O ex-prefeito de Dianópolis Régis Melo reagiu às informações
divulgadas pela Prefeitura de Dianópolis de que haveria um “rombo” nas contas
do município que chegariam a R$ 1.233.023,63 e sucateamento dos veículos. Em
entrevista ao CT, Melo afirmou que, pelo contrário, teria deixado mais de R$
1,2 milhões na conta do município. “Essa palavra rombo é muito pesada. Acho que
ele foi um pouco infeliz com essa fala dele. Eu deixei um pouco de dinheiro e
ele teve o repasse do dia 1º, teve do dia 10 e agora já vai ter do dia 20 e até
hoje não pagou os servidores”, rebateu Melo.
Conforme alega o ex-prefeito, não foi possível realizar o
pagamento dos servidores antes do encerramento do seu mandato porque o sistema
bancário não teria permitido. Contudo, ele afirma que o valor deixado seria
suficiente para pagar alguns fornecedores e parte da folha de pessoal.
“Quando foi no final do dia, mais ou menos umas dez horas, o
banco travou e não tive condições de fazer nenhum pagamento. Aí eu emiti uns
cheques, paguei alguns fornecedores. Mas abatendo os cheques ainda ficou um
saldo. Eu falei para ele [atual prefeito], deixei bem claro, que ia faltar um
pouco de dinheiro para pagar a folha de dezembro e que ele ia ter que
completar”, explicou.
A falta de saldo para fechar a folha de pagamento dos
servidores se deve, segundo o político, além da crise; às despesas de
contrapartidas para entrega de obras. “Esse final de ano foi muito complicado
porque eu encerrei o ano entregando muitas obras. Inclusive eu encerrei no dia
30 entregando a Rodoviária de mais de R$ 2 milhões, o prédio da UPA, asfalto e
lançando algumas obras. Então, teve muitas contrapartidas que acabou
apertando”, justificou.
Benefícios
O ex-prefeito ainda ressaltou que quando assumiu a
prefeitura o Fundo de Previdência do Servidor (Funprev) estava com R$ 5
milhões. Atualmente, segundo Régis, o saldo do fundo na conta do município está
em R$ 15,8 milhões. Régis considera que, apesar da crise financeira, sua
administração levou benefícios para Dianópolis.
Régis Melo também comentou sobre o sucateamento da frota da
Secretaria Municipal de Obras e da saúde apontado pela atual gestão da
Prefeitura de Dianópolis. “Nessas prefeituras tem veículos antigos e o prefeito
vai ter que ir recuperando e trabalhando, arruma um dia e quebra outra”,
afirma. Entretanto, o ex-prefeito ressaltou que em sua gestão conseguiu
veículos novos para as duas pastas. “Ele disse que a frota da Saúde está
sucateada, a não ser que quebrou nesses últimos dias porque eu comprei tudo
novo”, reforçou.
Por fim, o político disse que não tem mais responsabilidade
como gestor, mas está na torcida para melhoria do munícipio. "Na verdade,
o que eu quero é o bem da minha cidade. Eu quero é que a cidade cresça e
melhore e também desejo um bom mandato para ele. Nós temos que torcer pelo
melhor. Mas agora ele tem que pensar na cidade, esquecer essa questão de ficar
falando dos outros porque isso não vai resolver nada", finalizou.
Entenda
Na semana passada, a Prefeitura de Dianópolis divulgou por
meio de sua assessoria que o “rombo” nas contas do município chegaram a R$
1.233.023,63, valor referente ao pagamento de dezembro do ano passado dos
efetivos e comissionados. Segundo informações da Secretaria de Finanças de
Dianópolis, o saldo contábil oriundo do Fundo de Participação dos Municípios
(FPM) era de R$ 554.904,47 em dezembro de 2016. Entretanto, a pasta alega que
na nesta mesma data, após o encerramento do horário de funcionamento das
agências bancárias, a gestão anterior emitiu 11 cheques para pagamentos de
fornecedores, que totalizou R$ 528.254,38, deixando um saldo de R$ 25.791,99 em
conta.
O Paço informou que as contas públicas ainda estão sendo
analisadas pelas equipes Contábil, Controle Interno, Financeira e Jurídica. Diante
de toda situação encontrada, a gestão atual adotou medidas que visam garantir a
estabilidade fiscal do município. O objetivo é assegurar para os próximos 90
dias serviços essenciais para a população. Dentro do pacote de atos
emergenciais houve: corte de gratificações, horas extras, contratos, além de
mudança no horário de atendimento da prefeitura e unificação da maioria das
secretarias, reduzindo de 12 para 8.
Sobre a dívida com os servidores, a atual gestão afirmou que
está aguardando a inscrição da folha de pagamento no quadro de contas a pagar e
tão logo o procedimento legal seja realizado os débitos serão quitados.
Fonte : Portal CT
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