terça-feira, 19 de novembro de 2013

Greve de servidores públicos de Taguatinga já dura oito dias

Sindicato diz que unidades de saúde continuam sem médicos.
Prefeito afirma que problema na cidade é 'político'.


Do G1 TO
A greve dos servidores do quadro-geral e da saúde, de Taguatinga (TO), no sudeste do Tocantins, começou no dia 11 deste mês, e já dura oito dias. Segundo Dimar Crisóstomo Barbosa, diretor de base do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Sisepe), a cidade não tem médicos e está apenas com um médico plantonista. "Um ortopedista pediu exoneração porque estava há dois meses sem receber", conta.
Na noite do dia 10, a professora Ylza Maria Ribeiro de Queiroz disse que procurou atendimento médico no hospital municipal da cidade, mas foi informada de que os médicos entraram em greve e teria que se dirigir para Ponte Alta do Bom Jesus, localizada a 40 km do município.
"No hospital só tinha enfermeiras e nem elas me atenderam. Teve um pai que levou um filho que estava tendo convulsão e ele ficou muito nervoso porque
não tinha médico", contou a professora.
Protesto
Os trabalhadores reivindicam os salários dos meses de novembro e dezembro de 2012, mais o 13º e o adicional de férias que não foram pagos no ano passado.
Segundo o Sisepe, até o momento a prefeitura não se manifestou, nem abriu o diálogo com os servidores públicos. "No dia 13 protocolamos um ofício na prefeitura solicitando audiência com o prefeito para discutir a situação. Mas, até agora não recebemos resposta", explica o diretor.
Na noite de terça-feira (19) os servidores irão até a Câmara Municipal pedir apoio aos vereadores. "Vamos às ruas novamente", afirmou Barbosa.
Resposta
De acordo com o prefeito Eronides Teixeira de Queiroz (PSDB), o motivo da greve é político. "Não procede essas informações. O hospital tem médico, as unidades de saúde estão atendendo normalmente".
Sobre o caso da professora que foi picada por um escorpião, o gestor disse que ela é parente de políticos da oposição. "Não teve nada disso, tem médico em qualquer horário", explicou.
Quanto as informações de que a prefeitura não estava aberta ao diálogo, Queiroz afirmou que já foi agendada uma reunião com o sindicato. "Temos uma reunião marcada nesta quarta-feira (20), às 14h, com o Sisepe."

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