tem que zelar pelos interesses do Tocantins, pois disso eu não abro mão.

O sr. tem um plano de governo para este mandato interino?
Sim, e comecei pela nomeação da equipe do governo. Vou acelerar o desenvolvimento do Tocantins. O Estado não pode mais esperar. Assinei o decreto determinando muita responsabilidade com os gastos públicos. Temos que aprender a utilizar melhor o dinheiro do povo. Se tiver irresponsabilidades com uso de equipamentos e veículos, por exemplo, eu vou acabar; se houver irresponsabilidades com diárias, também não vou permitir... Conter os gastos, acabar com o desperdício e saber utilizar melhor o que já temos, seja de recursos e de pessoal, é outra frente que vou seguir. No meu governo não vai ter espaço para nenhum faz de conta não. O governo precisa prestar contas ao povo e o povo tem que ser ouvido e bem representado pelo seu governador.

Qual área é considerada prioritária pela sua administração?
Todas as áreas são prioritárias: emprego, saúde e educação vão receber atenção especial do meu governo. Se você perceber, um setor está ligado a outro. É como uma máquina, cada um tem que fazer a sua parte. E quem não fizer o que tem que ser feito não vai ficar no meu governo não. Não admito brincadeira com a coisa pública, com o dinheiro público. Sempre prezei as parcerias e o compromisso de cada um com o Estado, e isso não pode faltar.

Algumas regiões do Estado, como Jalapão e Bico do Papagaio, enfrentam uma realidade mais difícil em termos de desenvolvimento econômico. O que os moradores destas localidades devem esperar do governador Gaguim?
Na viagem que fiz esta semana a Brasília procurei os órgãos competentes também para buscar recursos para o Estado. Sempre vi o Tocantins por completo e farei de tudo para que todas as regiões sejam atendidas. Aí está incluído o Bico do Papagaio. Estamos vendo a execução dos programas federais lá na região, a exemplo do Territórios da Cidadania, temos ações do PAC também naquele setor, e aquela população pode esperar o melhor do governo do Estado. O governador Carlos Gaguim vai estar sempre atento às suas necessidades.

A área da Saúde é apontada pela maioria dos tocantinenses como a que carece de maior atenção, devido à precariedade dos serviços, como falta de leitos e remédios, além da escassez de profissionais. Além do secretário, que mudanças o sr. pretende fazer para que o serviço público oferecido seja digno?
Esse é um setor que vai precisar de atenção redobrada. Já determinei que a saúde da população do Estado seja sempre colocada em primeiro plano. Não vou admitir que as pessoas, principalmente os mais necessitados, fiquem sem atendimento, sem um médico para seu filho, sem um remédio que precise ser tomado. O secretario da Saúde [Francisco Melquíades Neto] sabe disso e vai fazer tudo o que for preciso para oferecer uma saúde de qualidade. Isso quer dizer aplicar os recursos onde devem ser aplicados, conter gastos, fazer economia.

Com o decreto de contenção de gastos criado pelo sr., quanto é esperado em economia para o Estado (em reais)?
Dinheiro público tem que ser empregado para o bem do povo. Não podemos admitir que recursos da população sejam mal utilizados. Não vou aceitar uma coisa dessas. Assim que assumi baixei um decreto de contenção de gastos. Somente com esse decreto, vamos economizar R$ 17 milhões por mês. A partir de agora até dezembro vão ser R$ 68 milhões. Esse dinheiro tem que ser utilizado em mais investimentos na saúde, na educação, em infraestrutura. Vamos economizar muito mais. Outro exemplo foi o recolhimento de mais de 280 veículos à garagem do Estado. Secretário tem que dar exemplo, ir para o trabalho com o seu próprio carro. Também recolhemos dezenas de celulares. O povo tem que saber o que está sendo feito com o dinheiro dele. Quero transparência.

A dívida existente compromete o crescimento do Estado? Que soluções estão sendo pensadas para o problema?
Toda nossa atenção agora é para garantir os investimentos e o crescimento do Estado. Detectamos um déficit, um furo de caixa, de quase R$ 800 milhões ? quase 500 milhões de dívidas e 300 milhões em queda de arrecadação. O repasse do FPE [Fundo de Participação dos Estados] para o Tocantins caiu 10%. Então, encontramos as contas do governo com a luz amarela acesa. É preciso muita cautela. Por outro lado, a arrecadação no Estado está boa e todas as nossas medidas de economia vão garantir dinheiro para novos investimentos. A população do Estado e o funcionalismo público não precisam se preocupar.

Estes novos secretários, como o sr. mesmo declarou, são fruto de uma composição política e indicação dos deputados. Qual seria então a responsabilidade dos parlamentares na gestão destas pastas?
É bom dizer que todo o secretariado que empossei é resultado de uma decisão minha em conjunto com os partidos. Foram escolhas muito boas. Todos os nomes são de uma competência muito grande. Houve a apresentação dos nomes pelos partidos. Não se governa um Estado sozinho. Eu sei disso. Venho da Assembleia Legislativa e sei da importância dos parlamentares. Hoje o que se vê entre o Legislativo e o Palácio Araguaia é uma unidade forte e que só vai fazer o bem para o Estado. O papel de cada parlamentar é o de parceiro do Estado, no acompanhamento das ações, somando forças.

O sr. não teme ser conhecido como o gestor que governa somente para os deputados e não para o povo?
O Tocantins não é feito de 24 pessoas, mas de 1,3 milhão de pessoas. Se temesse coisas desse tipo, não teria chegado onde cheguei. O fato é que venho da Casa de Leis. E vou honrar cada oportunidade que a vida está me oferecendo para fazer o melhor para cada cidadão e cidadã desse Estado.

