Milhares de pessoas foram ao centro de Dianópolis comemorar a vitória do prefeito reeleito da cidade, José Salomão (PT), na noite de sábado, 25. "A vitória não foi só nossa, mas do povo de Dianópolis", comemorou Salomão em seu discurso.
O prefeito garantiu que todos os compromissos assumidos com a população durante sua campanha serão cumpridos. "Dianópolis não pode parar", afirmou Salomão, uma frase que foi o nome de sua coligação nas eleições deste ano. Ele é o primeiro prefeito reeleito na história da cidade.
Equilíbrio:
Em entrevista ao Portal CT, Salomão afirmou que, apesar das dificuldades porquê passam os municípios brasileiros, Dianópolis tem conseguido o equilíbrio financeiro desde que assumiu a prefeitura em 2005. O prefeito reeleito defendeu uma rediscussão do pacto federativo. "Temos poucos municípios com muito e muitos municípios com pouco", disse ele.
Apesar dos problemas, a cidade tem conseguido fazer obras com recursos próprios, principalmente aqueles obtidos com o ISSQN das PCHs, as usinas hidreléticas de pequeno porte - Dianópolis tem seis. "Pisando no freio, estamos mantendo tudo sob controle, porque temos uma forte política de contenção de gastos", afirmou o prefeito. Segundo ele, a prefeitura só gasta o que é extremamente necessário.
Até mesmo nas despesas de viagem o prefeito procura economizar. Uma das marcas de Salomão é evitar desperdícios com diárias. Ele viaja em carro próprio para Palmas e Brasília e não fica em hotéis. Em Brasília se hospeda em um imóvel de sua propriedade, e, em Palmas, na Associação Tocantinense de Municípios (ATM). "Só utilizo diárias para pagar combustível", contou.
Conscientização:
Sobre sua reeleição, o prefeito a atribuiu "à conscientização do eleitor". "O eleitor acreditou em nosso projeto", avaliou Salomão. "O eleitor se mostrou consciente da importância de uma gestão responsável e honesta."
O prefeito disse que a honestidade é, sim, uma marca de seu governo. "Sempre pautei minha vida por esse caminho, da retidão, e na vida pública não poderia ser diferente", afirmou. "E digo de peito aberto que a nossa administração se caracteriza pela responsabilidade e pela honestidade. Podem existir erros, mas não má-fé."
Para esse segundo mandato, Salomão explicou que pretende trabalhar em três eixos principais: pavimentação, moradia e saúde. Ele contou que Dianópolis tem um déficit habitacional de 2 mil casas, o que deve aumentar com a implementação do projeto Manuel Alves. Sobre pavimentação, a cidade ainda precisa asfaltar 300 mil metros quadrados de vias públicas. E na saúde o município enfrenta o mesmo problema dos demais: conseguir médicos para atender a população. "Chegamos a fazer dois concursos e não conseguimos preencher as vagas", lamentou o prefeito.
Política:
Sobre os destinos políticos do Estado, o prefeito afirmou que defende, para 2010, uma aliança do PT com os partidos da União do Tocantins. "No PT, temos muita simpatia pelo senador João Ribeiro [PR]. Acho que essa aliança tem tudo para dar certo, mas vejo dificuldade com o PSDB, por causa da verticalização", avaliou o prefeito.
Salomão comentou também uma possível aproximação do PT com o vice-governador Paulo Sidnei (PPS), como defendem grupos ligados ao prefeito de Palmas, Raul Filho (PT). Segundo ele, há o problema da verticalização, porque o PPS também é adversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no plano federal. "E vejo que a relação do Paulo Sidnei é mais próxima do Raul, não com o PT", afirmou o prefeito.
Ele disse que não entendeu o motivo de o prefeito Raul Filho ter declarado apoio a uma possível candidatura de Sidnei ao governo do Tocantins, como fez a uma revista. "A princípio, Raul é nosso candidato em 2010, não entendi porque declarou apoio a Paulo Sidnei", afirmou Salomão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário