terça-feira, 2 de setembro de 2014

Hospital Regional de Dianópolis tem apenas 2 anestesiologistas para 15 municípios


A Defensoria Pública em Dianópolis, por intermédio do Núcleo de Ações Coletivas (NAC), quer que a Justiça obrigue o Estado do Tocantins a disponibilizar no mínimo mais dois médicos anestesiologistas para o Hospital Regional do município (HRD). Para isso, o órgão ingressou com uma Ação Civil Pública, na qual afirma que a situação "revela-se preocupante".

Sesau não apresentou nenhuma alternativa Conforme a Defensoria, atualmente, o atendimento dos anestesiologistas está sendo feito em apenas dois dias da semana, causando transtornos aos usuários Sistema Único de Saúde (SUS), da região sudeste do Tocantins. O órgão afirmou que o HRD atende 92 mil pessoas, dos 15 municípios do sudeste e, por isso, o número de anestesiologista é insuficiente para o atendimento das pessoas. Essa situação, defendem os defensores, vai contra aos princípios constitucionais da eficiência, acessibilidade aos serviços de saúde e continuidade do serviço público.

Conforme a Defensoria, no dia 31 de julho, foi encaminhado ao secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Ferreira, um ofício requisitando informações sobre os fatos e providências adotadas para a resolução do problema. Em resposta ao documento, Ferreira confirmou que o número de médicos anestesiologistas não é suficiente para prestar atendimento à população e admitiu ainda que no HRD existem apenas dois médicos que atuam na área.

A Defensoria disse que, apesar da Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) ter mencionado que resolveria o problema, "nenhuma alternativa foi apresentada e nenhum prazo razoável foi estabelecido, não restando alternativa, a não ser o ingresso de medida judicial".

Caso o Poder Judiciário conceda a liminar e o Estado venha descumpri-la, a Defensoria solicitou que seja determinado o bloqueio/sequestro de verbas públicas no montante necessário à contratação de médicos anestesiologistas, de acordo com a demanda que o Hospital necessita. O órgão ainda pediu que, no caso de descumprimento, sejam bloqueadas as rubricas orçamentárias previstas no orçamento estadual de 2014 para despesas com eventos festivos, coquetéis, recepções, buffet e publicidade, "por cuidarem-se de despesas não essenciais à consecução do interesse público"


Ascom MPE

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