quinta-feira, 31 de maio de 2012

Eu tenho lado: lado da honestidade

Artigo: Votar em ideias, por Jilmar Tatto

Há vinte anos se repetem crises políticas geradas por escândalos de corrupção no país, sendo recorrente o envolvimento de agentes públicos, empresas e Estado, nos três níveis de poder e da federação.

Esses fatos guardam relação direta com o esgotamento do sistema político e eleitoral em vigor desde a Constituição de 1988, notadamente no tocante ao financiamento privado de campanhas. Não há como dissociar esse modelo de financiamento de um quadro nebuloso no qual se misturam interesses e se invertem valores, com o predomínio dos objetivos privados sobre os públicos.

O PT tem insistido: a infiltração do poder econômico nas eleições gera graves distorções, como a desigualdade política, e permite que os políticos afinados com o empresariado tenham mais sucesso nas urnas.

É o que nos revela o trabalho da Polícia Federal nas operações Vegas e Monte Carlo, que desvendaram os tentáculos da organização criminosa comandada pelo contraventor Carlos Cachoeira. Goiás aparece hoje envolto por uma rede criminosa que capturou boa parte das instituições do estado, em flagrantes esquemas de captação ilegal de recursos para campanhas.

Chegou a hora de dar um basta à hipocrisia de que recursos públicos não devem ser usados no financiamento de campanhas. O modelo atual fomenta desvios e crises, permite que empresas prestadoras de serviço ao Estado possam exigir contrapartidas ao financiarem campanhas de determinado candidato ou partido e também lança permanente suspeição sobre todo o mundo da política.

O custo crescente das campanhas estimula candidatos a buscarem recursos financeiros em empresas ou, ainda pior, em segmentos do crime organizado, no poder econômico paralelo. Com o financiamento público, haveria drástica redução dessas operações. Hoje, a instabilidade é inevitável, há caixa dois e favorecimentos a candidatos ligados ao poder econômico. Isso faz aumentarem o tráfico de influência e a corrupção no âmbito da administração pública e deforma a expressão da vontade popular.

O financiamento privado é antidemocrático e, combinado com as listas abertas e coligações, distorce a relação entre quem o eleitor escolhe e quem efetivamente se elege. Hoje é evidente que candidatos com mais acesso às fontes de recursos têm mais chance de se eleger. Muitas vezes, o cidadão vota em quem tem maior visibilidade na mídia, e a essência do que é importante para o país e para a sociedade torna-se secundária. O modelo atual, pirotécnico, caro, é uma anomalia.

O financiamento público permitirá que todos os partidos e candidatos possam defender suas ideias e fazer campanha em grau de igualdade. Permitirá discutir plataforma, programa de governo e ainda explicitar os custos do sistema político, não os transferindo para a administração pública, via contratos. O compromisso do eleito, seja em que esfera for, será com o eleitor e com o interesse público. A mudança, mesmo que não seja perfeita, limitará as fraudes e facilitará a fiscalização. Será um avanço, com o estabelecimento de critérios transparentes para a distribuição dos recursos, de forma equitativa, entre todos os partidos. Os cidadãos saberão antecipadamente quanto cada partido recebeu para as eleições e poderão, por meio de um site específico administrado pelo TSE, acompanhar a aplicação desses recursos pelas diversas candidaturas.

Adotar o financiamento público exigirá esclarecimento e esforço de toda a sociedade, em um amplo debate que possa levar a transformações que aprofundem e fortaleçam nossa democracia, tornando mais transparente nosso sistema representativo. Podemos avançar. A sociedade brasileira ganha quando vota em ideias e não no poder econômico.

Jilmar Tatto é deputado federal (SP) e líder do PT na Câmara.

(Artigo publicado originalmente no jornal O Globo, edição de 24/05/2012)

Saiba tudo que rolou no 3º Encontro de Blogueiros Progressistas

 
O 3º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, em Salvador, teve a participação de blogueiros e ativistas digitais de 18 estados brasileiros. O presidente Lula mandou mensagem e afirmou a importância da democratização da mídia. O 4º BlogProg, como o evento foi batizado nas redes sociais, já tem data marcada: abril de 2014.

Carta de Salvador


A participação de quase 300 ativistas digitais de todo o país, no 3º Encontro Nacional de Blogueiro@s, realizado entre os dias 25 e 27 de maio em Salvador, na Bahia, consolidou o primeiro ciclo do mais importante movimento digital do Brasil, iniciado em agosto de 2010.

Surgido como uma reação aos monopólios de mídia, que se baseiam num modelo usurpador quase que exclusivamente voltado à defesa dos interesses do grande capital em detrimento das aspirações populares, o movimento nacional dos Blogueiros e Blogueiras Progressistas desdobrou-se em inúmeros encontros municipais, regionais e estaduais, além de três encontros nacionais (São Paulo, Brasília e Salvador) e um internacional, realizado, em outubro de 2011, na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná.

Neste curto espaço de tempo, este movimento ganhou legitimidade política e enorme dimensão social. Foi capaz de influir fortemente no debate sobre a necessidade de se democratizar a comunicação no Brasil. Em suma, temos saído vitoriosos nesta guerra dura contra a mídia ainda hegemônica. Lutamos com as armas que temos, todas baseadas na crescente força da blogosfera e das redes sociais.

O principal reflexo dessa atuação, ao mesmo tempo organizada e fragmentada, tem sido o incômodo permanente causado nos setores mais conservadores e reacionários da velha mídia nacional, um segmento incapaz não apenas de racionalizar a dimensão do desafio que tem pela frente, mas totalmente descolado das novas realidades de comunicação e participação social ditadas, inexoravelmente, pelas novas tecnologias. Apegam-se, de forma risível, a um discurso tardiamente articulado de defesa das liberdades de imprensa e de expressão, conceitos que mal entendem, mas que confundem, deliberadamente, para manipular o público em favor de interesses inconfessáveis. Posam, sem escrúpulo algum, de defensores de uma liberdade que não passa, no fim das contas, da liberdade de permanecerem à frente dos oligopólios de comunicação que tantos danos têm causado à democracia brasileira. Para tal, chegam a pregar abertamente restrições à internet, apavorados que estão com a iminente ruína de um modelo de negócios em franca crise em todo o mundo, com a queda de tiragem da mídia impressa e da audiência da radiodifusão, com consequências diretas no processo de captação de receita publicitária.

Para tornar ainda mais nítida e avançada a discussão sobre a democratização da comunicação no Brasil, o 3º BlogProg decidiu concentrar suas energias, daqui em diante, em duas questões fundamentais.

A primeira é a luta por um novo marco regulatório das comunicações assentado em uma Lei de Mídia capaz de estabelecer formalmente a questão da comunicação como um direito humano essencial. Neste sentido, o 3º BlogProg decidiu interagir com a campanha do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC). Campanha esta que visa pressionar o governo federal, de modo a desencadear de imediato o debate sobre este tema estratégico para toda a sociedade brasileira.

