segunda-feira, 9 de maio de 2011

40 anos de missão e sacerdócio no ensino: professora Anisiana Jacobina Aires Sepúlveda da Silva

Quando o jornal Tribuna do Duro, em sua efêmera duração, circulava por entre os exigentes leitores da Terrinha, nos idos de 1996, dediquei, aquilo que seria um despretensioso projeto de artigo à professora Anisiana Jacobina Aires Sepúlveda da Silva. Para tanto, o meu marco teórico ancorou-se nas premissas de um exemplo de vida, abnegação, e dedicação ao sacerdócio do ensino, onde uma missão de mãe jamais faliu, mesmo exercida simultaneamente com a gestão da mais complexa empresa - o lar.

Apesar de seu tom sutil e discreto em tudo que arregimenta. E do sincero e tímido sorriso. Os meus olhos a alcançaram, como filho da escrita, ávido de notável tema, para debruçar sobre a máquina de escrever. E lá fomos nós, na ousadia de rabiscar elogios para uma professora de Língua Portuguesa. Portanto, perdoem-nos os apupos e arroubos e os inescondíveis deslizes.

Tantos foram os seus alunos, fãs, e admiradores, que talvez, não fôssemos nós o mais gabaritado para externar essa gratidão e reconhecimento pelos seus feitos. Outrossim, por ser professor universitário, e vivenciar um pouco de suas experiências na docência, encontrei o mote impulsionador da empreitada. Aliás, quando alguns de meus acadêmicos me homenagearam com título de paraninfo, e até titularam suas turmas de Direito com o meu nome, refleti acerca da importância das sinceras homenagens, para prosseguir na estrada das letras. Por isso, agora, também, na mesma perspectiva, professora Nizinha, rendo-lhe os meus confetes.

Apesar dos dias difíceis em que se vive na educação, onde agridem professores, e até ceifam suas vidas. E, de outro lado, as diretrizes são no sentido de ser proibido reprovar, constranger alunos, já que devemos vencer as estatísticas contra o analfabetismo, para os organismos internacionais. Ademais, bem sei, professora, que deténs a régua e o compasso, que já veio de berço, para fazer o nivelamento necessário, e salvar almas pelo esclarecimento, retirando, se necessário for, a lâmpada debaixo do alqueire, na insuperável lição cristã.

Eu poderia tomar emprestado os sentimentos de Tiago, seu filho, para lhe dizer o quanto é honroso ser seu filho. Poderia, também, fazer-me passar por seu estimado irmão, José Salomão, para enaltecer o quanto foi importante você emprestar o seu nome, para a vida pública, sem prejuízo do sacerdócio do ensino, por dois mandatos, emprestando o teu luzeiro à nossa casa de leis municipal. Enfim, causa-nos inveja saudável do seu marido Josué, pelo privilégio de ter no âmbito do seu lar, além da esposa exemplar, a mãe-educadora de seus filhos, no sentido mais lato do termo.

A Faculdade de Direito de Dianópolis, agora, recebe suas exposições como verniz às novas almas, que querem burilar-se nas ciências jurídicas. Ontem você já os educava em primeiras letras no santuário de ensino do sudeste do Tocantins, o nosso Colégio João D´Abreu. Amanhã, irá togá-los como bacharéis, para as lides forenses.

Professora Nizinha, já lhe adjetivaram, carinhosamente, como arquivo vivo do patrimônio cultural da nossa gente. Por isso, o cargo de presidente da nossa academia de Letras é apenas homenagem ratificadora do seu cabedal, pois certamente ninguém teria maior gabarito para exercer o aludido cargo. Monsenhor Magalhães, do alto das escolas celestiais, certamente, em júbilo, manifesta-se pela boa conduta e direção.

O sonho de recomeçar o país pela Educação foi lição apregoada pelo sábio e ex-ministro Cristóvão Buarque. Mas, trilhar, com maestria, os caminhos e lições de Paulo Freire, somente pode fazê-lo, aquela que anda bem, e sem titubeios, nestes trilhos, por mais de 40 danos. Inclusive, para deixar no verbo e consciência de ex-alunos, o eterno slogan de gratidão: Professora a gente nunca se esquece! Parabéns, ilustre colega Nizinha, pelo exemplo de dedicação, sacerdócio, e missão do ensino!

Autor: Zilmar Wolney Aires Filho, advogado e professor universitário, especialista em Professo Civil e mestrando em Direito Civil

Fonte: www.dnoto.com.br

Nenhum comentário: