Em evento da CUT, ex-presidente criticou o pessimismo e a campanha que tenta criminalizar o PT e a presidenta Dilma
O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva afirmou, na noite de quarta-feira (14), ser uma “questão de
honra” não deixar aprovar a o Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização.
A declaração foi feita durante a abertura do 9º Congresso Nacional dos
Metalúrgicos da CUT, em Guarulhos (SP).
Presidente de honra da
Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Lula disse que o
projeto é uma forma de escravizar a mão de obra brasileira. Ele pediu que os
sindicalistas não deixem de lutar pelos direitos dos trabalhadores,
conquistados com muita luta nos últimos anos.
“Não podemos permitir que a
infâmia, o mau-caratismo e a má fé de algumas pessoas destrua o que nós construímos
a duras penas nesse país”, declarou o ex-presidente.
Para ele, esse é o momento
de “levantar a cabeça outra vez” para defender os trabalhadores, mesmo que seja
necessário fazer críticas ao governo.
“Temos que conversar e
mostrar o que significa a aprovação dessa lei”, defendeu.
Segundo Lula, o diálogo
entre os vários setores da sociedade, formalizado durante seu governo e
perpetuado no governo da presidenta Dilma Rousseff, deve prevalecer.
“O grande legado que deixei
foi essa relação que se estabeleceu com a sociedade brasileira”, afirmou.
Lula pediu também que as
centrais sindicais e os movimentos sociais defendam a presidenta Dilma e as
conquistas dos governos do PT.
“Deixem gritar ‘Fora Dilma’;
quem tem que gritar ‘dentro’ é o nosso pessoal”, declarou.
O ex-presidente criticou a
onda de pessimismo perpetrada pela mídia, que influência e prejudica outros
setores da sociedade.
“Não vamos construir uma
nação se continuarmos com esse grau de pessimismo que vemos aí. Por que no
Brasil a gente desespera com tanta facilidade? Porque aqui temos um inimigo
oculto, que se chama uma parte da imprensa brasileira”, ressaltou.
O ex-presidente também
alertou sobre a campanha de difamação contra Dilma liderada por setores da
imprensa brasileira e da oposição. Lula disse se tratar de uma “campanha
institucionalizada” para criminalizar o PT e a presidenta.
“Estão fazendo com a Dilma o
mesmo que fizeram comigo”, afirmou.
Lula ressaltou a urgência
dos ajustes elaborados pela presidenta para recuperar o crescimento da economia
e o esforço de Dilma para corrigir distorções do passado.
“É importante a gente fazer
justiça e reconhecer. Tem gente que não sabe viver em adversidade. A Dilma não,
ela aprendeu a viver em adversidade. Com 20 anos, estava sendo torturada. E
naquele tempo não tinha delação premiada”, ressaltou.
Presente na cerimônia, o
ator e ativista norte-americano Danny Glover elogiou a luta das centrais
sindicais no Brasil e a história do ex-presidente Lula, o qual chamou de “meu
herói”.
“A luta continua”, ensaiou
Glover, em português.
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