A segunda batalha decisiva é a de reforçar a defesa da ação da blogosfera e das redes sociais diante do constante ataque de setores conservadores estimulados e financiados pela velha mídia. Trata-se de um movimento articulado, inclusive, no Congresso Nacional, com o objetivo de criar obstáculos e amarras capazes de cercear a livre circulação de ideias pela internet, além de criminalizar o ativismo digital. Em outro front, cresce a judicialização da censura, feita com a cumplicidade de integrantes do Poder Judiciário, utilizada para tentar asfixiar financeiramente blogs e sítios hospedados na rede mundial de computadores. Mais preocupante é o aumento de casos de violência contra Blogueiros e ativistas digitais em todo o país, inclusive com assassinatos, como no caso dos Blogueiros Edinaldo Filgueira, do Rio Grande do Norte, e Décio Sá, do Maranhão.

A nossa luta, portanto, não é a luta de um grupo, mas de toda a sociedade pela neutralidade e pela liberdade na rede. É pela implantação de uma cultura solidária e democrática do uso e da difusão das informações. É uma luta pela igualdade das relações desse uso com base única e exclusivamente no que diz e manda a Constituição Federal, a mesma Carta Magna que proíbe tanto o monopólio da comunicação como a propriedade de veículos de comunicação por parte de políticos – duas medidas solenemente ignoradas pelas autoridades, pelos agentes da lei e, claro, pelos grupos econômicos que há décadas usufruem e se locupletam desse estado de coisas.

Para tanto, este 3º Encontro adota – como norte para orientar a nova fase da luta – uma ideia simples e direta: Nada além da Constituição!

As bandeiras da liberdade de informação e de expressão, assim como a da universalização do acesso à banda larga, são nossas. Qualquer tentativa de usurpá-las – ainda mais por parte de quem jamais defendeu a democracia no Brasil – é uma manipulação inaceitável.

Salvador, 27 de maio de 2012.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Nota do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre reportagem da Veja

NOTA À IMPRENSA (publicada no perfil de Lula no Facebook)

São Paulo, 28 de maio de 2012

Sobre a reportagem da revista Veja publicada nesse final de semana, que apresenta uma versão atribuída ao ministro do STF, Gilmar Mendes, sobre um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26 de abril, no escritório e na presença do ex-ministro Nelson Jobim, informamos o seguinte:

1. No dia 26 de abril, o ex-presidente Lula visitou o ex-ministro Nelson Jobim em seu escritório, onde também se encontrava o ministro Gilmar Mendes. A reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. “Meu sentimento é de indignação”, disse o ex-presidente, sobre a reportagem.

2. Luiz Inácio Lula da Silva jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões do Supremo ou da Procuradoria Geral da República em relação a ação penal do chamado Mensalão, ou a qualquer outro assunto da alçada do Judiciário ou do Ministério Público, nos oito anos em que foi presidente da República.

3. “O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado Mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”, afirmou Lula.

4. A autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público sempre foram rigorosamente respeitadas nos seus dois mandatos. O comportamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mesmo, agora que não ocupa nenhum cargo público.

Assessoria de Imprensa do Instituto Lula

“Nada além da constituição” é a bandeira da militância virtual, afirma Paulo Henrique Amorim

Um dos principais entusiastas do movimento dos militantes virtuais, o jornalista Paulo Henrique Amorim, afirmou categoricamente que os internautas defendem a constituição, e deixa claro que os “donos” das concessões desrespeitam a carta magna.


Autor do Blog Conversa Afiada, Paulo Henrique Amorim participou do 3º Encontro de Blogueiros Progressistas - 3ºBlogprog, que aconteceu no final de semana em Salvador – BA. Na ocasião, o presidente do honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, enviou um vídeo, em que destacou o papel democrático da militância virtual.

“Considero que desempenhamos um papel importante, de trazer os marginalizados do processo de democratização, os pobres, os feios, para dentro da discussão do processo de democratização”, afirma Paulo Henrique.

Segundo o jornalista, o evento serviu para a “defesa da liberdade de expressão” e para mostrar que há muitos brasileiros que se consideram à margem quanto ao direito à comunicação. “Este encontro já realizou duas obras: primeiro conferiu a este grupo vibrante, inquieto, combativo de blogueiros sujos, um rumo. Na minha opinião, nos faltava um slogan, nos faltava um mote, nos faltava uma palavra de ordem, esta palavra de ordem foi dada pelo ministro Franklin Martins, no pronunciamento que ele fez na noite de abertura, esta palavra de ordem é ‘nada além da constituição’, o que nós queremos é um marco regulatório que regule o que está na constituição, vamos tomar a constituição para o nosso lado, vamos tomar a constituição do PIG (Partido da Imprensa Golpista), vamos enfiar a constituição pela goela abaixo do PIG”.

O Marco Regulatório da Comunicação, bandeira do Partido dos Trabalhadores e de todos aqueles que lutam pela democratização dos meios de comunicação, especialmente os militantes virtuais, foi um dos temas debatidos em Salvador.“Acho que nós temos que inserir esta discussão e muitas outras, no Marco Regulatório, temos que inserir o alcance, as características da programação da televisão brasileira dentro da questão do Marco Regulatório regido, como eu já disse, pelo respeito à constituição”, disse Paulo Henrique Amorim.

Questionado sobre o papel da militância virtual, especialmente do PT, Paulo Henrique é enfático: “Lutem pela Constituição, a nossa bandeira é a Constituição, e veja, a maior vítima do PIG, a maior vítima da judicialização da censura, não é o blogueiro sujo, não somos nós, a maior vítima é o trabalhador de São Paulo que não pode explicar porque que os metroviários entram em greve, a maior vítima é o trabalhador não sindicalizado, ou é o trabalhador cujo sindicato não defende os seus interesses na hora de negociar com o empregador, a maior vítima não somos nós mauricinhos de classe média que temos os nossos blogs, não. O PT tem obrigação de botar gente na rua, como as centrais sindicais fizeram na Argentina, para exigir que a constituição seja respeitada”.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Denúncia e pedido de afastamento abalam pré-candidatura de Regis Melo em Dianópolis


Por KIKO Jacobina

O vereador e pré-candidato a prefeito de Dianópolis, Regis Melo (PSC), viu suas pretensões políticas serem frustradas pelos últimos acontecimentos relacionados ao famoso “caso das diárias”. A denúnica oferecida pelo Promotor de Justiça de Dianópolis, Luiz Francisco de Oliveira, joga por terra a real possibilidade de êxito do vereador dianopolitano na eleição majoritária de outubro.

