quarta-feira, 1 de setembro de 2010
ENTREVISTA / PAULO MOURÃO
Ele chegou a cogitar a possibilidade de abrir mão da candidatura ao Senado para facilitar a negociação com o senador João Ribeiro (PR), que acenava apoio ao governador Gaguim. O candidato ao Senado Paulo Mourão, do PT, revela que na verdade nunca acreditou na proposta do senador. E que tomou a decisão para alertar o governador quanto ao risco de ser usado como trampolim para o adversário conquistar apoios na base do governo.
“Eu quis provar ao governador Gaguim que essa história do João Ribeiro vir apoiá-lo, que essa história do prefeito Raul Filho (PT) estar apoiando, como esses outros prefeitos que dizem que apoiam ele e o João Ribeiro, é uma faca de duas pontas e isso pode ferir”, observa o candidato, lembrando que o desfecho do episódio mostra que tinha razão. Mourão conta que uma semana depois Ribeiro mandou dizer que continuaria com Siqueira, por ser um homem honesto.
O candidato não esconde a indignação com a postura do prefeito de Palmas, Raul Filho, e outros prefeitos que lideram movimento a favor da candidatura do senador João Ribeiro, que ele acredita que vai além. “Eu entendo que esses prefeitos que hoje estão trabalhando o apoio ao João Ribeiro estão na, verdade, apoiando é Siqueira e estão mentindo ao dizerem que apoiam Gaguim”, denuncia Mourão, apontando que este é um ponto contraditório na campanha da coligação Força do Povo que precisa ser corrigido. Mourão diz que, apesar de campanha contra seu nome, está em segundo lugar nas pesquisas em Palmas e acredita que pode ser o primeiro senador eleito pelo PT no Tocantins.
Entusiasmado com os avanços do governo Lula, Paulo Mourão cita com propriedade, números, dados e ações que em sua opinião permitiram surgir um novo Brasil, mais moderno, mais justo e mais desenvolvido. O candidato comemora a visita do presidente ao Tocantins para inaugurar a Plataforma Multimodal da Ferrovia Norte-Sul em Porto Nacional, obra que teve a sua participação como prefeito. E avalia que a visita de caráter administrativo não deixa de ter uma conotação política. “Todos os momentos que o Lula puder participar da campanha é de extrema relevância para potencializar essa vitória.”
Nesta entrevista exclusiva ao Jornal Opção, que faz parte da série com os candidatos ao governo e ao Senado, Paulo Mourão fala ainda do crescimento da candidatura da petista Dilma Rousseff, que ele acredita que vai ser a primeira mulher presidente, e revela como pretende atuar no Senado Federal se for eleito.
O crescimento da sua candidatura chama atenção, o que explica esse crescimento?
Isso foi uma conjugação de ações, de fatores que são determinantes numa eleição. A própria composição política que envolve a aliança (Força do Povo) comandada pelo governador Gaguim, pelo senador Marcelo Miranda e nós do Partido dos Trabalhadores, entendemos que o próprio momento que o presidente Lula conseguiu construir para o Brasil e aqui no Tocantins as ações em parceria do governo federal e com o governo estadual. Tudo isso são somatórios. A minha experiência de trabalho e dedicação também são bem vistas, a folha de serviços prestada ao Estado que eu tenho de ações, como a criação da Universidade Federal, autor da emenda que possibilitou a construção do Hospital Geral de Palmas, a própria administração de Porto Nacional, hoje uma referência no Brasil. Entendo que a somatória de todas essas ações é que fazem com que esse crescimento nas pesquisas esteja de forma célere. Não tenho sombra de dúvida que conseguiremos conquistar uma das vagas do Senado Federal pelo Partido dos Trabalhadores.
Gaguim fala em eleger os dois senadores, mas prefeitos da base apoiam um senador de outra coligação. Isso não compromete a meta do governador?