Alguns dos auxiliares da administração de Marcelo Miranda foram mantidos. Neste caso pesou mais a questão técnica ou política?
Em todos os casos, a questão técnica foi muito importante. Todos os secretários que já estão no meu governo são secretários escolhidos pelo governador Carlos Gaguim e que são muito conhecedores de suas pastas. No caso dos secretários que ficaram, eles permaneceram porque podem continuar contribuindo com o desenvolvimento do Estado. São técnicos muito capazes. Não tem nenhum segredo: eles foram convidados e aceitaram ficar.

A sua chegada ao governo coloca fim à oposição na Assembleia, já que conseguiu unir em torno de seu nome os diversos partidos da Casa. Isso não seria prejudicial à democracia e ao próprio trabalho de governador?
Eu não vejo nenhum problema na união de todos em benefício do Estado. Sempre fui um grande defensor dos interesses do Tocantins. A oposição é algo que sempre existiu numa democracia e que vai sempre existir. O meu papel, principalmente agora como governador, é trabalhar pela unidade, para que o Estado fique cada vez mais forte.

Que cenário o sr. vislumbra para as eleições 2010 diante das mudanças que estão ocorrendo na política do Estado?
Tudo na minha vida foi conseguido com muita luta, com muito trabalho. O Tocantins sabe das minhas origens. E hoje todo o meu esforço está para cumprir esse chamado no governo. Mesmo quando deputado tive um papel muito importante na industrialização do Estado. Vamos continuar com esses investimentos, com mais educação para a população, poder oferecer uma saúde decente, principalmente para o pobre, porque se você corta despesas desnecessárias sobra mais dinheiro e mais comida para os mais carentes.

E quanto às pretensões políticas do sr. para o próximo ano? O acordo feito prevê sua candidatura à reeleição em 2010?
Não sou candidato ao governo em 2010. Essa decisão eu já anunciei à população do Estado. Não vamos antecipar as coisas. Sou governador interino hoje e é nisso que estou concentrado.

Dos três senadores tocantinenses, o sr. conta com apoio de dois. Nos fale sobre sua relação política com a senadora Kátia Abreu (DEM) e a ausência dela na participação do governo Gaguim.
Eu sou de um governo de unidade, com a participação de todos os partidos, inclusive o DEM. Todos foram convidados a participar. Estarei com todos aqueles que queiram e defendam o desenvolvimento do Tocantins. Minha relação é muito boa com a bancada federal.

No próximo ano, o ex-governador Marcelo Miranda possivelmente será candidato ao Senado. Os tocantinenses poderão ver vocês dois no mesmo palanque e pedindo voto um para o outro? Como ficou a relação de vocês dois?
Primeiro, quem pode falar pela candidatura ou não do ex-governador é ele mesmo. Somos do mesmo partido, mas o destino político parte de cada um. Como disse há pouco, a hora é de cumprir com esse mandato, sempre defendendo o Estado e fazendo o que tiver de melhor para a população, principalmente para os mais pobres. Não vai ser fácil, mas o Gaguim é um homem de fibra e junto com a população vai fazer um governo que esse Estado nunca viu. Quanto à minha relação com o Marcelo, ela vai muito bem.

Prefeito de Dianópolis, José Salomão, recebe do Governo interino Ônibus Escolar


Atendendo à Resolução 006, que regulamenta o transporte escolar no Tocantins, o Governador interino entregou na ultima sexta, 108 ônibus escolares para 108 municípios do Tocantins, e o prefeito José Salomão estava lá. O Tocantins fez a aquisição de 140 ônibus que custaram R$ 28 milhões.

De acordo com a Secom, todos os ônibus possuem cinto de segurança individual e são adaptados para cadeirantes. Os ônibus também possuem sistema de tração que permite melhor desempenho em estradas de difícil acesso.

Segundo fontes, Salomão após receber o ônibus preferiu vir no próprio veículo, uma forma de fazer o test drive.

Fonte: DnoAki.com.br

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Artigo: "A marolinha, um ano depois"


Há um ano, o mundo era sacudido pelo estouro da bolha imobiliária norte-americana.

Uma crise financeira e econômica se espalhou pelo planeta, travando o crédito e o comércio mundial. Depois da quebra do banco Lehman Brothers, US$ 25 trilhões em riquezas viraram pó em todo o mundo.

Os governos, com seus trilionários pacotes para evitar a falência do sistema, sepultaram a era do Consenso de Washington. Mesmo assim, milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza.

Nesse cenário de incertezas, os adversários do governo Lula ficaram animados. Pensavam que o governo havia obtido sucesso até então por não ter enfrentado nenhuma crise internacional, ao contrário de FHC, que sofrera os efeitos de três delas, bem menores. Tripudiaram quando o presidente Lula previu que a crise, para o Brasil, seria uma "marolinha", não um tsunami.

Lula assumiu a atitude de líder, pilotando pessoalmente as medidas de enfrentamento da crise e dirigindo-se à nação como quem vai à luta, não se deixando abater pela turbulência.

Em dezembro passado, no auge da crise, estimulou os brasileiros a continuarem consumindo, dentro de suas possibilidades. Colocou os bancos públicos para compensar a retranca dos bancos privados. Orientou a Petrobras a ampliar os investimentos, quando muitos diziam que o petróleo a US$ 30 inviabilizaria a exploração do pré-sal. Reduziu IPI, IOF e Imposto de Renda dos assalariados.

Lançou, no meio da crise, um poderoso programa de habitação popular, reconhecido pelos empresários e pelos movimentos sociais como a mais importante iniciativa do setor na história do Brasil.

Hoje, diante dos dados de recuperação da economia, é fato que o Brasil superou o impacto principal da crise e retoma a trajetória de crescimento interrompida no ano passado.

O Brasil deve ser um dos poucos países do mundo a fechar 2009 com PIB positivo. O mercado de trabalho aponta números claros: o Caged, cadastro do Ministério do Trabalho que só registra a movimentação de empregos formais, diz: nos 12 meses até junho de 2009, 390 mil empregos formais foram criados. Saldo positivo em plena crise.