Até então um nome forte nas pesquisas eleitorais, o vereador Regis viu suas intenções de voto encolherem vertiginosamente na medida em que era revelado todo o esquema de desvio de diárias da Câmara Municipal durante o desenrolar da “Operação Diárias” deflagrada pela Polícia Civil em parceria com o Ministério Público.
São graves as acusações contra o político representante do Partido Social Cristão: ordenação de despesa não autorizada por lei, peculato-apropriação, peculato-desvio e corrupção passiva. Ademais, foi solicitado ainda pelo representante do Ministério Público um pedido especial de afastamento cautelar de Regis Melo e outros três vereadores. Os denunciados estariam impossibilitados de permanecerem, no momento, exercendo suas funções de vereadores. Tal afirmativa estaria embasada pelos fundamentos da garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal.
Todo esse imbróglio causou, enfim, um fato novo no cenário eleitoral: o enfraquecimento do principal nome siqueirista na disputa que se avizinha. Com isso, logicamente, aumentam as chances dos outros concorrentes e o jogo volta ao placar de zero a zero.

Acusado de tráfico de drogas é preso em Dianópolis

(DIANÓPOLIS – 2ª CIPM) Michael Pereira Gomes foi preso pela Polícia Militar em Dianópolis na madrugada desta terça-feira, 29, por volta de 1h30, acusado de tráfico de entorpecentes. Com o suspeito foi encontrado um tablete de maconha, com aproximadante 1kg.

A ação aconteceu na TO – 040, Setor Campo Velho, durante patrulhamento de rotina. O homem foi abordado pelos policiais militares, que constataram que ele portava a droga, além de um celular. Michael e o material apreendido foram conduzidos à Central de Flagrantes para os procedimentos legais.

Fonte: ASCOM - PMTO

sábado, 26 de maio de 2012

Na Tribuna, Josi faz uma retrospectiva da terceirização até a Crise da Saúde


Dicom/AL - A deputada estadual Josi Nunes (PMDB) usou a tribuna durante a sessão ordinária desta quarta-feira,23, para falar sobre a situação da saúde do Tocantins.

A parlamentar fez uma retrospectiva dos acontecimentos desde o início do atual Governo. “ O Governador assumiu fazendo críticas severas a todas áreas da gestão anterior, em especial a saúde, e com base num relatório fotográfico fez o Decreto de calamidade. Assinou um convênio com a CMB e foram gastos R$ 4 milhões para a realização de estudos sobre melhor modelo de gestão hospitalar. Questionamos a necessidade deste estudo, pois a realidade da saúde já era conhecida por todos e não havia necessidade”, ressaltou.
Josi lembrou que questionou o Decreto de calamidade por entender que na época não havia tal situação. “Noticiamos ao MPE o que resultou na propositura de Ação Civil Pública pelo MPE”, ponderou.
Sobre a terceirização, Josi afirmou que junto com os deputados da oposição foi contra a Medida Provisória posteriormente convertida na Lei 2.472/11,que dispõe sobre a qualificação das Organizações Sociais que poderiam ser contratadas. “ Alegamos que era a reedição de um modelo testado e que não deu certo no Tocantins. Ao dialogar com a classe da saúde, todos foram unânimes na insatisfação, mas mesmo assim contratou a Pró- Saúde para gerir os hospitais”, afirmou.
A peemedebista disse que a bancada de oposição deu um prazo para que os problemas fossem solucionados. “Decidimos aguardar um prazo razoável para que o trabalho pudesse ser mensurado, mas os sinais dos resultados da terceirização da saúde começaram rapidamente a se manifestar, negativamente, principalmente no HGP, o que culminou com substituição da gestão da Pró-Saúde pela gestão própria no HGP, gestão sempre defendida por nós”, disse.
Ao finalizar seu discurso, a deputada criticou a atual gestão do Estado. “Infelizmente os resultados não foram os que o Governador propagou aos quatro cantos do Tocantins e isso pode ser visto na própria fala do Governador quando disse “vou cancelar o contrato, não vou enriquecer malandro” , ou seja, os salvadores da pátria, ou da saúde, viraram malandros de pouco menos de 1 ano”, ironizou.
Audiência Pública
Josi aproveitou o momento para solicitar ao Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, o deputado Raimundo Palito(PP) que realize a audiência pública da saúde suspensa nesta terça-feira,22. “ Ontem o deputado Zé Roberto apresentou novamente o requerimento solicitando a audiência, mas o deputado Palito disse que o objeto havia se perdido. Eu acredito que essa audiência é mais do que necessária, nós temos que discutir e ajudar o governo a encontrar uma solução para oferecer a saúde publica eficiente que a população do Tocantins merece”, completou.

Prefeitos criam Consórcio Regional do Sudeste


Aconteceu pela manhã desta sexta-feira, 25, na cidade de Natividade a criação do primeiro Consórcio Intermunicipal da Região Sudeste do Tocantins.


 A criação dos consórcios regionais é uma iniciativa do Governo do Estado, que através da Secretaria das Cidades e do Desenvolvimento Urbano está auxiliando as prefeituras municipais na constituição legal das entidades.
O consórcio intermunicipal da região sudeste do Tocantins reune 27 municípios que totalizam 150.474 habitantes (fonte IBGE, Censo 2010) e sua sede fica na cidade de Natividade.
A assembléia ordinária de criação do consórcio a conteceu no Basa Clube, em Natividade e contou com a presença de 19 prefeitos, vários vereadores, vice-prefeitos, lideranças regionais e representantes do governo do estado: Secretaria do Planejamento, Secretaria do Meio Ambiente e Agência Tocantinense de Saneamento.
Houve o registro de apenas uma chapa para concorrer aos cargos de presidente e vice do consórcio e apenas os prefeitos presentes tiveram direito a voto; a eleição de Joaquim do Posto, prefeito de Natividade para presidente e de Enoque de Sousa Alves, prefeito de Palmeirópolis para o cargo de vice-presidente foi por aclamação.
Joaquim do Posto agradeceu a confiança que recebia dos prefeitos e disse da grande responsabilidade que estava assumindo com a região sudeste do Tocantins; Enoque, vice presidente, elogiou a criação do consórcio e falou da importância de estarem sempre buscando melhorias para a região de forma organizada, em conjunto os municípios se fortalecem.
Representando o secretário Sandoval Cardoso, o subsecretário da Secretaria das Cidades falou do compromisso do Governo do estado em apoiar e auxiliar os municípios nessa etapa de criação dos consórcios e elogiou o empenho dos prefeitos, que logo poderão estar recebendo benefícios através dos consórcios. (Da Ascom)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

DOMINGO COMEÇA A XVI EXPO DNO

 
 
XVI EXPO DIANÓPOLIS: DE 27 A 03 DE JUNHO
PROGRAMAÇÃO:
Dia 27 : Abertura oficial com autoridades presentes e queima de fogos
Cavalgada
Dia 30: Show Gospel
Dia 31: Show com Zezo (O Príncipe dos Teclados)
Dia 01/06: Show com a Banda Balagandaya
Dia 02/06: Show com Higor e Hugo
Dia 03/06: Show com a Banda Bonde do Malandro
Encerramento com queima de fogos
REALIZAÇÃO: ZORRA / SINDICATO RURAL DE DIANÓPOLIS

Promotor pede afastamento de quatro vereadores


O Ministério Público Estadual (MPE) apresentou denúncia à justiça contra nove vereadores de Dianópolis por suposto esquema de desvio de dinheiro público através do uso ilícito de diárias e pediu afastamento de quatro desses parlamentares por formação de quadrilha. O MPE pediu o afastamento cautelar do atual presidente da câmara Osvaldo Baratins (PMDB), e do ex-presidente Regis Melo (PSC), e dos vereadores Rafael Campos Almeida (PSD) e Elaci Silva (PT). Duas servidoras do setor de controle interno da câmara municipal também foram denunciadas.

Segundo o promotor de justiça Luiz Francisco Oliveira, comprovou-se que os parlamentares denunciados mantinham um vínculo associativo permanente para fins criminosos e uma predisposição comum de meios para a prática de uma série indeterminada de crimes, colocando em risco a paz pública e o erário municipal.
A justiça deve analisar a denúncia e o pedido de afastamento, e caso a denúncia seja aceita, os envolvidos terão 10 dias para apresentar defesa.
Fonte: Jornal do Tocantins

Ministério Público oferece denúncia contra nove vereadores de Dianópolis

Por Trajano Coelho Neto II – Ecos do Tocantins

A representação do Ministério Público de Dianópolis, através de ato do Promotor de Justiça Luiz Francisco de Oliveira, divulgado em entrevista coletiva realizada no final da tarde desta quinta-feira, ofereceu denúncia criminal contra 9 vereadores e duas funcionárias da Câmara Municipal de Dianópolis, concluindo a etapa investigativa do chamado “caso das diárias”. Segundo estimativa, o juiz deverá acatar imediatamente a peça denunciante e julgar os protagonistas do episódio, em prazo de até 90 dias.
De conformidade com o documento protocolado no Fórum de Dianópolis, “ a materialidade restou comprovada através do Laudo Pericial 64/2012, onde foi concluído que inexiste qualquer documento que comprove as viagens e gastos dos vereadores e servidores “ envolvidos .
Quanto a autoria, “restou comprovada através de documentos carreados ao inquérito policial e também conforme o Relatório de Auditoria de Regularidade 05/2012, realizado pelo Tribunal de Contas do Estado do Tocantins.
Dos denunciados:
• Reginaldo Rodrigues de Melo, pelos crimes previstos nos artigos do Código Penal 359-D (14 vezes); 312 – peculato/apropriação (16 vezes); 312 – peculato/desvio (12 vezes; 317 (02 vezes) c/c art. 288, c/c Art. 69.
• Osvaldo Barbosa Teixeira, pelos crimes previstos nos artigos 359-D (10 vezes); 312- peculato/ apropriação (10 vezes); 312 – peculato/desvio (uma vez); 317 (7 vezes) c/c Art. 288, c/c Art. 69, todos do Código Penal.
• Rafael Campos de Almeida, pelos crimes previstos nos artigos 312 – peculato/ apropriação (1 vez); 317 (1 vez), c/c Art. 288, c/c Art. 69, previstos no Código Penal.

Elacy Silva de Oliveira Guimarães pelos crimes previstos nos Arts. 312 – peculato-apropriação (por 05 vezes), 317 (por 05 vezes) c/c Art. 288, c/c Art. 69, todos do Código Penal
• Ferdnando Ferreira Carvalho, pelos crimes previstos nos Artigos 312 – peculato/ apropriação ( 3 vezes) e 317 (3 vezes) c/c Art. 69 do CPB.
• Carlos Sérgio Rodrigues, pelos crimes previstos nos Artigos 312 – peculato/apropriação (3 vezes) e 317 (1 vez), c/c Art. 69 do CPB.
• Luciana Lopes Alves, pelo crime previsto no Art. 312 – peculato/ apropriação (1 vez).
• Carlos Guilherme Gonçalves Quidute, pelos crimes previstos nos Art. 312 – peculato/apropriação (2 vezes) e 317 (2 vezes), c/c Art. 69 do Código Penal vigente.
• Hagahús Araújo e Silva Netto, pelo crime previsto no Artigo 312 – peculato/apropriação (2 vezes).
• Adriana Reis Silva e Souza, incriminada no artigo 312 – peculato/apropriação (13 vezes), c/c Art. 69 do Código Penal.
• Keysila Monteiro Freire Rodrigues, pelo crime previsto no Art. 312 – peculato/apropriação (2 vezes).
Uma controvérsia surgiu na entrevista coletiva quando foi apresentado um relatório do Tribunal de Contas atestando as irregularidades em voga, porém, sabe-se que a mesma corte, teria emitido certidão de regularidade para exercício de um período em questão, o que evidentemente provocaria uma nova polêmica para o caso.
Em caso de condenação, as penas referentes aos delitos mais praticados, podem alcançar a casa dos 100 anos, se aplicadas em sua plenitude. O promotor Luiz Francisco, declinou ainda que pedirá o afastamento de todos os envolvidos, até que haja o pronunciamento final da justiça. Caso exista a condenação, todos os mandatários terão seus direitos políticos suspensos por período de 8 anos. O membro do ministério Público afirmou também em tom categórico, que poderá a qualquer tempo, pedir a prisão provisória dos envolvidos, caso sigam as ofensas morais contra sua pessoa e a Justiça, sendo a prerrogativa para tanto, de sua alçada, enquanto membro do Ministério Público.
Aos vereadores e funcionários incriminados, segundo o presidente da Câmara Legislativa Osvaldo Baratins, cabem em conjunto com os advogados, intensificar e aprimorar ações de defesa e aguardar o julgamento com consciência e serenidade. O presidente lembrou ainda que não estão condenados e que irão lutar até a última instância, para provar inocência e preservar os seus direitos.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Calendário eleitoral do TSE

