sábado, 31 de maio de 2014
IFTO: Campus Dianópolis abre inscrições para curso de Engenharia Agronômica
O campus Dianópolis,
do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), abre inscrições para Exame de Seleção
no curso de Engenharia Agronômica de nível superior.
São 30
vagas oferecidas para o segundo semestre de 2014. As inscrições vão até 22 de
junho, e devem ser feitas pelo endereço eletrônico http://seletivos.ifto.edu.br.
A prova tem data prevista para dia 29 de junho, entre 13h e 17h.
Fonte: http://seletivos.ifto.edu.br
A 'vergonha' faz Ronaldo esquecer seu lado 'Macunaíma'
O ex-jogador
deveria ver que o Brasil interessante é aquele que reafirma sua identidade, em
vez de apenas repetir lamúrias que lê na mídia grande
Por Helena Sthephanowitz
A dias da abertura da Copa do Mundo no
Brasil, o ex-jogador Ronaldo Nazário, um dos dirigentes do Comitê Organizador
Local, deu declarações desastradas sobre o evento e sobretudo sobre o país. Se
ainda estivesse na ativa, teria sido como chutar um pênalti para fora.
Não foi a declaração de voto e até quem
sabe de compor um eventual governo de Aécio Neves (PSDB-MG) que está em
questão: pois isso qualquer cidadão tem o direito de escolher e declarar. O
desastre foi falar que "sentia vergonha" do Brasil por atrasos em
obras da Copa.
Claro que quanto antes qualquer obra
ficar pronta, é sempre melhor e mais confortável, mas a Copa tem data certa
para começar e, desde que fique pronta no limite, não compromete o evento. É um
atraso dentro do tolerável, e isso pode ser motivo para algum estresse, mas não
é para vergonha.
Primeiro porque outros países que já
sediaram o evento também tiveram seus atrasos. Não é exclusividade do Brasil.
Segundo, porque nada disso que ocorre nos bastidores tira o brilho do evento
principal. É como espetáculos teatrais, onde a estreia bem-sucedida é o que
interessa, pouco importando os percalços ocorridos nos ensaios. É como se diz
no próprio futebol: treino é treino, e jogo é jogo.
É até pouco inteligente, para uma
pessoa que tem sua imagem profissional ligada ao futebol como Ronaldo, dar
destaque a aspectos negativos da preparação, em vez de se valorizar o próprio
evento em si. E é fraqueza se deixar abater com o que o ocorre nos ensaios, nos
preparativos.
Óbvio que um país-sede tem de cumprir
os compromissos de ter os estádios adequados, uma infraestrutura de comunicação
e segurança que suporte as necessidades, e estrutura de hospedagem e de
transporte suficientes, e tudo isso o Brasil teve a tempo. Fora isso, cada país
tem suas características e sua cultura, e não há nada do que se envergonhar.
Ronaldo deveria liberar um pouco mais o
Macunaíma que existe dentro dele e da alma brasileira, e ver que o Brasil
interessante é aquele que reafirma sua identidade, em vez de apenas imitar
padrões estrangeiros. Foi assim na Semana de Arte Moderna, no surgimento do
Cinema Novo e da Bossa Nova, é assim em comemorações populares como carnaval e
as festas juninas e assim é também no próprio estilo do futebol brasileiro,
chamado pelo mundo de futebol arte.
Cerca de 18 mil jornalistas virão
cobrir a Copa. Poucos chatos estarão interessados em procurar uma goteira em
aeroporto, ou no "making off" de Jérôme Valcke, ou nas lamúrias de
colunistas de jornais brasileiros que Ronaldo repete. Além da cobertura esportiva,
estarão interessados nas características do país, do povo, da cultura, das
diferenças, do modo de vida, da culinária.
Encontrarão um país democrático,
vibrante, onde as manifestações são livres, onde qualquer grupo pode protestar
pelos mais diversos motivos. Até contra a Copa. Com um povo diverso, desigual
no dia a dia, mas misturado na hora da festa nas ruas, como ocorre todo ano no
carnaval.
Sem qualquer ufanismo, as cidades sedes
proporcionam muito o que fazer para o turista e rende boas matérias para
qualquer correspondente estrangeiro. Convenhamos, o Brasil tem atrativos bem
mais interessantes do que têm a Coréia e o Japão, e há por aqui muito mais
diversidades do que na Alemanha. Tem tudo para ser uma Copa inesquecível e que
a expectativa se concretize é coisa que também está sob nossa responsabilidade.
É este lado da Copa que Ronaldo deveria
estar olhando. Senão por virtude, por esperteza, afinal ele ganha a vida sendo
garoto propaganda e empresariando promoções esportivas.
Fonte: Blog da Helena - Rede Brasil
Atual
Artigo: O mundo se encontra no Brasil - Por Luiz Inácio Lula da Silva
Quando era presidente da República, trabalhei
intensamente para que a Copa do Mundo de 2014 fosse realizada no Brasil. E não
o fiz por razões econômicas ou políticas, mas pelo que o futebol representa
para todos os povos e, particularmente, para o povo brasileiro. A nossa
população apoiou com entusiasmo a ideia, rejeitando o preconceito elitista dos
que dizem que um evento desse porte “é coisa de país rico”, e se esquecem de
que o Uruguai, o Chile, o México, a Argentina, a África do Sul e o próprio
Brasil já o sediaram com sucesso.
O futebol é o único esporte realmente universal,
praticado e amado em todos os países, por pessoas das mais diferentes classes,
etnias, culturas e religiões.
E talvez nenhum outro país do mundo tenha a sua
identidade tão ligada ao futebol quanto o Brasil. Ele não foi apenas
assimilado, mas, de alguma forma, também transfigurado pela ginga e pela
mistura de raças brasileiras. Nos pés de descendentes de africanos ganhou um
novo ritmo, beleza e arte. Durante muitos anos, foi um dos poucos espaços,
junto com a música popular, em que os negros podiam mostrar o seu talento,
enfrentando com alegria libertária a discriminação racial. Não é por outra
razão que o futebol e a música são muitas vezes a primeira coisa que um
estrangeiro lembra quando se fala do Brasil.
Para nós, o futebol é mais do que um esporte, é uma
paixão nacional, que vai muito além dos clubes profissionais. Milhões de
pessoas o praticam, amadoristicamente, no seu dia a dia, nos quintais, nos
terrenos baldios, nas praias, nos parques, nas praças públicas, nas ruas da
periferia, nos pátios das escolas e das fábricas. Onde houver uma área
disponível, por menor que seja, ali se improvisa uma partida de futebol. Se não
tem bola de couro, joga-se com bola de plástico, de borracha ou de pano. Em
último caso, até com uma latinha vazia.
Em 1958, na Suécia, uma seleção espetacular
encantou o planeta, ganhando nosso primeiro título mundial. Eu tinha doze anos,
e juntei um grupo de amigos para ouvirmos a partida final num campinho de
várzea com um pequeno rádio de pilha. Nossa fantasia compensava com sobras a
falta de imagens, viajando na voz do locutor. Ela nos transportava como num
tapete mágico para dentro do Estádio Rasunda de Estocolmo. E ali não éramos
apenas espectadores, mas jogávamos… Eu sonhava em ser jogador de futebol, não
presidente do Brasil.
O grande escritor Nelson Rodrigues, nosso maior
dramaturgos, disse que com aquela vitória conquistada por gênios da bola como
Pelé, Garrincha e Didi o Brasil tinha superado o seu “complexo de vira-lata”. E
que complexo seria esse? “É a inferioridade – dizia ele – em que o
brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do mundo”. Atrevendo-se a ser
campeão, era como se o Brasil estivesse dizendo a si mesmo e aos demais países:
“Sim, nós podemos ser tão bons quanto qualquer um”.
Naquela época, o Brasil estava começando a se
industrializar, tinha criado a sua própria empresa de petróleo e o seu banco de
desenvolvimento, as classes populares reivindicavam democraticamente melhores
condições de vida e maior participação nas decisões do país – mas
os setores privilegiados diziam que isso era um erro gravíssimo, fruto de
“politicagem” ou “esquerdismo”, já que comprovadamente não existia petróleo em
nosso território e não tínhamos necessidade alguma de inclusão social e muito
menos de uma indústria nacional…
Alguns chegavam a afirmar que uma nação como a
nossa, atrasada, mestiça – de povo “ignorante e preguiçoso”, segundo um
estereótipo muito difundido dentro e fora do país – devia conformar-se com o
seu destino subalterno, sem ficar alimentando sonhos irrealizáveis de progresso
econômico e justiça social.
Na verdade, não é fácil superar o “complexo de vira-lata”.
Fomos colônia por mais de 320 anos, e a pior herança dessa condição é a
persistência da mentalidade colonizada de servidão voluntária…
Entre 1958 e 2010, ganhamos cinco campeonatos
mundiais de futebol. Somos até agora a nação com maior número de títulos
conquistados. Mas o melhor de tudo é que o saudável atrevimento do povo
brasileiro não se limitou ao âmbito esportivo.
O Brasil que o mundo vai conhecer a partir de 12 de
junho é um país muito diferente daquele que sediou a Copa de 1950, quando
perdeu na final para o Uruguai. Ainda tem problemas e desafios, alguns
bastante complexos, como qualquer outra nação, mas já não é mais o eterno “país
do futuro”. O país de hoje é mais próspero e equitativo do que era há seis
décadas. Entre outras razões porque a nossa gente – principalmente a que vive
no “andar de baixo” da sociedade” – libertou-se dos preconceitos
elitistas e colonialistas e passou a acreditar em si mesma e nas possibilidades
do país. Descobriu que, além de vencer competições mundiais de futebol, podia
também vencer a fome, a pobreza, o atraso produtivo e a desigualdade social.