Foi com um conjunto de medidas corajosas que conseguimos atravessar a crise em situação melhor do que a de muitos países. Graças ao fortalecimento de instrumentos do Estado, como bancos oficiais e empresas estatais, como a Petrobras, rompendo com a lógica neoliberal que imperou até 2002, o Brasil teve musculatura para enfrentar o furacão gestado no centro do capitalismo.

Ao agir prontamente, com todos os instrumentos públicos disponíveis, o governo pode conduzir o país com segurança no mar revolto da crise.

A cada medida tomada, uma crítica da oposição. A cada sucesso, mudança de mote. Ante as evidências da recuperação, os mesmos setores que vaticinaram a inevitabilidade do caos tentam mudar o enfoque, falando de deterioração fiscal do governo federal.

Querem eclipsar um fato: o governo Lula salvou o país do caos fiscal dos anos 1990 e, justamente pela ação fiscal anticíclica nos últimos 12 meses, nos permitiu fazer frente à crise, gastando bem menos que outros países.

Em seis anos, um conjunto de políticas sociais, tributárias, industriais, creditícias e de comércio exterior foi implementado. Nossas estatais foram fortalecidas. O PAC foi estruturado como indutor de investimentos públicos e privados.

Entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009, o desemprego (Seade-Dieese) foi reduzido de 18,6% para 12,5% (redução de 33%). Foram gerados 7,7 milhões de empregos formais, sem falar nas ocupações da agricultura familiar e da economia familiar urbana e outros tipos de ocupação.

Cresceu o emprego formal em relação ao informal. O salário mínimo teve um aumento real de 46% desde 2003, influenciando a pirâmide salarial.

Temos seis anos e nove meses de um governo que, gradual e cuidadosamente, fez e faz a transição para um novo modelo.

Há que reconhecer que falta muito que fazer, até porque a crise mundial não foi totalmente desfeita. É necessário retomar a velocidade de geração de empregos anterior à crise, acelerar os investimentos. Mas a lição que fica é que o deus mercado foi exorcizado, aqui e no exterior.

Foi resgatado o papel do Estado como força reguladora e de estímulo à economia.
O neoliberalismo foi soterrado sob os escombros do muro de Wall Street. E o Brasil pode perceber, claramente, as diferenças entre os dois projetos que se sucederam na Presidência da República.

Ricardo Berzoini é deputado federal (PT-SP) e presidente nacional do partido. Foi ministro da Previdência (2003-2004) e do Trabalho (2004-2005).
Texto originalmente publicado na coluna Tendências/Debates do jornal Folha de S. Paulo, em 16/09/2009

Siqueira diz que UT não tem compromisso com governo, pede "oposição positiva" e manda recado a "apressadinhos" do grupo



UNIÃO DO TOCANTINS

NOTA:

Diante da deliberada confusão promovida por políticos oportunistas e desavergonhados, que mudam de posição ao sabor do vento e trocam de lado, como se troca de camisa, DIRIJO-ME AO POVO TOCANTINENSE, em especial aos 310.068 homens e mulheres que me honraram com os seus votos para, PERANTE DEUS, reafirmar todos os meus compromissos com o Estado do Tocantins e o seu nobre povo, de continuar sonhando, trabalhando e lutando, SEM MEDO E SEM ÓDIO, sempre com total disposição, mesmo com o sacrifício da própria vida.

Entendo necessário esclarecer que a União do Tocantins não tem qualquer compromisso com o Governador Interino ou com os ocupantes dos diversos cargos do seu Governo, parlamentares ou líderes que o apóiam. Ninguém foi ou está autorizado a falar, apoiar ou fazer acordo em nome da UT ou do seu criador.

Consciente das minhas responsabilidades de criador e implantador do moderno e aplaudido Estado do Tocantins, fundador de sua bela Capital e do projeto estruturante do Estado, criador de cerca de cinco dezenas de Municípios, de todas as Instituições do Tocantins e, também, da UNIÃO DO TOCANTINS, legenda vitoriosa de uma DOUTRINA a qual o Tocantins deve a sua Autonomia, LIBERO E DESAUTORIZO a todos os que estejam ou venham a estar tendentes a apoiar esse governo interino marcado pela falta de legitimidade, de definição de rumos, apoio e confiança popular.

Aos apressadinhos, aconselho a cautela de lembrarem as suas responsabilidades, os compromissos inerentes às posições que ocupam e, sobretudo, as incertezas, abandono e sofrimento em que vive o nosso povo, pois, a voz rouca das ruas, agora e em 2010 sabiamente questionará e punirá aos dúbios e espertos; aos que têm o Filho de Deus por condutor, o povo e o Estado no coração, como motivo de suas maiores preocupações nessa quadra difícil, recomendo o exercício de uma OPOSIÇÃO POSITIVA, sem ataque de ordem pessoal e inconseqüente ou que possa prejudicar os interesses do povo tocantinense e do nosso Estado.

Neste importante momento da nossa História, mais do que em qualquer outra ocasião, o que importa É A QUALIDADE, NÃO A QUANTIDADE, principalmente em se tratando de compromisso, caráter e confiança.

Como sempre o fiz, asseguro ao nosso povo, principalmente às crianças, aos Pioneiros Mirins ou não, aos mais pobres, carentes, deficientes, velhos e jovens, que tudo farei para assegurar qualidade de vida e garantia de futuro, com dignidade, às atuais e as novas gerações.

Jamais permitirei a mim e aos meus que seja traída a confiança do Pai e do nosso povo.

Aos 81 anos de idade, o que peço a Jesus Cristo, fervorosamente, é que me dê vida, saúde e força para, junto com meus companheiros e companheiras, levar à frente a missão que o Pai nos confiou.

