quarta-feira, 18 de março de 2015

Presos ateiam fogo em colchões durante princípio de rebelião no TO


Segundo diretor do presídio, motivo seria a falta de realização das visitas.

Do G1 TO

Um começo de rebelião foi registrado no Casa de Prisão de Dianópolis (CPD), sudeste do Tocantins, na tarde desta terça-feira (17). Por volta das 12h, os presos começaram a atear fogo em colchões da unidade e por volta das 13h os agentes penitenciários controlaram a situação.

Segundo informações do diretor do presídio, Rondinele Alves Lima, o princípio de motim teria sido motivado ainda pela falta de realização de visitas aos presos. "Os presos chegaram a perguntar quando recomeçaria a realização das visitas, pouco tempo depois eles [os presos] começaram a atear fogo em colchões", afirma o diretor.

Ainda conforme o diretor do presídio, o princípio de incêndio nos colchões acabou danificando a parte elétrica do local, mas sem gravidade e após a situação ser controlada a Polícia Militar foi acionada para realizar uma vistoria, porém nada foi achado no local.

Conforme informações da Secretaria de Estado da Defesa e Proteção Social (Sedeps), o princípio de motim foi controlado sem a ocorrência de feridos ou registro de fuga. Esta é a segunda ocorrência de rebelião nesta semana, pois na segunda-feira (16) outro princípio de motim foi controlado por policiais civis e militares na Casa de Prisão Provisória em Paraíso do Tocantins. No caso, os presos também atearam fogo em colchões.

Greve da Polícia Civil

A Polícia Miltiar foi autorizada judicialmente a entrar e atuar nos presídios do Tocantins devido à greve da Polícia Civil que começou no dia 25 de fevereiro. Nesta segunda-feira, todos os policiais do estado tiveram que entregar as armas por causa de uma determinação do governo do Tocantins.


Em greve desde o dia 25 de fevereiro, os policiais cobram do governo a equiparação salarial que teria sido concedida ainda em 2007. A medida foi regulamentada em abril de 2014, através da Lei 2.851 e cancelada no dia 11 de fevereiro deste ano através de decretos publicados no Diário Oficial do Estado (DOE). Em todo o estado, de acordo com o Sindicato de Polícia Civil do Tocantins (Sinpol-TO), são aproximadamente 1,6 mil policiais em greve.

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