Exoneração ocorre após
sessão da Câmara em que houve troca de ofensas com parlamentares. Ministro
chegou a afirmar que os “oportunistas” deveriam deixar o governo
Após desafiar os deputados
no plenário da Câmara, num encontro no qual se esperava um pedido de desculpas
seu por recentes declarações consideradas ofensivas pelos parlamentares, o
ex-governador Cid Gomes (Pros-CE) deixou o cargo de ministro da Educação. A
exoneração foi anunciada primeiramente pelo presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e minutos depois confirmada oficialmente pelo Palácio
do Planalto. Segundo o Planalto, Cid pediu demissão.
Cid esteve na tribuna da
Câmara dos Deputados para explicar a polêmica declaração que deu no último dia
27. Na ocasião, Cid Gomes afirmou que a Câmara tem de 300 a 400 parlamentares
que “achacam”. A frase deu origem até a uma interpelação no Supremo Tribunal
Federal (STF) contra o agora
ex-ministro.
Durante a sessão, Cid
criticou a postura de alguns parlamentares do PMDB e pediu para que eles
“largassem o osso”. Depois da declaração, apontou diretamente para o presidente
da Câmara. “Partidos de situação têm o dever de ser situação ou então larguem o
osso, saiam do governo, vão pra oposição. Isso será mais claro para o povo
brasileiro.”, declarou. “Eu fui acusado de ser mal educado. O ministro da
Educação é mal educado. Eu prefiro ser acusado por ele (Eduardo Cunha) do que
ser como ele, acusado de achaque”, ressaltou Cid Gomes.
Diante das manifestações em
Plenário, Cid Gomes foi aplaudido por pessoas que estavam na tribuna, mas
continuou sendo hostilizado por parlamentares. Após a troca de farpas com os
congressistas, o presidente da Câmara cortou o som do microfone de Cid Gomes e
o então ministro deixou a tribuna da Casa.
Conforme o Congresso em Foco
apurou, parlamentares do PMDB exigiram uma providência do Palácio do Planalto
após a sessão da Câmara. Cerca de uma hora depois, foi anunciada a exoneração
de Cid Gomes. Apesar do anúncio da demissão, o próprio Cid declarou que
deixaria o cargo nas próximas semanas.
Fonte - Site Congresso em Foco
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