O ex-prefeito Paulo Mourão (PT) foi escolhido para
ser o novo pré-candidato para disputar o Governo do Tocantins pelo PT. A
escolha de Mourão deve-se ao fato de o ex-secretário municipal de Saúde,
Nicolau Esteves, ter desistido da disputa. O anúncio foi feito um dia após o
TRE decidir, por 6 a 0, que Nicolau Esteves estava apto a participar da disputa
em outubro deste ano.
Segundo o presidente do PT, Júlio Cesar, o
ex-secretário informou à sigla que estava desistindo de ser pré-candidato a
Governo por questões pessoais em reunião da Executiva. No mesmo encontro, o PT
convidou Paulo Mourão para assumi o lugar de Nicolau Esteves como
pré-candidato. "Porque ele [Paulo Mourão] foi uma pessoa que esteve
conosco desde o início da caminhada então conversamos com ele, convidamos e ele
aceitou. Não que preferíamos um em detrimento do outro, mas ele foi colocado
devido à desistência do Nicolau", disse.
Mais tarde, o próprio Nicolau Esteves anunciou aos
partidos da Terceira Via, PT, PP, PSL e PCdoB, que estava abrindo mão de ser
candidato. "Ele se doou, mas infelizmente teve que desistir por motivos
pessoais", disse o novo pré-candidato do PT a Governo, Paulo Mourão, ao T1
Notícias.
Mourão afirmou que se sente honrado em ser escolhido
para representar a sigla na disputa. "Agora teremos discursos mais
aprofundados. É uma missão muito honrosa contribuir com o debate para a
implantação de um Estado novo. O importante e o que a sociedade precisa
entender é que as ações só acontecem quando a própria sociedade acredita na
mudança e é isso que estaremos buscando, uma consciência popular", disse.
PT e PMDB
Sobre a possibilidade de o PT ter que abrir mão de
uma candidatura para apóiar um candidato do PMDB, devido a aliança a nível
nacional que já teria sido fechada, Mourão não quis polemizar e disse que essa
decisão não pode ser pessoal. "Temos que pensar no que é melhor para o
grupo", disse.
Sobre o assunto o presidente do PT revelou que
"os companheiros estão tensos e preocupados. Nós sabemos o que está
acontecendo aqui [no Tocantins] e a gente entende que o Estado precisa de uma
nova pessoa", disse. Para Júlio César "o conjunto Nacional está dando
continuidade ao projeto do Lula. Eu defendo que nós podemos ampliar o máximo
possível esse conjunto de partidos, no sentido de abrir um diálogo, pois mesmo
que não haja entendimento neste momento precisamos lembrar que temos o segundo
turno".
O presidente declarou ainda que as escolhas do
partido não podem ser rasas e que as questões pessoais não convêm com o
idealismo, "senão não poderemos mudar o Estado do Tocantins" e citou
o caso do Igeprev: "olha a gravidade do caso do Igeprev. Se o próximo
governo não tiver compreensão de que tem que mudar, isso vai comprometer a vida
do servidor que doou toda sua vida pelo Estado".
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