quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Sua Majestade o Eleitor!


Por Raimundo Rodrigues Bezerra

Dirijo-me a você, caro eleitor, com todo respeito, para relembrá-lo e enfatizar a importância do seu voto. Se bem utilizado, o título de majestade não será exagero. Ao contrário, o voto livre, consciente, valoriza em muito o votante, você eleitor. O poder de escolha é absolutamente seu. Faça-o com critério e discernimento, procurando identificar os mais preparados para o exercício do cargo e verdadeiramente comprometidos com a sua comunidade.

Nesta hora, buscando aperfeiçoar uma escolha acertada, nunca é demais atentar para observações emanadas da justiça eleitoral, as quais instruem que a principal medida a ser adotada pelo eleitor é ter consciência na escolha do candidato para representá-lo. Que essa escolha não seja fruto de troca de favores, recebimento de doações, preito de gratidão, mais sim, em função do histórico do candidato.

Outros critérios que devem ser adotados é conhecer a campanha do candidato. Saber quem financia, porque isso demonstra para quem ele vai trabalhar depois de eleito; verificar o cumprimento de compromissos assumidos por esse candidato em eleições passadas e como estão sendo honrados ; deve-se também ficar atento, pois muitos candidatos apresentam propostas que não condizem com as práticas de vida dessas pessoas. Alguns se identificam com um determinado segmento, mas quando chega à campanha, precisando de apoio de uma determinada classe, então, ele fala para essa classe mais na verdade ele tem compromisso mesmo é com sua classe e sua cidade de origem.

É sabido que a democracia em sua prática vai expelindo os micróbios que a atacam. Ela tem anticorpos, glóbulos vermelhos que vão limpando seu organismo contra os inimigos autocráticos. Porém, não basta declaração de amor, a capela, “ eu ti amo meu Brasil “, urge que o eleitor faça bem a sua parte. E, que essa escolha recaia em homem e/ou mulher, do bem, idealista na vida pública, como forma de expurgar do processo eleitoral pessoas dadas a qualquer forma de facciosidade, corrupção e fraude.

O momento é agora para se resgatar a ética na política; de repensar a relação do eleitor e o candidato; de desvincular a eleição dos investimentos de campanha; de censurar atitudes que podem levar ao poder mas não a gloria; haja vista que não se pode mais esconder a desilusão e o desestímulo que se abateu sobre o povo brasileiro. De volta ao título, se utilizado conscientemente, além de valorar, seu voto estará ajudando transformar a sociedade da qual é parte indivisível.


Raimundo Rodrigues Bezerra é aposentado, residente em Dianópolis-To.bezerradico@hotmail.com

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