quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Hospital que atende oito cidades está sem nenhum médico há cinco dias, diz Ministério Público

Situação é no Hospital de Dianópolis, no sudeste do Tocantins — Foto: Reprodução/TV Anhanguera


Segundo o levantamento dos promotores, cinco dos 10 profissionais do Hospital de Dianópolis estão afastados e outros quatro atendem apenas especialidades.

Por G1 Tocantins

A Ministério Público do Tocantins informou nesta sexta-feira (31) que o Hospital de Dianópolis, unidade de referência para oito municípios da região sudeste do Tocantins, está sem nenhum médico para atendimentos de emergência há cinco dias. O MP entrou com um pedido na Justiça para que o estado seja obrigado a regularizar os plantões.

Um levantamento feito pelos promotores durante uma inspeção indicou que dos 10 médicos que trabalham na unidade, cinco estão afastados e outros quatro atendem somente a especialidades. Apenas um médico segue atendendo casos emergenciais, mas ele não foi na unidade ao longo da semana.

Segundo o MP, nesta sexta-feira (31) um paciente com asma crônica não conseguiu atendimento no local, mesmo com os exames indicando que o pulmão dele está com 85% de saturação. Ele também não conseguiu entrar na regulação estadual para ser transferido para outra unidade de saúde.

Os hospitais de alta complexidade mais próximos de Dianópolis são o Regional de Porto Nacional, o Geral de Palmas e o Hospital do Oeste, em Barreiras (BA). A ação na Justiça foi aberta pela promotora Luma Gomides.

O Governo do Tocantins informou, em nota, que a unidade de Dianópolis, como outras unidades do Estado, está com déficit de servidores devido as confirmações de casos de Covid-19. A Secretaria de Estado da Saúde disse que está trabalhando para repor estes profissionais e cobrir as escalas o mais breve possível.

A SES ressaltou que trabalha com toda rede de hospitais públicos e leitos contratados na rede privada para garantir o atendimento da população tocantinense e informou se necessário transferências podem ocorrer. A nota não explica porque o paciente com o pulmão comprometido em Dianópolis não conseguiu a transferência.

G1 Tocantins

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