Que a mestiçagem, longe de ser um obstáculo – pior: um estigma – é uma
das maiores riquezas do nosso país.
É esse novo Brasil que vai sediar a Copa. Um país
que já é a sétima economia do planeta e que, em pouco mais de dez anos, tirou
36 milhões de pessoas da miséria e levou 42 milhões para a classe média. É
o país com as taxas de desemprego mais baixas da sua história. Que, segundo a
OCDE, entre todos os países do mundo, foi um dos que mais aumentou nos últimos
anos o investimento em educação. Um país que se orgulha de todas essas
conquistas, mas não esconde os seus problemas, e se empenha em resolvê-los.
Recentemente, a Copa do Mundo tornou-se objeto de
feroz luta política e eleitoral no Brasil. Á medida que se aproxima a eleição
presidencial de outubro, os ataques ao evento tornam-se cada vez mais sectários
e irracionais. As críticas, naturalmente, são parte da vida democrática. Quando
feitas com honestidade, ajudam a aperfeiçoar a preparação do país para esse
grande acontecimento esportivo. Mas determinados setores parecem desejar o
fracasso da Copa, como se disso dependessem as suas chances eleitorais. E não
hesitam em disseminar informações falsas que às vezes são reproduzidas pela
própria imprensa internacional sem o cuidado de checar a sua veracidade. O
país, no entanto, está preparado, dentro e fora de campo, para realizar uma boa
Copa do Mundo – e vai fazê-lo.
A nossa seleção foi a única a participar de as 19
edições da Copa do Mundo e sempre fomos muito bem recebidos nos outros países.
Chegou a hora de retribuir com hospitalidade e alegria tipicamente brasileiras.
A procura de bilhetes tem sido forte, com pedidos de mais de 200 países. Esta é
uma oportunidade extraordinária para milhares de visitantes conhecerem mais
profundamente o que o Brasil tem de melhor: o seu povo.
A importância da Copa do Mundo não é apenas
econômica ou comercial. Na verdade, o mundo vai se encontrar no Brasil a
convite do futebol. Vai demonstrar novamente que a ideia de uma comunidade
internacional pacifica e fraterna não é uma utopia.
Luiz Inácio Lula da Silva é ex-presidente do Brasil,
que agora trabalha em iniciativas globais com Instituto
Lula
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Mourão diz que, desgastado, Palácio se fortaleceu e oposição é incompetente para dialogar: "É preciso um pacto para salvar o Estado"
Pré-candidato a governador pelo PT defende a profissionalização da gestão e o envolvimento da cidadania para a transformação do Tocantins
O
pré-candidato a governador pelo PT, Paulo Mourão, é o segundo entrevista da
série que o CT está fazendo com os postulantes às
eleições de 2014. O primeiro foi o pré-candidato do Psol, Élvio Quirino. Mourão
admitiu que o governo, ainda que sofrendo desgaste perante a opinião pública,
conseguiu se fortelecer politicamente com o apoio de grande parte dos
principais partidos políticos do Estado. "Como num passe de mágica",
comparou o pré-candidato petista. Na avaliação dele, o Palácio Araguaia já teria
hoje em torno de 12 partidos, o que poderá lhe garantir cerca de 13 minutos de
propaganda eleitoral na TV.
Para o também ex-prefeito de Porto Nacional e ex-deputado federal, o governo ressurgiu, por um lado, por sua capacidade de "convencer" as lideranças e partidos. "Como um governo tão ruim, avaliado por 64% como ruim e péssimo, outros índices de 58% de ruim e péssimo, pode ter 85% de apoio dentro da Assembleia Legislativa e maciçamente um apoio das siglas partidárias que representam o nosso povo, de deputados estaduais, federais, senadores?", questionou.
Por outro lado, contudo, o petista também citou a incompetência da oposição de dialogar. Porém, Mourão afirmou que os oposicionistas conseguiram avançar de uma semana para cá. "Umas coisas boas aconteceram no sentido de alguns partidos desejarem ter o diálogo. Antes, nem isso a gente estava conseguindo", contou. "Há aí uma falta de compromisso com o Estado de quem se acomodou para apoiar o governo, virando as costas ao povo, e de uma incompetência de diálogo, nossa, das oposições, para entendermos que é preciso fazer um pacto para salvar o Estado, um pacto em defesa da sociedade tocantinense."
O pré-candidato afirmou que a terceira via - grupo que era formado por PP, PT, PSL e PCdoB - se esvaziou. Apesar de admitir que ainda poderia ser considerada, avaliou que o momento é de juntar todas as forças contra o Palácio Araguaia. "Acho que a sociedade principalmente. Nós não podemos fazer um movimento apenas político-partidário. Para se derrotar essa força econômica que se juntou aí, tem que ser com a cidadania", defendeu.
Mourão ainda afirmou que o Estado precisa profissionalizar a gestão. "O dinamismo da sociedade requer um Estado transparente, soluções para políticas públicas de base, que é educação, saúde e segurança pública, e requer hoje felicidade. E isso não se faz com demagogia, com populismo, porque é extremamente momentâneo, você conseguir fazer uma coisa ali, mas não leva à frente. Não há dinheiro para o populismo mais, há dinheiro para políticas sólidas, comprometidas com o desenvolvimento", ressaltou.
Sobre o futuro do siqueirismo, Mourão afirmou que vai depender da resposta que o cidadão tocantinense dará nas urnas em outubro. Criticando o ex-governador Siqueira Campos (PSDB), a quem comparou a um "camaleão", disparou: "O Siqueira tem uma capacidade de mentir e de fingir, que ninguém pode combatê-lo. Eu tenho receio dele mentir mais uma vez para as pessoas e elas acreditarem".
CT - Como está a movimentação dos partidos da oposição neste momento?
Paulo Mourão - Há necessidade de os partidos compreenderem que é preciso cuidar do Estado. Não é possível compreender que os recursos públicos continuem atendendo demandas políticas e não atendendo a necessidade básica premente da sociedade. Nesse debate com os partidos políticos ainda não logramos êxito. Os partidos se acomodaram na busca do poder. E o poder quem tem é o governo. E é um governo que está fragilizado, um governo sem nenhuma capacidade de gestão, um governo sem vigor físico, sem vigor mental, um governo com um descuido total do processo de planejamento, sem projetos equilibrados e sustentáveis, de estímulo à economia, de estímulo à empregabilidade. Esse governo com essa fragilidade, num passe de mágica, se fortaleceu politicamente e, como poucos governos na história do Estado, está hoje com um tanto de apoiamento de lideranças do Estado e de partidos políticos. Se você fizer um levantamento desses partidos políticos, hoje esse governo tem algo próximo, se não estiver enganado, de uns 13 minutos de televisão.
CT- Ele pegou os principais tempos de TV, fora PT e PMDB...
PM - Veja bem, ele pegou o PSDB, o Solidariedade, o PDT, o PP, o PSB, o PR, o PRB, o PTB, o PPS, DEM, PEN e PRTB. Enfim, foram 12 partidos que eu consegui me lembrar. Os outros partidos todos, da oposição, estão com seus projetos próprios. O PT com candidatura, o PMDB com candidatura, o Pros com candidatura e o PV com candidatura. Não cabe a mim questionar porque todos, além de competentes e serem pessoas que representam e querem bem o Estado, tem também o desejo de governar o Tocantins. Agora, o que eu entendo que nós precisamos fazer na oposição? É fazer um pacto pelo Estado. Não um pacto pelo poder.
CT - Você acredita que a oposição errou? E, se errou, onde? Esse ressurgimento político do governo se deve só à competência de articulação dele ou também a erros da oposição?
PM - Acho que se deve a duas situações. Essa força descomunal que o governo tem de "convencer" alguns líderes políticos - e eu não vou entrar no mérito, porque isso é a sociedade que precisa estar atenta. Por que como um governo tão ruim, avaliado por 64% como ruim e péssimo, outros índices de 58% de ruim e péssimo, pode ter 85% de apoio dentro da Assembleia Legislativa e maciçamente um apoio das siglas partidárias que representam o nosso povo, de deputados estaduais, federais, senadores? Então, isso não vou entrar no mérito do porquê.
Mas acho que há aí uma falta de compromisso com o Estado de quem se acomodou para apoiar o governo, virando as costas ao povo, e de uma incompetência de diálogo, nossa, das oposições, para entendermos que é preciso fazer um pacto para salvar o Estado, um pacto em defesa da sociedade tocantinense. À oposição, está faltando esse líder que faça essa unidade, que faça esse chamamento. O líder a oposição até tem, o que está faltando é ele se estimular a fazer isso. Na verdade, falta nós nos estimularmos a isso. Acredito que, a partir de sábado [31], o PT preocupado esta situação, já estava no seu calendário um encontro estadual, para o qual convidaremos - o presidente Júlio [César Brasil] já fez isso, através do nosso coordenador eleitoral, que é o prefeito José Santana [de Colinas] - todas as lideranças políticas para fazermos um debate da conjuntura política-eleitoral do nosso Estado. E tentarmos afinar um processo de proposta de desenvolvimento do Estado, com a gravidade que nós estamos enfrentando, mas com a consciência de que a sociedade precisa participar desse debate como um todo. Aí não é só um movimento político, é um movimento de cidadania.
