A Comissão de Organização
Eleitoral Estadual do PED-2013 no Tocantins informou por meio de entrevista
coletiva na manhã desta terça-feira, 12, que o novo presidente estadual do PT é
Júlio Cesar, da chapa “O Tocantins quer mais e melhor”, eleito com 70,3% dos
votos válidos.
Para o novo presidente
estadual da sigla, o maior desafio da gestão será a organização da burocracia
interna do partido. “Temos que fazer formação partidária. Temos gestores em
vários municípios e precisamos potencializar seus mandatos”, informou.
De acordo com Julio a
presidência é conquistada sem vaidade e sem sede de poder. “Estamos presidente
por compreender a necessidade de participar do processo democrático da
sociedade”, destacou o presidente eleito ao informar ainda que compreende sua
responsabilidade dentro do PT, tendo em vista a eleição e o seu nível de
aceitação, o que segundo ele, mostra que não se representa um ou outro grupo partidário,
mas um todo. “Tive sim o apoio do Donizetti, mas mais do que um candidato do
Donizetti, sou um candidato do Partido dos Trabalhadores”, ressaltou.
Segundo Donizetti Nogueira,
que deixa o cargo após a posse de Julio, o processo representou um momento de
grande êxito para o PT. “Estamos concluindo um processo exitoso, formador e
educador do PT. A cada processo, aperfeiçoamos mais a democracia dentro do
partido”, destacou.
“Nada vence o trabalho, e
nós temos trabalhado. Aprendi que a paixão move o mundo. O meu sentimento hoje
é esse”, disse Nogueira ao destacar que a militância do grupo ao que faz parte
não faz política por interesse, mas por amor e dedicação ao partido.
Eleições 2014
Questionado sobre as
articulações para o pleito de 2014, onde o PT vem evidenciando uma postura pela
consolidação de uma terceira via junto ao PP, PCdoB, PSL e PRB, Donizetti
lembrou que a sigla segue a orientação de sua base, e por isso deve permanecer
com as conversas a fim de que se alinhe uma alternativa fora do grupo que gira
em torno do PMDB, da senadora Kátia Abreu ou do grupo do Palácio Araguaia. “O
Júlio tomando posse, segue com a proposta. Não há possibilidade de disputar ao
lado do Palácio e nem tão pouco ao lado do outro grupo ”, salientou.
“O nosso trabalho é para ter
uma candidatura própria, mas cada partido tem um nome e para essa definição
será necessário o diálogo”, informou Donizetti ao destacar que além de Nicolau
Esteves, há também o nome de Paulo Mourão que podem se destacar dentro do PT
para a candidatura ao Governo.
Afirmando que não vai ser
candidato a cargo eletivo em 2014, Julio confirmou que levará o partido com as
mesmas articulações iniciadas por Donizetti. “O que nós temos feito é colocar
em prática, as reivindicações da sociedade. Em 2014 a militância quer votar em
alguém do PT, em uma candidatura própria”, destacou.
Divergências internas
O grupo liderado pelo
ex-prefeito da Capital, Raul Filho, que tinha como candidato o vereador
petista, Waldson Salazar, obteve um total de 562 votos, representando um total
16,76% dos votos válidos. Diante deste resultado o grupo de Raul pode ter
dificuldades em angariar candidaturas, até mesmo o próprio Raul, que segundo
fontes do partido pretende se candidatar a um cargo na majoritária: senado ou
governo.
“O Raul definitivamente não
vai ser candidato”, declarou Julio ao ser questionado sobre uma possível
candidatura do ex-prefeito.
Sobre a divisão petista
“grupo do Raul e Grupo do Donizetti”, Nogueira, foi categórico ao informar que
não tem um grupo. “Eu faço parte de um grupo”, disse ao destacar que as
divergências do PT se resolvem pela democracia das eleições internas. “Aqui tem
regras para serem colocadas e respeitadas. A tarefa não é unificar, mas sim
conduzir o partido”, finalizou.
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