quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Íntegra da entrevista do prefeito reeleito Zé Salomão(PT) ao site www.clebertoledo.com.br



Depois de uma entrevista ao Jornal do Tocantins após o resultado das eleições, onde José Salomão(PT), prefeito reeleito, fez críticas ao Governo do Estado, com grande repercussão estadual, o site Cleber Toledo fez uma entrevista com o prefeito Salomão, que o SUDESTE HOJE publica nessa edição:

CT – O senhor venceu a candidata governista nesta eleição com uma diferença de mais de dois mil votos, o que o senhor atribui esta vitória?

ZS – Eu atribuo esta vitória ao reconhecimento da população ao trabalho que venho implementando desde 2005 e que está fundamentado na verdade, na transparência, na honestidade e na responsabilidade. Então o povo dianopolino reconheceu o nosso esforço e deu a sua resposta no dia cinco.

CT – Qual a avaliação que o senhor faz sobre a disputa eleitoral na cidade este ano?

ZS – Muita coisa precisa ser aperfeiçoada na disputa eleitoral. Infelizmente a Justiça Eleitoral não está devidamente estruturada para fiscalizar o pleito e garantir a lisura. Aqui houve um esforço muito grande, inclusive com a presença da Polícia Federal, Polícia Civil, mas mesmo assim agente percebe que práticas ilegais ainda são abordadas por alguns políticos ultrapassados. A tentativa de compra de votos, a possibilidade de cooptar eleitor com promessas, com favores. Acho que o processo eleitoral deveria ser adaptado e aperfeiçoado. Precisamos da reforma eleitoral, diminuir o período de campanha. Três meses de campanha só favorece o poder econômico. A campanha com três meses de duração é cansativa. A reforma política deve acontecer, mas está tramitando a passo de tartaruga no Congresso.

CT – O senhor recentemente fez críticas ao Governo do Estado, e teve uma grande repercussão na Capital. Como o senhor avalia a participação do governo estadual no pleito em Dianópolis? E como o senhor acredita que deve ficar a relação entre governo e prefeitura a partir de agora?

ZS – Logo após o resultado das eleições através de uma entrevista pude externar o que presenciei aqui, por parte do governo, que apoiou uma candidata que não é do partido dele. Se o partido que ele pertence indicou um vice na minha chapa, como é que ele apóia uma candidata que me fazia oposição? Começa a incoerência daí. Depois disso percebemos, durante a campanha, um jogo pesado pra me derrotar a qualquer custo. Utilizando de meios condenáveis, por exemplo, o uso de cheque moradia, cestas básicas. Sem falar, apesar deles negarem, do governo paralelo que em Dianópolis é uma realidade, é flagrante. Eu posso mencionar alguns programas que são implementados por uma associação, que é um verdadeiro governo paralelo. A utilização do SINE, do DETRAN, o HOSPITAL, o CENTRO DA JUVENTUDE, são coisas flagrantes. As obras autorizadas no Governo Mais Perto de Você como iluminação pública, casas populares...não cumpriu até hoje.

A reforma do hospital que prometeram há dois anos, não fizeram, a sinalização do aeroporto. Nós tentamos uma licença ambiental com o Naturatins para um loteamento há um ano e só agora conseguimos. No Dertins agente não consegue nenhuma máquina para auxiliar a prefeitura, o município tem mais de mil quilômetros de estradas e nós não temos estrutura para atender todas as demandas. Só o governo quer menosprezar a inteligência das pessoas e dizer que não existe governo paralelo.

Se o governador é bem tratado em Brasília, consegue tudo lá, ele tem que pelo menos nos tratar com igualdade, porque o presidente Lula tem o maior respeito por todos os governadores desse país, sem discriminar ninguém, o que não acontece com o governador. Ele está negando esta verdade, mas o resultado e o reflexo disso está no resultado da eleição. O tratamento que terei com ele daqui pra frente é uma relação institucional.


CT – Como o senhor pretende fazer essa aproximação?

ZS – Eu estou aberto ao diálogo, porque hoje Dianópolis está acima de qualquer questão político-partidária. Nós fomos eleitos por uma coligação bastante ampla que inclui partidos da base de apoio do governo, como é o caso do PMDB, PSB, como também temos partidos da União do Tocantins. Agente não pode ficar olhando pelo retrovisor. Temos que analisar a situação sobre outra perspectiva, do futuro, de progresso do município e, para isso, temos que estar abertos a conversação e entendimento.

CT – Qual será sua prioridade para esse novo mandato? O que o senhor acha que deve ser implementado com relação a seu plano de governo a partir do próximo ano?

ZS – Nós estabelecemos três prioridades que são: moradia, infra-estrutura, na área de pavimentação e a saúde, que é um pouco mais difícil por causa da falta de profissionais, mas nos esforçaremos para melhorar o atendimento.
O hospital, que é responsabilidade do Estado, está aí precisando ser ampliado e reformado, eles prometeram isso já faz dois anos e não cumpriram ainda.


FONTE:WWW.SUDESTEHOJE.COM

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