terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Artigo: Por que o Brasil é o país das oportunidades - Luiz Inácio Lula da Silva


 
Passados cinco anos do início da crise global, o mundo ainda enfrenta suas consequências, mas já se prepara para um novo ciclo de crescimento. As atenções estão voltadas para mercados emergentes como o Brasil. Nosso modelo de desenvolvimento com inclusão social atraiu e continua atraindo investidores de toda parte. É hora de mostrar as grandes oportunidades que o país oferece, num quadro de estabilidade que poucos podem apresentar.
Nos últimos 11 anos, o Brasil deu um grande salto econômico e social. O PIB em dólares cresceu 4,4 vezes e supera US$ 2,2 trilhões. O comércio externo passou de US$ 108 bilhões para US$ 480 bilhões ao ano. O país tornou-se um dos cinco maiores destinos de investimento externo direto. Hoje somos grandes produtores de automóveis, máquinas agrícolas, celulose, alumínio, aviões; líderes mundiais em carnes, soja, café, açúcar, laranja e etanol.
Reduzimos a inflação, de 12,5% em 2002 para 5,9%, e continuamos trabalhando para trazê-la ao centro da meta. Há dez anos consecutivos a inflação está controlada nas margens estabelecidas, num ambiente de crescimento da economia, do consumo e do emprego. Reduzimos a dívida pública líquida praticamente à metade; de 60,4% do PIB para 33,8%. As despesas com pessoal, juros da dívida e financiamento da previdência caíram em relação ao PIB.
Colocamos os mais pobres no centro das políticas econômicas, dinamizando o mercado e reduzindo a desigualdade. Criamos 21 milhões de empregos; 36 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza e 42 milhões alcançaram a classe média.
Quantos países conseguiram tanto, em tão pouco tempo, com democracia plena e instituições estáveis?
A novidade é que o Brasil deixou de ser um país vulnerável e tornou-se um competidor global. E isso incomoda; contraria interesses. Não é por outra razão que as contas do país e as ações do governo tornaram-se objeto de avaliações cada vez mais rigorosas e, em certos casos, claramente especulativas. Mas um país robusto não se intimida com as críticas; aprende com elas.
A dívida pública bruta, por exemplo, ganhou relevância nessas análises. Mas em quantos países a dívida bruta se mantém estável em relação ao PIB, com perfil adequado de vencimentos, como ocorre no Brasil? Desde 2008, o país fez superávit primário médio anual de 2,58%, o melhor desempenho entre as grandes economias. E o governo da presidenta Dilma Rousseff acaba de anunciar o esforço fiscal necessário para manter a trajetória de redução da dívida em 2014.
Acumulamos US$ 376 bilhões em reservas: dez vezes mais do que em 2002 e dez vezes maiores que a dívida de curto prazo. Que outro grande país, além da China, tem reservas superiores a 18 meses de importações? Diferentemente do passado, hoje o Brasil pode lidar com flutuações externas, ajustando o câmbio sem artifícios e sem turbulência. Esse ajuste, que é necessário, contribui para fortalecer nosso setor produtivo e vai melhorar o desempenho das contas externas.
O Brasil tem um sistema financeiro sólido e expandiu a oferta de crédito com medidas prudenciais para ampliar a segurança dos empréstimos e o universo de tomadores. Em 11 anos o crédito passou de R$ 380 bilhões para R$ 2,7 trilhões; ou seja, de 24% para 56,5% do PIB. Quantos países fizeram expansão dessa ordem reduzindo a inadimplência?
O investimento do setor público passou de 2,6% do PIB para 4,4%. A taxa de investimento no país cresceu em média 5,7% ao ano. Os depósitos em poupança crescem há 22 meses. É preciso fazer mais: simplificar e desburocratizar a estrutura fiscal, aumentar a competitividade da economia, continuar reduzindo aportes aos bancos públicos, aprofundar a inclusão social que está na base do crescimento. Mas não se pode duvidar de um país que fez tanto em apenas 11 anos.
Que país duplicou a safra e tornou-se uma das economias agrícolas mais modernas e dinâmicas do mundo? Que país duplicou sua produção de veículos?
Que país reergueu do zero uma indústria naval que emprega 78 mil pessoas e já é a terceira maior do mundo?
Que país ampliou a capacidade instalada de eletricidade de 80 mil para 126 mil MW, e constrói três das maiores hidrelétricas do mundo? Levou eletricidade a 15 milhões de pessoas no campo? Contratou a construção de 3 milhões de moradias populares e já entregou a metade?
Qual o país no mundo, segundo a OCDE, que mais aumentou o investimento em educação? Que triplicou o orçamento federal do setor; ampliou e financiou o acesso ao ensino superior, com o Prouni, o FIES e as cotas, e duplicou para 7 milhões as matrículas nas universidades? Que levou 60 mil jovens a estudar nas melhores universidades do mundo? Abrimos mais escolas técnicas em 11 anos do que se fez em todo o Século XX. O Pronatec qualificou mais de 5 milhões de trabalhadores. Destinamos 75% dos royalties do petróleo para a educação.
E que país é apontado pela ONU e outros organismos internacionais como exemplo de combate à desigualdade?
O Brasil e outros países poderiam ter alcançado mais, não fossem os impactos da crise sobre o crédito, o câmbio e o comércio global, que se mantém estagnado. A recuperação dos Estados Unidos é uma excelente notícia, mas neste momento a economia mundial reflete a retirada dos estímulos do Fed. E, mesmo nessa conjuntura adversa, o Brasil está entre os oito países do G-20 que tiveram crescimento do PIB maior que 2% em 2013.
O mais notável é que, desde 2008, enquanto o mundo destruía 62 milhões de empregos, segundo a Organização Internacional do Trabalho, o Brasil criava 10,5 milhões de empregos. O desemprego é o menor da nossa história. Não vejo indicador mais robusto da saúde de uma economia.
Que país atravessou a pior crise de todos os tempos promovendo o pleno emprego e aumentando a renda da população?
Cometemos erros, naturalmente, mas a boa notícia é que os reconhecemos e trabalhamos para corrigi-los. O governo ouviu, por exemplo, as críticas ao modelo de concessões e o tornou mais equilibrado. Resultado: concedemos 4,2 mil quilômetros de rodovias com deságio muito acima do esperado. Houve sucesso nos leilões de petróleo, de seis aeroportos e de 2.100 quilômetros de linhas de transmissão de energia.
O Brasil tem um programa de logística de R$ 305 bilhões. A Petrobras investe US$ 236 bilhões para dobrar a produção até 2020, o que vai nos colocar entre os seis maiores produtores mundiais de petróleo. Quantos países oferecem oportunidades como estas?
A classe média brasileira, que consumiu R$ 1,17 trilhão em 2013, de acordo com a Serasa/Data Popular, continuará crescendo. Quantos países têm mercado consumidor em expansão tão vigorosa?
Recentemente estive com investidores globais no Conselho das Américas, em Nova Iorque, para mostrar como o Brasil se prepara para dar saltos ainda maiores na nova etapa da economia global. Voltei convencido de que eles têm uma visão objetiva do país e do nosso potencial, diferente de versões pessimistas. O povo brasileiro está construindo uma nova era – uma era de oportunidades. Quem continuar acreditando e investindo no Brasil vai ganhar ainda mais e vai crescer junto com o nosso país.
Luiz Inácio Lula da Silva é ex-presidente da República e presidente de honra do PT (Artigo publicado originalmente no jornal Valor Econômico, edição de 25/02/2014)

Programação do Bloco Zorra 2014




domingo, 23 de fevereiro de 2014

A falta de representação política e o abandono do sudeste

*Artigo publicado em março de 2013 e continua atual

Por KIKO JACOBINA

A região sudeste do Tocantins, outrora conhecida como “corredor da miséria”, vive novamente um momento de penúria e abandono administrativo. Já se passaram dois anos e o governo ainda não disse a que veio e não corresponde as expectativas geradas com o processo eleitoral de
2010. A situação é agravada por outro fator relevante: a falta de representação política.

