Do G1, em Brasília
Dilma Rousseff (PT) venceu
Aécio Neves (PSDB) na disputa em segundo turno e foi reeleita neste domingo
(26) para um novo mandato como presidente da República (2015-2018). Segundo o
sistema de apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o resultado foi confirmado
às 20h27min53, quando 98% das urnas estavam apuradas e não havia mais
possibilidade matemática de virada.
O TSE atualizou a apuração
às 0h13, com 100% das seções apuradas (ainda faltavam poucas centenas de votos).
Dilma tem 54.501.118 votos (51,64%) e o tucano, 51.041.155 votos (48,36%). As
abstenções totalizaram 30.137.479 (21,1% do total).
DILMA REELEITA
Uma hora depois da
confirmação do resultado, Dilma fez um discurso de agradecimento, com 26
minutos de duração, em um hotel de Brasília. Saudou o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, a quem chamou de "militante número 1 das causas do
Brasil", afirmou que está "disposta ao diálogo" e conclamou os
brasileiros a se unirem em favor do país. "Não acredito que estas eleições
tenham dividido o país ao meio", afirmou. "O calor da disputa pode
agora ser transformado em energia construtiva de um novo momento no
Brasil", declarou. A presidente disse que priorizará a discussão com o
Congresso e com a sociedade de uma reforma política a ser aprovada por meio de
plebiscito.
Aécio Neves fez um
pronunciamento em Belo Horizonte cerca de 40 minutos depois de confirmado o
resultado. Disse ter cumprimentado Dilma pela vitória e afirmou que agora a
prioridade é unir o Brasil. "Considero que a maior de todas as prioridades
é unir o Brasil em torno de um projeto honrado e que dignifique todos os
companheiros", afirmou, em uma fala de cerca de dois minutos.
Com a vitória, Dilma
completará um período de 16 anos do PT no comando do governo federal, desde a
primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. É o dobro do tempo do
PSDB, que teve dois mandatos com Fernando Henrique Cardoso (1995-1998 e
1999-2002). Desde antes da reeleição de Dilma, o PT trabalha com a hipótese de
uma nova candidatura de Lula em 2018, conforme voltou a defender neste domingo
o presidente do partido, Rui Falcão.
A presidente se reelegeu na
disputa considerada a mais acirrada desde a redemocratização. No início da
campanha, a petista manteve-se na dianteira nas pesquisas de intenção de voto,
mas depois chegou a ter a liderança ameaçada por Marina Silva (PSB), derrotada
no primeiro turno, e Aécio, que chegou a aparecer numericamente à frente dela
no segundo turno.
Foi também a sexta eleição
marcada pela polarização entre PSDB e PT, que desde 1994 sempre chegaram nas
duas primeiras posições na corrida presidencial. Assim como em 2010, a
candidatura de Marina despontou neste ano como terceira força, alcançando 21,3%
dos votos no primeiro turno.
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