Como falta pouco mais de um mês para o dia 30 de junho, último dia do prazo para a realização das convenções partidárias, este blog publicará aos poucos o calendário eleitoral do TSE para as eleições municipais de 2012. Segue inicialmente o calendário relativo aos meses de maio e junho:
- Calendário eleitoral 2012 -
MAIO DE 2012
26 de maio – sábado
1. Data a partir da qual é permitido ao postulante à candidatura a cargo eletivo realizar propaganda intrapardidária com vista à indicação de seu nome, vedado o uso de rádio, televisão e outdoor, observado o prazo de 15 dias que antecede a data definida pelo partido para a escolha dos candidatos (Lei nº 9.504/97, art. 36, § 1º).
JUNHO DE 2012
5 de junho – terça-feira
1. Último dia para a Justiça Eleitoral enviar aos partidos políticos, na respectiva circunscrição, a relação de todos os devedores de multa eleitoral, a qual embasará a expedição das certidões de quitação eleitoral (Lei nº 9.504/97, art. 11, § 9º).
10 de junho – domingo
1. Data a partir da qual é permitida a realização de convenções destinadas a deliberar sobre coligações e escolher candidatos a Prefeito, a Vice-Prefeito e a Vereador (Lei nº 9.504/97, art. 8º, caput).
2. Data a partir da qual é vedado às emissoras de rádio e de televisão transmitir programa apresentado ou comentado por candidato escolhido em convenção (Lei nº 9.504/97, art. 45,§ 1º).
3. Data a partir da qual os feitos eleitorais terão prioridade para a participação do Ministério Público e dos Juízes de todas as justiças e instâncias, ressalvados os processos de habeas corpus e mandado de segurança (Lei nº 9.504/97, art. 94, caput).
4. Início do período para nomeação dos membros das Mesas Receptoras para o primeiro e eventual segundo turnos de votação (Resolução nº 21.726/2004).
5. Último dia para fixação, por lei, dos limites de gastos de campanha para os cargos em disputa, observadas as peculiaridades locais (Lei nº 9.504/97, art. 17-A).
6. Data a partir da qual é assegurado o exercício do direito de resposta ao candidato, ao partido político ou à coligação atingidos, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica, difundidas por qualquer veículo de comunicação social (Lei nº 9.504/97, art. 58, caput).
7. Data a partir da qual é permitida a formalização de contratos que gerem despesas e gastos com a instalação física de comitês financeiros de candidatos e de partidos políticos, desde que só haja o efetivo desembolso financeiro após a obtenção do número de registro de CNPJ do candidato ou do comitê financeiro e a abertura de conta bancária específica para a movimentação financeira de campanha e emissão de recibos eleitorais.
8. Data a partir da qual, observada a realização da convenção partidária, até a apuração final da eleição, não poderão servir como Juízes Eleitorais nos Tribunais Regionais, ou como Juiz Eleitoral, o cônjuge ou companheiro, parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição (Código Eleitoral, art. 14, § 3º).
11 de junho – segunda-feira
1. Data a partir da qual, se não fixado por lei, caberá a cada partido político fixar o limite de gastos de campanha para os cargos em disputa e comunicá-lo, no pedido de registro de seus candidatos, à Justiça Eleitoral, que dará a essas informações ampla publicidade (Lei nº 9.504/97, art. 17-A).
30 de junho – sábado
1. Último dia para a realização de convenções destinadas a deliberar sobre coligações e escolher candidatos a Prefeito, a Vice-Prefeito e a Vereador (Lei nº 9.504/97, art. 8º, caput).

MPE afirma que responsabilidade de desabastecimento dos hospitais é do Estado e que existe ineficiência da gestão pública

O Ministério Público Estadual (MPE) afirmou em nota na tarde desta quarta-feira, 23, que os problemas relacionados à gestão da saúde no Tocantins já vêm sendo analisados pelo órgão por meio do Centro de Apoio Operacional da Cidadania e do Patrimônio Público.

De acordo com o MPE, diante do desabastecimento hospitalar, em face da falta de entendimento do Estado e da organização social Pró-Saúde, que administra os hospitais públicos, o procurador Marco Antônio Bezerra destaca que este problema sempre foi e sempre será do Estado, independentemente da execução direta ou indireta. “Eventuais desmandos contratuais entre Pró-Saúde e Estado, bem como danos à população, serão dirimidos nas respectivas áreas penais e de improbidade administrativa”, frisou o procurador, ressaltando que o Estado não pode transferir problemas dessa natureza para a população, que não contribuiu ou colaborou para o surgimento dessa situação.

Conforme a promotora Maria Roseli de Almeida Pery, a justificativa da falta de financiamento não é o motivo do desabastecimento hospitalar, e sim a ineficiência da gestão pública em conduzir o modelo de gestão hospitalar adotado. “É relevante considerar que o governo decretou estado de calamidade pública para justificar a terceirização que, comprovadamente, não deu certo”, concluiu a promotora.

De acordo com o MPE, já foi instaurado também no Ministério Público, procedimento para apurar as irregularidades no gerenciamento da gestão hospitalar, apontadas no relatório da Comissão de Acompanhamento e Fiscalização (CAF), da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). O relatório aponta sobrepreços de até 260%, além de outras possíveis irregularidades, todas negadas pela Pró-Saúde.

 Histórico terceirização

 O MPE ainda aguarda posicionamento da Justiça sobre um recurso (Embargo de Declaração) que reitera o pedido feito em Ação Civil Pública para que o Estado fosse impedido de terceirizar a saúde pública. O recurso foi protocolado no dia 25 de agosto de 2011, na 1ª na Vara da Fazenda Pública de Palmas.

 Na época da Ação Civil Pública, a magistrada limitou-se a opinar quanto à situação de calamidade, inclusive concedendo liminar ao MPE, derrubando o decreto do governo. Conforme o MPE, a liminar foi cassada posteriormente pelo Tribunal de Justiça do Tocantins. Na própria liminar, a juíza fundamentou a decisão no sentido de que “não pode o Estado transferir integralmente a gestão e a execução das ações e serviços de saúde para pessoas jurídicas de direito privado”.

 Diante de tais fatos, o MPE interpôs recurso perante a Vara da Fazenda Pública, visando maior clareza à decisão da magistrada. Uma decisão da Justiça proferida no menor prazo possível seria importante para tomada das providências cabíveis.

Fonte: Portal CT

Artigo: O julgamento do século, por Marcos Coimbra

Embora as datas para o início efetivo do julgamento do mensalão ainda estejam indefinidas, o foco dos veículos da indústria de comunicação vai progressivamente se fechando nele. É como o período que antecede os grandes eventos de data marcada, como o Campeonato Mundial de Futebol, as Olimpíadas, o Carnaval.