Nas eleições são feitas muitas promessas e a novela é sempre a mesma: os candidatos usurpadores e forasteiros visitam a “Terra das Dianas” de quatro em quatro anos, prometem mundos e fundos, recebem os votos para se elegerem e vão embora. Nos anos seguintes as promessas não são cumpridas e o povo sofre as consequências: nossa querida Dianópolis e os demais municípios ficam literalmente abandonados!

Os gargalos administrativos são variados e requerem uma solução urgente. O péssimo estado das rodovias já foi inclusive noticiado pela imprensa nacional e causa tragédias e indignação popular. O que se vê são verdadeiros buracos que lembram mais estradas vicinais. A saúde continua na UTI e o governo estadual parece não conseguir achar uma saída a curto prazo.

Não bastasse tudo isso, o sudeste não conta com representação política factual, ou seja, não temos parlamentares na Assembléia Legislativa ou no Congresso Nacional. O resultado dessa circunstância é uma soma de falta de representação mais diversos problemas administrativos e falta de gestão.

Portanto, urge que os eleitores e cidadãos sejam conscientes e votem certo nas próximas eleições. Devemos eleger um nome que represente o povo do sudeste efetivamente e não aventureiros descompromissados. Este será o único caminho para começar a mudar o rumo e amenizar o quadro de abandono existente.

sábado, 22 de fevereiro de 2014


Reitor da Unitins visita Dianópolis e inicia implantação de campus

 
Durante a visita, Joaber Macedo e Arison Pereira participaram de uma reunião com alunos da Faculdade para o Desenvolvimento do Sudeste Tocantinense (Fades)
 
O reitor da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins), Joaber Macedo e o vice-reitor Arison Pereira, estiveram na última sexta-feira, 14, em Dianópolis, sudeste do Estado, para dar inicio as ações que culminarão na implantação do campus da Unitins no município. A Medida Provisória nº 5 que autoriza a expansão da universidade também prevê campus em Araguatins e Augustinópolis.
 
Recepcionados pelo prefeito de Dianópolis, Régis Melo, a comitiva visitou prédios do município que poderão ser a futura instalação da Unitins. “O foco dessa visita é encontrar uma estrutura física para que cursos presenciais da Unitins comecem funcionar já no segundo semestre deste ano”, adiantou Macedo, acrescentando que já existe um polo de educação a distancia da Unitins/UAB em Dianópolis, ofertando 95 vagas para os cursos gratuitos de Pedagogia e Computação.
 
Além dos 23 mil habitantes de Dianópolis, o campus da Unitins atingirá cerca de 100 mil moradores da região sudeste do Tocantins, distribuídos nos municípios de Taguatinga, Natividade, Paranã, Arraias e Almas, Novo Jardim, Porto Alegre do Tocantins, Aurora do Tocantins e Ponte Alta do Bom Jesus.
 
Alunos da Fades
 
Durante a visita, Joaber Macedo e Arison Pereira participaram de uma reunião com alunos da Faculdade para o Desenvolvimento do Sudeste Tocantinense (Fades), representantes da Defensoria Pública, Promotoria de Justiça e um Juiz de Direito, onde foi esclarecido como funcionará o recebimento dos acadêmicos para a Unitins.
 
Fizemos o compromisso de receber esses acadêmicos para que eles possam concluir os cursos e terem seus diplomas reconhecidos”, disse Macedo.
 
Estudante do sexto período do curso de Direito, Bruno Teixeira, 43 anos, está ansioso para que o impasse da Fades seja resolvido. “Ficamos meses sem aula e muito preocupados com o futuro dos nossos estudos. Mas hoje estamos muito felizes e com uma grande expectativa de ingressar numa universidade como a Unitins, que nos dará a certeza de que teremos uma boa formação”, disse Teixeira.
 
Comissão de estudos
 
Na última terça-feira, 11, foi republicado no Diário Oficial do Estado do Tocantins o Decreto nº 4.981 que institui uma comissão de estudos destinados à implantação de campi universitário da Unitins. A republicação trouxe uma notícia importante para a região do Bico: a comissão deverá desenvolver estudos para a viabilização e implantação, em Araguatins, dos cursos de Medicina, Enfermagem e Farmácia, e da construção do Hospital Universitário do Tocantins (Huto).
 
Segundo o decreto, os membros da comissão realizarão os levantamentos prévios sobre as questões jurídicas, acadêmicas, administrativas, pedagógicas e financeiras para a implantação de todos os campi. E no caso do recebimento de acadêmicos de outras instituições de ensino superior, a comissão fará analise técnica para que estudantes ingressem na Unitins em conformidade com as normas jurídicas.
 
A comissão é formada pelo reitor Joaber Divino Macedo (Unitins); José Kazuo Otsuka (Procuradoria-Geral de Justiça); Hermes Sebastião Amorim de Ribamar Moraes (Tribunal de Contas do Tocantins); João Cavalcante Gonçalves Ferreira (Procuradoria Geral do Estado); Ricardo Eustáquio de Souza (Controladoria-Geral do Estado); Viviane Lúcia Costa (Defensoria Pública Geral do Estado).
 
Fonte: Jornal O Girassol

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Cerimônia de posse do novo diretório do PT de Dianópolis será neste sábado, dia 22/02


 
CONVITE
O presidente do Partido dos Trabalhadores – PT de Dianópolis, Amilton Pereira Santos (Tuca do Ferro Velho) convida todos os filiados e simpatizantes para participarem da cerimônia de posse da nova diretoria do partido.
Na ocasião haverá entrega das carteirinhas do PT, filiações partidárias e palestras com o tema formação política e mídias sociais. Estarão presentes o presidente regional, Júlio Cesar, Donizete Nogueira e demais autoridades.
 
Data: dia 22/02 (sábado)
Horário: 08 às 17 Horas
Local: Câmara de vereadores de Dianópolis-TO
Palestrantes: Drawlas Ribeiro e Gleidy Braga

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Eleições 2014: Dilma lidera disputa presidencial com 43,7%, aponta pesquisa

 
Pesquisa do instituto MDA encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada nesta terça-feira (18) mostra que a presidenta Dilma Rousseff (PT) seria eleita no primeiro turno com 43,7% dos votos caso disputasse com Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), cenário tido como mais provável atualmente.
 
Se as eleições fossem hoje, o tucano teria 17%, e o governador de Pernambuco, 9,9%. O número de brancos e nulos chega a 20,4% nesse cenário, e o índice dos que não souberam ou não responderam são 9% dos eleitores. Foi considerado ainda o candidato Levy Fidélix, que teria 0,4% dos votos.
 
Em caso de segundo turno, tanto com Aécio quanto com Marina, a presidenta Dilma Rousseff seria reeleita, de acordo com a pesquisa. Contra Aécio, Dilma teria 46,6% das intenções de voto e o tucano, 23,4%. Já contra Marina, Dilma teria 44,6%, e Marina Silva, 26,6%.Caso o segundo turno ocorresse entre Dilma e Campos, a presidente teria 48,6% contra 18% do governador de Pernambuco.
 
Na pesquisa espontânea, quando o eleitor apenas responde em quem vai votar sem que seja apresentado um candidato, Dilma tem 21,3% das intenções de voto.
 
