O lançamento do Comitê de Estudos para
Reorganização do Tocantins - Certo, foi feito na tarde da ultima terça-feira,
dia 18, no auditório da Assembleia Legislativa do Tocantins, em uma data
histórica, o Dia da Autonomia, e reunindo populares, profissionais liberais,
empresários, professores e políticos de várias correntes.
O Comitê que é um movimento pluralista,
suprapartidário e de âmbito estadual, percorrerá as cidades do interior do
Tocantins, na busca pela participação da população nos debates para construção
de um novo projeto de desenvolvimento para o Estado. A proposta é abrir um
fórum de debate permanente com a sociedade em geral, para diagnosticar as
deficiências e os problemas acumulados ao longo dos 25 anos de criação do
Tocantins.
Durante o lançamento do Certo, o presidente do
Instituto de Tecnologia em Educação, Administração e Política – ITEAP destacou
que o Estado vive um momento de insegurança jurídica, com problemas de todas as
ordens, na economia, saúde, educação e que o movimento é em prol da cidadania e
desenvolvimento do Tocantins. “O Estado cresceu, mas não se
desenvolveu”,afirmou. “O momento é agora de discussão política, quando estamos
elaborando os planos de governo. É hora de juntar as forças para encontrar
soluções para o desenvolvimento do Estado”, avaliou.
Já o coordenador do Certo, o ex-secretário de
Segurança Pública do Tocantins, Herbert Brito Barros, o Buti, destacou que o
movimento nasceu da inquietação da sociedade com o rumo que o Estado está tomando.
“Percebemos que há uma inquietação e insatisfação generalizada por parte da
população tocantinense, que está contrariada em razão dos índices alcançados
até então, que deixam a desejar da expectativa de criação do Tocantins”.
“O objetivo é debater e abrir um canal permanente
de discussão com a sociedade, para que ela possa participar ativamente da
organização e de um planejamento estratégico para o Estado, para juntos
encontramos caminhos e perspectivas de dias melhores para o Tocantins”, disse Buti.
O ex-deputado estadual Totó Cavalcante lembrou sua
participação no comitê de criação do Tocantins, quando chegou a fazer greve de
fome por cinco dias, e defendeu a mudança na atual história do Estado. “Não
brigamos pela criação do Tocantins para ele tomar um rumo equivocado e sem
desenvolvimento. O Estado precisa de projeto, de planejamento e de gestão,
porque na forma em que se encontra, engessado, sem rumo e sem horizonte, terá
uma série consequências, que comprometerá o futuro do povo tocantinense”, ressaltou.
O deputado Estadual Freire Júnior lembrou que “não
foi esse Tocantins que sonhamos lá atrás por sua independência”. Carlos Amastha
aplaudiu a iniciativa e colocou-se à disposição do movimento para participar
quando for chamado do que intitulou de reorganização da história do Tocantins
de forma transparente e democrática. “Estarei presente em todos os
momentos”,garantiu.
Roberto Pires frisou que como representante da
indústria também se sente insatisfeito, lembrando que como presidente da Fieto
chegou a apresentar um plano de desenvolvimento junto ao Governo, mas que não
teve resposta. “O Tocantins tem resultado, mas falta gestão”,salientou. Já
Nicolau Esteves lembrou que antes de gestão, falta planejamento de ações. O
professor Adail defendeu a categoria dos professores e a educação de qualidade,
com altos salários para os professores. Márcio da Silveira também defendeu a
bandeira da educação como tema principal do movimento.
Paulo Mourão, um dos idealizadores do movimento,
defendeu o estímulo do debate junto aos municípios, escolas e à juventude.
Depois de enumerar uma série de problemas enfrentados pelo estado apresentando
dados, como o sumiço do dinheiro do Instituto de Gestão Previdenciária do
Estado do Tocantins - Igeprev, estimado em mais de R$ 450 milhões, e a
deficiência na educação, onde nas principais cidades do estado mais de 60% dos
jovens estão fora da escola, Paulo Mourão lembrou que o Tocantins não está
sendo o estado sonhado pelos tocantinenses quando da sua criação e precisa
retomar o rumo certo.
“O que a gente propõe é o debate entre toda a
sociedade e todos os partidos políticos. Convidamos todos os partidos para o
debate, até mesmo o Governador porque o Estado não está dando certo e é preciso
que dê certo”, discursou. “O Estado precisa de um plano de recuperação social e
econômica que passa pela educação, se não cuidarmos dos jovens não teremos mão
de obra capacitada”, frisou.
Segundo Paulo Mourão, o movimento nasceu de uma
discussão profunda da atual situação do Tocantins que causa insatisfação em
todos os tocantinenses. “O comitê não tem partido, é do povo, sua missão é
discutir os problemas enfrentados pelo Estado e encontrar soluções para que ele
se torne forte”, continuou Mourão, propondo que se façam debates nas
universidades, a começar pela UFT e ITPAC com o tema “O Tocantins dá Certo”.
Entre os políticos e autoridades presentes no
lançamento estava o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, o presidente da câmara
de vereadores de Palmas, vereador Major Negreiros, o ex-governador do
Tocantins, Marcelo Miranda, a ex-primeira dama, Dulce Miranda, o deputado
estadual Freire Júnior, o deputado estadual Marcelo Lélis, o ex-deputado
estadual Totó Cavalcante, a vereadora de Paraíso, Vanessa Alencar, o presidente
do ITPAC, Nicolau Esteves, o reitor da UFT, Márcio da Silveira, o presidente da
Fieto, Roberto Pires, o professor Adail, o ex-secretário de Segurança Pública
do Tocantins, Herbert Brito Barros, o Buti e o presidente do Instituto de
Tecnologia em Educação, Administração e Política – ITEAP, Tadeu Zerbini, dentre
outros. A senadora Kátia Abreu enviou um ofício direto do Senado, agradecendo o
convite e justificando sua ausência no lançamento do comitê.