Eu entendo que o discurso da unidade ainda é necessário para o momento. Temos alguns problemas de resistência de alguns prefeitos conquanto a nossa candidatura pelo Partido dos Trabalhadores e está causando essa interrupção nesse processo. Mas sem sombra de dúvida, quando a gente observa que 50% do eleitorado ainda não decidiu em quem votar, enquanto que outros candidatos já têm mais tempo de articulação das suas candidaturas ao Senado, entendo que quando fortalecer essa mensagem via televisão, quando conseguirmos verdadeiramente demonstrar que somos do Partido dos Trabalhadores, que somos da composição do governo Gaguim com o governo Dilma, e que vai ser muito importante um senador do PT estar lá (em Brasília) para fazer essa ponte de trabalho. Eu creio que essas ações vão fortalecer essa nossa indicativa nas pesquisas. Estou satisfeito com o resultado hoje, mas sabendo nós que precisamos crescer mais ainda para atingirmos a composição para essa segunda vaga. Eu entendo que está faltando a unidade ainda na campanha. A participação maior dos prefeitos, dos deputados estaduais, federais, vereadores e o povo em geral e acima de tudo conhecer as nossas propostas, no momento aonde conseguiremos passar com firmeza todo o que temos de trabalho prestado, de serviço de relevância ao Estado e o que nós estamos propondo fazer como senador eu acho que também isso fortalecerá não só esse vínculo com a campanha do Gaguim, mas acima de tudo com o que poderemos fazer pelo Estado em função da relação com a presidente Dilma.
Como o sr. avalia a postura do prefeito Raul Filho, que de articulador da sua candidatura ao governo passou a adversário da sua postulação ao Senado?
Eu tenho evitado fazer qualquer comentário sobre o Raul Filho, mesmo porque a amizade que nos cercava, o respeito mútuo que tínhamos um pelo outro faz com que eu tenha cautela em fazer uma análise sobre esse comportamento dele. Acho no mínimo muito estranho, uma pessoa fazer elogio, participou da nossa convenção decisiva no dia 26 e depois de quatro dias já estava me atirando pedras de forma injusta, sem nenhum motivo real para uma atitude tão violenta, tão deseducada, tão sem ética como ele fez contra a minha pessoa. Mas o meu silêncio foi a forma melhor que eu procurei para responder e acho que a história vai julgar e espero que ele não consiga me derrotar. Espero que eu consiga ter a vitória e creio que eu estou conquistando porque aqui dentro de Palmas hoje eu já estou em segundo lugar e isso comprova que mesmo essa ação tão perversa e injusta da parte dele para comigo não está surtindo efeito eleitoral graças a Deus. A história fará o julgamento da postura do prefeito Raul Filho. Eu quero me reservar o direito de ficar em silêncio porque eu não gostaria de responder no mesmo nível que ele me atacou. Eu quero fazer uma política de alto nível, de propostas, de compromisso com trabalho ao Estado do Tocantins e fortalecimento do meu partido, o Partido dos Trabalhadores. Eu entendo que tudo isso que o prefeito Raul Filho está fazendo são coisas extremamente lamentáveis de uma menor referência no processo político eleitoral brasileiro e tocantinense porque eu entendo política de alto nível e de respeito até aos adversários, agora entendo que ele está equivocado, ele está desautorizado pelo partido a fazer o que está fazendo. Ele mesmo participou da convenção autorizando a minha indicação ao governo, depois ao Senado. Ele mesmo participou de uma resolução interna do partido criando normativas, criando punições para quem desobedecesse a indicação dos candidatos do partido, quer dizer, ele está pisando em tudo que discutiu internamente no partido, então está se apresentando um Raul Filho que eu não conhecia, lamentavelmente. Uma figura desconhecida por todos nós.
O governador Gaguim revelou que o sr. chegou a abrir mão da candidatura para facilitar negociações com o senador João Ribeiro, que queria aderir à Força do Povo. Por que essa decisão?