Quero reafirmar-lhes a minha crença: A Justiça Divina pode tardar, mas não falha!

CO YVY ORE RETAMA.


Palmas, 15 de setembro de 2009*.

JOSÉ WILSON SIQUEIRA CAMPOS
Ex-governador do Estado"

Deu no Bom Dia Brasil: "Tocantins tem 26 mil funcionários em cargos de confiança"


Um número inacreditável. O governo do Tocantins tem 26 mil funcionários em cargos de confiança. Isso dá mais do que o Governo Federal.

O governador interino está extinguindo esses cargos, porque descobriu que muitos deles ficam sentados o dia todo tomando cerveja dentro do lago que a hidrelétrica formou diante de Palmas.

Mas as notícias que vem de lá também dizem que o governador está nomeando parentes dos deputados que vão eleger o governador. Por enquanto, ele é candidato único.

Confira a matéria neste link: http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1306285-16020,00-TOCANTINS+TEM+MIL+FUNCIONARIOS+EM+CARGOS+DE+CONFIANCA.html

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Para PRE, lei da Assembleia usurpa competência da União em legislar sobre eleição e afronta regime democrático


A Procuradoria Regional Eleitoral do Tocantins ofereceu nesta segunda-feira, 14, uma representação ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, com o objetivo de impugnar a lei estadual do Tocantins n.º 2.143, de 10 de setembro de 2009. A lei dispõe sobre a eleição, pela Assembleia Legislativa, para governador e vice-governador do Estado do Tocantins. Ao estipular que caberá exclusivamente aos deputados estaduais inscrever as chapas que concorrerão aos dois cargos, a lei viola diversos princípios e regras constitucionais.

Segundo a representação, a lei estadual vai de encontro à própria Constituição Federal, pois usurpa da União a competência privativa de legislar em matéria de natureza eminentemente eleitoral, quando estipula que caberá aos deputados estaduais, e não aos partidos políticos, inscrever as chapas que concorrerão aos cargos de governador e vice.

Além de violar regra de competência expressa no artigo 22 da CF, a lei 2.143 suprime a participação dos partidos políticos na indicação de seus candidatos, na medida em que faculta exclusivamente aos deputados inscrever as chapas concorrentes à eleição, afastando as agremiações partidárias do processo eleitoral e restringindo o universo de possíveis candidatos. Também retira dos partidos políticos o direito de indicar seus candidatos, escolhidos em convenções, segundo seus estatutos próprios, o que viola a autonomia dos partidos políticos para adotar os seus critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, assegurada pelo artigo 17 da CF.

A representação considera que a lei 2.143/2009 viola a autonomia partidária e exclui os partidos do processo de escolha dos governantes, afrontando o regime democrático. Tanto o Tribunal Superior Eleitoral quanto o Supremo Tribunal Federal já reconheceram que a titularidade do mandato é do partido, e não do candidato. Também ressalta que, uma vez reconhecidos como essenciais no processo político e governamental, os partidos políticos não podem ser suprimidos do processo de escolha dos governantes. A lei viola ainda o pluralismo político e o princípio da igualdade, na medida em que impede que todos aqueles que preencham as condições de elegibilidade e não se enquadrem em alguma hipótese de inelegibilidade possam concorrer aos cargos, conforme as regras estabelecidas na Constituição Federal, nas Leis Eleitorais e nos estatutos dos partidos aos quais encontrem-se filiados.

A representação contém pedido de liminar para que se suspenda os efeitos da lei estadual, considerando o atentado frontal contra princípios e regras constitucionais e o fato do processo de eleição indireta para governador e vice-governador do Estado do Tocantins encontrar-se em pleno andamento, com o risco iminente de que os governantes sejam escolhidos e empossados com base em processo de escolha absolutamente ilegítimo e inconstitucional.

TRE/TO:

O Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins entendeu que a eleição indireta para escolha dos sucessores, no caso de dupla vacância dos cargos de governador e vice-governador, não afeta ao direito eleitoral por se tratar de ato eminentemente político-administrativo, e como tal inserida na capacidade de auto-governo de que dispõe o Estado-membro.

A Procuradoria Regional Eleitoral sustenta que, nos precedentes citados para embasar a decisão do TRE/TO (STF, ADI 1057/BA e TSE, MS 3.163/PA), as eleições indiretas decorreram de causas não-eleitorais, ao contrário da situação em que se encontra o Estado do Tocantins neste momento, onde o governador e vice eleitos tiveram seus diplomas cassados, pela Justiça Eleitoral, por terem incorrido em abuso de poder na campanha eleitoral.

Assim como a cassação dos diplomas decorreu de decisão da Justiça Eleitoral, a realização de eleição indireta para a escolha dos sucessores também partiu de determinação expressa emanada dessa Justiça Especializada, razão pela qual não se deve deixar exclusivamente a cargo da Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins, excluída toda e qualquer participação do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins no processo de escolha do Governador e Vice-Governador do Estado que irão complementar o mandato dos governantes cassados.

Ofício:

Além de representar pela inconstitucionalidade da Lei Estadual nº 2.143/2009, o Procurador Regional Eleitoral do Tocantins requereu ao Procurador-Geral da República que questione ao TSE a forma como deverá ser realizada a eleição indireta, levando-se em conta todas as suas implicações, tais como convenções partidárias, registro de candidatura, condições de elegibilidade, hipóteses de inelegibilidade, diplomação e foro competente para dirimir questões surgidas no decorrer do processo de escolha.

