O Governo
não tem ainda uma proposta consistente, clara e que atenda a pauta
reivindicatória. O sindicato considerou um abuso a proposta apresentada em
conceder a equiparação entre PRONO e PROEB parcelada em 3 vezes, com retroação
do tempo funcional, a partir de Janeiro de 2015, janeiro de 2016 e janeiro de
2017 e ainda se autorizado pelo Tribunal de Contas. Além disso, a categoria já
decidiu em assembleia geral que não aceita o parcelamento do retroativo da
progressão do edital de 2012 em 6 vezes a partir de maio. Governo também não
aceita incluir na revisão do PCCS processo de eleição democrática para diretor
de escola, considerado pelo sindicato um ponto crucial para tentar por fim à
grande interferência política nas escolas. O único ponto de acordo é a
concessão do índice da data base em 1º de Maio de acordo com a apuração das
perdas inflacionárias do período de Outubro de 2012 a Abril de 2014, que o
Governo promete conceder por ser um dever constitucional.
Na
reunião o Governo novamente apresentou dados econômicos da arrecadação estadual
e do comprometimento com o pagamento da Folha. “Todos sabem que o governo gasta
a torto e a direito, basta exemplificar o caso da contratação de um secretário
à distância para a pasta da Cultura, além do inchaço da folha da educação com
contratos especiais em substituição de efetivos que são alocados em funções
administrativas muitas vezes sem necessidades e ou concedidos com ônus à origem
para outros órgãos”, afirmou Nilton Pinheiro, diretor do SINTET e membro da
Comissão de Revisão do PCCS.
O
secretário Lúcio Mascarenhas, da Administração, afirmou que só entregaria a
proposta por escrito se a categoria suspendesse a greve e voltasse
imediatamente ao trabalho, o que foi considerada uma afronta aos dirigentes que
esperavam uma negociação. A reunião terminou com o secretário abandonando o
encontro.
Mesmo
a despeito da liminar concedida na sexta-feira pelo Tribunal de Justiça, que
declarou ilegal a greve, sob pena de multa, cortes de pontos e outras ameaças,
a categoria continua firme e forte na greve. Citado na tarde desta
segunda-feira, 31, o presidente do SINTET, José Roque Rodrigues Santiago afirma
que recorrerá da decisão.
“O
governo não apresentou uma proposta condizente e tenta resolver o impasse com
ameaças e pressão. A decisão liminar afirma que há um franco processo de
negociação e que 90% da pauta foi atendida, é mentira, vamos provar isso e
mostrar pra sociedade que esse Governo é contra a Educação”, afirmou José
Roque.
Assim,
a greve continua. O Sindicato deve convocar a categoria para uma assembleia nos
próximos dias.
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