CT - Ainda sobre esse apoio político maciço para o governo, você acha que a oposição tem como reverter isso e ganhar as eleições? Como fazer?
PM - Acho que é um projeto. Se você demonstrar à sociedade a governabilidade, a exatidão de um projeto, um compromisso público republicano, o apoio que vamos ter da presidente Dilma, do presidente Lula, e aqui um trabalho bem formulado, envolvendo a juventude, a classe trabalhadora como um todo para fazermos esse salto de qualificação na gestão pública do Estado, garantindo um Estado a serviço do seu povo, eu entendo perfeitamente que é possível. Mesmo porque o atual governo que aí se encontra, em que pese ter mudado, e tenho o maior respeito pelo governador que aí se encontra, nada contra a pessoa dele, mas o modelo político é um modelo fadigado. Eles não têm mais nada para mostrar de novo. Porque de tudo eles já fizeram, de tudo eles já se comprometeram e de tudo eles já prometeram, e o Estado está nesse desequilíbrio econômico-financeiro, e, brutalmente, num abandono social do seu povo.
Então, esse governo que aí se encontra, em que pese ter mudado recentemente, vai receber toda a carga negativa do descompromisso que foi ao longo desses últimos três anos. Não há como dizer que eles não eram parte desse processo. Ele [Sandoval Cardoso] era o presidente da Assembleia, onde se aprovou ou se deixou de aprovar. Era o presidente da Assembleia, onde se deu todo apoio para tudo acontecer ou não acontecer. É o governo que prometeu e nada fez. E agora, o mais grave, estão querendo vender o patrimônio do Estado. Já venderam a Saneatins e agora botaram na mira para vender a Mineratins e a Celtins. Estão destruindo o patrimônio econômico do Estado, estão destruindo as esperanças do nosso povo. E já destruíram a economia, a base do processo econômico do Estado, que está em frangalhos.
Então, é preciso um governo que dê solução à questão econômica, que faça um processo sereno e muito transparente de austeridade pública. É preciso um governo que faça um incentivo ao capital humano, que estimule a economia, que faça um programa de recuperação econômica e social, e isso eles não são capazes de fazer. Ao longo dos 25 anos eles só exauriram, só gastaram de forma perdulária o nosso patrimônio. Esse é o mesmo grupo que há 25 anos se juntou e só se fortaleceu. Não há discurso que possa esconder mais as mazelas desse grupo. Não há Duda Mendonça que possa fazer mais a arte de envolver o marketing para enganar emocionalmente alguém. As pessoas estão muito conscientes de que o resultado da mudança passa pela casa de cada cidadão e de que cada cidadã.
CT - Agora, toda essa situação se deve exclusivamente a este governo ou vem de uma série de erros que envolvem outras gestões?
PM - Acho que não se pode culpar só este último governo. Mas é uma sequência do modus operandi do primeiro governo, e que vem somente se aprofundando nesse modelo político perverso. Sem se observar que é preciso governar para seu povo. Agora tiveram alguns governos, como o do Marcelo [Miranda - 2003-2009], que apresentaram resultados positivos. Teve equívocos, teve, sem sombras de dúvidas. Acho que isso nós temos que tratar com muita serenidade e muita humildade. Não tem como deixar de reconhecer que houve equívocos no governo do Marcelo. Mas, se você pesar os prós e os contras, com Marcelo foi o momento que o governo mais cresceu economicamente, foi o momento em que o governo mais deu atenção às políticas públicas e sociais. Então, foi quando houve o maior avanço, a maior inclusão das pessoas que estavam em classe de extrema pobreza, que saíram da extrema pobreza. Foi quando chegou todo esse investimento do sistema atacadista no Estado. Foi o momento em que mais se construiu casas no Tocantins. Recebemos empresas que melhoraram a qualidade de emprego, escolas técnicas federais. Então, houve um momento em que o governo acertou, mas houve equívocos. É preciso trabalhar com muita franqueza.
Agora, comparado a esse governo atual, não tem o que se comparar porque esse não produziu nada. Não tem um projeto que dê um indicativo de melhoria da qualidade de vida do cidadão e da cidadã tocantinense, não há uma política de inclusão social. Não há nenhuma política protetora do jovem, que está abandonado. Como posso pensar num Estado em que 60% dos jovens de 18 a 24 anos, aqui na cidade tida como a Capital Cultural do Estado, Porto Nacional, estão fora das salas de aula? Em Gurupi, que é a Capital da Amizade, que tem universidades, 62% dos jovens de 18 a 24 anos fora das salas de aula. Miracema, que foi capital, 70%. No sudeste, Almas, 83%, se for para Araguatins, 69% dos jovens. Então, é um governo que descuidou totalmente de todas as frentes de ação de políticas públicas. Verticalizadamente, é um governo inoperante.
Para o também ex-prefeito de Porto Nacional e ex-deputado federal, o governo ressurgiu, por um lado, por sua capacidade de "convencer" as lideranças e partidos. "Como um governo tão ruim, avaliado por 64% como ruim e péssimo, outros índices de 58% de ruim e péssimo, pode ter 85% de apoio dentro da Assembleia Legislativa e maciçamente um apoio das siglas partidárias que representam o nosso povo, de deputados estaduais, federais, senadores?", questionou.
Por outro lado, contudo, o petista também citou a incompetência da oposição de dialogar. Porém, Mourão afirmou que os oposicionistas conseguiram avançar de uma semana para cá. "Umas coisas boas aconteceram no sentido de alguns partidos desejarem ter o diálogo. Antes, nem isso a gente estava conseguindo", contou. "Há aí uma falta de compromisso com o Estado de quem se acomodou para apoiar o governo, virando as costas ao povo, e de uma incompetência de diálogo, nossa, das oposições, para entendermos que é preciso fazer um pacto para salvar o Estado, um pacto em defesa da sociedade tocantinense."
O pré-candidato afirmou que a terceira via - grupo que era formado por PP, PT, PSL e PCdoB - se esvaziou. Apesar de admitir que ainda poderia ser considerada, avaliou que o momento é de juntar todas as forças contra o Palácio Araguaia. "Acho que a sociedade principalmente. Nós não podemos fazer um movimento apenas político-partidário. Para se derrotar essa força econômica que se juntou aí, tem que ser com a cidadania", defendeu.
Mourão ainda afirmou que o Estado precisa profissionalizar a gestão. "O dinamismo da sociedade requer um Estado transparente, soluções para políticas públicas de base, que é educação, saúde e segurança pública, e requer hoje felicidade. E isso não se faz com demagogia, com populismo, porque é extremamente momentâneo, você conseguir fazer uma coisa ali, mas não leva à frente. Não há dinheiro para o populismo mais, há dinheiro para políticas sólidas, comprometidas com o desenvolvimento", ressaltou.
Sobre o futuro do siqueirismo, Mourão afirmou que vai depender da resposta que o cidadão tocantinense dará nas urnas em outubro. Criticando o ex-governador Siqueira Campos (PSDB), a quem comparou a um "camaleão", disparou: "O Siqueira tem uma capacidade de mentir e de fingir, que ninguém pode combatê-lo. Eu tenho receio dele mentir mais uma vez para as pessoas e elas acreditarem".
CT - Como está a movimentação dos partidos da oposição neste momento?
Paulo Mourão - Há necessidade de os partidos compreenderem que é preciso cuidar do Estado. Não é possível compreender que os recursos públicos continuem atendendo demandas políticas e não atendendo a necessidade básica premente da sociedade. Nesse debate com os partidos políticos ainda não logramos êxito. Os partidos se acomodaram na busca do poder. E o poder quem tem é o governo. E é um governo que está fragilizado, um governo sem nenhuma capacidade de gestão, um governo sem vigor físico, sem vigor mental, um governo com um descuido total do processo de planejamento, sem projetos equilibrados e sustentáveis, de estímulo à economia, de estímulo à empregabilidade. Esse governo com essa fragilidade, num passe de mágica, se fortaleceu politicamente e, como poucos governos na história do Estado, está hoje com um tanto de apoiamento de lideranças do Estado e de partidos políticos. Se você fizer um levantamento desses partidos políticos, hoje esse governo tem algo próximo, se não estiver enganado, de uns 13 minutos de televisão.
CT- Ele pegou os principais tempos de TV, fora PT e PMDB...
PM - Veja bem, ele pegou o PSDB, o Solidariedade, o PDT, o PP, o PSB, o PR, o PRB, o PTB, o PPS, DEM, PEN e PRTB. Enfim, foram 12 partidos que eu consegui me lembrar. Os outros partidos todos, da oposição, estão com seus projetos próprios. O PT com candidatura, o PMDB com candidatura, o Pros com candidatura e o PV com candidatura. Não cabe a mim questionar porque todos, além de competentes e serem pessoas que representam e querem bem o Estado, tem também o desejo de governar o Tocantins. Agora, o que eu entendo que nós precisamos fazer na oposição? É fazer um pacto pelo Estado. Não um pacto pelo poder.
CT - Você acredita que a oposição errou? E, se errou, onde? Esse ressurgimento político do governo se deve só à competência de articulação dele ou também a erros da oposição?