Considerado que a situação hoje vivenciada no Estado do Tocantins poderá se repetir em outras unidades da Federação, o Procurador Regional Eleitoral sugeriu, ainda, a realização de consulta ao TSE sobre a seguinte situação em tese:

'Em caso de cassação, pela Justiça Eleitoral, dos diplomas do Chefe do Poder Executivo e de seu vice, nos últimos dois anos de mandato, com a determinação expressa de realização de eleição indireta para preenchimento dos cargos, questiona-se (Da assessoria de imprensa do MPF):

a) Qual o órgão competente para disciplinar a realização da eleição indireta?

b) Quais as regras aplicáveis a essa eleição?

c) A escolha dos candidatos deve ser precedida de convenções partidárias?

d) É necessário o registro de candidatura? Em caso positivo, onde deverá ser efetuado?

e) Qual o foro competente (Justiça Eleitoral ou Comum) para dirimir eventuais conflitos relacionados a essa eleição?

Fonte:www.clebertoledo.com.br

Juventude 3 X 0 SEA III


Confira os resultados da segunda rodada do Estadual:

Quatro partidas foram disputadas no sábado, dia 12, pela segunda rodada do Campeonato Estadual da Segunda Divisão. A etapa da competição teve 15 gols marcados, uma média de aproximadamente 3 gols por jogo.

Os jogos aconteceram na cidade de Dianópolis, Palmas, Paraíso e Colinas. O campeonato vai selecionar apenas dois times para a 1ª Divisão de 2010.

Confira os resultados:

Juventude 3 X 0 SEA III
São josé 5 X 0 Inove
Atletico Cerrado 2 X 2 União Araguainense
Guaraí 3 X 0 Colinas

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Artigo da Semana: "Democracia e constitucionalidade no processo eleitoral"

Venho a público manifestar minha preocupação com eventual alegação de inconstitucionalidade da Lei aprovada pela Assembléia Legislativa, estabelecendo as primeiras normas do processo eleitoral indireto de escolha do Governador e Vice do Estado do Tocantins.

É de fato discutível a constitucionalidade do artigo 2º da norma, que estabelece prerrogativa exclusiva para deputados estaduais inscreverem chapas para os cargos em disputa, ainda que pela via indireta.
A Constituição Federal impõe, no rol das condições de elegibilidade (art. 14, § 3º), a filiação partidária (inciso V). Isto define a indispensável participação dos partidos políticos no processo eleitoral, seja ele direto ou indireto. Assim, o registro de chapa é atribuição dos partidos ou coligações que se formalizem para o processo eleitoral.

Ademais, o Supremo recentemente se manifestou - com grande repercussão nas classes política e jurídica - que os mandatos pertencem aos partidos, e o fez assinalando que a Constituição tem nos partidos um "mecanismo elementar", um "elo inafastável" de identificação entre o candidato a cargo majoritário e o partido.

É o partido a fonte constitucional de legitimação eleitoral, que o faz detentor único da prerrogativa de formalizar alianças bem como escolher e inscrever candidatos para cargos eletivos majoritários e proporcionais.

Esta manifestação é, portanto, exclusivamente para alertar que a questão poderá ser objeto de contestação judicial, que põe em risco a solução breve do processo sucessório e, assim, fator nocivo para o desenvolvimento do Estado e com repercussão lógica no bem estar da população.

*Kátia Abreu é senadora do DEM/Tocantins

Comentários by Kiko:

Sempre discordei politicamente da senadora do DEMO, a senhora Kátia Abreu. Porém, por incrível que pareça, ela resumiu neste artigo a confusão que poderá se tornar essa eleição indireta para governador no Tocantins.

Em primeiro lugar, apesar de ser constitucional, a eleição indireta já retirou o poder de decisão do voto popular, o que seria o mais lógico e democrático instrumento de escolha do novo mandatário do poder executivo.

E, com a aprovação da malfadada lei pela AL que estabelece as normas para o processo eleitoral, vemos novamente um desrespeito aos princípios democráticos e um verdadeiro golpe nos partidos políticos. Os nobres deputados, ávidos por poder e cargos, não aceitam nem convenção partidária para a escolha de candidatos.

Como bem disse a senadora, e com quem pela primeira vez concordo em algum posicionamento político, toda essa questão poderá ser decidida futuramente na justiça.

PT aprova resolução sobre a conjuntura estadual


A executiva estadual do PT, reunida ontem, quarta-feira, 9 de setembro, aprovou em Resolução o posicionamento da legenda a respeito da conjuntura política estadual. O documento orienta a militância partidária a apoiar e juntar esforços para garantir a governabilidade, mas sem participar da estrutura do governo interino.

O PT também recomendou à Assembleia Legislativa que repensem o projeto de Lei nº 57/2009, que regulamenta o processo de eleição indireta, em razão do pretenso desrespeito à Constituição Federal.

Segue na íntegra a resolução sobre a conjuntura estadual:

Resolução nº 09.2009.

A Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores no Tocantins, reunida extraordinariamente, avaliando a conjuntura estadual no que diz respeito ao governo interino do governador Carlos Henrique Guaguim; e, do processo eleitoral para escolha do governador para o mandato tampão, resolve:

1. Apoiar e juntar esforços para que o atual governo possa nos próximos dias garantir a governabilidade, a segurança e a tranqüilidade em beneficio da sociedade tocantinense;

2. Não participar do governo interino, mas contribuir com a elaboração de políticas públicas, a partir das experiências dos governos do PT;

3. Recomendar ao Governador Interino e à Assembléia Legislativa que repensem o projeto de Lei nº 57/2009, que regulamenta o processo de eleição indireta, em razão do pretenso desrespeito à Constituição Federal nele contido, notadamente quanto ao princípio do Pluralismo Político, que é um dos fundamentos da República, e à usurpação do direito dos partidos de participarem deste processo eleitoral.