Antes escassas, as notícias ficam frequentes. O espaço a eles dedicado aumenta e enobrece. Saem os primeiros editoriais. Os comentaristas passam a tratá-los com regularidade; as colunas se enchem de notas e fofocas.
Algo assim está ocorrendo com a decisão que o Supremo Tribunal Federal vai proferir nos próximos meses.
Com mal contida expectativa, a mídia se prepara para o que parece considerar “o julgamento do século” – como ela mesma costuma designar situações e momentos que apresenta como transcendentais (o “casamento do século”, o “jogo do século”, a “luta do século” e por aí vai), mas que raramente têm o significado apregoado.
Na oposição institucionalizada, não encontramos esses sentimentos. Os principais partidos e as lideranças mais equilibradas apenas aguardam os acontecimentos, sem entusiasmo maior. Esperam algum lucro, mas desconfiam que os benefícios que poderão auferir são modestos.
Sabem que ninguém ganha, de fato, quando sobe a “taxa de desconfiança” da população em relação à política e aos políticos – desdobramento provável de uma eventual ampliação do interesse da opinião pública pelo julgamento.
Embora não temam ataques diretos, não têm certeza se conseguiriam sair incólumes de um processo cujo controle lhes escapa.
Pelo que as pesquisas sugerem, o julgamento do mensalão tem, no entanto, pequena capacidade de se tornar, para a vasta maioria da sociedade, um fato de relevância maior.
Será possível devolver ao assunto a dramaticidade que tinha há sete anos e que perdeu? Será significativa a parcela da opinião pública que se dispõe a acompanhar a cobertura do julgamento nas semanas e meses que vai durar?
Talvez por isso, nas matérias dos últimos dias, estava clara a intenção de levar o Supremo a compactar procedimentos e reduzir prazos. É como se quisessem preparar um “evento de mídia” – suficientemente curto para prender a atenção popular (que todos admitem ser pequena) e com o máximo de “momentos dramáticos”.
Há alguma outra razão para aplaudir as sugestões de “liquidar tudo rapidamente”? Para defender mudanças nos trâmites usuais do STF? Mesmo as que contrariam a praxe do Tribunal?
Fala-se - como se fosse algo meritório - em suspender férias, reunir o Plenário de manhã e à tarde, fazer sessões todos os dias. A única coisa para a qual se quer mais tempo é para a leitura da acusação do Procurador-Geral: da hora habitual, iria para cinco horas (intermináveis).
Não importa que vários ministros tenham que se dedicar, a partir do começo de julho, à Justiça Eleitoral - essa sim com prazos exíguos. Tampouco se alguns irão se aposentar em breve, deixando cadeiras vagas na Corte. O “julgamento do século” é mais importante que tudo.
Se os políticos da oposição o olham de longe, se a opinião pública pouco se interessa por ele, se seus efeitos em nosso sistema político são - por esses motivos - improváveis, em que sentido estamos na iminência do “julgamento do século”?
Para os envolvidos, é gravíssimo. Sem falar no sentimento que muitos devem ter, de ser julgados sem ter feito nada de diferente da universalidade de seus pares. Do que são acusados, não escapa ninguém.
O julgamento do mensalão corre o risco de se tornar pouco mais que um acerto de contas. Uma (pequena) vitória para quem não gosta do “lulopetismo”. Uma vendeta quase pessoal.
Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Promotor deve oferecer denúncia contra vereadores e servidores da Câmara de Dianópolis nesta sexta: análise está no final

O promotor de Justiça, Luiz Francisco de Oliveira, deve oferecer a denúncia contra os vereadores e servidores da Câmara de Dianópolis nesta sexta, 25. Segundo o promotor, a análise do inquérito está em fase final. A Polícia já indiciou nove vereadores e dois servidores da Câmara.

Após o indiciamento, feito pela polícia, de nove vereadores e dois servidores da Câmara de Dianópilos por concessão e uso indevido de diárias, o promotor de Justiça, Luiz Francisco de Oliveira, está em fase final de análise do inquérito e adiantou que deve oferecer a denúncia nesta sexta-feira, 25.
O inquérito que foi concluído no dia 10 de maio deste mês constatou a inexistência de prestação de contas, excesso de viagens em período de recesso parlamentar com recebimento de diárias, além de pagamento de diárias por viagens que não foram realizadas.
As investigações apontaram a existência de crimes como Ordenação de despesa não autorizada por Lei (Art. 359-D), Peculato (Art. 312), Corrupção Passiva (Art. 317) e Formação de Quadrilha (Art. 288).
Entenda o caso

Em atendimento a uma solicitação do Ministério Público, a Polícia Civil começou investigar há mais de um ano condutas dos vereadores e funcionários da Câmara Municipal de Dianópolis, como Peculato, Corrupção Passiva, Ordenação de despesa não autorizadas por Lei e Formação de quadrilha.

No dia 29 de fevereiro a Polícia Civil deflagrou na Câmara Legislativa a Operação Diárias, com objetivo de colher provas que evidenciassem os crimes. A ação foi acompanhada pelo Promotor de Justiça, Luiz Francisco e foi deflagrada para o cumprimento do Mandando de Busca e Apreensão.
As investigações apontavam que dos nove vereadores municipais, pelo menos a metade deles estão envolvido com os crimes.

Buscas
Durante as buscas no interior da Câmara a Polícia Civil apreendeu portarias de concessão de diárias, livros de registros de Portarias da Câmara, balancetes, cópias de Atas, fichas contendo o cadastro funcional, e demais documentos inerentes ao interesse das investigações.

Conforme o promotor de Justiça, Luiz Francisco, certas ações da polícia são necessárias para elucidar inquéritos investigatórios e que as provas serviriam tanto para a defesa como para a acusação. Segundo ele, os vereadores envolvidos no caso poderão sofrer além da Pena criminal, inelegibilidade por 8 anos.
Fonte: Portal RT

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Câmara aprova registro de candidatos com contas rejeitadas e gera polêmica entre os deputados

O projeto de lei nº3839, de 2012, tem como objetivo alterar as regras de interpretação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a emissão da certidão.

O projeto de lei nº3839, de 2012, tem como objetivo alterar as regras de interpretação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a emissão da certidão. De acordo com o autor da matéria, deputado Ricardo Balestra (PP-GO), o tribunal ultimamente tem entendido que a certidão não pode ser emitida para quem já teve contas rejeitadas de campanhas eleitorais anteriores.

Para o parlamentar, a jurisprudência foi além do que determina a Lei Eleitoral, que exige, como um dos critérios para a emissão, apenas a apresentação das contas, sem nenhuma menção à rejeição. Segundo o texto, as certidões deverão ser entregues “aiinda que as contas sejam desaprovadas”.

Para o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), a medida é uma espécie de anistia para quem não atendeu às determinações judiciais. O parlamentar ressaltou que era necessário distinguir quem de fato incorreu em irregularidade dos que apenas foram vítimas de erros no registro de contas. “O projeto une bagrinhos e tubarões no mesmo grupo. Quem se esmerou em fazer as coisas direitinho não tem mérito nenhum”, disse.

Chico Alencar reclamou ainda da forma como o projeto foi incluído na pauta do Plenário da Câmara. “Foi uma surpresa para todos nós. A urgência foi aprovada rapidamente e em seguida já houve a votação. Nós nem conhecíamos o texto do projeto”, disse. O deputado manifestou sua preocupação com o futuro da legislação eleitoral. “Isso é a Ficha Suja das contas de campanha. Como é lei, ficará para sempre.”

Bicheiro Carlinhos Cachoeira fica calado durante depoimento na CPI

Repetindo o que outros acusados já fizeram no Congresso, o bicheiro Carlinhos Cachoeira ficou calado diante da CPI que investiga as ligações dele com políticos e empresários.