Primeiro considere que isso já é coisa do passado. Eu tentei demonstrar ao governador Gaguim que há um processo de desenvergonhamento do procedimento político e ético de alguns políticos no Brasil e no Tocantins não foge a regra. Eu quis provar ao governador Gaguim que essa história do João Ribeiro vir apoiá-lo, que essa história do prefeito Raul Filho estar apoiando como esses outros prefeitos que dizem que apoiam ele e o João Ribeiro é uma faca de duas pontas e isso pode ferir. E a única pessoa que poderia ser ferida com esse tipo de procedimento era o governador Gaguim. Você que me conhece há muito tempo, o povo desse Estado que me conhece há muito tempo, eu sou uma pessoa que sempre só me envolvi com o bem coletivo, com a defesa desse Estado, eu não faço política por profissionalismo, eu faço política por ideal, eu não faço política para fins próprios, eu faço política pelo desenvolvimento do nosso povo e isso foi comprovado com todas as minhas ações e eu demonstrei ao governador Gaguim o meu desprendimento em dizer governador se esses prefeitos que estão dizendo que não me apoiam que querem apoiar é o João Ribeiro e se o João Ribeiro quiser lhe apoiar eu não vou ser nenhum impedimento, empecilho, problema de qualquer dispersão na sua campanha. Pelo contrário, o meu adversário é o Siqueira Campos, ele é que é o mau maior deste Estado, nós precisamos de derrotá-los. Então o senhor fique muito bem a vontade de fazer esse entendimento com o João Ribeiro, porque eu procurarei discutir isso internamente dentro do Partido dos Trabalhadores e o partido entenderá que nós estamos fazendo mais um gesto de grandeza em prol do desenvolvimento do Estado, em prol do apaziguamento político, porque isso que eu sempre desejei. Bem isso foi feito, o governador chamou o João Ribeiro e a resposta que o João Ribeiro deu depois de uma semana foi dizer que o Siqueira era o candidato dele porque era o honesto, era o único honesto no Estado para governar o Tocantins. Agora você vê o contrassenso, o Siqueira no passado chamou João Ribeiro de corrupto, o cassou da prefeitura, e hoje João Ribeiro diz que ele é um homem honesto. Então é uma relação difícil de compreensão. Eu entendo que esses prefeitos que hoje estão trabalhando o apoio ao João Ribeiro estão na verdade apoiando é o Siqueira e estão mentindo dizendo que estão apoiando o Gaguim, porque quando você faz a pesquisa científica você observa o segmento do voto e a distorção do voto. Quem vota no João Ribeiro a tendência de mais de 30% é de votar no Siqueira, ou seja, se um prefeito está apoiando o João Ribeiro ele está também 80% pedindo voto é para o Siqueira e está mentido dizendo que está apoiando o Gaguim, ai você passa na porta da casa desse prefeito não tem uma propaganda do Gaguim. Você vê os carros que ele anda não tem uma propaganda do Gaguim, nem dos senadores do Gaguim, mas dizem que estão apoiando o Gaguim para ter convênios, para ter benefícios do governo. E pode olhar que esses prefeitos estão em uma situação extremamente desgastante administrando seus municípios, é ruim pra péssimo, são prefeitos incompetentes, de má gestão e que estão fazendo esse jogo duplo, a saber, estão com os pés em duas canoas. Eu lamento na campanha estar tendo esse tipo de procedimento e entendo que é isso que está causando ainda algum prejuízo, porque o Gaguim hoje tem o apoio popular, o desejo de se votar no Gaguim é o desejo de derrotar a ditadura siqueiriana tão perversa que foi, cerceando as nossas liberdades, quebrando os nossos direitos constitucionais, intimidando o processo democrático, desrespeitando o cidadão comum, impedindo o diálogo. Tudo isso representa o Siqueira Campos no Tocantins. E esses prefeitos estão justamente dando um exemplo muito ruim a nível ético e político e acima de tudo de prejuízo a nossa campanha.