A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais. O MDA ouviu 2.002 eleitores entre os dias 9 e 14 de fevereiro em 137 municípios de 24 unidades da federação. Por ser ano eleitoral, a pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como determina a regra do processo eleitoral, sob o número 00012/2014.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Flagrado desperdício de remédios em estoque regulador do Estado

 
Procurador e defensor visitaram o local após denúncia anônima.
Foram encontrados remédios vencidos e mal acondicionados.
 
Do G1 TO
 
Após uma denúncia anônima, o procurador da república no Tocantins, Fábio Conrado Loula, e o defensor público do estado, Arthur Luiz Pádua, visitaram o estoque regulador do Estado. No local ficam guardados os medicamentos comprados com dinheiro público. O cenário não agradou. Centenas de medicamentos vencidos estavam misturados a outros que ainda estão dentro da validade. Remédios para o coração, doenças pulmonares, anemias e infecções são amontoados sem refrigeração ou higiene adequadas.
 
"Nós temos medicamentos vencidos, perdidos, que não foram usados e nós temos doentes que poderiam usar estes medicamentos", destacou o defensor público. Pilhas de fraudas desorganizadas também chamaram a atenção. Luvas, toucas, frascos de soro fisiológico, glicose e produtos usados para revelar raio-x parecem abandonados. Alguns estão vencidos, outros não.
 
O procurador da república disse que ficou impressionado. "Nós percebemos que existe um desperdício de recursos públicos porque, como estes itens não vão ser aproveitados, vai ser necessário realizar uma nova compra para reabastecer os hospitais".
 
As latas de leite para pessoas que têm problemas nos rins estavam largadas; o leite em pó para crianças que possuem alergia a lactose ou que precisam de suplemento estava com validade vencida. As ampolas de hormônios para o crescimento de crianças estavam sem proteção ao sol ou a chuva. Na embalagem, a recomendação é de que as ampolas deveriam estar refrigeradas, com temperatura entre 2 e 8 graus.
 
Para Fábio Loula, está claro que o Estado descumpriu o acordo firmado na justiça em novembro do ano passado, quando se comprometeu a manter os hospitais abastecidos. "Vamos cobrar explicações do Estado, vamos enviar também para outros órgãos de controle e vamos informar em juízo as constatações que fizemos" .
 
A Secretaria de Saúde do Tocantins informou que não existem medicamentos vencidos misturados com os que ainda estão dentro da validade. Sobre a denúncia de que falta higiene e um acondicionamento inadequado, o órgão disse que vai apurar.

Homem conhecido como Galeguinho de Deus é acusado de ter matado mais de 10 pessoas


Cássio Fernando do Nascimento, mais conhecido como “Galeguinho de Deus”, foi identificado como sendo o autor de um homicídio ocorrido em 20/12/2013, em um assento na Gleba Olho D’ Água, município de Dianópolis – TO.

Segundo moradores da localidade, Cássio que só se identificava pelo apelido de “Goiano”, chegou à localidade acima descrita dizendo que iria de comprar uma área de terra, porém ficou por cerca de 40 dias sem nada comprar. Cássio nunca falou o seu nome e de onde veio, porém moradores achavam estranho sua atitude.

Na data de 20/12/2013, após ingerir bebida alcoólica em companhia de “Célio da Silva”, conhecido por “Bicudo”, Cássio ceifou a vida do companheiro e após deixou apenas um recado aos populares daquela localidade - dizendo que “Bicudo” estava passando mal – momento em que fora constatada a morte de “Bicudo”. Cassio fugiu mata adentro e não mais apareceu.

Em um excelente trabalho de investigação o agente de polícia encarregado do caso obteve a informação da prisão de um individuo na cidade de Brasília com as mesmas características físicas do autor do crime no Assentamento Olho D’ Água. Contactada a Autoridade Policial de São Sebastião DF, foi enviado fotos de Cássio à sede da 8º DRPC. Em posse da foto do suspeito a equipe do Delegado Regional de Dianópolis retornou ao local do crime e apresentou a foto de Cássio às testemunhas, as quais, sem titubiarem, reconheceram Cássio como sendo o autor do homicídio ao qual vitimou “Bicudo”.

O autor identificado e reconhecido como sendo “Galeguinho de Deus” é suspeito de ter praticado mais de 10 homicídios, sendo em quatro unidades distintas da federação, (Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal e Tocantins), e apenas este caso confirmado até o presente momento ocorrido em Dianópolis.

Cássio foi identificado e preso pela Policia Civil do Distrito Federal, em data de 29/01, com ele a polícia apreendeu um revólver e uma espingarda calibre 12, com 30 cartuchos intactos.
 
Fonte: Portal Surgiu

Partidos da terceira via devem se reunir dia 19; prefeitos serão mobilizados para agendas nos municípios


Os partidos que compõem o grupo intitulado de terceira via, PT, PSL, PCdoB e PP pretendem se reunir na quarta-feira, 19, segundo informou o secretário Executivo de Governo e Relações Institucionais de Palmas, Adir Gentil. Para a confirmação da data falta apenas o deputado federal e presidente estadual do PP, Lázaro Botelho confirmar participação. “Só falta o deputado Lázaro confirmar”, disse.

Na reunião o grupo quer definir questões básicas como a estratégia de viagens nos municípios. Os prefeitos e vereadores dos partidos do grupo devem também ser mobilizados para as viagens nos municípios que os partidos já estão planejando para ouvir a população e construir o plano de governo.

O coordenador político do grupo é o prefeito de Palmas, Carlos Amastha e o ex-prefeito de Porto Nacional, Paulo Mourão é o coordenador do plano de Governo.

Os pré-candidatos da terceira via são o empresário Roberto Pires, o suplente de senador, Marco Antônio Costa e o petista Nicolau Esteves.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Defensoria Pública acompanhará processo de interiorização da UNITINS

 
O Núcleo de Ações Coletivas – NAC, conjuntamente com as Unidades da Defensoria Pública em Araguatins, Augustinópolis e Dianópolis instaurou Procedimento Preparatório com o objetivo de acompanhar a implantação efetiva dos campi universitários criados na estrutura operacional da Fundação Universidade do Tocantins – UNITINS, através da Medida Provisória nº 5, de 14 de janeiro de 2014, buscando resguardar o princípio constitucional de acesso ao ensino superior gratuito, conforme rege o artigo 206, inciso IV, da Constituição Federal.
 
A iniciativa foi motivada principalmente pela demanda dos Assistidos da Defensoria Pública do Tocantins, em sua grande maioria acadêmicos da Faculdade para o Desenvolvimento do Sudeste Tocantinense – FADES, (localizada em Dianópolis) que nos últimos anos vem enfrentando problemas com a falta de professores e a descontinuidade nas aulas, aliados à incerteza e insegurança jurídica quanto à conclusão dos cursos, pois, atualmente vem funcionando sob intervenção judicial, após a propositura de uma ação civil pública pela DPE-TO.
 
Já em relação aos acadêmicos da FABIC (Augustinópolis), existe uma expectativa enorme se esta Instituição de Ensino Superior será encampada pela Fundação Unitins, pois, caso se concretize essa medida, ela será um instrumento de erradicação na desigualdade social, tão acentuada no extremo norte do Estado, já que democratizará e permitirá o acesso daquelas pessoas desprovidas de recursos financeiros ao tão sonhado curso superior.
 
Assim, com oadvento da Medida Provisória nº 5, de 14 de janeiro de 2014, surgiu à expectativa por parte dos acadêmicos da FADES (Dianópolis) e FABIC (Augustinópolis) em serem encampados pela UNITINS, pois, vislumbraram nessa medida governamental uma alternativa para a resolução definitiva das problemáticas que eles vêm sendo submetidos, afastando as incertezas.
 