A conduta do principal suspeito de conduzir um esquema de corrupção, em vários níveis, enfureceu parte dos parlamentares integrantes da CPI, que pretende quebrar o sigilo da empreiteira Delta, a principal empresa envolvida com o bicheiro.
Duas horas e meia de sessão, mais de 40 perguntas e: “estamos perguntando pra uma múmia. Não vou ficar aqui dando ouro para bandido. Chefe de quadrilha sentado com essa cara cínica”, fala a líder do partido, senadora Kátia Abreu (PSD-TO).
“O que estamos fazendo diante de um marginal, que saiu da Papuda e mantem-se com a arrogância dos livres?”, diz o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Reações ao ar de indiferença de Carlinhos Cachoeira, que orientado por advogados, disse que não poderia responder. “Somente depois da audiência que vamos ter no juiz, que se porventura, achar que eu deva contribuir, pode me chamar que eu virei pra falar, ok?”, declara Carlos Cachoeira. Não adiantou insistir. “Não falarei nada aqui”, fala Cachoeira.
 O líder do PPS, Rubens Bueno, devolveu com ironia: “em homenagem ao Dia Mundial da Biodiversidade deixar uma pergunta final perguntando ao senhor Carlos Augusto: que bicho vai dar hoje?”.
 O que chamou mais a atenção foi o esquema de segurança montado para o depoimento que não houve. Sem algemas, o bicheiro foi escoltado do Complexo da Papuda, onde está preso, até o Congresso.
 No depoimento sem revelações, Carlinhos Cachoeira só não conseguiu esconder o nervosismo. Ao final da frustrante sessão, o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), admitiu pela primeira vez, que a Delta pode ser investigada também nacionalmente, e não só no Centro-Oeste. Segundo a Polícia Federal, a construtora abasteceu o caixa de empresas de fachada da quadrilha de Cachoeira.
 Odair Cunha afirmou que o ex-diretor-regional da Delta na região Centro-Oeste movimentou as contas da matriz da empresa. “As contas da Delta Nacional, movimentadas pelo Cláudio Abreu, foram instrumento de transferência de dinheiro para empresas laranja ou empresas ligadas à organização criminosa. Esse é o indício forte”.
Fonte: Portal G1

Ministério Público oferece denúncia contra suspeitos de furtos, receptação de gado e formação de quadrilha


O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO TOCANTINS (MPE), através da 1ª Promotoria de Justiça de Dianópolis, ofereceu denúncia nesta terça – feira, 22 de maio de 2012, contra nove suspeitos dos crimes de furtos, receptação de gado e formação de quadrilha.

Três integrantes da quadrilha estão presos preventivamente, sendo que na denúncia oferecida o Ministério Público requereu a prisão preventiva dos outros integrantes da quadrilha.
Segundo o Promotor de justiça, Luiz Francisco, os denunciados faziam parte da quadrilha envolvida em grande quantidade de furtos, receptação de gado e violência no campo.
A quadrilha atuava na região há muito tempo, aterrorizando os camponeses do município de Conceição do Tocantins e cidades vizinhas.

Os trabalhos realizados pela Delegada, Dra. Gladis Graciela Cury, da  Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA), desmantelou a quadrilha, sendo que alguns dos denunciados ainda estão sendo investigados em um outro inquérito policial por tentativa de homicídio praticado contra os posseiros.
Fonte: ASCOM/MPE

terça-feira, 22 de maio de 2012

TRE-TO cassa mandato de Prefeita de Taguatinga por infidelidade partidária


Os Membros do Pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) julgaram por maioria procedente na manhã desta segunda-feira (21/05), a Ação de Perda de Mandato por Infidelidade Partidária da Prefeita de Taguatinga Zeila Aires Antunes Ribeiro, eleita em 2008 pelo DEM e, atualmente, filiada ao Partido da República (PR).
O caso
A Procuradoria Regional Eleitoral (MPE) já havia se manifestado favorável à ação impetrada pelo DEM, que postulava a perda de mandato da prefeita. Em seu parecer, o Ministério Público Eleitoral requereu a procedência da ação, por entender que a gestora havia deixado o partido de forma voluntária, filiando-se em seguida ao PR. No Processo consta que a requerida, prefeita eleita pela coligação “Agora a mudança é para melhor”, formada pelos partidos PTN / PMDB / DEM /PPS nas eleições 2008 deixou, sem justa causa, o partido de origem na data de 06/10/2011, filiando-se ao Partido da República – PR em 07/10/2011, não se amoldando tal situação ao disposto na Resolução TSE nº 22.610/2007, que dispõe sobre a infidelidade partidária.
Justa causa
O artigo 1º da Resolução TSE nº 22.610 estabelece como justa causa para a saída de parlamentar do partido pelo qual se elegeu em eleições proporcionais as seguintes condições: incorporação ou fusão do partido, criação de novo partido, mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário ou grave discriminação pessoal.
O MPE afirma ainda que a jurisprudência do TSE é no sentido de que a migração gera perda de mandato, nos termos da Resolução TSE nº 22.610. Para a Justiça Eleitoral, a desfiliação só poderá ocorrer quando configurada a “justa causa”, que segundo o relator, no caso sob exame, “Trata-se da inevitável contenda intrapartidária, que em nada se assemelha à justificativa de grave discriminação pessoal”, ou seja, ao caso da prefeita Zeila.
 Julgamento
Acrescenta, ainda, o relator que, “o que se percebe é que a mudança de agremiação, às vésperas de prazo limite determinado na legislação eleitoral para a disputa do pleito vindouro, motivada por interesses pessoais, especialmente maior chance de elegibilidade nas eleições seguintes e melhor posição política dentro do próprio partido”. Na sua decisão foi observado que “O conjunto probatório colacionado aos autos não lhe permite concluir pela existência de grave discriminação pessoal, entendida essa como um conjunto de medidas e atitudes nocivas dirigidas especificamente contra o mandatário perseguido”.
Mérito
No que tange ao mérito, foi acolhido o parecer ministerial e julgada procedentea ação de perda de mandato por infidelidade partidária, decretada a perda de mandato eletivo da prefeita Zeila Aires Antunes Ribeiro. Além disso, foi determinada a comunicação ao Presidente da Câmara Municipal de Taguatinga/TO para que emposse, em 10 dias, o vice-prefeito do Partido Democratas – DEM/TO, Ailton Gomes Ferreira, salientado pelo relator que o Acórdão possui eficácia imediata, e a comunicação independe de trânsito em julgado.(T.C/ASCOM/TRE-TO, com informações da SJI)

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Governo e Marketing, por Marcos Coimbra

De uns tempos para cá, difundiu-se uma nova teoria sobre a popularidade de Dilma. À boca pequena, os “grandes entendidos”, os que “sabem tudo de Brasília”, não têm dúvida: é coisa de João Santana!

