Segundo diretor do presídio,
motivo seria a falta de realização das visitas.
Do G1 TO
Um começo de rebelião foi
registrado no Casa de Prisão de Dianópolis (CPD), sudeste do Tocantins, na
tarde desta terça-feira (17). Por volta das 12h, os presos começaram a atear
fogo em colchões da unidade e por volta das 13h os agentes penitenciários
controlaram a situação.
Segundo informações do
diretor do presídio, Rondinele Alves Lima, o princípio de motim teria sido
motivado ainda pela falta de realização de visitas aos presos. "Os presos
chegaram a perguntar quando recomeçaria a realização das visitas, pouco tempo
depois eles [os presos] começaram a atear fogo em colchões", afirma o
diretor.
Ainda conforme o diretor do
presídio, o princípio de incêndio nos colchões acabou danificando a parte
elétrica do local, mas sem gravidade e após a situação ser controlada a Polícia
Militar foi acionada para realizar uma vistoria, porém nada foi achado no
local.
Conforme informações da
Secretaria de Estado da Defesa e Proteção Social (Sedeps), o princípio de motim
foi controlado sem a ocorrência de feridos ou registro de fuga. Esta é a
segunda ocorrência de rebelião nesta semana, pois na segunda-feira (16) outro
princípio de motim foi controlado por policiais civis e militares na Casa de
Prisão Provisória em Paraíso do Tocantins. No caso, os presos também atearam
fogo em colchões.
Greve da Polícia Civil
A Polícia Miltiar foi
autorizada judicialmente a entrar e atuar nos presídios do Tocantins devido à
greve da Polícia Civil que começou no dia 25 de fevereiro. Nesta segunda-feira,
todos os policiais do estado tiveram que entregar as armas por causa de uma determinação
do governo do Tocantins.
Em greve desde o dia 25 de
fevereiro, os policiais cobram do governo a equiparação salarial que teria sido
concedida ainda em 2007. A medida foi regulamentada em abril de 2014, através
da Lei 2.851 e cancelada no dia 11 de fevereiro deste ano através de decretos
publicados no Diário Oficial do Estado (DOE). Em todo o estado, de acordo com o
Sindicato de Polícia Civil do Tocantins (Sinpol-TO), são aproximadamente 1,6
mil policiais em greve.
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