Desta forma, como a Fundação Unitins ainda não se manifestou de que forma se realizará a implantação efetiva dos campi, gerando apreensão e expectativas na comunidade, foi instaurado o Procedimento Preparatório nº 208/14 onde foi definido um rol de atividades entre elas oficiar: o Conselho Estadual de Educação - CEE/TO, para que se manifeste sobre a possibilidade da Fundação Unitins promover a encampação das Instituições de Ensino Superior denominadas de FABIC e FADES; a FABIC e FADES para que se manifestem sobre eventual interesse de serem encampadas pela Unitins; Oficiar a Secretaria de Planejamento e Modernização da Gestão Pública do Tocantins requisitando informações se existe disponibilidade orçamentária e financeira para a implantação efetiva dos campis e ainda o Reitor da Unitins para que também forneça todas as informações a cerca da interiorização da Instituição, dentre eles, quais cursos serão criados e efetivamente instalados nos novos campi universitários.
 
Todos os ofícios já foram enviados e o NAC está aguardando a resposta das Instituições para saber como se posicionar objetivando resguardar o direito constitucional de acesso ao ensino superior gratuito.
 

Terceira via escolhe Mourão como coordenador do plano de governo e Amastha coordenador político

O grupo intitulado de terceira via começou a elaborar o plano de governo para o Tocantins em reunião na sede da Fieto nesta quarta-feira, 13. Ficou definido que o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP) é o coordenador político do grupo e o ex-prefeito de Porto Nacional, Paulo Mourão (PT) vai coordenar a elaboração do plano de Governo.
 
A terceira via vai definir ainda a equipe técnica da preparação do plano de Governo que já é formada pelo reitor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Marcio da Silveira e pelos economistas Tadeu Zerbini e Waldecy Rodrigues. O plano de governo deve ser apresentado nos próximos dois meses.
 
O grupo prepara para breve um grande evento para discutir o plano. A intenção é montar primeiro o plano com as propostas para depois escolher qual candidato representa o sentimento de mudança que o grupo defende.
 
Atualmente são pré-candidatos pelo grupo, Nicolau Esteves (PT), Marco Antônio Costa (PSL) e Roberto Magno Martins Pires (PP).

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Artigo - A industrialização na pauta do dia: instabilidade política afugenta investidores

a para a noite as indústrias viriam aqui se instalar, num simples estalar de dedos.
Definitivamente não é assim que as coisas acontecem.

A industrialização passa por uma decisão firme do Estado, com a criação de políticas públicas sérias, que atraiam os investidores para aqui instalarem seus negócios.
Os investidores estão em busca, especialmente, de segurança política e jurídica e de retorno do capital investido, o que nos remete também ao risco.

A maioria dos investidores é avessa ao risco, para usar um linguajar das finanças. Portanto, eles estão sempre em busca de menor risco, de maior segurança, ou seja, de estabilidade.

Vivemos hoje no Tocantins um cenário em que a falta de credibilidade política, e de algumas instituições, tem afugentado os investidores e reduzido a capacidade do Estado de atrair novos empreendimentos. Os executivos interpretam como consideravelmente elevado o risco do capital investido.

A falta de credibilidade política salta aos nossos olhos. Em pouco mais de quatro anos, tivemos três governadores no comando do Palácio Araguaia, cada um com seu estilo próprio de gestão. O atual responde a uma ação de impugnação de mandato, que o acompanha desde a posse, e agora uma eventual renúncia do governador, em nome de um projeto político-eleitoral, é o assunto colocado na pauta do dia. A saída antecipada de Siqueira nem precisa se confirmar para agravar o ambiente de instabilidade política que se instalou no Tocantins; só o noticiário de uma possível renúncia já gera desconfiança por parte dos investidores. Os investimentos ficam paralisados, aguardando o desfecho deste quadro.

Diante de um cenário que fragiliza o Estado, era de se esperar que o Governo viesse a público desmentir com rigor tais boatos, mas observa-se justamente o contrário: parece que a notícia é plantada na mídia pelo próprio Palácio.

E a estabilidade política exigida pelos investidores, onde fica?

Respeitadas as particularidades próprias da política, na gestão de um Estado é preciso ter sensibilidade e responsabilidade para sobrepor os conceitos técnicos aos aspectos meramente políticos. É nesse ambiente que os investidores confiam.

Todos concordamos que a industrialização deve ser tema predominante na agenda do Estado. Indústrias geram divisas e, na outra ponta, proporcionam emprego. Com mais gente no mercado de trabalho, estamos distribuindo renda e combatendo a desigualdade.

Mas, insistimos, não se deflagra um processo de industrialização com discursos. É necessário criar um ambiente em que haja perspectivas econômicas aliadas à estabilidade política e segurança jurídica.

É preciso que se respeitam os contratos. É preciso que as instituições garantam a
segurança jurídica necessária para que o investidor tenha confiança e veja no Tocantins um porto seguro para seus investimentos; que o seu risco fique por conta apenas do chamado risco do negócio.

Por outro lado temos a questão do retorno, para fecharmos a equação financeira “risco x retorno”.

Com relação ao retorno temos que analisar os custos. Aí temos que falar em produtividade, ou seja, a competitividade de nossos produtos.
Ao falarmos em competitividade temos que falar no tripé: tecnologia de ponta, qualificação da mão de obra e pesquisa, ou seja, a produtividade.

Nesses quesitos estamos extremamente defasados. Basta observarmos os orçamentos anteriores e o do próximo ano e veremos que isso não é prioridade. Desta forma, como vamos ser competitivos?

Temos uma oportunidade de ouro à nossa frente, mas temos que trabalhar duro para aproveitarmos esta janela de oportunidade. É sabido que será necessário aumentar a produção mundial de alimentos em 70% para atender a população estimada para 2050. E esta demanda virá principalmente dos asiáticos através de bens como carnes, lácteos e grãos.

A natureza fez a sua parte, privilegiou o Estado do Tocantins com terra, água, clima, localização geográfica e um povo trabalhador e guerreiro. Mas estamos perdendo tempo demais, por falta de políticas públicas austeras e adequadas.

Nossa produção de grãos tem batido recorde ano a ano, mas infelizmente não é por incremento de produtividade, mas sim por aumento da área plantada. Nosso índice de produtividade total dos fatores (PTF), que mede a produtividade, é um dos mais baixos do país, resultado da falta de investimentos no tripé tecnologia, qualificação e pesquisa.
Além da precária produtividade, temos custos elevados principalmente em itens como carga tributária, energia e logística.

O Estado do Tocantins pratica uma das cargas tributárias mais elevadas do país, e, por outro lado, são inconsistentes as políticas de incentivos fiscais. Temos também a energia mais cara do Brasil, ou quase isso, devido à falta de credibilidade da distribuidora, a Celtins, que não consegue preços competitivos nos leilões de energia. E o Governo, detentor de 49% das ações, de quem se esperaria uma ação mais proativa em defesa dos interesses do Estado, mantém-se inerte.

A logística é outro entrave. Neste aspecto, mais uma vez o Estado desperdiça oportunidades, na medida em que deixa de explorar seus extraordinários recursos hídricos. Apenas para fins de comparação, uma tonelada transportada sobre rodas tem um custo de aproximadamente R$ 5,00 reais. Sobre trilhos custa R$ 2,90 reais. Já o transporte pelas hidrovias tem um custo estimado inferior a R$ 1,00.

O Tocantins é um lugar admirável pela imensa quantidade de água de que dispõe. A natureza nos privilegiou, falta o Governo fazer a sua parte.

Completando o raciocínio, o Estado precisa apresentar políticas robustas de facilitação de crédito. Temos que encarar os fatos com muita seriedade e sem romantismo. Só com palavras, sem as correspondentes ações, não serão atrativos aos investidores.

