Na foto: Dona Carmen(entregando lembrança ao presidente Lula), José Salomão(filho e Prefeito de DNO) e Lula.
BIOGRAFIA - CARMEN JACOBINA AYRES
Natural de Barreiras-Ba, chegou a Dianóplois com quatro anos de idade. Filha do baiano Antonio Mariano Jacobina (Tonhá) e de Carmenisia Costa Jacobina (Carminha). O fato de Dª Carminha ter conhecido o esposo na Bahia e o nascimento dos quatro primeiros filhos do casal ter acontecido lá, foi em decorrência das fugas e tribulações por que passaram as famílias dianopolinas na época do “Barulho”.
Casou-se com Celso Aires Cavalcante (Confúcio), com o qual teve 9 filhos: Alano Jacobina Aires, Carmenisia Jacobina Aires (Netinha), José Salomão Jacobina Aires, Saulo Jacobina Aires, Anisiana Jacobina Aires (Nisinha), Jackson Brasil Jacobina Aires, Maria Consuelo Jacobina Aires, Frederico Carlos Jacobina Aires, e Paulo Roberto Jacobina Aires.
Estudou na escola dos primeiros mestres dianopolinos: Coquelin Leal e Diana Costa.
Desde cedo, com 18 anos, a partir de 1944, iniciou sua vida de dedicação ao Magistério em Dianóplois. A principio, ministrava aulas em sua própria casa (turmas multiseriadas), e anos depois, passou a dar aulas no antigo prédio, hoje Museu. Depois, quando foi construído o Grupo Escolar São José, passou a trabalhar nesse estabelecimento, sendo a primeira diretora da referida escola, e depois, até a aposentadoria, exerceu ali a missão de professora.
Aposentou-se em 1965, mas para quem abraça essa profissão por vocação e por ser um sacerdócio, ainda a exercia, particular e pessoalmente, sempre e até o fim da vida.
Teve assim, quando mais jovem, uma vida de total dedicação à criação dos filhos, à educação dianopolina, ao mesmo tempo que ajudava o esposo num pequeno comércio.
Passados muitos anos, quando os filhos foram para Brasília, ela acompanhou o marido para as lidas no Poção (fazenda da família), cuidando dos animais, de muita gente e das roças. (Era até motorista!)
Administrava a fazenda, com a ajuda dos filhos, desde que ficou viúva, em 1990.
Religiosa, devota de S. José, Divino Espírito Santo e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, conhecedora da realidade social de Dianópolis, ajudava a quem pedia e a quem não pedia. Dinâmica, comunicativa, lúcida até demais, resolvida, amiga, decidida, feminista, mulher com vasta visão de futuro, estando sempre, muito a frente do seu tempo.
Criou muita gente. É madrinha de outros tantos!
Super-mãe, super-avó, super-bisavó... controlava todo mundo. Tanto que, com um celular, estava impossível!!! Até outro dia conseguia, fazer e mandar queijos, bolos, doces, etc, etc, para todos. Tendo oportunidade e carro disponível, lá vai abóbora, abacate, manga, carne, lingüiça, farinha, etc e ai de quem não levasse! José Salomão que o diga!
Com 85 anos, chegou à casa de 24 netos, 10 bisnetos e tantos outros considerados, a família está ainda a crescer.
Olho ligeiro, esperta, inteligente, segura, avançadíssima, capacidade incrível de superação..., mesmo tendo passado por momentos tristes, de perdas precoces e irreparáveis... esteve sempre em nosso meio, dando exemplo de vida sem igual!
Participava de festas, danças, caminhadas, ginástica, passeios, adorava ficar no Poção (seu paraíso), bordava rechilieu e ponto de cruz, fazia queijos, doces, bolos, comidas gostosas e tudo mais.
Adorava receber gente, movimento, casa cheia, dar comida, conversar com os vizinhos, agradar, ouvir música e de tudo o que é bom!
Lorde, “Chic”, elegante, sempre arrumada e perfumada!
Carmen Jacobina Aires única, ímpar e plural. Tantas as qualidades que a tornava una, tantas são suas qualidades que a tornava várias.
Que felicidade, que alegria, que glória ter tido essa Jacobina especial como esposa, como mãe, como avó, como bisavó, como irmã, como amiga, como comadre .... esperamos que seja tri, tetra, etc. enfim, eterna! Só deixou lindas lembranças, alegres recordações e muitas, muitas saudades....
Brasília, 19/01/2011
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