O governador ouviu o seu apelo?
Eu espero que o governador Gaguim, agora no andar do processo eleitoral, possa esclarecer isso aos prefeitos, que são de boa índole, e eles entenderem que é preciso estar de uma forma compacta de apoio a presidente Dilma, de apoio ao governador Gaguim, de apoio ao senador Paulo Mourão e senador Marcelo Miranda. Entendo que isso é fazer a política de unidade, que acho que ainda está faltando na Força do Povo, não por parte do governador Gaguim, não por parte do Marcelo, não por parte do Paulo Mourão, mas por parte de setores que estão com algumas espertices políticas, mas que no futuro bem próximo nós vamos ver. Você pode observar que o grupo do Siqueira Campos não tem criticado o Raul Filho, não tem críticas ao Raul Filho, fazem elogios, dizem que vão ajudar o Raul, e não tem uma crítica, ora é um adversário de até ontem, porque que depois da convenção estão nessa afinidade, nesse processo de amabilidade entre eles todos, é algo estranho. Tem alguma coisa estranha, não se vê críticas do Raul com o grupo Siqueira e só se ouve elogios do Siqueira ao Raul, tem alguma coisa que está sendo guardado, como Raul guardou esse sentimento contra mim. Até o dia 26 me apoiava e depois do dia 26 me jogou pedra. Nós que não somos bobos e que já temos um pouco de tempo em política, temos só que esperar para ver o que vai acontecer para frente.
Como o sr. avalia o volume de apoio do governador Gaguim, que reúne 94 prefeitos?
O Gaguim é uma pessoa muito determinada, ele tem um projeto definido de governança para o Estado e entendo que é um projeto saudável, um projeto que foi trabalhado de forma planejada e estrategicamente pela Fundação Dom Cabral e com o próprio professor Davi (secretário de Planejamento), que é uma pessoa muito competente no planejamento estratégico, apoiado também pelo vice-governador Eduardo Machado, que tem uma visão muito boa sobre planejamento estratégico. Então eu entendo que hoje o Estado tem um instrumento muito forte, que é esse planejamento, que está pronto. Agora nós vamos precisar ter uma bancada tanto no Congresso como na Assembleia Legislativa. Eu entendo que da forma que as coisas estão se encaminhando em relação aos apoios políticos, o governador já tem hoje 102 prefeitos lhe apoiando. Então são 102 prefeitos dos 139, o governador tem a chance hoje com os índices eleitorais que estão dando indicativos nas pesquisas que fará os dois senadores e fará também de seis a sete deputados federais. A oposição deve fazer no máximo dois é o que estamos visualizando com os indicativos das pesquisas. E é preciso que nós tenhamos essa bancada forte tanto em nível de Congresso como na Assembleia porque muitas intervenções aqui na Assembleia ocorrerão para modernizar, para dar celeridade a esse processo do serviço público estadual e o Gaguim precisará de muito suporte na Assembleia, de deputados conscientes do seu papel, estimuladores e apoiadores que deverão ser para que as coisas aconteçam no Estado. E no Congresso Nacional uma bancada que tenha relação com a presidente Dilma e que tenha um compromisso com o Estado, com o governo Gaguim. Então eu entendo que esse esforço que o governador Gaguim está fazendo é no sentido de dar suporte ao que nós pretendemos implantar de forma célere esse desenvolvimento sustentável do Estado.
Como o sr. avalia a visita do presidente Lula ao Estado, será um bom momento para a Força do Povo?
Com certeza, eu tenho muita convicção de que todos os momentos que o Lula puder participar da campanha são de extrema relevância ao processo de potencializar essa vitória. No dia 6 (setembro) o presidente deverá estar aqui para fazer a inauguração dessa plataforma multimodal que foi trabalhada por mim junto a Valec, esse intermodal da ferrovia que ficou o pátio no limite de Porto Nacional, no distrito de Luzimangues, é tanto que lá foi feito um trabalho muito importante que foi o de ter a garantia de abastecimento de água para 35 mil habitantes e também esgoto sanitário e tudo isso está pronto, como prefeito deixei pronto para receber esse processo que vai ser de ocupação urbana e que seja de forma ordenada, e de forma também desenvolvida a garantir a qualidade de vida ás pessoas que lá morarem. Então o presidente Lula vem para inaugurar não só o intermodal, mas vem para dar sequência a um projeto que foi pensado e idealizado por mim como prefeito de Porto Nacional, então nós vamos nesse momento como é uma visita administrativa o governador vai estar presente como governo. Espero que a justiça possa assim compreender, mas o presidente Lula terá toda a oportunidade de ali dizer para a sociedade tocantinense em claro e bom tom que o candidato dele é o governador Gaguim, é o senador Paulo Mourão, é o senador Marcelo Miranda e os deputados federais e estaduais que compõe a nossa base. Então procuraremos marcar uma agenda para o presidente vir aqui ai sim participando de um comício, de forma política para consolidar esse processo, mas a vinda dele é muito importante e isso nós entendemos como necessário para dar início a essa consolidação do processo eleitoral do Estado.
Como o sr. se sente com o presidente inaugurando uma obra que foi concebida, planejada com a sua participação?
A obra em si foi projetada pela própria Valec, a localização dela em Porto é que foi debatida, dialogada e apoiada para que pudesse ter Porto Nacional como sede desses investimentos. Então isso é muito importante, isso mostra que nós fomos prefeito visando um processo sustentável de desenvolvimento e também com visão futurística, é tanto que eu deixei Porto Nacional praticamente toda pavimentada, uma cidade que tinha em torno de 11% de esgoto eu deixei com 80% de esgoto sanitário, com água tratada para 100% da população, com sistema produtivo definido e determinado e estimulando também o crescimento tanto da agroenergia através do biodiesel como a produção de grãos como a Granol, como a Multigrain, como a Pioneer do Brasil, então nós pensamos Porto Nacional grande, valorizando o processo da história e da cultura. Conseguimos através do governo do presidente Lula e do Iphan fazer o tombamento histórico da cidade, o museu para justamente não só para demonstrarmos o potencial e a história política e econômica e a importância de Porto Nacional neste contexto, mas acima de tudo para fazermos a exposição de forma grande e sustentada do Estado do Tocantins e mostrar os nossos valores. Então Porto Nacional hoje é um espelho, é um exemplo de administração é tanto que conseguimos ganhar por dois anos consecutivos o prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor e conseguimos estar inseridos no livro do professor e cientista Rubens Figueiredo como uma das dez melhores cidades geridas no Brasil no período que eu estava como prefeito. Então é muito importante e muito honroso ver o presidente Lula inaugurar uma ação que de certa forma nós contribuímos e fizemos pensando na grandeza também de Palmas e do Tocantins, não foi e não será só para Porto Nacional que servirá o intermodal, servirá para o Tocantins e também de forma generalizada o Brasil.
Como o sr. avalia o crescimento da candidatura da Dilma Rousseff que tem condições de ganhar no primeiro turno e a proposta do governador Gaguim de que o Tocantins terá um ministério no governo?