É preciso que o Estado assuma esta agenda com competência, coragem, seriedade e acima de tudo que priorize a bandeira da industrialização, fazendo-a tremular para além do disc

Temos ouvido nos últimos dias falar muito que a solução para os problemas do Tocantins é a industrialização, com o que nós concordamos plenamente.

Entretanto, discordamos da maneira como o tema tem sido abordado, como se a industrialização fosse uma decisão unilateral, que se resolve só com palavras, e do di...
a para a noite as indústrias viriam aqui se instalar, num simples estalar de dedos.
Definitivamente não é assim que as coisas acontecem.

A industrialização passa por uma decisão firme do Estado, com a criação de políticas públicas sérias, que atraiam os investidores para aqui instalarem seus negócios.
Os investidores estão em busca, especialmente, de segurança política e jurídica e de retorno do capital investido, o que nos remete também ao risco.

A maioria dos investidores é avessa ao risco, para usar um linguajar das finanças. Portanto, eles estão sempre em busca de menor risco, de maior segurança, ou seja, de estabilidade.

Vivemos hoje no Tocantins um cenário em que a falta de credibilidade política, e de algumas instituições, tem afugentado os investidores e reduzido a capacidade do Estado de atrair novos empreendimentos. Os executivos interpretam como consideravelmente elevado o risco do capital investido.

A falta de credibilidade política salta aos nossos olhos. Em pouco mais de quatro anos, tivemos três governadores no comando do Palácio Araguaia, cada um com seu estilo próprio de gestão. O atual responde a uma ação de impugnação de mandato, que o acompanha desde a posse, e agora uma eventual renúncia do governador, em nome de um projeto político-eleitoral, é o assunto colocado na pauta do dia. A saída antecipada de Siqueira nem precisa se confirmar para agravar o ambiente de instabilidade política que se instalou no Tocantins; só o noticiário de uma possível renúncia já gera desconfiança por parte dos investidores. Os investimentos ficam paralisados, aguardando o desfecho deste quadro.

Diante de um cenário que fragiliza o Estado, era de se esperar que o Governo viesse a público desmentir com rigor tais boatos, mas observa-se justamente o contrário: parece que a notícia é plantada na mídia pelo próprio Palácio.

E a estabilidade política exigida pelos investidores, onde fica?

Respeitadas as particularidades próprias da política, na gestão de um Estado é preciso ter sensibilidade e responsabilidade para sobrepor os conceitos técnicos aos aspectos meramente políticos. É nesse ambiente que os investidores confiam.

Todos concordamos que a industrialização deve ser tema predominante na agenda do Estado. Indústrias geram divisas e, na outra ponta, proporcionam emprego. Com mais gente no mercado de trabalho, estamos distribuindo renda e combatendo a desigualdade.

Mas, insistimos, não se deflagra um processo de industrialização com discursos. É necessário criar um ambiente em que haja perspectivas econômicas aliadas à estabilidade política e segurança jurídica.

É preciso que se respeitam os contratos. É preciso que as instituições garantam a
segurança jurídica necessária para que o investidor tenha confiança e veja no Tocantins um porto seguro para seus investimentos; que o seu risco fique por conta apenas do chamado risco do negócio.

Por outro lado temos a questão do retorno, para fecharmos a equação financeira “risco x retorno”.

Com relação ao retorno temos que analisar os custos. Aí temos que falar em produtividade, ou seja, a competitividade de nossos produtos.
Ao falarmos em competitividade temos que falar no tripé: tecnologia de ponta, qualificação da mão de obra e pesquisa, ou seja, a produtividade.

Nesses quesitos estamos extremamente defasados. Basta observarmos os orçamentos anteriores e o do próximo ano e veremos que isso não é prioridade. Desta forma, como vamos ser competitivos?

Temos uma oportunidade de ouro à nossa frente, mas temos que trabalhar duro para aproveitarmos esta janela de oportunidade. É sabido que será necessário aumentar a produção mundial de alimentos em 70% para atender a população estimada para 2050. E esta demanda virá principalmente dos asiáticos através de bens como carnes, lácteos e grãos.

A natureza fez a sua parte, privilegiou o Estado do Tocantins com terra, água, clima, localização geográfica e um povo trabalhador e guerreiro. Mas estamos perdendo tempo demais, por falta de políticas públicas austeras e adequadas.

Nossa produção de grãos tem batido recorde ano a ano, mas infelizmente não é por incremento de produtividade, mas sim por aumento da área plantada. Nosso índice de produtividade total dos fatores (PTF), que mede a produtividade, é um dos mais baixos do país, resultado da falta de investimentos no tripé tecnologia, qualificação e pesquisa.
Além da precária produtividade, temos custos elevados principalmente em itens como carga tributária, energia e logística.

O Estado do Tocantins pratica uma das cargas tributárias mais elevadas do país, e, por outro lado, são inconsistentes as políticas de incentivos fiscais. Temos também a energia mais cara do Brasil, ou quase isso, devido à falta de credibilidade da distribuidora, a Celtins, que não consegue preços competitivos nos leilões de energia. E o Governo, detentor de 49% das ações, de quem se esperaria uma ação mais proativa em defesa dos interesses do Estado, mantém-se inerte.

A logística é outro entrave. Neste aspecto, mais uma vez o Estado desperdiça oportunidades, na medida em que deixa de explorar seus extraordinários recursos hídricos. Apenas para fins de comparação, uma tonelada transportada sobre rodas tem um custo de aproximadamente R$ 5,00 reais. Sobre trilhos custa R$ 2,90 reais. Já o transporte pelas hidrovias tem um custo estimado inferior a R$ 1,00.

O Tocantins é um lugar admirável pela imensa quantidade de água de que dispõe. A natureza nos privilegiou, falta o Governo fazer a sua parte.

Completando o raciocínio, o Estado precisa apresentar políticas robustas de facilitação de crédito. Temos que encarar os fatos com muita seriedade e sem romantismo. Só com palavras, sem as correspondentes ações, não serão atrativos aos investidores.

É preciso que o Estado assuma esta agenda com competência, coragem, seriedade e acima de tudo que priorize a bandeira da industrialização, fazendo-a tremular para além do discurso e da falácia.
 
Autor: Nicolau Esteves

Motoristas do hospital de Dianópolis reclamam da sobrecarga de trabalho e diárias atrasadas

 
Motoristas do Hospital Regional de Dianópolis reclamam da sobrecarga em horas trabalhadas e de diárias atrasadas. Agripino Filho Neres Lira é um dos que criticam a gestão do diretor do hospital regional daquele município, Ideval Watanabe.

“Não tenho medo de retaliação. Sou concursado, cumpro os meus horários corretamente e não posso ficar à mercê de uma gestão que sequer conversa conosco. O que está acontecendo não pode ser deixado de lado”, enfatizou.

Segundo ele, o edital do concurso no qual ele concorreu a uma vaga de motorista estipulava 160 horas mensais, no entanto, Watanabe teria determinado aos motoristas do hospital que cumprissem 396 horas mensais.

“Além de ser desumana a determinação dele, nenhuma reunião foi realizada com a categoria. Uma reunião para comunicar a decisão foi realizada somente com o nosso chefe imediato [Everaldo Rodrigues] e a ordem é que todos acatem sem reclamar. O diretor chegou a dizer que quem fosse contratado e não cumprisse, ele queria a cabeça e quem fosse concursado ele iria devolver para a Secad [Secretaria Estadual de Administração]”, afirmou.

Outra determinação do diretor do hospital, ainda conforme o motorista, é a proibição de pernoite em Palmas. “Nós transportamos pacientes para o HGP, Dona Regina e Maternidade Infantil, agora ele [o diretor] quer retornemos no mesmo dia. Ele disse que independente do cansaço está proibido o pernoite. Isto é impossível. Estamos cansados e podemos perder nossas vidas com uma determinação absurda desta”, criticou Lira, lembrando que começou a trabalhar no hospital de Dianópolis em agosto de 2013.

