O ex-deputado
estadual Paulo Roberto Ribeiro não poderá assumir a função de Secretário de
Estado de Missões Especiais, do governo de Sandoval Cardoso, apesar da nomeação
publicada na última quinta-feira, 10, por estar enquadrado na Lei da Ficha
Limpa, sancionada pelo então governador Siqueira Campos, em 5 de setembro de
2013, pelo Decreto número 4.883/2013.
Paulo Roberto foi
nomeado para responder pela Secretaria após Darci Coelho deixar a função para
assumir a coordenação jurídica da campanha de Sandoval Cardoso, à reeleição ao
governo do Estado.
Procurada pelo Portal
T1 Notícias, a assessoria de comunicação do Governador Sandoval Cardoso não
forneceu as certidões do ex-deputado nem garantiu que ele está em condições de
tomar posse, apenas informou que está o caso está em análise pelo corpo
jurídico do governo
Entenda o motivo
O ex-deputado
estadual e ex-prefeito de Taguatinga, Paulo Roberto Ribeiro foi condenado em
fevereiro de 2008, pela Justiça Federal no Tocantins, numa ação por improbidade
administrativa.
A medida foi proposta
pelo Ministério Público Federal no Tocantins (MPF/TO) em agosto de 2002, que
apurou ocorrências de desvio de recursos públicos destinados à ampliação e
compra de equipamentos para o Hospital de Taguatinga. O investimento também iria
fortalecer a capacidade operacional do hospital e integrá-lo ao Serviço Único
de Saúde (SUS).
Paulo Roberto foi
condenado ao ressarcimento de 200 mil reais corrigidos monetariamente, oriundos
de convênio com o Ministério da Saúde, firmado em 1997 e também ao pagamento de
multa civil equivalente a três vezes o valor atualizado do dano, e teve ainda
decretadas, a perda da função pública que na época era de Deputado Estadual, a
suspensão de direitos políticos por dez anos e a proibição de contratar com o poder
público também por dez anos.
O desvio acontecia
por intermédio da empresa Girassol Construções e Comércio, de propriedade de
José Gomes da Silva, que venceu o processo de licitação na época, mas foi
constatado que era uma empresa de fachada. Os pagamentos eram feitos sem
medição dos serviços, sendo que cinco notas fiscais apresentadas eram falsas.
Na fraude, o dinheiro
era depositado em uma conta convênio pertencente a Bento Costa Guerra, que na
ocasião era procurador da empresa Campinas Veículos, que tinha Paulo Roberto
como proprietário. Após fazer os saques, Bento repassava o dinheiro desviado
para Paulo Roberto.
Lei da Ficha Limpa
O então governador
Siqueira Campos assinou no dia 5 de setembro de 2013, o Decreto número
4.883/2013, de autoria do Deputado Estadual Marcelo Lelis, que ampliou o
alcance e fortaleceu a eficácia da Ficha Limpa Estadual. No decreto, além dos
cargos de secretário, presidente e diretor elencados pela Lei 2.744/13, todos
os cargos e funções públicas deverão ser ocupados por pessoas sem nenhuma
condenação por improbidade administrativa, crimes hediondos, corrupção
eleitoral dentre outros citados pelas legislações estadual e federal.
A lei foi sancionada
pelo governador no dia 9 de agosto, em cerimônia no Palácio Araguaia, que
contou com a presença do juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão,
Marlon Reis, idealizador e redator da lei.
Fonte - http://t1noticias.com.br
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