Eu entendo que a consolidação do processo político eleitoral no Brasil consolidando o nome da presidente Dilma Rousseff é justamente o fruto colhido e muito bem cultivado pelo presidente Lula, são ações que foram desenvolvidas promovendo o desenvolvimento do Estado, mas principalmente ordenando este Estado de uma forma nova, um novo pensar, um novo olhar foi colocado ao Brasil, primeiro se regularizou a situação econômica e financeira criando possibilidades de quitar os seus débitos principalmente com os organismos internacionais, foi uma das tacadas mais importante do presidente Lula quando ele chamou o Clube de Paris, chamou o FMI e pagou todas as dívidas do Brasil, todos os financiamentos e no segundo momento quando ele conteve a inflação e depois quando ele resolveu o problema do câmbio. Então ele começou a criar um processo de respeitabilidade fiscal e econômica do País e ao mesmo tempo estimulando a produção tanto industrial, agroindustrial como também a geração de emprego. É o governo que mais gerou emprego na história do Brasil, é um governo comparativamente, se você pegar o governo do PSDB (Fernando Henrique Cardoso), que gerou em oito anos de governo 797 mil empregos. O Lula vai fechar esses oito anos próximo de 15 milhões de empregos gerados com carteira assinada. Se você observar o ganho real do salário mínimo é acima de 60% da inflação, se você observar a rede de proteção social que ele implantou com o Bolsa Família, o Prouni para universitários, o Território da Cidadania para fomentar a agricultura familiar estimulando a produção rural, pegamos os 24 bilhões que o governo tinha de crédito no ano de 2002 e esse ano de 2010 a 2011 ele botou só para a produção rural comercial R$?100 bilhões de crédito para o fomento da produção. Pegou a agricultura familiar que tinha em 2002 R$?2 bilhões de crédito, passou para R$?16,5 bilhões. Elevou a produção brasileira de 70 milhões de toneladas de grãos em 2002 para 146 milhões de toneladas de grãos agora em 2010. Então tudo isso é a consciência popular de que vivemos um novo Brasil, um Brasil que promove desenvolvimento econômico com inclusão social, então isso é o governo do presidente Lula que consolida a consciência popular e a satisfação das pessoas em estar vivendo num País onde se vive de forma melhor, quer dizer o bem viver, estamos conquistando a condição de viver com qualidade e acima de tudo respeitando as questões da preservação ambiental e isso o presidente não tem aberto mão de que o desenvolvimento tem que estar incluso a questão das leis que respeitam e que acenam o processo de desenvolvimento visando também a preservação ambiental. Tudo isso faz com que o cidadão brasileiro se sinta feliz e corresponda agora em votar na presidente Dilma, mas não por ela ser só a candidata do Lula, mas acima de tudo também por ela já ter demonstrado que foi ela uma das cabeças que não só pensou mas que ajudou o Lula a implantar todas essas conquistas do povo brasileiro. Eu entendo que é isso que consolida esse projeto da presidente Dilma e que está também nos respaldando para que o Tocantins não fique no processo desguarnecido, ou fora da conjuntura desse desenvolvimento que o Brasil está vivendo, que nós sejamos parte do processo. Também entendo que o povo tocantinense é muito preocupado com isso e por isso está votando contra a ditadura siqueiriana, ninguém quer mais a prática do passado, é inaceitável se admitir alguém prendendo professores porque está fazendo greve, alguém prendendo policial militar porque fez crítica, alguém fazer a quebra dos compromissos funcionais, quebrar o plano de cargos e salários dos professores, criar situações que eram de achatamento salarial. Nós não queremos mais essas práticas ditatoriais antidemocráticas que foram praticadas pelo governo da ditadura siqueiriana. Então somando a satisfação do povo tocantinense e brasileiro com o governo Lula e somando mais ainda a preocupação e o desejo de combater a ditadura siqueiriana é que faz com que o Gaguim hoje, e nós que abrimos mãos de uma candidatura ao governo para apoiá-lo, para derrotarmos de forma fragorosa e determinada a ditadura siqueiriana, para varrermos de vez esse fantasma com uma derrota no processo democrático e livre determinação do povo tocantinense de derrotar a ditadura tocantinense.
O que o povo tocantinense pode esperar da sua atuação no Senado Federal?