PM - Acho que se deve a duas situações. Essa força descomunal que o governo tem de "convencer" alguns líderes políticos - e eu não vou entrar no mérito, porque isso é a sociedade que precisa estar atenta. Por que como um governo tão ruim, avaliado por 64% como ruim e péssimo, outros índices de 58% de ruim e péssimo, pode ter 85% de apoio dentro da Assembleia Legislativa e maciçamente um apoio das siglas partidárias que representam o nosso povo, de deputados estaduais, federais, senadores? Então, isso não vou entrar no mérito do porquê.
Mas acho que há aí uma falta de compromisso com o Estado de quem se acomodou para apoiar o governo, virando as costas ao povo, e de uma incompetência de diálogo, nossa, das oposições, para entendermos que é preciso fazer um pacto para salvar o Estado, um pacto em defesa da sociedade tocantinense. À oposição, está faltando esse líder que faça essa unidade, que faça esse chamamento. O líder a oposição até tem, o que está faltando é ele se estimular a fazer isso. Na verdade, falta nós nos estimularmos a isso. Acredito que, a partir de sábado [31], o PT preocupado esta situação, já estava no seu calendário um encontro estadual, para o qual convidaremos - o presidente Júlio [César Brasil] já fez isso, através do nosso coordenador eleitoral, que é o prefeito José Santana [de Colinas] - todas as lideranças políticas para fazermos um debate da conjuntura política-eleitoral do nosso Estado. E tentarmos afinar um processo de proposta de desenvolvimento do Estado, com a gravidade que nós estamos enfrentando, mas com a consciência de que a sociedade precisa participar desse debate como um todo. Aí não é só um movimento político, é um movimento de cidadania.
CT - Ainda sobre esse apoio político maciço para o governo, você acha que a oposição tem como reverter isso e ganhar as eleições? Como fazer?
PM - Acho que é um projeto. Se você demonstrar à sociedade a governabilidade, a exatidão de um projeto, um compromisso público republicano, o apoio que vamos ter da presidente Dilma, do presidente Lula, e aqui um trabalho bem formulado, envolvendo a juventude, a classe trabalhadora como um todo para fazermos esse salto de qualificação na gestão pública do Estado, garantindo um Estado a serviço do seu povo, eu entendo perfeitamente que é possível. Mesmo porque o atual governo que aí se encontra, em que pese ter mudado, e tenho o maior respeito pelo governador que aí se encontra, nada contra a pessoa dele, mas o modelo político é um modelo fadigado. Eles não têm mais nada para mostrar de novo. Porque de tudo eles já fizeram, de tudo eles já se comprometeram e de tudo eles já prometeram, e o Estado está nesse desequilíbrio econômico-financeiro, e, brutalmente, num abandono social do seu povo.
Então, esse governo que aí se encontra, em que pese ter mudado recentemente, vai receber toda a carga negativa do descompromisso que foi ao longo desses últimos três anos. Não há como dizer que eles não eram parte desse processo. Ele [Sandoval Cardoso] era o presidente da Assembleia, onde se aprovou ou se deixou de aprovar. Era o presidente da Assembleia, onde se deu todo apoio para tudo acontecer ou não acontecer. É o governo que prometeu e nada fez. E agora, o mais grave, estão querendo vender o patrimônio do Estado. Já venderam a Saneatins e agora botaram na mira para vender a Mineratins e a Celtins. Estão destruindo o patrimônio econômico do Estado, estão destruindo as esperanças do nosso povo. E já destruíram a economia, a base do processo econômico do Estado, que está em frangalhos.
Então, é preciso um governo que dê solução à questão econômica, que faça um processo sereno e muito transparente de austeridade pública. É preciso um governo que faça um incentivo ao capital humano, que estimule a economia, que faça um programa de recuperação econômica e social, e isso eles não são capazes de fazer. Ao longo dos 25 anos eles só exauriram, só gastaram de forma perdulária o nosso patrimônio. Esse é o mesmo grupo que há 25 anos se juntou e só se fortaleceu. Não há discurso que possa esconder mais as mazelas desse grupo. Não há Duda Mendonça que possa fazer mais a arte de envolver o marketing para enganar emocionalmente alguém. As pessoas estão muito conscientes de que o resultado da mudança passa pela casa de cada cidadão e de que cada cidadã.
CT - Agora, toda essa situação se deve exclusivamente a este governo ou vem de uma série de erros que envolvem outras gestões?
PM - Acho que não se pode culpar só este último governo. Mas é uma sequência do modus operandi do primeiro governo, e que vem somente se aprofundando nesse modelo político perverso. Sem se observar que é preciso governar para seu povo. Agora tiveram alguns governos, como o do Marcelo [Miranda - 2003-2009], que apresentaram resultados positivos. Teve equívocos, teve, sem sombras de dúvidas. Acho que isso nós temos que tratar com muita serenidade e muita humildade. Não tem como deixar de reconhecer que houve equívocos no governo do Marcelo. Mas, se você pesar os prós e os contras, com Marcelo foi o momento que o governo mais cresceu economicamente, foi o momento em que o governo mais deu atenção às políticas públicas e sociais. Então, foi quando houve o maior avanço, a maior inclusão das pessoas que estavam em classe de extrema pobreza, que saíram da extrema pobreza. Foi quando chegou todo esse investimento do sistema atacadista no Estado. Foi o momento em que mais se construiu casas no Tocantins. Recebemos empresas que melhoraram a qualidade de emprego, escolas técnicas federais. Então, houve um momento em que o governo acertou, mas houve equívocos. É preciso trabalhar com muita franqueza.
Agora, comparado a esse governo atual, não tem o que se comparar porque esse não produziu nada. Não tem um projeto que dê um indicativo de melhoria da qualidade de vida do cidadão e da cidadã tocantinense, não há uma política de inclusão social. Não há nenhuma política protetora do jovem, que está abandonado. Como posso pensar num Estado em que 60% dos jovens de 18 a 24 anos, aqui na cidade tida como a Capital Cultural do Estado, Porto Nacional, estão fora das salas de aula? Em Gurupi, que é a Capital da Amizade, que tem universidades, 62% dos jovens de 18 a 24 anos fora das salas de aula. Miracema, que foi capital, 70%. No sudeste, Almas, 83%, se for para Araguatins, 69% dos jovens. Então, é um governo que descuidou totalmente de todas as frentes de ação de políticas públicas. Verticalizadamente, é um governo inoperante.
CT - E sua candidatura? Você tem o
perfil de gestor, foi um prefeito premiado. Mas como viabilizar sua candidatura
nesse contexto de disputa interna da oposição?
PM - Isso é uma arte que preciso aprender, de fazer compreender que nós hoje somos o melhor nome para governar o Estado. Mas o PT tem uma tranquilidade de chamar a discussão à mesa e provocar uma unanimidade de alianças em uma frente ampla, dizendo que nós entendemos que temos hoje uma capacidade, não só de visão do Estado, como de solução desses problemas. Mas, acima de tudo, de apoio da presidente Dilma, que será a próxima presidente, com fé em Deus, do Brasil. Então, tudo isso somaria para darmos uma resposta mais urgente e mais assertiva nos problemas da nossa sociedade. Mas entendemos que é preciso somar para construirmos essa aliança, e nisso nós colocamos o nosso nome de forma igual aos outros partidos, para buscarmos daí um nome que melhor represente, sob a ótica da sociedade. Porque é assim que se forma um projeto vitorioso.
CT - Mas o tempo é escasso. Como está essa movimentação hoje?
PM - Muito escasso. Eu te digo que, de uma semana para cá, umas coisas boas aconteceram no sentido de alguns partidos desejarem ter o diálogo. Antes, nem isso a gente estava conseguindo. Mas temos que fazer esse diálogo de forma objetiva, porque, como você disse, o tempo está muito escasso. Não dá para ficar com delongas, é preciso termos agora pragmatismo, objetividade, porque a sociedade, inclusive, está órfã. Até a relação PT-PMDB nacional pode nos fazer ter uma compreensão da importância desse momento. Esses dois partidos podem dar uma sinalização de um compromisso formalizado para demonstrar isso às outras siglas e aí podermos formalizar um projeto com uma frente consolidada.
CT - Nessa sua avaliação parece que você não considera mais a possibilidade de uma terceira via. Acha que não cabe mais uma terceira força? Essa eleição vai ser meio plebiscitária?
PM - Eu acho que a terceira via se esvaziou porque os líderes tiveram outro entendimento. Eu até fico feliz porque o prefeito Amastha falou que ainda não está nessa decisão [do PP de apoiar o governador Sandoval]. Então, é um líder da terceira via que pode retomar o diálogo. Mas eu acho que retomar o diálogo, pensando numa terceira via, nesse momento, talvez fosse favorecer esse instrumento que já está aí, que é o governo, que possui essa frente de partidos tão fortalecida. É preciso avaliar isso com muita prudência. Não acho também que não é possível mais pensar na terceira via. É possível fazer uma análise sobre ela, mas é preciso agora, acima de tudo, se preparar para enfrentar esse adversário tão forte politicamente e, ao mesmo tempo, tão cambaleante sob a ótica da sociedade.
CT - Então, você entende que a melhor situação hoje seria todos juntos contra o governo?
PM - Acho que a sociedade principalmente. Nós não podemos fazer um movimento apenas político-partidário. Para se derrotar essa força econômica que se juntou aí - porque não é só uma força política, é uma força econômica -, tem que ser com a cidadania. Só a cidadania pode derrotar o capitalismo da forma que ele está tão organizado para tantas coisas. Precisamos estar criando um momento para um Estado novo. E não se faz um Estado novo com um modelo político fadigado desse, que está vendo que a força econômica, a força do dinheiro e do poder político é que se juntou novamente. Se juntou e não está olhando para a pobreza, não está olhando para os problemas.