Palmas, 9 de setembro de 2009

Donizeti Nogueira

Presidente do PT

Confira o perfil do novo Governador do Tocantins


Carlos Henrique Gaguim (PMDB), 47 anos, foi reeleito para seu terceiro mandato, com 11.607 votos. Nascido em Ceres (GO), Carlos Gaguim é administrador de empresas e pós-graduado pela Escola Superior de Guerra e pela UFT. Desde muito jovem, dedicou-se à vida pública e, em 1986, candidatou-se a uma vaga no Parlamento Estadual de Goiás, ficando na suplência. Em 1988, veio para o Estado do Tocantins, período em que residiu no município de Miracema. Em seguida, mudou-se para Palmas, sendo um dos primeiros moradores da cidade, onde fundou e foi o primeiro presidente municipal do PTB. Elegeu-se vereador em 1992 e foi reeleito em 96. No ano de 1998, candidatou-se a deputado estadual, conquistando a maior votação de sua sigla. Em 2002, foi reeleito e assumiu a segunda vice-presidência do Legislativo. Sua atuação como parlamentar se destaca pela participação na industrialização do Estado. Algumas de suas vitórias são a implantação das empresas Votorantin, Nova Era Silicon, a autoria dos projetos da criação dos programas Cheque Moradia e Governo Mais Perto de Você, além da luta pelo Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios da Saúde, Educação e do Fisco. Carlos Gaguim nasceu em 21 de abril de 1961, é casado com Rosane Rodrigues Pereira Amorim e pai de Gabriela, Rafaela, Bruno e Tereza Cristina. O atual presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins foi reeleito para este segundo biênio da 6ª Legislatura por unanimidade.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Pronunciamento do Presidente Lula em cadeia nacional



O Presidente Lula pediu, durante o pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV neste domingo (6) por causa dos festejos do Dia da Independência, que a população acompanhe “passo a passo” as discussões dos projetos de lei sobre o pré-sal no Congresso.

"Peço a cada um de vocês que acompanhe passo a passo as discussões destas leis no Congresso. Que se informe, reflita, e entre de corpo e alma nesse debate tão importante para os destinos do Brasil e para o futuro de nossos filhos e netos”, afirmou. Lula disse que orientou seus ministros a não “sair por aí, como novos ricos, torrando dinheiro em bobagens.”

"Uma democracia só se fortalece com a participação da sociedade. Por isso se mobilize, converse com seus amigos, escreva para seu deputado, seu senador, pra que eles apoiem o que é melhor para o Brasil", disse o Presidente.

Lula, que chamou a descoberta do petróleo de “nova independência”, disse que conta com “o apoio livre e soberano do Legislativo” na construção do que ele chamou de “novo Brasil”.

De acordo com o Presidente, a proposta “garante que a maior parte da riqueza do pré-sal fique nas mãos dos brasileiros” e “impede que qualquer governante gaste de forma irresponsável estes recursos.”Lula disse que, o modelo de concessão que foi adotado em 1997 não se adaptava à nova situação e que seria um erro “grave” usá-lo para o pré-sal. O Presidente disse que a nova legislação obriga o investimento do dinheiro resultante do petróleo "em educação, ciência e tecnologia, cultura, defesa do meio-ambiente e combate à pobreza."

Durante o discurso, Lula também elogiou a Petrobras pela descoberta das reservas. “A Petrobras de hoje é a cara deste novo Brasil. É a oitava maior empresa do mundo. Não existe nenhuma empresa, na Europa, do tamanho dela”, afirmou.

O Presidente também falou sobre como a crise internacional afetou o Brasil. “Temos uma economia organizada e em crescimento, que foi testada na mais grave crise internacional desde 29 e saiu-se muito bem. Não só não quebramos como fomos um dos últimos países a entrar na crise e estamos sendo um dos primeiros a sair dela. Antes, éramos alvo de chacotas e de imposições. Hoje, nossa voz é ouvida lá fora com atenção e respeito”, disse.

Vasco 2 x 2 Atlético/GO







Estive nesse final de semana no jogo do Vascão lá no Serra Dourada acompanhado de amigos dianopolinos. Foi sem dúvida um espetáculo! Pena que o Vasco não ganhou mas tá valendo.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

ARTIGO DA SEMANA: POR QUE A OPOSIÇÃO ERRA TANTO?


O elemento chave para a compreensão do atual período político no país é a análise da percepção da sociedade a respeito da crise econômica, de seus impactos no país e das iniciativas do governo federal para enfrentá-la. Mesmo rejeitando simplificações e afastando-se de uma abordagem economicista da realidade social e política do país, é possível afirmar que esta é a temática que organiza a atual conjuntura. Todo o esforço da oposição e de alguns “formadores de opinião” nos últimos meses em desviar as atenções da opinião pública nacional, exclusivamente, para a “crise” do Senado, aparentemente, tem como objetivo principal ofuscar o sucesso obtido pelo governo Lula em sua estratégia de enfrentamento à crise.

Afinal, a oposição apostou alto na fragilização do governo a partir da crise. Entre o final do ano passado e o início do atual, assistimos um verdadeiro bombardeio de informações, análises, matérias jornalísticas que sentenciavam um impacto devastador da crise no Brasil e procuravam fixar no imaginário nacional a percepção de que o Presidente Lula havia sido pretensioso e irresponsável diante da gravidade da situação.

A crítica à utilização do termo “marolinha” pelo presidente tornou-se o mantra oficial dos grandes meios de comunicação, percorrendo desde os principais telejornais até programas humorísticos.

Há de se reconhecer que muitos dos “viúvos” do neoliberalismo e do “Estado Mínimo” procuraram, assim, encontrar uma forma para que suas antigas análises econômicas (“a economia mundial está bombando!”, chegaram a dizer alguns) fossem rapidamente esquecidas.

E como reflexo do tratamento dispensado pelos meios de comunicação de massa ao tema – até a propaganda de uma grande marca de cerveja o abordava – o nível de conhecimento da crise tornou-se bastante elevado (o que é muito positivo, diga-se de passagem). Em janeiro de 2009, 34,4% da população brasileira conhecia e 22,1% ficou sabendo da crise. Em maio deste ano já eram 38,7% conhecendo e 24,8% sabendo da crise. Ou seja, 63,5% da população estava, de alguma forma, ciente da crise no mês de maio.

A ultima pesquisa de opinião do Datafolha, divulgada em 16 de Agosto, confirma uma tendência já apontada por outros institutos: o Presidente Lula mantém altos índices de aprovação, mesmo após a crise econômica internacional. Segundo o Datafolha, 67% dos brasileiros consideram o governo Lula bom ou ótimo. A ultima pesquisa de opinião publica nacional CNT/Sensus, uma das mais completas entre as produzidas atualmente no país, já havia demonstrado que, após oscilar negativamente em março deste ano, a avaliação do governo, recuperou-se em maio. No levantamento da Sensus, 69,8% consideraram o governo positivo e 23,9% regular. Na pesquisa anterior eram 62,4% e 29,1%, respectivamente.

O governo agiu e a população reconheceu. De acordo com a mesma pesquisa, a situação do emprego no país melhorou para 32,3% da população, enquanto a amostragem anterior indicava apenas 20,9%. E a expectativa positiva, ou seja, o percentual dos que acham que a situação do emprego no país vai melhorar era de 48,8% e saltou para 56,4% em maio, segundo a pesquisa CNT/Sensus.

E, mais uma vez, o feitiço virou-se contra o feiticeiro – o que, aliás, tem se tornado recorrente nos embates entre governo e oposição. Após todo o trabalho de acusações e denúncias, realizado pela oposição, que visavam transmitir uma imagem de incompetência e falta de comando no combate à crise, o governo Lula termina por capitalizar sozinho todos os resultados positivos, inclusive os que não são necessariamente de sua responsabilidade.

Em termos de avaliação, é possível afirmar que o pior da crise já passou. Aliás, em relação à crise, em maio 50,4% dos brasileiros acreditavam que o governo estava lidando adequadamente com a crise, contra 40,1 % registrados em março. 55,9% acreditam que o país sairá fortalecido da crise e apenas 19,7% acham que sairá enfraquecido.

Mas o que realmente está acontecendo?

As pesquisas de opinião apenas refletem os resultados reais obtidos pelo governo em sua estratégia de enfrentamento à crise. Medidas como a flexibilização dos depósitos compulsórios, as reduções da carga tributária, a ampliação e facilitação do crédito em diversas áreas e a redução substancial da taxa Selic, associadas a uma reserva cambial superior a U$ 200 bilhões, entre outros fatores, permitiram não apenas que a economia brasileira fosse uma das últimas a ser atingida, mas também seja uma das primeiras a apresentar sinais de recuperação, com a retomada do fluxo de capitais e captações externas.

Nas crises anteriores o país era obrigado a adotar medidas econômicas pró-cíclicas: aumento de juros; ampliação da dívida pública; aumento do superávit primário; corte de investimentos e gastos correntes, o que gerava quedas maiores do PIB, ampliação do desemprego e da instabilidade econômica.

Já no atual modelo, o país pôde adotar uma política macro-econômica anticíclica, reduzindo juros e ampliando a oferta de crédito dos bancos públicos. Medidas acompanhadas pela manutenção dos investimentos, corte de impostos e redução do superávit primário. A atuação dos bancos públicos foi decisiva. Somente o BNDES recebeu do Tesouro Nacional o equivalente a R$ 100 bilhões, permitindo um crescimento de até 85% na oferta de crédito pelo banco em 2009.

Além disto, o programa “Minha Casa, Minha Vida” prevê um aporte de R$ 28 bi em subsídios e R$ 60 bi em investimentos. O reajuste do salário mínimo injetou R$ 20 bilhões na economia em 2009, o Bolsa-família outros 12 bilhões e a redução do IR pessoa física mais 5 bilhões.

O governo reduziu o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e estabeleceu alíquota zero (PIS/COFINS) sobre alguns artigos, entre outras medidas de redução da carga tributária. Como resultado, obtivemos um aumento de 26% na venda de geladeiras; 30% em máquinas de lavar; 10% em material de construção e a indústria automobilística manteve-se aquecida, registrando mais de 300 mil licenciamentos de veículos em Junho deste ano.

Já em 2008, ao agir rapidamente, o governo federal havia proporcionado uma surpreendente reação do setor automotivo e o país fechou o ano com uma produção superior a três milhões de unidades. O Brasil passou para a quinta posição no ranking dos maiores mercados automobilísticos do mundo, deixando França e Grã-Bretanha para trás.

A vitalidade do mercado interno reduziu os efeitos da crise no país. O consumo popular – estimulado pelas políticas de transferência de renda – impulsionou as vendas em diversos segmentos no ano de 2008. O setor de vestuários, tecidos e calçados fechou o ano registrando crescimento de 18,2%. O varejo supermercadista alcançou faturamento de R$ 170 bilhões – um crescimento de 8,98% em relação a 2007.

E assim, apesar da crise, em 2008, as 500 maiores empresas brasileiras somaram uma recita liquida total de R$ 2,2 Trilhões, registrando um aumento de 24,9% em relação ao ano de 2007.

Porém, o mais relevante foram os resultados demonstrados por um estudo do IPEA divulgado recentemente, que atestou já ser possível afirmar que “as trajetórias convergentes de redução da desigualdade e da pobreza não foram interrompidas, mesmo durante a crise internacional”. Em junho de 2009, o índice de Gini – que mede a desigualdade – alcançou o seu menor patamar nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil.

A situação atual apresenta um fato novo em relação a outras crises econômicas internacionais. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, “ao contrário dos períodos de 1982/83, 1989/90 e de 1998/99, quando a inflexão econômica implicava aumento da pobreza nas regiões metropolitanas, não se observa crescimento na taxa de pobreza desde o último trimestre de 2008”.

