Agora é pra valer. O PMDB
resolveu derrotar o PMDB. É o que se deduz da decisão anunciada no final de
semana pelo ex-governador Carlos Gaguim, junto com o deputado federal Junior
Coimbra, sair pelo Estado pedindo votos aos modebas para senado e governo
respectivamente. Ainda que se entenda democrático, o movimento, pela lógica, da
forma como colocado e diante do sentimento popular pro-Marcelo Miranda, é
daquelas operações que proporcionarão somente, não resta qualquer dúvida, soma
negativa, mais cisão que união.
Assemelha-se a uma vendita
ao resultado da pacificação a que se chegou entre as duas correntes, contrária
à tentativa da direção regional de monopolizar a legenda na contramão da
representação. O que dispersa o ativo
político que talvez tivesse conquistado o partido com o entendimento do ano
passado. Teria tudo voltado ao marco zero.
Esse vácuo que daí desponta
certamente será preenchido por ações governistas no sentido contrário, com
demonstrações de coesão tanto internamente nos partidos da base, como no uso
político das ações de governo. Como o governo disso se aproveita,, o raciocínio
lógico induz que ele a isto procure incentivar. Até mesmo sem fazer força em
função das relações existentes de parte a parte.
Resta evidente que ações
divisionistas internas interessam a quem elas, em tese, estariam em oposição. É
uma falácia dizer-se que embates internos fortaleçam o partido quando na verdade
o dividem. Não há como cortar algo pela metade e se dê à fração característica de um inteiro. No caso
específico do PMDB, as pesquisas indicam, objetivamente, o perfil das
lideranças peemedebistas e os seus ativos políticos. Que se quer, agora,
fraccionar para fruição do Palácio que já tem definido o seu candidato.
Fonte: Blog do Luiz Armando Costa