terça-feira, 3 de junho de 2014

Resolução sobre tática eleitoral e política de alianças


Vivemos um momento crucial para a democracia no Tocantins. Aqueles que governam o Estado querem novamente uma eleição plebiscitária. Neste exato momento eles utilizam de uma estratégia política obscura, baseada na cooptação de lideranças, tentando se impor pelo poder econômico, para esvaziar qualquer alternativa de organização das oposições no Estado.
Esse modelo político levou o Tocantins a uma crise institucional que não se finda, simplesmente, porque é de interesse do grupo siqueirista instaurar uma insegurança político-jurídica no Estado. Com instituições frágeis e interlocutores desarticulados, facilita a construção da estratégia de reeleger este projeto desacreditado pela maioria da população tocantinense.
Não é por acaso que nos últimos quatro anos tivemos quatro governadores e quatro vice-governadores. No judiciário, o Tribunal de Justiça está com Desembargadores afastados e aposentados compulsoriamente por suspeita de condutas não condizentes com a sua função. O Presidente do Tribunal de Contas do Estado foi denunciado por uso de recursos públicos para festas particulares.
É tarefa do PT denunciar a articulação ardilosa desse grupo, que nos últimos meses, foi capaz de promover a renúncia injustificada do vice-governador e do governador; realizar uma eleição indireta através da Assembléia Legislativa, burlando a legislação eleitoral, com intuito de ampliar o seu quadro de composição partidária.
O governo sabe que este modelo de gestão é rejeitado pela maioria dos tocantinenses. Por isso, vem vendendo a imagem de um governo renovado, na figura de Sandoval Cardoso, como governador e possível candidato a reeleição, que não se sabe se de fato se confirmará, tendo em vista que pode ser mais uma estratégia para esvaziar as oposições, para mais na frente apresentar a candidatura de Eduardo Siqueira Campos.
Entendemos que o momento é de unidade entre as pré - candidaturas do PT, do PMDB, do PV, do PROS e dos partidos aliados que compõem a base da Presidenta Dilma Roussef para enfrentar este grupo governista que quer nos desarticular, e conseqüentemente, inviabilizar a construção de uma nova alternativa viável ao povo tocantinense, que seja capaz de vocalizar os anseios por mudança no modo de conduzir a administração pública.
Sem uma oposição forte e organizada, não seremos capazes de enfrentar aqueles que são responsáveis pela ineficiência das políticas publicas no Tocantins, e, por consequência, pela não resolução dos problemas da nossa população. Esse contexto requer maturidade e capacidade de superação de conflitos internos e externos, para caminharmos juntos em uma Nova Força Política de Oposição a esse modelo, capitaneada por uma candidatura a governador competitiva.
Diante deste quadro o PT resolve:
- Construir um palanque forte no Tocantins para a candidatura da Presidenta Dilma Rousseff priorizando o diálogo com os partidos aliados ao PT em nível nacional e estadual e que fazem oposição ao atual governo do Estado;
- Aprovar a pré-candidatura de Paulo Mourão a governador do Estado do Tocantins;
- Aprovar a pré-candidatura de Freitas do PT a Senador da República;
- Delegar à executiva a análise e aprovação para outros cargos da majoritária;
- Manter o diálogo com as pré–candidaturas de Marcelo Miranda (PMDB), de Marcelo Lelis (PV) e do Senador Ataídes Oliveira (PROS), para a construção da melhor alternativa para a reeleição da Presidenta Dilma Rousseff (PT);
- Viabilizar o fortalecimento das candidaturas a Deputados Federais e Estaduais;
- Atualizar o Programa de Governo do PT baseado num profundo diagnóstico, num lúcido prognóstico e em viáveis linhas de ação que possam de fato promover a inclusão cidadã do povo tocantinense, fortalecendo e ampliando a democracia participativa.
- Realizar cinco grandes encontros, no mês de junho, nas macrorregionais, com a militância do PT do Tocantins, visando atualização da análise da conjuntura política eleitoral e do programa de governo.
- Convocar novamente as delegadas e os delegados para o dia 28 de junho, para fechamento e conclusão dos trabalhos referentes às eleições 2014.

Palmas, 31 de maio de 2014.

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