Por Raimundo Rodrigues Bezerra
Dirijo-me a você, caro
eleitor, com todo respeito, para relembrá-lo e enfatizar a importância do seu
voto. Se bem utilizado, o título de majestade não será exagero. Ao contrário, o
voto livre, consciente, valoriza em muito o votante, você eleitor. O poder de
escolha é absolutamente seu. Faça-o com critério e discernimento, procurando
identificar os mais preparados para o exercício do cargo e verdadeiramente
comprometidos com a sua comunidade.
Nesta hora, buscando
aperfeiçoar uma escolha acertada, nunca é demais atentar para observações
emanadas da justiça eleitoral, as quais instruem que a principal medida a ser
adotada pelo eleitor é ter consciência na escolha do candidato para
representá-lo. Que essa escolha não seja fruto de troca de favores, recebimento
de doações, preito de gratidão, mais sim, em função do histórico do candidato.
Outros critérios que devem
ser adotados é conhecer a campanha do candidato. Saber quem financia, porque
isso demonstra para quem ele vai trabalhar depois de eleito; verificar o cumprimento
de compromissos assumidos por esse candidato em eleições passadas e como estão
sendo honrados ; deve-se também ficar atento, pois muitos candidatos apresentam
propostas que não condizem com as práticas de vida dessas pessoas. Alguns se
identificam com um determinado segmento, mas quando chega à campanha,
precisando de apoio de uma determinada classe, então, ele fala para essa classe
mais na verdade ele tem compromisso mesmo é com sua classe e sua cidade de
origem.
É sabido que a democracia em
sua prática vai expelindo os micróbios que a atacam. Ela tem anticorpos,
glóbulos vermelhos que vão limpando seu organismo contra os inimigos
autocráticos. Porém, não basta declaração de amor, a capela, “ eu ti amo meu
Brasil “, urge que o eleitor faça bem a sua parte. E, que essa escolha recaia
em homem e/ou mulher, do bem, idealista na vida pública, como forma de expurgar
do processo eleitoral pessoas dadas a qualquer forma de facciosidade, corrupção
e fraude.
O momento é agora para se
resgatar a ética na política; de repensar a relação do eleitor e o candidato;
de desvincular a eleição dos investimentos de campanha; de censurar atitudes
que podem levar ao poder mas não a gloria; haja vista que não se pode mais
esconder a desilusão e o desestímulo que se abateu sobre o povo brasileiro. De
volta ao título, se utilizado conscientemente, além de valorar, seu voto estará
ajudando transformar a sociedade da qual é parte indivisível.
Raimundo Rodrigues Bezerra é
aposentado, residente em Dianópolis-To.bezerradico@hotmail.com
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