A nossa atuação precisa focar os grandes temas que o Brasil tem como objetivo para o próximo governo e sem obviamente deixar de ter o nosso compromisso firmado com a sociedade tocantinense e nos comprometer com o projeto de desenvolvimento do Estado. Em termos de Brasil acho que temos que ter o compromisso de continuar o processo de combate a pobreza, a miséria, de fazer essa figura do estado indutor de fortalecer cada vez mais como processo normativo, como processo regulatório, mas acima de tudo como um processo estimulador do desenvolvimento associado ao setor privado. É preciso que o Estado brasileiro saiba criar as parcerias entre Estado, setor privado, as universidades. Acho que é também papel como senador fazer o Estado brasileiro cada vez mais inserir a ciência, a tecnologia e as inovações para gerarmos mais oportunidade de emprego e geração de renda ao nosso povo, como também a qualificação de nosso ensino. Nós precisamos dar a garantia de que o combate as injustiças sociais sejam feitos no momento da partida, no momento aonde o cidadão nasce, é preciso dar garantia ao ensino infantil, a creche para o pai e mãe trabalhadora terem a garantia de que seu filho não está ali somente passando um tempo no período de trabalho, mas acima de tudo que estão sendo instruídas educativamente já num processo no sentido de políticas educacionais infantis. O ensino fundamental de tempo integral, o ensino médio, melhorar o nosso nível. É vergonhoso ainda entender que 50% dos jovens que iniciam o ensino médio não o concluem. É uma das barreiras sérias que precisamos quebrar, é preciso qualificar melhor o ensino médio e é preciso criar a figura do ensino profissionalizante para darmos condições aos jovens de ter o seu primeiro emprego no momento em que já se capacita com o ensino tecnólogo, tanto no nível técnico como no nível superior. E fortalecendo ainda mais o Prouni para que mais filhos de pessoas carentes tenham a condição de estudar numa universidade. Eu entendo também que é recurso nosso. Melhor geridos a questão dos recursos da saúde, é preciso ter um debate sereno sobre esse aspecto que há falta de investimentos para melhorar os resultados da saúde pública brasileira, o Sistema Único da Saúde, que é um dos programas mais perfeitos do mundo e o que falta é uma visão moderna em respeito à aplicação desses recursos e mais recursos aportados no orçamento da União. Então isso é papel nosso, é papel nosso também criarmos condições melhores de segurança e nesta segurança criar um processo pacificar nas nossas comunidades, a policia ter um processo não só educativo mas metas pacificadoras para que nós possamos fazer não só a segurança mas criarmos um processo educativo da relação segurança pública e sociedade, na relação de parceria para o combate as drogas, para combater justamente o tráfico de drogas também nas nossas fronteiras. E também é papel nosso como senador criarmos um processo de pensar um novo Brasil, um novo Brasil que estimule a produção. É?aí que tem de entrar a ciência e a tecnologia e a inovação, mas um novo Brasil que também pense nessa produção com baixo carbono para que nós possamos fazer a questão das políticas compensatórias ou de preservação serem mais atendidas no seu conceito inovador que é de preservar o mundo para as próximas gerações. Tudo isso são temas de alta relevância a nível nacional. A nível estadual nós precisamos estimular esse Estado a completar os seus modais hidroviários, ferroviários e melhorar os rodoviários, estimular a produção de grão na agricultura familiar e agricultura comercial, também na produção de carnes, exportação, gerar mais emprego ao nosso povo, mas acima de tudo defendo a criação de um centro de referência da juventude aqui no nosso Estado. Fazer isso como modelo para o Brasil e esse centro ser justamente o instrumento que vai tocar as políticas da juventude tocantinense para que nós possamos dar essa garantia aos jovens, de que ao completar o ensino fundamental como criança, quando ele chegar na fase jovem as políticas já estarão prontas para recebê-los. Temos de dar garantia de que esse jovem vai ser um cidadão ativamente econômico no processo gerador do desenvolvimento, e que esse desenvolvimento não seja só econômico, mas associado ao econômico em primeiro lugar, à garantia de um desenvolvimento social, melhorar os nossos índices de desenvolvimento humano. São várias ações que faremos. Eu entrei como senador e tenho muito hoje a contribuir com o Estado do Tocantins e o Brasil.
Fonte: Jornal Opção Tocantins
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