Ele contou ainda que há especulações de que o diretor quer tirá-lo do hospital após ele ter feito a mesma denúncia em uma rádio local. “Já estive no meu sindicato pedindo que entrasse com um mandado de segurança para garantir os meus direitos, ou seja, continuar trabalhando na unidade”, contou.

O servidor reclamou também que há seis meses a categoria não recebe as diárias equivalentes a R$ 254. “Estou para receber mais de R$ 7 mil em diárias atrasadas e a Sesau [Secretaria Estadual de Saúde] sequer informa quando elas serão pagas”, afirmou.

Sesau

O CT encontrou em contato com a Sesau para que se pronunciassem a respeito das reclamações dos motoristas. Em nota, a Sesau informou que atualmente existe um déficit no número de motoristas que trabalham no hospital regional de Dianópolis. Além disso, os motoristas desta unidade trabalham em sistema de sobreaviso de forma que atenda as necessidades edemandas do hospital.

No entanto, não repondeu sobre a sobrecarga de trabalho e nem sobre as diárias atrasadas

O CT tentou contato com chefe dos motoristas, Everaldo Rodrigues, mas o celular estava programado para não receber ligações. Espaço está aberto
 
Fonte: Portal CT

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Ex-prefeito José Salomão é destaque no Jornal Opção Tocantins


O ex-prefeito de Dianópolis, José Salomão(PT), foi destaque em nota publicada no Jornal Opção desta semana – edição 2013 de 02 a 08 de fevereiro. Confira:

“José Salomão é o nome mais cotado no Sudeste
 
O ex-prefeito de Dianópolis José Salomão Jacobina (PT) já pode encomendar o terno para a posse na Assembleia Legislativa a partir do dia 1º de fevereiro de 2015. Dizem que Jacobina sai com mais de 5 mil votos de Dianópolis, onde foi prefeito por dois mandatos e deixou uma boa imagem.”
 

“O governo perdeu o controle da gestão e do bom senso”


Ex-prefeito denuncia que o Estado acumula em três anos quase R$ 1 bilhão de restos a pagar, o que é a prova mais evidente do desequilíbrio nas contas públicas, trazendo risco de atraso na folha de pagamento dos servidores

Ele rejeita a indicação de pré-candidato do PT ao governo do Estado e diz que sua missão é articular as oposições em torno de um projeto de governo inovador que represente uma forte ruptura com modelo tradicional. O ex-prefeito de Porto Nacional Paulo Mourão acredita que movimento não só é possível como necessário para tirar o Tocantins da rota de falência que vem trilhando há algum tempo, com a redução drástica do poder de investimento que se agravou no governo Siqueira Campos (PSDB). O ex-prefeito compara que em 1989, quando o Estado foi implantado, contava com 46% do orçamento para investimento. Hoje, conforme orçamento de 2015, o porcentual para investimento é de apenas 6,4%.

Paulo Mourão traça um panorama altamente preocupante da realidade econômica do Estado, que segundo ele, apresenta uma combinação de fatores temerários como falta de investimentos em setores básicos como segurança, saúde e infraestrutura, e aumento dos gastos que está levando a um grave desequilíbrio das finanças. "Um Estado que não consegue cumprir os seus compromissos básicos, que em três anos soma quase R$ 1 bilhão de resto a pagar, que está ultrapassando o limite prudencial com a folha de pagamento, como pode criar novos cargos?", questiona o ex-prefeito, acusando o governo pelo descontrole.

Nesta entrevista exclusiva ao Jornal Opção o ex-prefeito fala ainda do rombo do Igeprev, que pode agravar o descontrole das finanças do Estado. Avalia que não tem como o governo do Estado não ter sido o responsável pela autorização das aplicações e revela que os relatórios apontam que houve má fé nas aplicações que geraram prejuízos para o fundo de pensão dos servidores. Ele observa que o déficit do Estado pode crescer na hora que tiver que aumentar o repasse para o Igeprev.

Para o ex-prefeito o mais grave é a irresponsabilidade do governo em aumentar gastos em função da campanha eleitoral sem nenhum controle, o que pode levar o Estado a dar calote em seus fornecedores e ainda atrasar a folha de pagamento dos servidores.

Que avaliação o sr. faz da experiência do PT com a Caravana Popular, que busca construir um programa de governo com participação popular?

O Partido dos Trabalhadores tem como meta de trabalho de ação programática fazer um debate construtivo em nível nacional, e isso vem desde a caravana (da Cidadania) do presidente Lula, quando se dispôs a discutir o Brasil e implantar esse projeto de desenvolvimento que propiciou ao Brasil uma economia pujante, de alta empregabilidade, de compromisso social. E o PT no Tocantins tenta abrir uma agenda positiva no debate, o que já vem sendo feito há alguns anos.

Qual o recado da militância e da sociedade que se ouve nos encontros?

Junto com o companheiro Nicolau Esteves já percorremos mais de 50 municípios, procurando compreender a dinâmica da gestão, a evolução social, os problemas que afligem a sociedade tocantinense. Hoje somos um partido que tem um diagnóstico bem estruturado no compromisso de alterar essa realidade tão excludente que vivemos no Estado, com um governo que não está conseguindo dar sentido a sua gestão nem tem políticas bem planejadas para melhorar isso. O PT continua na agenda com foco no debate, convidando outros partidos a participar desse projeto. Entendemos que não é possível um Estado com 25 anos de emancipação política administrativa viver os problemas tão graves que vivemos, tanto no conceito fiscal tributário, porque nós entendemos que um Estado para sobreviver precisa do equilíbrio, e principalmente no equilíbrio fiscal, a responsabilidade fiscal. Observamos que as finanças do Estado estão em situação gravíssima. O PT entende que é preciso uma recuperação desse projeto, para recuperar a situação econômica e financeira do Estado, porque a dinâmica do desenvolvimento sustentável está embasada em três pilares. Além do equilíbrio fiscal e investimento físico, investimento no ser humano e na produtividade para melhorar a renda e o resultado do trabalho da produção dos trabalhadores. O que você vê hoje no Tocantins é um inchamento muito sério desse processo. O Estado não consegue manter as suas despesas.

Como tirar o Estado desta situação falimentar em que se encontra?

O Estado precisa ter outras prioridades além de obras, além de ações que são as estruturantes, mas o Tocantins há muito tempo não investe no capital humano, e nós temos que priorizar a educação. O mundo todo entende que não é o desenvolvimento que promove o processo da formação, do crescimento intelectual, é o contrário, você precisa buscar oportunizar a educação, a busca da tecnologia, de intelectualização dessa população. A busca de inovações, de criatividade, isso é que promove o desenvolvimento, que aumenta a economia de um Estado, de um País. O PT defende que nenhuma criança de até 3 anos de idade pode estar fora da creche. Crianças de 4 a 5 anos precisam estar na pré-escola, todas. O processo de alfabetização é um dos elementos mais ricos e importantes da formação do ser humano. Garantir a formação do ensino fundamental é o básico, assim como garantir a formação do ensino técnico. No Tocantins, em torno de apenas 54% dos jovens de 17 aos 24 anos se formam no ensino médio, e 80% dos jovens estão fora da sala de aulas, um dos índices mais alarmantes do Brasil. Como formar mão de obra, formar a massa trabalhadora se não está tendo compromisso com a juventude?

Qual é a proposta do PT para resolver a crise da saúde que parece que não tem solução?