Para quem não sabe, é bom logo explicar. Ele é o profissional de marketing que assessora a presidente desde o começo do governo. Foi o responsável pela campanha que a levou à vitória em 2010.
Sua proeminência data de quando assumiu a campanha de Lula na reeleição. Embora o ex-presidente já tivesse voltado a ser favorito desde o início de 2006 – quando o eleitorado digeriu e superou o famoso “mensalão” -, aquela não foi uma eleição tranquila.
Até os últimos dias do primeiro turno – e o começo do segundo -, a oposição política e social ainda acreditava que tinha condições de derrotá-lo.

Moveu tudo que estava ao alcance, contando com a participação entusiasmada dos principais veículos de comunicação nacionais - que não titubearam no endosso à candidatura de Geraldo Alckmin (mais, até, que o próprio esperava). Mas Lula resistiu e terminou vencendo.
E João Santana soube fazer uma televisão que o ajudou (em muito). Como foi, quatro anos depois, um ator fundamental na campanha de Dilma.

Santana enveredou pelos caminhos do marketing político e eleitoral através de Duda Mendonça, de quem cedo se tornou um dos mais importantes colaboradores.
Com o ostracismo de Duda – o coordenador da campanha de Lula em 2002 -, provocado por suas intempestivas declarações à CPI que investigava as denúncias contra o mensalão, ele assumiu o protagonismo.

Desde a posse de Dilma, Santana a tem assessorado em questões de comunicação. Em especial, é quem se encarrega dos pronunciamentos na televisão. Dirige as gravações, opina a respeito do que ela diz, sugere textos mais facilmente compreensíveis pela população.
O que faz é algo de que nenhum governo democrático moderno prescinde. Não há chefe de governo contemporâneo que não tenha “seu marqueteiro” – ou uma empresa que faz as vezes.

A comunicação de massa é relevante demais para ser deixada sob a responsabilidade de pessoas sem qualificação específica – ou para guiar-se exclusivamente pela “intuição” do governante.

Mas não é por ter essa função que João Santana se tornou, nas últimas semanas, personagem da crônica política e assunto dos comentaristas.
Com frequência cada vez maior, ele passou a ser discutido não pelo que é, mas por algo que lhe atribuem: o papel de mágico.

Entre os muitos que não entendem os bons números da presidente, estão os que acham que a resposta é que são “coisa do João Santana”. O que equivale a dizer que o único motivo de ela ser bem avaliada é o marketing do governo.
Mais ainda: que Dilma é aprovada porque alguém - o marqueteiro - “manipulando” as “técnicas do marketing”, “vende gato por lebre”.

Ela, a “responsável pelo ministério”, se tornou a “faxineira ética” por “obra do marketing” – ou seja, de João Santana. Ela, a fonte dos problemas do governo, se apresenta como solução, “por obra do marketing”.
No fundo, é mais uma ficção criada pela oposição - particularmente a mídia oposicionista - para não reconhecer um fato básico de nossa vida política: que a larga maioria da sociedade aprova, com racionalidade e fundamentadamente, o governo que Dilma realiza.

Ao invés de tentar mostrar a “falsidade” dessa boa avaliação – atribuindo-a à “ignorância da população”, à “desinformação das pessoas”, ao “clientelismo político”, à “compra das consciências pelo Bolsa-Família” e, agora, ao “marketing do governo” – melhor fariam as oposições se começassem sua análise admitindo que a sociedade aprova o governo por razões concretas. Que está satisfeita objetivamente, e não por estar sendo enganada.
Só assim poderá redescobrir como falar com o país. E não ficar falando sozinha.

Autor: Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi


Vereador de Novo Jardim protocola denúncia contra prefeito que teria permitido locação de imóvel de sua filha: gestor aponta legalidade

Uma denúncia contra o prefeito de Novo Jardim, Aníbal Cavalcante Cerqueira (PMDB), foi protocolada no Ministério Público e no Tribunal de Contas pelo vereador do município, Conrado Dias de Sousa (PSD). Segundo consta em documentos apresentados pelo vereador, o gestor teria autorizado a locação de imóvel de sua filha para abrigar instalações da rede Municipal de Ensino. Ao Site RT o prefeito afirmou inocência e disse que vai provar que os processos foram feitos na legalidade.

O vereador de Novo Jardim, Conrado Dias de Sousa (PSD), esteve no Site Roberta Tum para informar que protocolou no Ministério Público da Comarca de Dianopólis e também no Tribunal de Contas uma denúncia contra o prefeito do município, Aníbal Cavalcante Cerqueira (PMDB).
Segundo consta no documento apresentado pelo vereador aos orgãos competentes, o gestor teria autorizado a locação de um imóvel de sua filha para abrigar instalações da rede Municipal de Ensino da cidade. Segundo consta no documento, a locação foi realizada de março de 2010 a julho de 2011 com valores três vezes maiores do que os praticados em outras locações.Conforme o contrato de locação de imóvel n°028, em 2010 foram pagos a filha do prefeito R$ 5.200, 00. Já em 2011 o valor pago pelos serviços foram R$ 7.920, 00.
Ainda segundo a denúncia, o gestor teria praticado nepotismo ao nomear em cargo comissionado de segundo escalão sua outra filha, Regina Célia Albuquerque Rodrigues. "Isso tudo está acontecendo e estou denunciando porque a população é quem sofre com isso. Essas denúncias precisam ser analisadas com urgência. Há muito tempo que tenho visto coisas erradas no município e não posso mais admitir isso. Há mais de anos são constatadas irregularidades“, explicou
Afastamento
Conforme declarou o vereador, tendo em vista as atitudes do prefeito é necessário que ele seja afastado do cargo. “O Aníbal precisa ser afastado por prática de atos de improbidade administrativa até apuração dos fatos”, afirmou.
Fora da lei
De acordo com o parlamentar, outro ato ilegal que teria sido praticado pelo gestor diz respeito a uma homenagem que o prefeito teria feito a sua esposa, Anorelina Alburquerque Cerqueira, que ainda está viva. Segundo contou o vereador, o prefeito deu o nome da esposa a uma escola do município, o que estaria em desacordo com a lei.
A abertura de processo seletivo ilegal, concessão de licença a funcionário público pela administração, suspeita de fraude em procedimento licitatório, contrato de locação de imóvel irregular, pagamento indevido com serviço de máquina pública, obra mal feita e abandonada, construção de casas populares de forma irregular e ausência injustificada do gestor municipal estão entre as denúncias apontadas pelo vereador ao MPE e TCE.
Prefeito afirma inocência
O Site RT entrou em contato com o prefeito Aníbal que, sem dar mais detalhes sobre as acusações, afirmou que é inocente. “Vou provar a minha inocência e vou provar que nada foi feito fora da legalidade. Vou conversar com a minha advogada e saber qual procedimento irei tomar. Vou entender bem sobre essa denúncia para só depois me pronuncie”, finalizou”.