A gente soube de um avião que não decolou para pegar uma criança porque o governo não paga a táxi-aéreo há mais de seis meses. Essa empresa está praticamente quebrada. Deve em peças, oficina de manutenção, em posto de gasolina. Não está tendo dinheiro nem para abastecer o avião. A Políca não tem dinheiro para abastecer carros. Mas há dinheiro para convencer partidos a apoiar a candidatura do governo. Então, a cidadania tem que derrotar isso. E essa frente popular só com partidos precisa se juntar e compreender a necessidade de se despir das vaidades. Não se faz política com vaidade, pensando no seu ego. É preciso pensar no povo. Mas é preciso se pensar para ganhar a eleição e pensar muito mais depois para governar. Porque nós não podemos também eleger governo para depois esse governo fazer esse modus operandi de um governo capitalista e patrimonialista. Este Estado tem que acabar com isso.
CT - Importantes líderes da oposição têm afirmado que após outubro a situação do Estado pode se agravar, independente do resultado eleitoral. Você tem essa preocupação?
PM - O Tocantins é um Estado altamente promissor. Com capacidade muito grande de estabelecer uma nova ordem econômica e social. Que tem uma capilaridade muito, muito grande, um Estado rico. O Tocantins é um Estado rico, não é pobre. Somos pobres de instituições eficazes politicamente. As nossas instituições são empobrecidas no resultado político. Nós precisamos dar liberdade e autonomia ao Judiciário, à Assembleia Legislativa e nós precisamos ter um Tribunal de Contas nesse Estado que seja sério, que seja honrado. Não essa situação que eu também evito até de dar adjetivos a ela. Nós não podemos ter um Tribunal de Contas em que um procurador de Contas diz que lá é um tribunal político, o que foi falado pelo Alberto Sevilha. E é a pura verdade. É um homem sério, corajoso e que só falta dizer que tem vergonha de participar daquele quadro. E ele é um dos homens sérios que este Estão precisa, inclusive, fazer homenagens, por sua seriedade e coragem de dizer isso. Então, precisamos de um governo que dê resultado econômico e social. E acho que no Tocantins é possível fazer isso.
Como pode um Estado ter em torno de 60% de seu funcionalismo indicado por políticos, por deputados? Temos que formar jovens, incentivar o serviço público concursado para esse jovem ter amor à causa, ter compromisso com o Estado e entender que não é puxando saco de deputado estadual que vai gerar emprego para ele. Mas é ele se construindo, se preparando para enfrentar concursos transparentes, sérios. Aí o Estado vai ter um corpo de funcionários ativos, que estão lá sem dever favor a políticos, mas por sua competência. Sabemos que tem deputado aí com a indicação de mil servidores. Mil! Um só deputado indicou mil contratos temporários! Então, entendemos que o Estado em capacidade econômica, mas precisa de uma gestão de competência, com austeridade e compromisso público. Porque o Estado é capaz de retomar a economia, é capaz de estimular a sua receita, capaz de crescer a sua economia e ter mais receitas. E não podemos aceitar que o servidor público é a carga pesada do Estado. Não, não é. Os servidores são a solução, desde que sejam adequadamente utilizados.
PM - Isso é uma arte que preciso aprender, de fazer compreender que nós hoje somos o melhor nome para governar o Estado. Mas o PT tem uma tranquilidade de chamar a discussão à mesa e provocar uma unanimidade de alianças em uma frente ampla, dizendo que nós entendemos que temos hoje uma capacidade, não só de visão do Estado, como de solução desses problemas. Mas, acima de tudo, de apoio da presidente Dilma, que será a próxima presidente, com fé em Deus, do Brasil. Então, tudo isso somaria para darmos uma resposta mais urgente e mais assertiva nos problemas da nossa sociedade. Mas entendemos que é preciso somar para construirmos essa aliança, e nisso nós colocamos o nosso nome de forma igual aos outros partidos, para buscarmos daí um nome que melhor represente, sob a ótica da sociedade. Porque é assim que se forma um projeto vitorioso.
CT - Mas o tempo é escasso. Como está essa movimentação hoje?
PM - Muito escasso. Eu te digo que, de uma semana para cá, umas coisas boas aconteceram no sentido de alguns partidos desejarem ter o diálogo. Antes, nem isso a gente estava conseguindo. Mas temos que fazer esse diálogo de forma objetiva, porque, como você disse, o tempo está muito escasso. Não dá para ficar com delongas, é preciso termos agora pragmatismo, objetividade, porque a sociedade, inclusive, está órfã. Até a relação PT-PMDB nacional pode nos fazer ter uma compreensão da importância desse momento. Esses dois partidos podem dar uma sinalização de um compromisso formalizado para demonstrar isso às outras siglas e aí podermos formalizar um projeto com uma frente consolidada.
CT - Nessa sua avaliação parece que você não considera mais a possibilidade de uma terceira via. Acha que não cabe mais uma terceira força? Essa eleição vai ser meio plebiscitária?
PM - Eu acho que a terceira via se esvaziou porque os líderes tiveram outro entendimento. Eu até fico feliz porque o prefeito Amastha falou que ainda não está nessa decisão [do PP de apoiar o governador Sandoval]. Então, é um líder da terceira via que pode retomar o diálogo. Mas eu acho que retomar o diálogo, pensando numa terceira via, nesse momento, talvez fosse favorecer esse instrumento que já está aí, que é o governo, que possui essa frente de partidos tão fortalecida. É preciso avaliar isso com muita prudência. Não acho também que não é possível mais pensar na terceira via. É possível fazer uma análise sobre ela, mas é preciso agora, acima de tudo, se preparar para enfrentar esse adversário tão forte politicamente e, ao mesmo tempo, tão cambaleante sob a ótica da sociedade.
CT - Então, você entende que a melhor situação hoje seria todos juntos contra o governo?
PM - Acho que a sociedade principalmente. Nós não podemos fazer um movimento apenas político-partidário. Para se derrotar essa força econômica que se juntou aí - porque não é só uma força política, é uma força econômica -, tem que ser com a cidadania. Só a cidadania pode derrotar o capitalismo da forma que ele está tão organizado para tantas coisas. Precisamos estar criando um momento para um Estado novo. E não se faz um Estado novo com um modelo político fadigado desse, que está vendo que a força econômica, a força do dinheiro e do poder político é que se juntou novamente. Se juntou e não está olhando para a pobreza, não está olhando para os problemas.
A gente soube de um avião que não decolou para pegar uma criança porque o governo não paga a táxi-aéreo há mais de seis meses. Essa empresa está praticamente quebrada. Deve em peças, oficina de manutenção, em posto de gasolina. Não está tendo dinheiro nem para abastecer o avião. A Políca não tem dinheiro para abastecer carros. Mas há dinheiro para convencer partidos a apoiar a candidatura do governo. Então, a cidadania tem que derrotar isso. E essa frente popular só com partidos precisa se juntar e compreender a necessidade de se despir das vaidades. Não se faz política com vaidade, pensando no seu ego. É preciso pensar no povo. Mas é preciso se pensar para ganhar a eleição e pensar muito mais depois para governar. Porque nós não podemos também eleger governo para depois esse governo fazer esse modus operandi de um governo capitalista e patrimonialista. Este Estado tem que acabar com isso.
CT - Importantes líderes da oposição têm afirmado que após outubro a situação do Estado pode se agravar, independente do resultado eleitoral. Você tem essa preocupação?
PM - O Tocantins é um Estado altamente promissor. Com capacidade muito grande de estabelecer uma nova ordem econômica e social. Que tem uma capilaridade muito, muito grande, um Estado rico. O Tocantins é um Estado rico, não é pobre. Somos pobres de instituições eficazes politicamente. As nossas instituições são empobrecidas no resultado político. Nós precisamos dar liberdade e autonomia ao Judiciário, à Assembleia Legislativa e nós precisamos ter um Tribunal de Contas nesse Estado que seja sério, que seja honrado. Não essa situação que eu também evito até de dar adjetivos a ela. Nós não podemos ter um Tribunal de Contas em que um procurador de Contas diz que lá é um tribunal político, o que foi falado pelo Alberto Sevilha. E é a pura verdade. É um homem sério, corajoso e que só falta dizer que tem vergonha de participar daquele quadro. E ele é um dos homens sérios que este Estão precisa, inclusive, fazer homenagens, por sua seriedade e coragem de dizer isso. Então, precisamos de um governo que dê resultado econômico e social. E acho que no Tocantins é possível fazer isso.
Como pode um Estado ter em torno de 60% de seu funcionalismo indicado por políticos, por deputados? Temos que formar jovens, incentivar o serviço público concursado para esse jovem ter amor à causa, ter compromisso com o Estado e entender que não é puxando saco de deputado estadual que vai gerar emprego para ele. Mas é ele se construindo, se preparando para enfrentar concursos transparentes, sérios. Aí o Estado vai ter um corpo de funcionários ativos, que estão lá sem dever favor a políticos, mas por sua competência. Sabemos que tem deputado aí com a indicação de mil servidores. Mil! Um só deputado indicou mil contratos temporários! Então, entendemos que o Estado em capacidade econômica, mas precisa de uma gestão de competência, com austeridade e compromisso público. Porque o Estado é capaz de retomar a economia, é capaz de estimular a sua receita, capaz de crescer a sua economia e ter mais receitas. E não podemos aceitar que o servidor público é a carga pesada do Estado. Não, não é. Os servidores são a solução, desde que sejam adequadamente utilizados.
CT - Ou seja, há necessidade de profissionalização da
gestão. Como no caso de Palmas, que colocou na prefeitura uma pessoa com perfil
mais de gestor do que de político, o prefeito Carlos Amastha. Isso também
deveria acontecer com o Estado?
PM - Eu acho. Inclusive, eu fiquei muito impressionado com o dinamismo do Amastha na questão da produção dos projetos. Quando a presidente Dilma ofertou R$ 12,8 bilhões para o serviço de transporte público do País, para as capitais e grandes cidades, com mais de 200 mil habitantes, Palmas foi a primeira cidade a apresentar os projetos qualificadamente como ótimos e, portanto, foram aprovados. Eu creio que o Amastha, no ritmo em que ele está - obviamente tem alguns equívocos na administração, porque todo gestor tem seus equívocos -, mas eu acho que o Amastha é capaz de ser visto no futuro como um grande gestor.
CT - Ou seja, não dá mais para o Tocantins continuar sendo administrado tendo a política como um fim em si mesmo...
PM - Não dá. Estado nenhum. O dinamismo da sociedade requer um Estado transparente, soluções para políticas públicas de base, que é educação, saúde e segurança pública, e requer hoje felicidade. E isso não se faz com demagogia, com populismo, porque é extremamente momentâneo, você conseguir fazer uma coisa ali, mas não leva à frente. Não há dinheiro para o populismo mais, há dinheiro para políticas sólidas, comprometidas com o desenvolvimento. Então, o Tocantins não pode viver sob a cabeça de um gestor que pensa ainda como na década de 1950, sob um gestor que manda rasgar processo no Tribunal de Contas quando a coisa está errada - o Siqueira faz isso até hoje, manda sumir processo. Então, não se pode mais fazer isso. Tem que ter os portais da transparência, mostrar onde estão devidamente aplicados os recursos.
Eu te dou um exemplo muito sério, uma denúncia contra o atual governo. Teve uma licitação de uma emenda do senador Vicentinho Alves (SD) para Porto Nacional. A diferença da licitação foi de R$ 10 milhões. Estão exigindo que o empresário saia da licitação para o segundo lugar ganhar com diferença a mais de R$ 10 milhões. Ainda não consumaram a licitação. Estão forçando. Outra denúncia desse governo. Essa lama asfáltica que estão fazendo. A corrupção está na medição. Estou cantando a pedra: vão fazer 'X' metros e vão faturar 'Y' metros. Vão faturar uns R$ 30 milhões a mais de serviço que não executaram. Isso era coisa do Ministério Público fazer uma comissão e fiscalizar cidade por cidade para uma auditoria de tudo que foi feito. Para não virar mais uma impunidade no Estado. É grave isso que estou falando. São dois exemplos. É o modus operandi do Estado. Era assim e continua assim.
CT - Com a renúncia do ex-governador Siqueira Campos (PSDB) está terminando um ciclo na política do Estado? Você acredita no fim da era siqueirista, ainda que ele seja candidato a senador?
PM - Eu tenho que fazer isso com muita serenidade. O Estado precisa que a cidadania compreenda a gravidade porquê passa o Tocantins. O cidadão e a cidadã, o trabalhador e a trabalhadora, terão que fazer uma reflexão sobre o Tocantins, de tudo que aconteceu até agora. Porque estão buscando se manter no poder as mesmas pessoas que fizeram este Estado chegar à situação de caos em que se encontra, que usaram esse discurso porque participaram efetivamente da construção - não foram os construtores, mas participaram da construção -, e usaram isso por vários mandatos, de deputado federal, de governador, de filho deputado federal e senador, tudo baseado num trabalho que prestaram para criar o Estado do Tocantins. A sociedade vai ter que pensar agora se quer continuar com essa representação, se acha que isso representou bem a sociedade. Se acha que representou bem, tem mais uma oportunidade de dizer o "sim". Se quiserem a mudança e que se dê um fim a esse ciclo da ditadura siqueriana, o momento é esse, dizendo 'não'. E não só ao Siqueira, mas a todos que acompanham o Siqueira, porque todos representam o mal, o ruim, o fracasso do Estado.
É a mesma coisa quando se vê as pessoas que participaram efetivamente da ditadura militar estarem ainda em alguns setores do governo. Essas pessoas que fizeram tanto desmando, que perseguiram, que maltrataram, têm alguns deles que estão convivendo com os poderes. Existem umas pessoas que têm essa capacidade de camaleão, de mudar de cor, de mudar de discurso. O Siqueira é uma dessas pessoas. O Siqueira tem uma capacidade de mentir e de fingir, que ninguém pode de combatê-lo. Eu tenho receio dele mentir mais uma vez para as pessoas e elas acreditarem. Então, é preciso que a juventude se levante neste Estado para dizer um basta. É preciso que o trabalhador e a trabalhadora observem crianças que morrem, idosos que morrem, pessoas que são assassinadas - aumento brutal na taxa de homicídios neste Estado saiu agora no IBGE. Um dos Estados com maior crescimento na criminalidade e homicídio no País é o Tocantins. Quer dizer, a tudo isso é possível nós dizermos não. Agora, é preciso ter consciência. É preciso pensar. É por isso que eu digo que este Estado merece um novo pensar. E quem for governar este Estado não pode mentir para seu povo, precisa cumprir o papel de transformador das políticas, das práticas políticas e das políticas públicas. O que precisamos fazer é alertar para que este camaleão não consiga mais uma vez mudar de cor e encantar as pessoas.
PM - Eu acho. Inclusive, eu fiquei muito impressionado com o dinamismo do Amastha na questão da produção dos projetos. Quando a presidente Dilma ofertou R$ 12,8 bilhões para o serviço de transporte público do País, para as capitais e grandes cidades, com mais de 200 mil habitantes, Palmas foi a primeira cidade a apresentar os projetos qualificadamente como ótimos e, portanto, foram aprovados. Eu creio que o Amastha, no ritmo em que ele está - obviamente tem alguns equívocos na administração, porque todo gestor tem seus equívocos -, mas eu acho que o Amastha é capaz de ser visto no futuro como um grande gestor.
CT - Ou seja, não dá mais para o Tocantins continuar sendo administrado tendo a política como um fim em si mesmo...
PM - Não dá. Estado nenhum. O dinamismo da sociedade requer um Estado transparente, soluções para políticas públicas de base, que é educação, saúde e segurança pública, e requer hoje felicidade. E isso não se faz com demagogia, com populismo, porque é extremamente momentâneo, você conseguir fazer uma coisa ali, mas não leva à frente. Não há dinheiro para o populismo mais, há dinheiro para políticas sólidas, comprometidas com o desenvolvimento. Então, o Tocantins não pode viver sob a cabeça de um gestor que pensa ainda como na década de 1950, sob um gestor que manda rasgar processo no Tribunal de Contas quando a coisa está errada - o Siqueira faz isso até hoje, manda sumir processo. Então, não se pode mais fazer isso. Tem que ter os portais da transparência, mostrar onde estão devidamente aplicados os recursos.
Eu te dou um exemplo muito sério, uma denúncia contra o atual governo. Teve uma licitação de uma emenda do senador Vicentinho Alves (SD) para Porto Nacional. A diferença da licitação foi de R$ 10 milhões. Estão exigindo que o empresário saia da licitação para o segundo lugar ganhar com diferença a mais de R$ 10 milhões. Ainda não consumaram a licitação. Estão forçando. Outra denúncia desse governo. Essa lama asfáltica que estão fazendo. A corrupção está na medição. Estou cantando a pedra: vão fazer 'X' metros e vão faturar 'Y' metros. Vão faturar uns R$ 30 milhões a mais de serviço que não executaram. Isso era coisa do Ministério Público fazer uma comissão e fiscalizar cidade por cidade para uma auditoria de tudo que foi feito. Para não virar mais uma impunidade no Estado. É grave isso que estou falando. São dois exemplos. É o modus operandi do Estado. Era assim e continua assim.
CT - Com a renúncia do ex-governador Siqueira Campos (PSDB) está terminando um ciclo na política do Estado? Você acredita no fim da era siqueirista, ainda que ele seja candidato a senador?
PM - Eu tenho que fazer isso com muita serenidade. O Estado precisa que a cidadania compreenda a gravidade porquê passa o Tocantins. O cidadão e a cidadã, o trabalhador e a trabalhadora, terão que fazer uma reflexão sobre o Tocantins, de tudo que aconteceu até agora. Porque estão buscando se manter no poder as mesmas pessoas que fizeram este Estado chegar à situação de caos em que se encontra, que usaram esse discurso porque participaram efetivamente da construção - não foram os construtores, mas participaram da construção -, e usaram isso por vários mandatos, de deputado federal, de governador, de filho deputado federal e senador, tudo baseado num trabalho que prestaram para criar o Estado do Tocantins. A sociedade vai ter que pensar agora se quer continuar com essa representação, se acha que isso representou bem a sociedade. Se acha que representou bem, tem mais uma oportunidade de dizer o "sim". Se quiserem a mudança e que se dê um fim a esse ciclo da ditadura siqueriana, o momento é esse, dizendo 'não'. E não só ao Siqueira, mas a todos que acompanham o Siqueira, porque todos representam o mal, o ruim, o fracasso do Estado.