É preciso um reordenamento no processo da saúde básica do Estado, porque perderam totalmente o caminho do atendimento básico. Não está se falando de média complexidade, nem de alta, estamos falando de atendimento básico, são os postos de saúde, uma relação de parceria com os municípios, estimular um atendimento básico à saúde e, obviamente, dando uma ordem nova ao processo da média e alta complexidade, que deixa a sociedade a mercê da sorte e da providência divina. Pacientes estão nos corredores dos hospitais, os médicos passam sufoco, vontade eles têm de atender, mas falta gestão capacitada para fazer um atendimento e esvaziar a emergência nos hospitais.

O sr. defende a necessidade de uma ruptura com o modelo tradicional de gestão que vigorou até aqui, mas que chegou a exaustão. Há condições políticas para esta ruptura?

Não só é possível, como é necessário. É impossível continuar como está. O estado tem apenas 25 anos de existência. No início tinha algo próximo a 48% da sua capacidade de investimento livre para investimento. A cada ano foi se comprometendo e hoje não chega a 5% a capacidade de investimento. O Estado fechou o ano de 2013 ultrapassando a LRF (lei de responsabilidade fiscal) no que determina o compromisso de pagamento com o funcionalismo público, que é 49% da sua receita liquida corrente, e já estava com 49,5%. Um Estado que em janeiro lança uma medida provisória criando mais 700 cargos, vamos dizer muito claramente, verdadeiramente, de cabos eleitorais para as eleições de 2014, não faz sentido. E o Estado ainda tem um problema mais grave que se associa a isso, com o desequilíbrio que ocorreu do Igeprev, que já tem comprovadamente um rombo de R$ 153 milhões nas contas e os outros relatórios da Previdência Social apontam mais indícios de irregularidades, com o rombo podendo chegar a R$ 450 milhões. Como o Estado vai poder cobrir esse rombo? Vai ser aumentando o repasse para o Igeprev, não há como não cobrir porque senão nos próximos cinco anos. Em 2019 o Estado não terá recursos para pagar o aposentado e o pensionista. Na hora que o Estado aumentar o repasse para o Igeprev para cobrir o rombo vai aumentar o comprometimento da receita corrente líquida, então ele vai passar de 49,5% para algo em torno de 55% do comprometimento de receita. Aí estourou o Estado, que não tem capacidade produtiva, que aumenta as suas receitas mais em função de transferências constitucionais ou de convênios. Nos últimos três anos aumentou em torno de 15% as transferências constitucionais.

Ao mesmo tempo um Estado que em 2010 deixou de resto a pagar R$ 64 milhões (isso está no Portal de Transparência), em 2011, R$ 118 milhões; em 2012, R$ 323 milhões; e deixa em 2013 R$ 346 milhões em restos a pagar. Nos três anos de governo atual cerca de R$ 800 milhões estão em restos a pagar. Essa é a prova maior do desequilíbrio de gestão, da falta de planejamento, da falta de compromisso com o pagamento. Acaba que estão dando calote nos seus fornecedores.

Quando falta remédio no hospital, quando falta atendimento básico em uma unidade hospitalar do Estado, não é talvez só pela má gestão, mas justamente pelo calote, pela falta do pagamento. O Governo perdeu o controle da gestão e do bom senso, por isso a necessidade de nós mudarmos o modus operandi e implantarmos um projeto de visão amplo e de longo prazo. O Tocantins nunca foi pensado a longo prazo.

Os governos pensam nos seus governos e é preciso chamar todos os partidos, tem governos que provocaram algumas ações positivas, isso é bem verdade, mas nem tudo foi ruim, não se pode também criticar tudo, teve ações socialmente muita justas. O próprio governo de Marcelo Miranda fez uma ação reconhecida nacionalmente no processo de habitação. Foi um dos governos que mais construiu casas populares. Então alguns governos acertaram, não há dúvida que houve acertos, mas o certo é que nós estamos numa encruzilhada gravíssima, e se não fizermos uma alteração no processo de compreender o Estado, vamos continuar com o projeto político sobrepondo ao processo da razão. A razão precisa sobrepor ao processo político, a razão precisa dar estrutura ao processo da gestão e não simplesmente o poder querendo estar acima da razão e do planejamento. É preponderante que os partidos que se unirem para um projeto novo entendam isso, que não é ganhar as eleições, é governar olhando os próximos 25 anos. Um governo com compromisso de sustentabilidade, que é o desenvolvimento econômico, o crescimento econômico com desenvolvimento social, isso tem que estar atrelado um ao outro, senão não vamos conseguir avançar. E aí a criação do Tocantins fica em vão, fica uma coisa sem fundamento lógico porque o Estado foi criado com um outro desejo, com outro sonho, com a esperança não só de nós filhos desse Estado, mas das pessoas que para cá vieram, de ver algo pujante e crescendo com modernidade. É preciso acabar com os governos patrimonialistas, em que grupos assumem e quando deixam estão riquíssimos, com patrimônios em outros Estados, estão falando grosso em qualquer lugar do Brasil, e isso em troca da pobreza do nosso povo, que continua muito pobre, sem esperança, abandonado, principalmente nos chamados rincões. Precisamos alterar isso.

É demagogia lançar obras no último ano do governo, quando não se tem mais tempo nem recursos para realizá-las?

É. Um estado que não consegue manter os seus compromissos básicos, que em três anos soma quase R$ 1 bilhão de restos a pagar, próximo a R$ 800 milhões, com certeza atingirá mais de R$ 1 bilhão no quarto ano. Esse governo não se importa em terminar as obras, não importa se vai ter continuidade, para ele importante é impressionar. Os hospitais gerais de Araguaína e de Gurupi foram lançados na premissa de impressionar. Não tem recursos no orçamento, não tem repasse. Com o problema do Igeprev e o desrespeito à regulamentação da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Tocantins vai ficar impedido de fazer convênios com o governo federal e de receber repasses de instituições internacionais, porque vai estar deslocado do processo da legitimidade que impõe a LRF. Então por que lançar obras? Há falta de compromisso com a realidade. O prefeito da capital, que vejo como alguém com objetivo, com um planejamento estratégico, eu desejo que ele cumpra o que está planejando porque há compromisso com o projeto que ele está discutindo. Nesse momento que ele cria esse projeto do BRT e ao mesmo tempo o governo cria uma região metropolitana com o intuito único de brecar esses investimentos em Palmas, para que o prefeito não seja considerado um bom gestor. A observação que eu faço é essa, porque o governo do Estado falou há muitos anos que Araguaína teria uma ZPE, que teria uma fabrica de avião, fábrica de caminhão, fábrica de trator, que Palmas teria o metrô, e nada disso aconteceu. Então veio alguém com recursos alocados, com discussão bem planejada. E se cria uma região metropolitana, parabéns se essa região metropolitana fosse para atender os problemas dos gargalos do Estado, a saúde, a segurança pública, entre outros problemas. A situação do Estado é complicada, sem investimentos, sem números suficientes de soldados, as cadeias públicas no total abandono, cadeias que tem capacidade para 200 presos têm 600 presos cumprindo as suas penas. Isso é uma total desumanidade. A bem da verdade, há um processo de insegurança total nas cidades, latrocínios, crimes por banalidades. Há poucos dias três bandidos entraram no hospital dando tiros, atingindo inocentes, esse é o retrato da segurança no Estado. A malha rodoviária do Estado totalmente sem condições, sem segurança de tráfego para os transeuntes, para as famílias tocantinenses, e assim vai.

O sr. citou o rombo do Igeprev, e se sabe que pelo menos há dois anos havia informações da situação de risco de danos para o fundo previdenciário do Estado. O que aconteceu com o dinheiro?

