quinta-feira, 7 de março de 2013

500 mulheres da Via Campesina e MST ocupam Fazenda de Irajá Abreu em Aliança; propriedade tem multas do Ibama

Novamente a Senadora Kátia Abreu é alvo de protestos. Na foto, a parlamentar recebeu ainda no ano de 2010 o prêmio "MOTOSERRA DE OURO".

Mulheres militantes dos Movimento Sem Terra (MST), Via Campesina e ainda do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocupam a Fazenda Aliança de propriedade do deputado federal Irajá Abreu (PSD). São cerca de 500 mulheres, segundo líderes do Movimento. A fazenda fica no município de Aliança do Tocantins. A ocupação começou na madrugada desta quinta-feira, 7.

A justificativa do Movimento é que a Fazenda teria várias multas aplicadas pelo Ibama. “O local tem várias multas ambientais por degradar o meio ambiente”, justificou a coordenação do movimento ao Conexão Tocantins. Membros do MST Nacional acompanham a mobilização que faz parte de uma agenda nacional de manifestação do mês de março.

As multas para a Fazenda já foram alvo de várias repercussões nacionais através de reportagens de vários veículos. O Incra informou ao Conexão Tocantins que os valores das multas são R$ 65 mil e R$ 60 mil. Segundo o órgão informou nesta quinta-feira, 7, ainda não há nenhuma decisão do órgão sobre as atuações.

Segundo informações , 75 hectares de Floresta Amazônica teriam sido destruídos em Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal. A propriedade, que também seria da senadora, embora esteja no nome do deputado teria  multas que somam o valor de  R$ 55 mil.

As autuações do Ibama porém  foram contestadas na Justiça. Sobre o assunto a senadora já chegou a apresentar uma certidão negativa de débito com o Ibama e explicou na época da polêmica nacional que entrou com um mandado de segurança contra o Ibama alegando que  o órgão ainda não teria analisado um pedido feito pelo deputado  para inserir a propriedade no  programa Mais Ambiente, do governo federal.

Uma liminar chegou a ser emitida pela 2ª Vara da Justiça Federal de Tocantins obrigando o órgão ambiental  a aceitar o pedido do deputado mas o Ibama  recorreu da decisão da justiça. A intenção dos proprietários seria ter um prazo para recuperar a degradação e suspender as multas.
Fonte: Portal Conexão Tocantins

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