quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Julio Cesar é eleito novo presidente do PT no Estado


A Comissão de Organização Eleitoral Estadual do PED-2013 no Tocantins informou por meio de entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, 12, que o novo presidente estadual do PT é Júlio Cesar, da chapa “O Tocantins quer mais e melhor”, eleito com 70,3% dos votos válidos.

Para o novo presidente estadual da sigla, o maior desafio da gestão será a organização da burocracia interna do partido. “Temos que fazer formação partidária. Temos gestores em vários municípios e precisamos potencializar seus mandatos”, informou.

De acordo com Julio a presidência é conquistada sem vaidade e sem sede de poder. “Estamos presidente por compreender a necessidade de participar do processo democrático da sociedade”, destacou o presidente eleito ao informar ainda que compreende sua responsabilidade dentro do PT, tendo em vista a eleição e o seu nível de aceitação, o que segundo ele, mostra que não se representa um ou outro grupo partidário, mas um todo. “Tive sim o apoio do Donizetti, mas mais do que um candidato do Donizetti, sou um candidato do Partido dos Trabalhadores”, ressaltou.

Segundo Donizetti Nogueira, que deixa o cargo após a posse de Julio, o processo representou um momento de grande êxito para o PT. “Estamos concluindo um processo exitoso, formador e educador do PT. A cada processo, aperfeiçoamos mais a democracia dentro do partido”, destacou.

“Nada vence o trabalho, e nós temos trabalhado. Aprendi que a paixão move o mundo. O meu sentimento hoje é esse”, disse Nogueira ao destacar que a militância do grupo ao que faz parte não faz política por interesse, mas por amor e dedicação ao partido.

Eleições 2014

Questionado sobre as articulações para o pleito de 2014, onde o PT vem evidenciando uma postura pela consolidação de uma terceira via junto ao PP, PCdoB, PSL e PRB, Donizetti lembrou que a sigla segue a orientação de sua base, e por isso deve permanecer com as conversas a fim de que se alinhe uma alternativa fora do grupo que gira em torno do PMDB, da senadora Kátia Abreu ou do grupo do Palácio Araguaia. “O Júlio tomando posse, segue com a proposta. Não há possibilidade de disputar ao lado do Palácio e nem tão pouco ao lado do outro grupo ”, salientou.

“O nosso trabalho é para ter uma candidatura própria, mas cada partido tem um nome e para essa definição será necessário o diálogo”, informou Donizetti ao destacar que além de Nicolau Esteves, há também o nome de Paulo Mourão que podem se destacar dentro do PT para a candidatura ao Governo.

Afirmando que não vai ser candidato a cargo eletivo em 2014, Julio confirmou que levará o partido com as mesmas articulações iniciadas por Donizetti. “O que nós temos feito é colocar em prática, as reivindicações da sociedade. Em 2014 a militância quer votar em alguém do PT, em uma candidatura própria”, destacou.

Divergências internas

O grupo liderado pelo ex-prefeito da Capital, Raul Filho, que tinha como candidato o vereador petista, Waldson Salazar, obteve um total de 562 votos, representando um total 16,76% dos votos válidos. Diante deste resultado o grupo de Raul pode ter dificuldades em angariar candidaturas, até mesmo o próprio Raul, que segundo fontes do partido pretende se candidatar a um cargo na majoritária: senado ou governo.

“O Raul definitivamente não vai ser candidato”, declarou Julio ao ser questionado sobre uma possível candidatura do ex-prefeito.


Sobre a divisão petista “grupo do Raul e Grupo do Donizetti”, Nogueira, foi categórico ao informar que não tem um grupo. “Eu faço parte de um grupo”, disse ao destacar que as divergências do PT se resolvem pela democracia das eleições internas. “Aqui tem regras para serem colocadas e respeitadas. A tarefa não é unificar, mas sim conduzir o partido”, finalizou.

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