quinta-feira, 5 de maio de 2011

Artigo: Louváveis providências, que venham outras…

A denúncia criminal oferecida pelo Ministério Público Estadual contra cinco prefeitos, incluindo em ato posterior a solicitação de imediato afastamento do cargo e prisão preventiva contra Adimar da Silva Ramos, de Rio da Conceição; Dional Vieira de Sena, de Aurora do Tocantins; José Fontoura Primo, de Figueirópolis; Antônio Maria de Castro, de Lavandeira e Olavo Júlio Macedo, de Piraquê, é louvável sob todos os pontos de vista e chegou de maneira quase tardia pelo alastramento generalizado da corrupção entre as administrações municipais.

Transações fraudulentas com o Banco Matone, teria sido a razão da denúncia do MPE, mas são conhecidos os artifícios utilizados para fraudar o erário e verificações mais apuradas trariam à tona o lamaçal em que encontram-se envolvidos significativa parcela de gestores.

Evidentemente não fazendo uso da generalidade, ousamos citar como referência a Região Sudeste do Tocantins, onde o desenvolvimento promovido pelo Poder Público passa ao largo de inúmeras cidades, evidenciando questionamentos sobre o destino dos recursos institucionais auferidos em cada ciclo de governo municipal.

Algumas aglomerações urbanas pararam no tempo e cultivam quase a mesma condição sócio-econômica de décadas atrás, em contraste com o crescente nível patrimonial de seus líderes políticos, que sob um prisma de romantismo, podem ser comparados a “senhores feudais”. Nem a chamada Lei de Responsabilidade Fiscal, com sua decantada austeridade, colocou termo nas “apropriações indébitas” promovidas por espertalhões que compraram eleitores incautos e também viventes na miséria, para alcançar o poder.

Vide o cidadão que após dois mandatos de prefeito e um de deputado estadual, usando financiamento público e segundo indícios, recursos do erário, tornou-se industrial e com a força da moeda, mantém o feudo e o povo ao seu serviço, sempre visando um mandato para usufruir imunidades e estabelecer pontes para negociatas. Como era de se esperar, a relação custo-benefício que envolve o fato tem sido extremamente danosa para o município e para a região. A personalidade em voga, zomba da justiça e regiamente usufrui a impunidade...

Urge que os dignatários do Ministério Público Estadual, naturalmente com base em evidências existentes, prossigam na guerra contra a corrupção em administrações municipais. O desvio de recursos impede que cidades se desenvolvam e que populações alcancem as prerrogativas da cidadania...

Cabe aos eleitores outra providência fundamental: não eleger corruptos!

Louvores ao Ministério Público Estadual!


Autor: Trajano Coelho Neto II

Fonte: Ecos do Tocantins

Um comentário:

Unknown disse...

ainda falta a prefeita de Taguatinga...onde está o MP?????