Família alega que profissionais não realizaram exames, apenas o medicaram com dipirona
Um jovem de 17 anos faleceu na manhã dessa segunda-feira, 4, em Dianópolis, por supostas falhas no atendimento médico do Hospital Regional do município. Segundo o tio do rapaz, Josildo Nepomuceno, Raul Jhonatan sentiu fortes dores de cabeça na quarta-feira, 29, e foi medicado pelos profissionais da unidade com o medicamento dipirona, mas logo em seguida foi enviado de volta para casa. "É um descaso. Se houvesse acompanhamento não haveria acontecido isso", lamentou. A família alega que o rapaz voltou ao hospital pelo menos outras quatro vezes durante a semana.
Josildo ressaltou ainda a presença de mais um impasse no caso do falecimento do sobrinho, que é a desativação do Instituto Médico Legal (IML) no município, órgão responsável pelas necropsias e laudos cadavéricos. Segundo ele, a família quer que o corpo seja levado para os municípios mais próximos, como Palmas ou Porto Nacional.
A suspeita era de que Raul estivesse com dengue, porém Josildo informou que ninguém solicitou ou pediu a realização de exames para confirmar a doença."Não tiveram coragem de internar ele. Atendiam rapidinho e logo enviavam para casa", afirmou uma tia do rapaz, que não quis se identificar.
Sem médicos
O diretor do hospital, Márcio Aires, confirmou ao CT que a ausência de médicos durante uma semana impossibilitou o diagnóstico ou a medicação adequada do paciente, mas destacou que o atendimento já voltou ao normal. "Ficamos do dia 23 até 30 de abril sem médico. Agora no mês de maio estamos correndo atrás para que não volte a acontecer isso", disse.
Segundo Aires, a unidade hospitalar aguardou o jovem na manhã desta segunda-feira para fazer a coleta de sangue e verificar se realmente era dengue, no entanto ele já chegou na unidade com parada cardíaca e não resistiu. "Ele chegou com os sintomas de meningite bacteriana e foi enviado à Palmas para o Serviço de Verificação de Óbitos [SVO] e verificar qual foi a causa da morte", explicou.
Fonte: Portal CT