terça-feira, 1 de abril de 2014

SINTET e Governo não chegaram a um acordo e a greve continua

O Governo não tem ainda uma proposta consistente, clara e que atenda a pauta reivindicatória. O sindicato considerou um abuso a proposta apresentada em conceder a equiparação entre PRONO e PROEB parcelada em 3 vezes, com retroação do tempo funcional, a partir de Janeiro de 2015, janeiro de 2016 e janeiro de 2017 e ainda se autorizado pelo Tribunal de Contas. Além disso, a categoria já decidiu em assembleia geral que não aceita o parcelamento do retroativo da progressão do edital de 2012 em 6 vezes a partir de maio. Governo também não aceita incluir na revisão do PCCS processo de eleição democrática para diretor de escola, considerado pelo sindicato um ponto crucial para tentar por fim à grande interferência política nas escolas. O único ponto de acordo é a concessão do índice da data base em 1º de Maio de acordo com a apuração das perdas inflacionárias do período de Outubro de 2012 a Abril de 2014, que o Governo promete conceder por ser um dever constitucional.

Na reunião o Governo novamente apresentou dados econômicos da arrecadação estadual e do comprometimento com o pagamento da Folha. “Todos sabem que o governo gasta a torto e a direito, basta exemplificar o caso da contratação de um secretário à distância para a pasta da Cultura, além do inchaço da folha da educação com contratos especiais em substituição de efetivos que são alocados em funções administrativas muitas vezes sem necessidades e ou concedidos com ônus à origem para outros órgãos”, afirmou Nilton Pinheiro, diretor do SINTET e membro da Comissão de Revisão do PCCS.

O secretário Lúcio Mascarenhas, da Administração, afirmou que só entregaria a proposta por escrito se a categoria suspendesse a greve e voltasse imediatamente ao trabalho, o que foi considerada uma afronta aos dirigentes que esperavam uma negociação. A reunião terminou com o secretário abandonando o encontro.

Mesmo a despeito da liminar concedida na sexta-feira pelo Tribunal de Justiça, que declarou ilegal a greve, sob pena de multa, cortes de pontos e outras ameaças, a categoria continua firme e forte na greve. Citado na tarde desta segunda-feira, 31, o presidente do SINTET, José Roque Rodrigues Santiago afirma que recorrerá da decisão.

“O governo não apresentou uma proposta condizente e tenta resolver o impasse com ameaças e pressão. A decisão liminar afirma que há um franco processo de negociação e que 90% da pauta foi atendida, é mentira, vamos provar isso e mostrar pra sociedade que esse Governo é contra a Educação”, afirmou José Roque.
 
Assim, a greve continua. O Sindicato deve convocar a categoria para uma assembleia nos próximos dias.
 
Fonte: ASCOM - SINTET

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