Por unanimidade a categoria rejeitou
a proposta do governo
Os trabalhadores em educação da rede pública
estadual de ensino deflagraram greve nesta terça-feira, 18.03, em assembleia
geral realizada em Palmas.
Por unanimidade a categoria rejeitou a proposta do
governo estadual em adiar para o dia 31 de Março a decisão final sobre os
principais pontos da revisão do Plano de Cargos Carreira e Salários da
categoria. O plano foi revisado por uma comissão e está pronto desde janeiro de
2013 para ser votado, porém o governo engavetou o projeto.
O projeto prevê a
equiparação entre professores normalistas – PRONOS progredidos na carreira e
professores da educação básica – PROEB, que têm uma diferença de salário de 20%
maior para este último. A categoria busca ainda a correção salarial de acordo
com os índices reajustados do FUNDEB, o pagamento do reajuste da data base
previsto para 1º de maio, regularização dos repasses financeiros às escolas que
vêm sofrendo com a falta de recursos, a municipalização das séries iniciais que
do jeito que foi implantada está deixando professores sem lotação, o
enquadramento do pessoal administrativo das escolas ao Plano de Cargos e
Carreira – PCCR, eleição direta para diretor de escola e o fim da interferência
política nas mesmas, a resolução definitiva dos servidores remanescentes de
Goiás que mesmo no Igeprev estão com dificuldades para se aposentar, além do
pagamento do retroativo das progressões do edital de 2012, prometido para
janeiro e não concedido pelo governo.
A proposta do governo foi de pagar parceladamente o
retroativo das progressões em 6 vezes a partir de Junho deste ano, finalizar o
estudo da análise do Plano de Carreira no prazo de 10 dias (data final dia
31.03), além de discutir o restante da pauta.
“O nosso plano de carreira está engavetado desde
janeiro de 2013, uma comissão formada com integrantes do governo e do sindicato
trabalharam nessa revisão durante todo o ano de 2012 para nada?” disse
indignado o presidente do SINTET, José Roque Rodrigues Santiago.
Para José Roque há má vontade e desrespeito do
governo com a categoria dos educadores. “Temos o pior plano de carreira entre
todas as categorias de servidores, escolas de tempo integral sem a mínima
condição de funcionar como tal, interferência política nas escolas com
perseguição a servidores e professores, a municipalização das séries iniciais
foi feita pela atual gestão de forma abrupta sem discutir com a categoria nem
com a comunidade, deixando diversos professores sem lotação, estamos buscando a
negociação desde o ano passado e o governo só enrola” completa o presidente.
Em respeito à Lei Geral de Greve, que estipula o
prazo de 48 horas para poder paralisar os serviços, além do feriado em Palmas,
os trabalhadores da educação cruzam os braços na próxima segunda-feira, 24 de
Março por tempo indeterminado.
Fonte: ASCOM - SINTET
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