O
governador Siqueira Campos (PSDB) exonerou na noite desta terça-feira, 17, o
secretário de Desenvolvimento Agrário e Regularização Fundiária, deputado
federal licenciado Irajá Abreu (PSD), filho da senadora Katia Abreu (PSD). A
exoneração ocorre no mesmo dia em que Kátia se reuniu com o grupo dos
"Autênticos", comandado pelo ex-governador Marcelo Miranda, para
discutir o ingresso dela no PMDB.
Siqueira chamou Irajá no
final da tarde, pouco depois das 17 horas, e pediu que o secretário se
demitisse. Irajá disse que não faria isso. Se quisesse, que o governador o
demitisse. Então, Siqueira afirmou que lamentava, mas teria que demiti-lo.
"Você está demitido", afirmou, por fim. Conforme o blog apurou, o
governador teria dito ainda que gosta muito da senadora e que, "quem
sabe", poderia vir apoiar a candidatura dela à reeleição no ano que vem.
A exoneração oficializa o
rompimento da senadora Kátia Abreu com o governo Siqueira Campos, para o qual
ela foi fundamental na vitória nas eleições de 2010. Kátia se uniu a Siqueira em
2009 depois de romper com o então governador Carlos Gaguim (PMDB), que tinha
acabado de ser eleito indiretamente pela Assembleia para um mandato tampão, em
virtude da cassação de Marcelo Miranda pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Siqueira Campos e Kátia
Abreu na campanha de 2010: fim da aliança para derrotar o governo Gaguim
Ferrenhos adversários em 2006, quando disputou a vaga para o Senado com o agora
secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos, Kátia se tornou
a maior aliada do siqueirismo em 2010.
Kátia agora volta para o
grupo que a levou para o Senado há sete anos. Sob um clima de muita incerteza,
em 2005, Marcelo Miranda deixou o PSDB, rompeu com Siqueira e dividiu a
política do Tocantins. Centenas de lideranças do Congresso, Assembleia,
prefeituras e câmaras deixaram Siqueira para ficar o Marcelo. Porém, o único
partido que rompeu com a então União do Tocantins foi o PFL (hoje DEM) da então
deputada federal Kátia Abreu.
Ela foi cogitada até o final
para ser candidata a vice-governadora de Marcelo, em 2006, mas, depois de muito
suspense e tensão, foi anunciada como candidata a senadora. A vaga de vice
ficou com o então deputado estadual Paulo Sidnei (PPS).
Fonte: Blog CT
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