Nesta semana tivemos o início dos trabalhos legislativos na Câmara Municipal de Dianópolis. A primeira sessão do ano foi marcada por diversos discursos dos representantes do povo presentes à solenidade. O prefeito José Salomão(PT), como em outros anos, fez o uso da palavra representando o poder executivo. Ele realizou um pronunciamento coerente com o momento de crise por qual passa a economia mundial, o que de certa forma também começa a atingir todos os municípios. Essa conjuntura, segundo o chefe do executivo local, aliada ao aumento do salário mínimo forçará um posicionamento de mais austeridade e contenção de gastos por parte da prefeitura municipal.
A partir daí seguiram-se os discursos dos vereadores. E mais uma vez houve desentendimento entre os peemedebistas Osvaldo Baratins e Hagahús Netto. O PMDB segue em DNO sua lógica nacional de divisão partidária e na Câmara parece não falar a mesma língua. Baratins chamou o seu par de traidor e acrescentou que o estatuto do partido deve ser respeitado. Hagahús deixou transparecer que ainda anda ressentido com a eleição para a presidência do legislativo. As arestas pelo jeito tem de ser aparadas e o cachimbo da paz finalmente fumado.
E, além desse episódio, houveram outros pronunciamentos mais amenos. Nestes, o que se observou foi que a unanimidade dos parlamentares municipais parece se posicionar a favor da aprovação das matérias benéficas ao povo dianopolino. Portanto, ganha a cidade, já que não teremos em tese uma oposição do "quanto pior melhor".
A oposição, por sinal, ficará resumida a dois integrantes: Guilherme(PRB) e Luciana(PR). Os vereadores da base de apoio do prefeito e que trabalharão em sintonia com o executivo são maioria absoluta. São eles: Régis(PSC), Osvaldo Baratins(PMDB), Ferdnando(PV), Elacy(PT), Hagahús Netto(PMDB) e Serginho(PT). O vereador Rafael do Táxi(PDT) parece adotar uma posição mais neutra.
Logo abaixo postei matéria publicada no site do jornal "Sudeste Hoje"(www.sudestehoje.com) sobre o início dos trabalhos dos nossos vereadores:
Ás 20 horas começou a sessão solene que marcou o início dos trabalhos legislativos em Dianópolis. O presidente Régis Melo abriu os trabalhos seguido da execução do Hino Nacional e do Hino de Dianópolis. Logo após momento religioso com o pastor Cosme.
O primeiro a se pronunciar abrindo a parte de discursos foi o prefeito José Salomão. Falou sobre a crise mundial e os efeitos dela nos municípios. A crise aliada ao aumento do salário mínimo, que provocará um impacto na folha de pagamento do município, levará a administração municipal a uma redução de gastos.
Em seguida falou o vereador Hagahús Netto conclamando a democracia para superar a crise econômica. “Me eleger vereador é um sonho conquistado”, afirmou Hagahús. Lembrou a trajetória política de seus antepassados, agradeceu os eleitores e declarou apoio a administração.
Mas mostrou ressentimento com relação a sessão do dia primeiro de janeiro, para eleger o presidente, quando o vereador Osvaldo Baratins fez um discurso agressivo alegando traição de Hagahús. O vereador apontou uma falha entre o regimento interno e a Lei Orgânica do município. Pelo regimento interno o mandato do presidente é de um ano, mas pela Lei Orgânica é de dois anos. Prevalece a Lei Orgânica. “ Se o presidente tiver apego ao poder poderá ficar dois anos”, afirmou Hagahús mostrando preocupação com a sucessão de Régis.
Já a vereadora Luciana foi sucinta no seu primeiro discurso. Falou que está ali para, como vereadora, ajudar a realizar o sonho dos dianopolinos. Agradeceu o apoio do marido Oséas, “ pilar da minha vida”.
Serginho foi mais rápido ainda. Agradeceu os votos que obteve e conclamou a todos pela união. "Pertencemos agora a um único partido político: Dianópolis".
Ferdnando convidou a população a participar das sessões da Câmara durante todo o ano. E encerrou: "meu desejo é trabalharmos de cabeça erguida, vislumbrando o futuro de nossos filhos, é o que Dianópolis deseja".
O vereador Guilherme marcou seu território como oposicionista. "Estarei sempre disposto a realizar parceria com a prefeitura nas questões que beneficiem a sociedade. Mas serei um questionador nos assuntos obscuros. Esse é o meu papel".
Elacy citou a Bíblia e pediu união: "É hora de trabalho e união". Se posicionou como conciliadora pregando a união dos vereadores em prol de Dianópolis. “Que a paz reine sobre este local”.
Rafael do Táxi foi objetivo: “Os projetos a favor do povo serão aprovados, executados pelo executivo e fiscalizados pelo legislativo.”
Osvaldo Baratins agradeceu os 484 eleitores que votaram nele. Falou da integração entre a Câmara e a comunidade e sobre o discurso de Hagahús. "Em momento algum o senhor presidente usou o regimento interno para se beneficiar". Chamou o vereador de traidor. "Hagahús traiu o partido". E acrescentou que é preciso respeitar o estatuto do partido(PMDB). "É preciso ter ética para não agredir nossos colegas. E não querer atirar pedras".
O presidente Régis Melo, com seu estilo apaziguador, interviu: "Devemos deixar as picuinhas. Vamos trabalhar juntos com o Executivo. E encerrou a sessão".
Logo após foi servido um coquetel para os presentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário