sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Por quê Salomão não foi indicado para compor o novo governo de Marcelo Miranda?


Para responder a essa pergunta precisamos percorrer alguns caminhos, e assim (talvez) possamos entender o que aconteceu para que a possível indicação do nome de José Salomão, ex-prefeito de Dianópolis, não se contretizasse.

Por Carlos Henrique Furtado - Blog Tocantins 24 horas

Conforme foi divulgado pelo site T1, Salomão estava como possivel indicação para assumir a Agência de Defesa e Proteção Social. Além do site, militante do ex-prefeito postou no facebook a euforia com a possível indicação, "pedindo" ao governador, que tomaria posse, o anúncio da nomeação de Salomão.

O certo é que a partir dessas publicações gerou expectativas em muitos seguidores do ex-prefeito sobre a sua possível participação no novo governo. O que seria lógico, afinal, Salomão administrou a cidade de Dianópolis por 8 anos, e deixou seu mandato sem nenhuma acusação que manchasse a sua carreira política. Além disso, recebeu mais de 10 mil votos como candidato a deputado estadual, na última eleição. Não se elegeu mais se estabilizou como liderança da região sudeste. E é do PT, partido que apoiou a candidatura de Marcelo Miranda, tendo eleito Donizeti Nogueira como suplente de Kátia Abreu.

Pois bem. Tinha tudo para dar certo, mas não deu. Nas reviravoltas que a política dá, e nas negociações de bastidores, o nome de Salomão não apareceu entre os anunciados. Por quê? Já que o PT emplacou três nomes na nova administração?

Vamos analisar. O primeiro caminho que podemos percorrer é que o partido do ex-prefeito não fez esforço para consolidar o seu nome. Para a possível vaga que Salomão poderia ocupar foi nomeada Gleidy Braga Ribeiro, dianopolina, e esposa do suplente de senador Donizeti Nogueira.

O ex-candidato a deputado federal Milne Freitas (PT) foi outro nome que o partido emplacou, esse para a Superintêndia de Habitação. E Pedro Dias Correia, do PT de Gurupi, para o Ruraltins.

Podemos perceber que os três indicados são ligados ao ex-presidente regional do PT no Tocantins, Donizeti Nogueira. Reforçando que faltou determinação política do partido para a viabilização do José Salomão.

Outro caminho que podemos percorrer é do jogo político regional, mas especificamente, Dianópolis. Salomão é uma forte liderança na cidade, com a derrota para deputado estadual, é normal que se especule, que irá candidatar-se a prefeito da cidade em 2016.

Acontece que o período em que foi prefeito da cidade, Salomão fazia oposição ao então governador Marcelo Miranda (PMDB). A atual vice-prefeita de Dianópolis é Maguinha, amiga de Marcelo e, principalmente, do pai Brito Miranda. Tanto que no período que Salomão era prefeito, e opositor de Marcelo, os benefícios do governo enviados para Dianópolis, se concretizavam através de uma associação da Maguinha, nada ia para a prefeitura. E essa associação fazia uma espécie de "governo paralelo" em Dianópolis.

E o que isso tem a ver com a não nomeação de Salomão? Simples. Maguinha deverá se candidatar a prefeita da cidade em 2016. Se Salomão é nomeado para alguma secretaria no governo Miranda, fica fortalecido para disputar as eleições de 2016, dificultando, e muito, a realização do sonho de Maguinha em comandar a cidade.

Percorrir dois caminhos: a falta de apoio do PT ao nome de Salomão; e um histórico político de oposição  (do ex-prefeito a Miranda), aliado a uma futura conjectura política.

O certo é que perde o governo de ter em seus quadros um político da envergadura de José Salomão, com o caminho pautado na ética e responsabilidade. E perde Dianópolis, que mais uma vez fica patinando nas picuinhas políticas, e falta de compromisso desses políticos que só lembram da cidade para pedir votos.

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