Do G1 TO
A Polícia Federal
realiza a Operação Nosotros na manhã desta quinta-feira (10) contra fraude em
licitações para a construção do Bus Rapid Transit (BRT), no valor de R$ 260
milhões. São 10 mandados de busca e apreensão e 12 de condução coercitiva, que
é quando a pessoa é levada para depor. A ação ocorre no Tocantins, Paraná e em
Santa Catarina.
Segundo o próprio
prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), mandados estavam sendo cumprido 'nos
endereços dele'. Os policiais federais foram até a casa do gestor, que fica no
setor Taquari, mas ele não foi encontrado. Um chaveiro foi chamado para abrir o
apartamento dele, na quadra 204 Sul. Em um dos endereços foram apreendidos R$
180 mil.
A polícia informou
também que secretários municipais estão entre os alvos. Entre as pessoas
conduzidas para depor estão o secretário municipal de finanças e o procurador
geral do município, além de donos de imobiliárias e donos de terras. Diversos
servidores públicos também serão intimados a prestarem esclarecimentos,
informou a PF.
Mandados também são
cumpridos no prédio da Prefeitura de Palmas e em imobiliárias.
Além disso, a PF
disse que identificou o repasse de informações privilegiadas da prefeitura a
empresas que participaram da concorrência na licitação do BRT. Ainda segundo as
investigações, agentes públicos juntamente com imobiliárias pressionavam
proprietários para que cedessem, a título gratuito, parte de suas terras para
pessoas ligadas ao esquema. A polícia constatou que uma das formas de coação
era através da cobrança de altos valores de IPTU desses proprietários.
Um destes donos de
lotes procurou o Ministério Púbilco Federal (MPF) para fazer a denúncia. Ele
informou que teve uma propriedade declarada de utilidade pública a partir de um
decreto do ano de 2014. Depois, representantes da prefeitura teriam proposto um
acordo para que ele cedesse, gratuitamente, entre 5 e 10% das terras, para
imobiliárias. Se ele aceitasse, o município suspenderia o decreto. Parte das
terras seria destinada às obras do BRT.
Repercussão
Nas redes sociais,
Amastha disse que foi informado da operação, mas que está na Espanha. "Bom
dia Palmas. PF está nos meus endereços fazendo busca e apreensão. Resta
colaborar. Estou rumo ao Smart Cities em Barcelona. Esperando".
O prefeito disse
ainda que os policiais "não vão encontrar um erro proposital nas
licitações da prefeitura". Disse ainda que se for encontrado indício de
fraude, ele não tomará posse.
"Se encontrarem
qualquer evidência contrária às minhas afirmações, não tomarei posse para o
segundo mandato. Não entrei na política para roubar."
Ação no Paraná
O escritório de Jaime
Lerner, ex-governador do Paraná e ex-prefeito de Curitiba, foi um dos alvos de
uma operação para o cumprimento de mandado de busca a apreensão. O escritório
confirmou que agentes foram ao local nesta manhã e informou que deve enviar um
posicionamento ainda nesta quinta.
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