Somente estes resultados podem oferecer uma explicação razoável para a ampliação dos índices de aprovação do governo, mesmo sob constante ataque da oposição e de parcela da grande mídia e em meio a uma suposta crise “sem precedentes” no Senado Federal.

Não se trata de sugerir que a “crise” do Senado seja um fato irrelevante ou, ainda, que a população não esteja atenta a temas como este. Menos ainda, pretendemos aqui desconsiderar a necessidade de uma apuração rigorosa, que identifique responsabilidades e resgate a imagem do Congresso perante a nação. O que não é admissível, no entanto, é que o país se veja paralisado em função da agenda do Senado.

O debate sobre as estratégias de enfrentamento à crise econômica internacional simplesmente desapareceu da agenda política do país! Foi por isto que o Presidente Lula se viu obrigado a manifestar uma opinião impopular a respeito da crise do Senado, a fim de assegurar a governabilidade e a estabilidade institucional. E a população soube diferenciar este esforço de uma eventual cumplicidade do presidente com atos irregulares cometidos no Senado. Até por que o combate à corrupção, realizado pela Policia Federal e por órgãos de controle, permanece ativo e a população vem reconhecendo este esforço.

O fato é que, ao desconsiderar o significado do governo Lula na vida real dos brasileiros e brasileiras, de todas as classes sociais e regiões do país, a oposição repete, sistematicamente, os mesmos erros que levaram seu candidato nas eleições presidenciais de 2006 a uma retumbante derrota. O grande teste para o governo Lula, em 2009, como demonstram as pesquisas de opinião e o próprio discurso da oposição e da grande mídia no final de 2008 e inicio deste ano, foi a crise internacional. Os números estão aí, a demonstrar o que o Governo Federal logrou realizar em um cenário internacional extremamente adverso. Com a palavra, a oposição.

Tarso Genro é Ministro da Justiça

Vinícius Wu é Assessor Especial do Ministro.

Artigo publicado originalmente em www.leituraglobal.com

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Pré-sal: patrimônio da União, riqueza do Povo e futuro do Brasil


Trecho do programa Café com o Presidente desta segunda-feira, dedicado ao novo marco regulatório do Pré-sal.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Confira o vídeo da corrida de Kart (Fonte:www.sudestehoje.com)

Corrida de Kart de Dianópolis - parte 1

"Feras do Baile" realizam show em DNO



Evento: Show dos Feras do Baile

Data: 05/09/2009 - Horas: 22 horas

Local: Casa de Show Esquema 10

Prefeitura inaugura Kartódromo em Dianópolis. Confira as fotos (Fonte:www.dnoaki.com.br):















José Salomão busca recursos para pavimentação de ruas em Dianópolis


O prefeito de Dianópolis, José Salomão, encontra-se esta semana em Brasília onde entregou ofício ao Senador João Ribeiro(PR) e ao Deputado Eduardo Gomes(PSDB) visando a obtenção de recursos para pavimentação de diversas ruas da cidade.

Serão aproximadamente 40.000 metros quadrados de asfalto que beneficiarão a comunidade local. Confira a lista das ruas a serem asfaltadas por setores:


Setor Brasil - Rua da Lapinha, Rua Pará, Rua Rio de Janeiro, Rua Espírito Santo, Rua Paraná (5950,00 m2)

Cavalcante - Rua do Esporte, Rua Topázio, Rua Esmeralda, Rua Ametista, Travessa Rubi (4301,50 m2)

Nova Cidade IV Etapa - Rua Safira, Rua Turmalina, Travessa Granito, Praça Salvador Abreu Valente (3115,00 m2)

Bela Vista I Etapa - Rua Xavantes, Rua Tamoios, Rua Tupinambás, Rua José Amâncio de Sousa (6783,00 m2)

Setor Novo Horizonte - Rua Bahia, Rua São José, Rua João Batista Leal, Rua Dr. Felix da Silva, Rua Madre Belém, Rua Woltaire A. Cavalcante (18.340,00 m2)

Bela Vista II Etapa - Rua Aimorés, Rua 08, (2100,00 m2)

Extensão Total Geral = 40.589,50 m2

Prefeito de Dianópolis recebe a ORDEM DO MÉRITO DE DOM BOSCO





O prefeito de Dianópolis, José Salomão, recebeu a insígnia da ORDEM DO MÉRITO DE DOM BOSCO, no grau de OFICIAL. A cerimônia de agraciamento ocorreu nesta segunda-feira, dia 31 de agosto, às 17hs, na sede do Tribunal Regional do Trabalho, em Brasília.

A Ordem do Mérito de Dom Bosco foi instituída em 11 de setembro de 1991 pela Resolução Administrativa número 34/91, quando o TRT da Décima Região completou dez anos de instalação. Colima agraciar personalidades que tenham prestado relevantes serviços à Justiça do Trabalho, especialmente à 10ª Região, e por isso, tornaram-se merecedoras da honraria, que tem o condão de destacá-las perante a sociedade brasiliense como exemplo dignificante.

Lula lança o "Blog do Planalto"



Estamos aqui para compartilhar com vocês informações sobre o cotidiano da Presidência da República. A equipe do Blog do Planalto(http://blog.planalto.gov.br) vai acompanhar de perto os eventos, atos e a agenda do Presidente para que você, seus amig@s, familiares e companheir@s de navegação na internet possam compreender melhor as ações, programas e políticas do governo.

Vamos usar textos, fotos, vídeos, áudios e infográficos para ilustrar nossas mensagens. Sempre buscando a melhor sintonia com o público que está cada vez mais plugado nas novas mídias digitais. Acreditamos que este é apenas um primeiro passo para estabelecermos um diálogo cada vez mais próximo e informal entre governo e sociedade.

Aproveite e boa leitura!

Endereço do Blog do Planalto: http://blog.planalto.gov.br