É a mesma coisa quando se vê as pessoas que participaram efetivamente da ditadura militar estarem ainda em alguns setores do governo. Essas pessoas que fizeram tanto desmando, que perseguiram, que maltrataram, têm alguns deles que estão convivendo com os poderes. Existem umas pessoas que têm essa capacidade de camaleão, de mudar de cor, de mudar de discurso. O Siqueira é uma dessas pessoas. O Siqueira tem uma capacidade de mentir e de fingir, que ninguém pode de combatê-lo. Eu tenho receio dele mentir mais uma vez para as pessoas e elas acreditarem. Então, é preciso que a juventude se levante neste Estado para dizer um basta. É preciso que o trabalhador e a trabalhadora observem crianças que morrem, idosos que morrem, pessoas que são assassinadas - aumento brutal na taxa de homicídios neste Estado saiu agora no IBGE. Um dos Estados com maior crescimento na criminalidade e homicídio no País é o Tocantins. Quer dizer, a tudo isso é possível nós dizermos não. Agora, é preciso ter consciência. É preciso pensar. É por isso que eu digo que este Estado merece um novo pensar. E quem for governar este Estado não pode mentir para seu povo, precisa cumprir o papel de transformador das políticas, das práticas políticas e das políticas públicas. O que precisamos fazer é alertar para que este camaleão não consiga mais uma vez mudar de cor e encantar as pessoas.
Fonte: Portal CT
Cisternas que ajudariam a enfrentar seca estão amontoadas no Tocantins
Programa de
combate à seca foi lançado em junho de 2012. Promessa era que já funcionaria em
2013, mas apenas 4,5% do total previsto foi instalado.
Na região norte do Brasil, moradores de 27 municípios do Tocantins estão
prestes a entrar em mais um período de seca sem o apoio que foi prometido pelas
autoridades. As cisternas foram até compradas. Mas estão amontoadas em
depósitos no estado.
Enquanto tem, a água que mata a sede do bicho é a mesma que vai para o
balde do sertanejo. O Tocantins também tem seu sertão. E quando a seca chega,
não existe equilíbrio que resolva.
"Daqui a pouco, nem isso não tem", conta uma mulher.
Há 69 anos, a dona Ana convive com isso. "A gente fica triste,
porque sabe que vai sofrer muito sem água", diz.
As soluções para quase seis meses por ano sem água até existem e estão
espalhadas aos montes pelo sudeste do estado. Um projeto de R$ 75 milhões, dos
governos federal e estadual, para instalar 11.350 reservatórios em 27
municípios.
Esse programa de combate à seca foi lançado no Tocantins, em junho de
2012. A promessa era que já funcionaria em 2013, mas os prazos foram
prorrogados várias vezes.
Quase dois anos se passaram, outro período de estiagem se aproxima e as
cisternas se encontram amontoadas em depósitos na grande maioria dos
municípios: 373 cisternas foram para Almas e, há 5 meses, continuam em um
terreno, na entrada da cidade.
“Nenhuma foi instalada. Estamos aguardando, aí”, diz um homem.
Em Ponte Alta do Bom Jesus, centenas de cisternas estão amontoadas sem
utilidade no estádio do município.
Em outubro do ano passado, o Jornal Nacional mostrou o atraso na
instalação dos reservatórios. E na semana passada, 260 viraram cinzas em um
incêndio criminoso, em Taquatinga. Um suspeito foi preso.
De acordo com a agência tocantinense de saneamento até agora 500
cisternas foram instaladas.
Apenas 4,5% do total previsto e diz ainda que a
chuva do começo do ano prejudicou a implementação do projeto.
“Vamos retomar agora na primeira semana de junho. O nosso prazo do
programa para implantação é só um, dezembro de 2014”, Edmundo Galdino, Agência
Tocantinense de Saneamento.
Na zona rural de Natividade, algumas famílias já começaram a receber as
cisternas, mas é só enfeite por enquanto.
"Desse jeito, não tem utilidade nenhuma”, critica um homem.
FONTE: http://g1.globo.com/jornal-nacional
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Pré-candidato a Deputado Estadual, José Salomão participará do Encontro Estadual do PT no próximo sábado
O ex-prefeito de Dianópolis e pré-candidato a Deputado Estadual, José Salomão(PT), participará do Encontro Estadual do Partido
dos Trabalhadores que será realizado neste sábado, 31, a partir das oito horas no
auditório da Assembléia Legislativa.
Durante o evento dirigentes e militantes petistas irão analisar a conjuntura
política estadual, deliberar a política de alianças do partido para as eleições
de 2014 e definir a formação do grupo de trabalho eleitoral.
Senadores vão ao Ministério da Saúde e comissão é formada para averiguar problemas da saúde no Estado
Depois da
repercussão nacional sobre os problemas enfrentados pela saúde no Estado do
Tocantins, principalmente a crise de falta de medicamentos e insumos no
Hospital e Maternidade Dona Regina, os três senadores do Estado, Katia Abreu
(PMDB), Ataídes Oliveira (PROS) e Vicentinho Alves (SD) foram ao Ministério da
Saúde nesta quarta-feira, 28, relatar a situação. A situação do Estado foi
mostrada na imprensa nacional quando os próprios médicos fecharam a UTI e
manifestaram por melhores condições de trabalho. Até os medicamentos
indispensáveis para a realização de cesariana estão faltando na maternidade.
O Ministério da Saúde decidiu nomear uma Comissão Técnica para averiguar as aplicações dos recursos federais na saúde pública no Tocantins e propor saídas para a crise que atinge o setor. A Comissão deve se deslocar ao Estado no início da próxima semana, segundo informação da assessoria da senadora Kátia Abreu.
A decisão
foi tomada no início da noite desta quarta, após audiência entre os senadores e
a secretária executiva do Ministério, Ana Paula Menezes Sóter, que respondia
pela pasta por viagem do titular, ministro Arthur Chioro.
Ficou
decidido que os três senadores vão formar uma comissão para acompanhar a
averiguação que o Ministério da saúde fará sobre a destinação de recursos por
parte do governo federal para investimento no Dona Regina.
O
Ministério da Saúde informou aos senadores que já repassou ao Governo do Estado
recursos adicionais que se elevam a R$ 80- milhões nos últimos meses. Foram 12
parcelas de R$ 5 milhões, somada a outra parcela de R$ 20 milhões. O
Ministério, segundo os parlamentares, não reconhece o compromisso elencado pelo
governo do Estado de que faltariam mais R$ 40 milhões.
Ainda
conforme os senadores, a secretária executiva do Ministério da Saúde informou
que vai tratar com urgência e emergência a questão do Hospital e Maternidade Dona
Regina. Mas informou que os técnicos do Ministério da Saúde irão averiguar a
aplicação dos recursos federais de sua competência. “ Se for apenas dinheiro,
resolve-se, mas se for gestão, como parece, terão que ser tomadas outras
medidas”, disse a senadora Kátia Abreu logo após a audiência no Ministério da
Saúde.
“Ficou
decidido que nós três senadores iremos acompanhar de perto os trabalhos dessa
comissão do Ministério da Saúde, está em jogo é a saúde de nossa população”,
disse o senador Ataides Oliveira, informando que ele próprio já tinha
protocolado documento naquele Ministério pedindo o repasse dos recursos que a
pasta informou não ter direito o governo do Tocantins. Já o senador Vicentinho
Alves foi enfático: “ Precisamos de uma solução de urgência para esse problema
que se arrasta há anos”.
Maternidade está sem remédios e tem comida com mosca, diz enfermeira
Do G1 TO,
com informações da TV Anhanguera
Pacientes e funcionários do Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas, reclamam da falta de
medicamentos e das péssimas condições da instalação da unidade. “Vira e
mexe acontece de você ver a comida e está com cabelo, está com mosca, está com
ovo de varejeira”, conta uma enfermeira que não quis se identificar.
A servidora diz ainda que medicamentos estão em falta, o que coloca em
risco a vida de mães e recém-nascidos. Remédios como o misoprostol [indução de
parto] e ocitocina [estimulante uterino] ainda podem ser encontrados na
farmácia da unidade. “Mas não sabe até quando vai durar. E a ocitocina, com a
medicação básica, ela salva vida, naquela mãe que acabou de ganhar neném. Ela
evitar ter hemorragia. Sem ela, a mulher pode sangrar até morrer. ”
Por falta de medicamentos, a UTI não recebe mais pacientes. “Não tem
vaga na UTI, ou seja, essa mulher acaba não sendo operada, tendo que esperar, e
a espera, nem sempre, para esse feto, é boa, acaba indo a óbito”, diz a
enfermeira, acrescentando que é comum entregar o plantão, com uma paciente bem
e depois, ficar sabendo que bebês morreram. “Eu passo o plantão para a colega
com essa paciente tudo bem. No outro dia, a gente recebe [e fica sabendo], o
bebê de fulano de tal morreu.”
Maria Anita Carmo de Souza está com a filha de 21 anos, há quatro dias
esperando retirar o feto que morreu durante gestação. O procedimento ainda não
foi feito por falta medicamento. “Uma pessoa pegar uma infecção aí, o problema
se agravar mais. Porque não pode esse horror de tempo ficar com um feto na
barriga. A gente como mãe fica muito preocupada. ”
Fiscalização
Nesta segunda-feira (25), Ministério Público Federal e Defensoria
Pública do Estado fizeram uma vistoria no hospital. O procurador da República,
Fábio Loula, diz que a situação é caótica. “Há notícias de que medicamentos
para amadurecimento de pulmões de bebês precoce está faltando. Remédios
anestésicos faltando também. Isso é um quadro caótico e o estado precisa
resolver isso”, afirma, acrescentando que “já existe uma decisão da justiça
federal reconhecendo o problema, a falta de abastecimento de medicamentos e
insumos, e vamos mais uma vez informar a justiça federal.”
