quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Jovem abandonada pela mãe retorna à Dianópolis 26 anos depois para conhecer familiares

Autor: Trajano Coelho Neto II – Ecos do Tocantins

A história de Poliana Ribeiro Castro e de sua família, um drama que se arrastou por 26 anos de expectativas e angústias, chegou a um final feliz na manhã de sábado, 7 de janeiro, quando o Expresso Real vindo de Brasília, estacionou na rodoviária de Dianópolis as 07:15 horas, trazendo a jovem e seu pequeno filho, além da realização de um sonho por ela acalentado no transcorrer de sua existência, ou seja, conhecer seu pai biológico, avó, tios, primos e sua terra natal.

Recepção

Ao desembarcar com o infante Guilherme nos braços, Poliana foi surpreendida com uma recepção calorosa organizada pela família, digna de uma celebridade. E assim, faixas foram estendidas, uma mensagem de boas vindas foi lida, hinos evangélicos foram entoados, e como não poderia deixar de ser em um grande acontecimento, fotos e filmagens foram realizadas para constituir a memória da ocasião.

A História

Aurélio Castro Pereira conheceu Deuselina dos Santos Ribeiro em um giro de folia, onde “ sentiu o olhar insistente carregado da moça” . Casaram-se e foram morar na Fazenda Gibão no município de Dianópolis, a união durou 1 ano e 3 meses, tempo após o qual Deuselina abandonou o lar levando para Brasília a pequena Poliana, que após janeiro de 1986, foi entregue ao casal Olinda e Argemiro Tavares, naturais de Aurora do Tocantins e residentes no Distrito Federal.

Em sua sina errante, Deuselina Ribeiro, após idas e vindas, gerou mais três filhos de pais diferentes, adotando o mesmo procedimento de entrega-los à outras famílias e desaparecer.

Ao completar 14 anos, Poliana foi surpreendida pelo retorno da Mãe, que após ganhar uma herança, quis reunir todos os filhos, levando-os para a cidade de Imperatriz no Maranhão, onde permaneceram até que o dinheiro acabasse e Deuselina novamente “caisse no mundo”, supostamente rumo ao Pará, levando apenas a pequena Gabriela, então criancinha de colo.

Poliana foi resgatada pelas mesmas pessoas que a acolheram, retornando então para Brasília, cidade na qual completou sua formação secundária, casou-se, tornou-se mãe e hoje trabalha no setor administrativo de um supermercado.

A busca e o reencontro

Ao se interessar em conhecer seu pai, já com a idade de 28 anos, ressaltando que a mãe sempre a mantivera distante da possibilidade de conhecer sua família paterna, Poliana Ribeiro Castro contou com a ajuda de um “ irmão adotivo “, Delvan Ferreira Tavares, funcionário do Tribunal de Contas da União, que através de consultas em cadastros oficiais e utilizando sites de buscas para localização de pessoas, conseguiu o endereço de Aurélio Castro Pereira. Correspondência foi enviada em agosto de 2011, e após devoluções, uma carta finalmente chegou ao destino, abrindo espaço para os contactos telefônicos que proporcionaram a oportunidade do sonhado reencontro.

Celebração familiar

A data do retorno de Poliana ao convívio dos seus familiares, foi marcada pela emoção de todos e por um jantar precedido pela fala de um pastor evangélico, Reverendo Paulo Rego, bem como de parentes e amigos que declararam boas vindas e sentimentos de admiração e carinho, pela força que teve a jovem de buscar e encontrar suas origens.

O presidente da Câmara Municipal de Dianópolis, vereador Osvaldo Baratins, saudou Poliana e seu filho em nome da municipalidade e do povo de Dianópolis.

D. Justina Pereira, com a força de sua Fé e iluminada pelo reencontro, agradeceu a Deus pela vida de Poliana e de seu filho Guilherme. Citou todas as pessoas que a ajudaram na tarefa de organizar o reencontro, agradecendo carinhosamente a cada uma delas.

Aurélio Castro Pereira, o pai, afirmou em sua fala que somente o amor de Deus poderia proporcionar a alegria do reencontro.

Poliana Ribeiro Castro, declarou-se feliz e agradecida por retornar ao convívio de seu pai e de todos os parentes. Achou Dianópolis uma cidade linda e prometeu voltar em cada oportunidade.

Uma História comovente e de um final feliz...

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