sexta-feira, 2 de março de 2012

É preciso separar o joio do trigo



Por KIKO JACOBINA

A ação deflagrada nesta semana pela Polícia Civil e Ministério Público para o cumprimento do mandado de busca e apreensão na Câmara Municipal de Dianópolis poderá causar severos prejuízos políticos e eleitorais aos investigados. Porém, o dano à imagem e honra de alguns agentes públicos envolvidos no caso já é um fato consumado.

É importante ressaltar que a investigação deve sim ser realizada com total transparência, até porque trata-se de dinheiro público e ademais, como no ditado popular, “quem não deve não teme”. Mas, se algum desvio for constatado, que sejam tomadas as providências judiciais cabíveis. E essas poderão, para infelicidade de alguns e felicidade de tantos outros, gerar algumas consequências graves, inclusive a inelegibilidade por oito anos.

Também é preciso saber separar o joio do trigo para que não coloquemos em valas comuns inocentes e culpados, os bons e maus políticos. É imperativo, no decorrer do processo, ser dado aos investigados o direito constitucional da ampla defesa e do contraditório. E, ao final de tudo, se houver inocentes ou culpados, que saibamos separar os inocentes daqueles que são lobos em pele de cordeiro.

Alguns vereadores de Dianópolis que conheço têm boa índole, fazem um bom trabalho e creio que possa não ter existido dolo ou má fé em determinadas situações. Entretanto, existem outros personagens neste contexto que realmente agem de forma inescrupulosa e no decorrer desse imbróglio poderá ficar nítido que dinheiro público, no caso do uso irregular de diárias da Câmara, estaria sendo usado para obtenção de vantagens políticas ou outras sem finalidade pública. É o velho jogo do populismo e clientelismo barato na política dianopolina.

Portanto, faz-se necessário ao cidadão separar o joio do trigo no caso que envolve o legislativo municipal mas, e talvez até mais importante, deve ser feita uma análise em relação à eleição vindoura. Não podemos deixar que um candidato, por exemplo, “enrolado” e com “rabo preso” venha a pleitear ser o mandatário do poder executivo municipal. O perfil de um bom gestor público deve conter também as características básicas essenciais da “honestidade” e “moralidade” no trato da coisa pública.

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