O defensor público Arthur Luiz Pádua diz que foi constatado que a UTI
neonatal não recebe mais crianças. “A UTI neonatal está fechada, mas o hospital
continua de portas abertas. As parturientes continuarão chegando e continuarão
fazendo as cirurgias. E caso haja necessidade de UTI, hoje nesse momento, a
equipe técnica do hospital não sabe para onde mandar essas crianças.”
Resposta
Por nota, a Secretaria Estadual e Saúde diz que o hospital está passando
por reforma, no valor de R$ 4 milhões para adequação de espaço para UTI
neonatal e implantação de UTI adulta feminina, além de área para descanso dos
profissionais e reforma dos espaços administrativos. Sobre a alimentação dos
servidores, o órgão informa que é temporária até que a reforma seja concluída,
mas não deu prazo para que isso ocorra. A nota afirma ainda que a falta de
medicamentos é pontual e que está repondo de acordo com a entrega dos produtos
pelos fornecedores. Além disso, enfatiza que alguns dos materiais em falta já
foram enviados e os demais devem estar disponíveis ainda nesta terça-feira
(27).
terça-feira, 27 de maio de 2014
PT realiza encontro para debater estratégia e tática eleitoral no sábado
O Partido dos Trabalhadores realiza Encontro Estadual neste
sábado, 31, a partir das 8h no auditório da Assembleia Legislativa para debater
estratégia e tática eleitoral. Durante o evento dirigentes e militantes
petistas irão analisar a conjuntura política estadual, deliberar a política de
alianças do partido para as eleições de 2014 e definir a formação do grupo de
trabalho eleitoral.
Para o presidente Estadual do PT, Júlio César Brasil, o
Tocantins precisa de um governo com planejamento e gestão, assim como, de
eleger deputados (as) e senador (a) comprometidos de fato em melhorar a vida
das pessoas que vivem nos 139 municípios do Estado. “O PT tem o compromisso de
construir um projeto que proporcione serviços de qualidade para a população,
que retome o crescimento do Estado e proporcione as mudanças que o Tocantins
precisa para avançar” ressaltou Brasil.
O evento vai contar com a participação de deputados, prefeitos,
vice-prefeitos, vereadores, dirigentes, militantes e lideranças petistas de
todo o Estado.
Ascom - PT
Audiência Pública resulta em perdão de menores infratores em Dianópolis
A Defensoria Pública do Tocantins, por meio da defensora Sebastiana
Pantoja Dal Molin, da psicóloga Isabela Sampaio e da assistente social
Leusimara Cirqueira, participou nesta quarta-feira, 21, de Audiência Coletiva
que concedeu remissão (perdão) dos atos infracionais cometidos por 21
adolescentes na região de Dianópolis.
A ação, realizada pelo juiz Jossaner Nery Nogueira Luna, da Vara da
Infância e Juventude, teve o intuito de esclarecer aos jovens e familiares os
direitos e deveres que possuem, bem como as consequências da remissão
concedida.
A defensora Sebastiana Pantoja evidenciou a importância do
comprometimento da família no desenvolvimento das crianças e adolescentes,
principalmente daqueles em conflito com a lei.
Na ocasião, a equipe multidisciplinar da Defensoria Pública em
Dianópolis, composta pela psicóloga Isabela Sampaio e a assistente social
Leusimara Cirqueira, frisou a importância da chance de fazer novas escolhas,
traçando um caminho diferente na vida dos adolescentes; ressaltou a importância
da reinserção social e da nova oportunidade que adolescentes receberam através
da remissão. Alertou ainda sobre as consequências do uso de drogas e a
importância da educação, das políticas públicas e do apoio familiar, fatores
determinantes para um desenvolvimento sadio e harmonioso.
Fonte: Site da Defensoria Pública do Tocantins
segunda-feira, 26 de maio de 2014
FESTA DA "COMITIVA NÓIS TRUPICA + NUM CAI" SERÁ DE 07 A 12 DE JUNHO EM NOVO JARDIM - TO
DIA 07/06 - Carreata
DIA 08/06 - Cavalgada
DIAS 10/06 E 11/06 - OPEN BAR A PARTIR DE 22HS
KIT: BLUSA DA COMITIVA, CANECA E OPEN BAR TODOS OS DIAS
VALOR: R$ 60,00
Fifa vai pagar ao Brasil R$ 16 bi em impostos
Dados do
governos desmentem vídeos divulgados pelo comentariosta Jorge Kajuru na
internet
Em vídeos na internet, o comentarista esportivo
Jorge Kajuru tenta convencer que a Copa do Mundo no Brasil é um mau negócio
porque o dinheiro público investido não retornará. Ele alega que o País decidiu
isentar a Fifa de impostos, ao contrário da África do Sul, Alemanha, Japão e
outros países.
Tudo mentira. O fato é que cada bilhete vendido
recolhe impostos, pois o Centro de Ingressos, o Comitê Organizador Local e
prestadores de serviços da Fifa são tributados nos termos da legislação
nacional.
A receita fiscal no evento deve chegar a US$ 7,2
bilhões (R$ 16 bilhões), nas contas da Ernst & Young e da Fundação Getulio
Vargas – uma soma muito superior ao investimento público nos estádios.
O Kajuru também erra ao dizer que as obras custaram
três vezes mais do que o previsto. O Castelão, em Fortaleza, saiu 17% mais
barato. A Arena Corinthians já previa custo de R$ 820 milhões no primeiro
orçamento, em 2011. Outras cinco arenas tiveram ajustes baixos: Arena Pernambuco
(1%), Arena da Dunas (14%), Arena Fonte Nova (17%); Arena Pantanal e Arena da
Amazônia (24%).
Mineirão, Maracanã, Arena da Baixada e Mané
Garrincha tiveram seus orçamentos elevados entre 63% e 88%, por causa de
mudanças nos projetos de engenharia. O único orçamento que dobrou foi o do
Beira-Rio, em Porto Alegre (RS), em razão de alterações profundas na planta
inicial.
Movimento na economia – Apenas na construção e
reforma dos 12 estádios da Copa do Mundo, calcula a Fundação de Pesquisas
Econômicas (Fipe), foram criados 50 mil novos empregos. Um bom negócio, ainda
mais em tempos de crise financeira internacional, quando os países competem para
manter os postos de trabalho e a atividade econômica. Entre 2010 e 2014, os
jogos vão movimentar cerca de R$ 142 bilhões a mais na economia brasileira com
a geração de 3,6 milhões de empregos, segundo a FGV e Ernst Young.
A Fipe calculou que apenas a Copa das Confederações
fez o PIB brasileiro aumentar em R$ 9,7 bilhões, com a manutenção de 303 mil
empregos. Para a Copa do Mundo, os economistas da USP estimam um aumento de R$
30 bilhões a mais no PIB.
Isenção - A Fifa ganhou isenção fiscal na importação
de bens, como uniformes, carros e ônibus. Tudo vai permanecer no Brasil, mas
não representa risco de mercado para alguma confecção de Joinville ou àquela
nova fábrica da Fiat que está sendo montada em Pernambuco – com direito a
centro de inovação tecnológica, a partir dos benefícios do programa federal
Inovar-Auto.
A indústria nacional continua segura neste ponto,
essas pequenas importações não representam exportação de empregos. Apenas
facilitam a contabilidade dos jogos, pois os patrocinadores dão bens e não
recursos.
As emissoras de TV também vão trazer muitas
toneladas de equipamentos para garantir que as imagens do torneio brasileiro
cheguem ao mundo todo e não vão pagar impostos por isso. O benefício de
divulgar o Brasil vale muito mais do que o custo em renúncia fiscal, porque têm
um impacto maior do que as campanhas que o governo federal poderia fazer com
essa possível arrecadação.
O Congresso Nacional aprovou a Lei 12.350/2010, que
concede isenção de tributos federais à Fifa, num processo normal e democrático.
Essas permissões, como facilidades nos vistos de entrada de estrangeiros
(turistas e trabalho), são compromissos razoáveis do país-sede para acolher o
evento internacional.
Tanto a Alemanha quanto a África do Sul conferiram
benefícios tributários à Fifa. País algum, porém, nem mesmo o Brasil, isentou a
Fifa ou qualquer outro parceiro comercial (consultores, etc) de pagar tributos
por negócios que não tenham vinculação direta com os jogos.
Bola no campo – Kajuru repete em seus vídeos que o governo
brasileiro foi bonzinho com a Fifa porque comprou o resultado final para ajudar
na eleição presidencial.
Neste caso, além de mentir reiteradamente por
ingenuidade ou total falta dela, Kajuru comete ilícitos de injúria calúnia e
difamação. Como dizia nosso grande craque Garrincha, seria preciso combinar com
os suíços (a sede da Fifa fica em Zurique) e também com outras nações pouco
poderosas e dispostas a vir com seus hinos nacionais, bandeiras e heróis
populares. Gente como os norte-americanos, franceses, japoneses, alemães,
enfim, o G 7 e o G 20.
Fonte: Agência PT de Notícias
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