Não são só indícios, há clareza de fatos. Os relatórios do Ministério da Previdência apontam a má gestão e comprovadamente uma gestão perdulária, que não observou as normas legais vigentes, como uma portaria do Ministério da Previdência Social que determina que não se pode aplicar mais de 25% do patrimônio do fundo em um mesmo fundo. O Banco Central desconsidera uma aplicação dessa. Há fundos que o Igeprev aplicou 100%, fundos que foram criados em um mês e depois de dois meses o Igeprev já estava lá com 100 milhões aplicados, em fundos sem nenhuma sustentação histórica. É preciso entender que o Estado precisa acima de tudo procurar dar maior rentabilidade ao seu fundo, porque isso é para atender o trabalhador no futuro, sem sombra de dúvidas, e acima de tudo ter a segurança de onde está fazendo isso. Segundo os relatórios da própria Polícia Federal, o doleiro Fayed Traboulsy foi quem indicou o diretor executivo do Igeprev, Edson Santana. E a partir daí se começou fazer gestão ordenada por um grupo que queria tirar o dinheiro do trabalhador, do funcionalismo público tocantinense. E conseguiram, no primeiro relatório são R$ 153 milhões, outros dois conclusos já passam de R$ 283 milhões, salvo engano. Há dois anos eu fiz um ofício observando esses indícios, encaminhei ao Tribunal de Contas, ao Mistérios Público Federal e Estadual, à Defensoria Pública e ao próprio Ministério da Previdência. O Ministério Público agiu, o Ministério da Previdência fez as ações, o Ministério Público Federal, como até aquele momento não havia ainda levantamento e comprovação dos desvios, não podia agir, porque ele só age em função do que determina a Constituição Federal, Nesse caso teria que ser uma ação do MPE para buscar e averiguar primeiro. Creio que agora, depois de tudo concluso, é que terá chance de o Ministério Público Federal fazer a entrada nesse processo, responsabilizando por probidade e coisas mais a quem achar de direito. Acho que há aí uma necessidade urgente de acabar essa intervenção política no Tribunal de Contas do Estado, é uma vergonha acachapante essa intervenção do poder executivo no TCE. Se o TCE fosse atuante ele já teria levantado os problemas e apontado as responsabilidades, porque nós sabemos de quem são as responsabilidades. No Tocantins, quando a bandeira tremula, é preciso saber se foi um sopro do Palácio Araguaia, porque se ela tremular sem o sopro, sem a autorização, isso é cobrado veementemente. Aqui nada acontece sem autorização do Palácio Araguaia, como se desviaram comprovadamente R$ 153 milhões e mais R$ 283 milhões que tem indícios, sem ter sido autorizado pelo Palácio?

Sendo que já estamos no nono presidente do Igeprev, em três anos já se passaram nove e o diretor executivo só um, o indicado pelo grupo do doleiro. Tem uma relação que está clara e evidente. Lamento muito também a falta de participação dos sindicatos , que só vieram entrar agora. Há três meses eles precisavam estar mais atentos, é um rombo que vem de alguns anos desse governo e somente depois do prejuízo consumado é que o servidor está sabendo. Esse é, sem sombra de dúvidas, o maior rombo previdenciário da história do fundos do Estado. É preciso mais transparência e responsabilização, a Comissão de Valores Imobiliários deixa a desejar, porque ela acima de tudo deveria dar segurança da aplicação, a segurança seria para o funcionalismo público. No entanto, olha o prejuízo que esse funcionalismo tomou, não tem como a Comissão de Valores Imobiliários não ter tido uma relação de coparceria com esses fundos que faliram. O que lamento é que o desvio que ocorreu no Igeprev compromete gravemente os próximos 20 anos.

Mudando para política, o PT desta vez preferiu fazer alianças com partidos mais a direta, como o PP do prefeito de Palmas, Carlos Amastha, desprezando aliados tradicionais como PMDB. O que explica esta mudança na construção de alianças?

Tenho feito as minhas ponderações. Tenho uma divergência em algum aspectos. Acho que isso não é ainda uma decisão do PT, o partido ainda não se uniu, não decidiu se deseja ter aliança somente com o PP, excluindo o PMDB, ou se com outro partido. Eu defendo uma discussão ampla acima de tudo observando os pontos programáticos, sem deixar de considerar o histórico ideológico do partido. É preciso pensar também em como se pode ganhar as eleições.

O que as oposições devem fazer para vencer o pleito de outubro?

Eleições se ganha com pragmatismo no processo de discussão. Isso precisa ser também colocado muito evidentemente nas falas. Não se ganha eleição falando poemas, discutindo histórico de pessoas. Se ganha eleição com projetos bem fundamentados. O PMDB é um dos parceiros principais da presidente Dilma Rousseff, o nosso compromisso é em defesa da eleição dela. Estamos enfrentando um bloco partidário no Estado que é misto, porque existe partido que está no bloco do governo que apoia Dilma, existe partido que está no bloco do governo que apoia Aécio Neves e existe partido no bloco do governo que apoia o Eduardo Campos, então no palanque do governo há projetos que não se identificam. É preciso que as oposições possam compreender primeiramente a transparência das discussões. E, em segundo lugar, formar uma aliança ampla dentro do possível nessa discussão. Entendo que o PMDB é uma das estruturas que precisa estar dentro do nosso projeto. Eu não abro mão da discussão que o PMDB possa estar conosco, mesmo porque há líderes estaduais com competência, com seriedade, com serenidade e com voto.

A terceira via fortalece ou divide a oposição?

Acho que há um clamor de mudança no Estado. Eu não sei até que ponto, porque precisaria de pesquisa com fundamentos bem claros, não só em termos numéricos, mas acima de tudo conceitual, qualitativo, para saber como essa mudança se propaga e em que termos. Há um sentimento notório por mudança, o instrumento dessa mudança é um novo aglomerado de partidos? Esse novo aglomerado de partidos vai dar a segurança ao eleitor de que eles serão instrumentos para essa mudança acontecer? Por que se isso não conseguir ser bem claro analiticamente eu entendo que favorecerá o governo para ir ao segundo turno. Se as oposições se unem num projeto claro de confiabilidade e transparência, acima de tudo, de compromisso republicano de que as mudanças ocorrerão da forma que a sociedade deseja, nós aniquilamos esse governo no primeiro turno. Não iríamos dar chances para ir para um segundo turno. Então é por isso que é preciso trazer a razão para o campo da discussão e não a discussão dos egos, dos sentimentos, das questões pessoais. É preciso que as oposições possam, nas nossas divergências naturais dentro do processo democrático, buscar a convergência. A convergência é o Estado, é o povo sofrido, é o desempregado, é o cidadão que está sem atendimento médico hospitalar, é quem está sem o apoio das ações socialmente justas e de inclusão social.

É possível construir essa convergência? Como?

Nós temos que nos despir de nossos conceitos pessoais e buscarmos a representatividade do que a sociedade deseja, porque se houver uma unificação de ação com compromisso de resgatar tudo que a sociedade está precisando, os partidos unidos seriam o instrumento mais forte da derrocada dessa filosofia siqueiriana de governar, que no meu entender passou dos seus limites. Por um descuido da eleição passada fez se reerguer uma filosofia que era pra estar enterrada, essa que aniquila as riquezas do Estado, que deprecia o ser humano, que impede o desenvolvimento. Isso nós precisamos aniquilar. Eu entendo que é preciso o debate acontecer para que as pessoas possam considerar as ideias e em cima delas um compromisso de governo. Entendo que as oposições vão dar um grande exemplo de desprendimento e de compromisso com o povo.

Qual é o seu papel neste processo de construir essa articulação para um novo projeto de desenvolvimento do Tocantins?

Nesse momento não tenho outro desejo a não ser o de ajudar a construir esse projeto, porque se ele não se consolidar como proposta não tenho porque colocar meu nome à disposição de cargo nenhum, porque não vai dar certo. Será mais uma tomada de poder sem propósito nenhum, e aí eu não quero mais sofrer essas decepções que me agridem muito.