Nesta segunda-feira, 20 de
maio, Palmas completa 24 anos e mostra que conseguiu contribuir com o
desenvolvimento do Estado. Após sua criação e construção, a Capital carrega
consigo não apenas as oportunidades que atraíram uma população de pouco mais de
220 mil habitantes, mas também resgata em sua história a luta pela criação do
Estado do Tocantins.
De acordo com o historiador
Junio Batista, a ideia de construir uma cidade nova surgiu desde que foi
consolidada a criação do Tocantins, através da Constituição de 1988. “O Governo
da época, liderado pelo atual governador Siqueira Campos, queria garantir que a
nova capital contribuísse com o desenvolvimento da região que ficava distante
da BR-153”, explicou. “Siqueira Campos desafiou uma sociedade e se mostrou um
visionário ligado às suas raízes. Ele teve a preocupação em criar uma
identidade para a cidade que teve sua pedra fundamental lançada em 20 de maio
de 1989, data que relembrava o dia em que o juiz portuense Feliciano Machado
Braga, em 1956, lançou o manifesto pela criação do Tocantins”, acrescentou o
historiador.
Desafios
Para Batista, o Governo do
Estado enfrentou desafios para concretizar a implantação de Palmas. O primeiro foi a criação da estrutura
política. “Não se poderia deixar uma Capital sem prefeito, nem poderia realizar
uma eleição fora de época, então por meio de uma grande estratégia política, o
atual distrito de Palmas, Taquaruçu, à época recém-emancipado, abriu mão de ser
município para ceder a sua estrutura política para Palmas”, disse.
O segundo desafio, ainda de
acordo com o historiador, foi a resistência dos tocantinenses à criação da nova
Capital. “Muitos políticos de oposição disseminaram a informação de que o
Governo do Estado estava investindo apenas em Palmas e esquecendo o interior,
mas com o tempo essa informação viral caiu por terra, pois as pessoas começaram
a perceber os investimentos em suas cidades e, consequentemente, passaram a ter
orgulho da capital desenhada”, esclareceu.
Aposta na cidade
A cidade atraiu pessoas de
várias partes do País e do mundo, que vieram atrás das oportunidades oferecidas
na nova capital brasileira. Esse é o
caso do italiano Giuseppe Olivieri, morador de Palmas desde 2002. “A empresa em
que trabalhava veio realizar alguns empreendimentos aqui e eu vim e fui
ficando. Foi aqui que formei minha família”, disse ele. “Quando cheguei Palmas era uma cidade ainda
discreta e hoje, ganhou ar de metrópole”, afirmou.
Os palmenses
A primeira contagem de Censo
realizada em Palmas mostra quem em 1.991, apenas dois anos após o lançamento da
Pedra Fundamental da cidade, a Capital ainda em construção tinha 24,3 mil
moradores. Desde então a contagem populacional não parou de crescer. Conforme o
último Censo, o de 2010, Palmas tem 228 mil habitantes. As estimativas do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mais recentes,
referentes ao ano passado, já apontam uma população que ultrapassa de 242 mil
pessoas.
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