Eliane
Tenório / Governo do Tocantins
A manga é
uma fruta conhecida desde tempos antigos e atualmente é produzida em todo o
mundo. Os produtores de manga do Projeto Hidroagrícola Manuel Alves, situado
entre Dianópolis e Porto Alegre do Tocantins, na região Sudeste do Estado,
iniciam nesta semana a colheita da fruta. A variedade plantada é a Palmer, que
foi escolhida por ter boa aceitação nos mercados e ser a variedade que melhor
se adaptou às condições climáticas da região.
O cultivo
das mangas no projeto utiliza técnicas de irrigação e indução floral (com
produtos que antecipam a produção dos frutos). A colheita da manga é feita
manualmente, uma a uma, e são embaladas geralmente em caixa de plástico 25 kg
ou papelão de 6 kg, dependendo do mercado consumidor. A previsão é que a
colheita dessa primeira safra termine em julho.
Segundo o
engenheiro agrônomo e coordenador de Assistência Técnica e Extensão Rural
(Ater) do Perímetro Irrigado Manuel Alves, Patrik Diogo Antunes. A expectativa
é para que colham cerca de 60 toneladas nessa a primeira safra. “O plantio das
mangueiras teve inicio há cerca de quatro anos e atualmente, cerca de sete
agricultores cultivam a lavoura, numa área de 65,40 hectares”.
Comercialização
e Mercado
O
produtor Delmácio Alves investiu no plantio de 1.500 mangueiras da variedade
Palmer, em seis hectares na área de fruticultura do Manuel Alves, e está feliz
com a chegada da colheita das primeiras frutas em maio. “Tentei convencer
outros produtores a cultivar, mas ninguém botava fé porque a mangueira demora
cerca de três anos para começar a produzir. Hoje vendo que estão todas
carregadas se animaram para plantar”, comenta. “No início é feito um
investimento maior com o plantio das mangueiras, mas o produtor pode ter lucros
durante 30 anos, tempo médio de produção dos mangueirais”, comemora.
Os
produtores estão otimistas com a boa aceitação, da variedade Palmer, por parte
de consumidores e mercados. Segundo Delmácio Alves, o quilo da manga Palmer
está sendo comercializado, por cerca de R$ 2,40 e o custo de produção está em
torno de R$ 1,00, o que deixa uma boa margem de lucro para o produtor.
“A ideia
é vender na entressafra, quando a demanda é maior e os preços estão melhores.
Estamos na entressafra e já temos uma boa procura pela fruta,” comemora o
coordenador do projeto Patrik Antunes. O planejamento é para vender nos
mercados de Palmas, Araguaína, Gurupi, Brasília e São Paulo.
Indução
Floral
Sobre a
técnica de indução floral, o engenheiro agrônomo da Secretaria do
Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro) Anderson Pereira informa
que, seja na cultura da manga ou em outras frutíferas, a indução floral é uma
forma de programar a colheita dos frutos e dar possibilidades ao produtor de
colher de acordo com a demanda de mercado, minimizando perdas, melhorando o
planejamento e aumentando a segurança do produtor rural. “O produtor faz
induções parceladas, com intervalos de tempo entre as aplicações para escalonar
a produção e colher no tempo programado”, explica.
Manuel
Alves
O projeto
de Irrigação Manuel Alves, implantado pelo Governo do Estado por meio da
Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), está
localizado no município de Dianópolis, a 320 km de Palmas. É um dos maiores
projetos de irrigação do Brasil, com uma área de cinco mil hectares e expansão
para mais 15 mil hectares. Dividido em lotes variados que estão sendo
explorados com fruticultura, por meio de métodos modernos de irrigação
(gotejamento, microaspersão e aspersão convencional). São 199 lotes para
pequenos produtores e 14 lotes empresariais.
FONTE: SEAGRO - TO
http://seagro.to.gov.br/noticia/2016/3/21/fruticultores-do-projeto-manuel-alves-devem-colher-60-toneladas-da-manga-palmer-ate-junho
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