Vivemos um momento crucial para a democracia no Tocantins. Aqueles que
governam o Estado querem novamente uma eleição plebiscitária. Neste exato
momento eles utilizam de uma estratégia política obscura, baseada na cooptação
de lideranças, tentando se impor pelo poder econômico, para esvaziar qualquer
alternativa de organização das oposições no Estado.
Esse modelo político levou o Tocantins a uma crise institucional que não
se finda, simplesmente, porque é de interesse do grupo siqueirista instaurar
uma insegurança político-jurídica no Estado. Com instituições frágeis e
interlocutores desarticulados, facilita a construção da estratégia de reeleger
este projeto desacreditado pela maioria da população tocantinense.
Não é por acaso que nos últimos quatro anos tivemos quatro governadores
e quatro vice-governadores. No judiciário, o Tribunal de Justiça está com
Desembargadores afastados e aposentados compulsoriamente por suspeita de
condutas não condizentes com a sua função. O Presidente do Tribunal de Contas
do Estado foi denunciado por uso de recursos públicos para festas particulares.
É tarefa do PT denunciar a articulação ardilosa desse grupo, que nos
últimos meses, foi capaz de promover a renúncia injustificada do
vice-governador e do governador; realizar uma eleição indireta através da
Assembléia Legislativa, burlando a legislação eleitoral, com intuito de ampliar
o seu quadro de composição partidária.
O governo sabe que este modelo de gestão é rejeitado pela maioria dos
tocantinenses. Por isso, vem vendendo a imagem de um governo renovado, na
figura de Sandoval Cardoso, como governador e possível candidato a reeleição,
que não se sabe se de fato se confirmará, tendo em vista que pode ser mais uma
estratégia para esvaziar as oposições, para mais na frente apresentar a
candidatura de Eduardo Siqueira Campos.
Entendemos que o momento é de unidade entre as pré - candidaturas do PT,
do PMDB, do PV, do PROS e dos partidos aliados que compõem a base da Presidenta
Dilma Roussef para enfrentar este grupo governista que quer nos desarticular, e
conseqüentemente, inviabilizar a construção de uma nova alternativa viável ao
povo tocantinense, que seja capaz de vocalizar os anseios por mudança no modo
de conduzir a administração pública.
Sem uma oposição forte e organizada, não seremos capazes de enfrentar
aqueles que são responsáveis pela ineficiência das políticas publicas no
Tocantins, e, por consequência, pela não resolução dos problemas da nossa
população. Esse contexto requer maturidade e capacidade de superação de
conflitos internos e externos, para caminharmos juntos em uma Nova Força Política
de Oposição a esse modelo, capitaneada por uma candidatura a governador
competitiva.
Diante deste quadro o PT resolve:
- Construir um palanque forte no Tocantins para a candidatura da
Presidenta Dilma Rousseff priorizando o diálogo com os partidos aliados ao PT
em nível nacional e estadual e que fazem oposição ao atual governo do Estado;
- Aprovar a pré-candidatura de Paulo Mourão a governador do Estado do
Tocantins;
- Aprovar a pré-candidatura de Freitas do PT a Senador da República;
- Delegar à executiva a análise e aprovação para outros cargos da
majoritária;
- Manter o diálogo com as pré–candidaturas de Marcelo Miranda (PMDB), de
Marcelo Lelis (PV) e do Senador Ataídes Oliveira (PROS), para a construção da
melhor alternativa para a reeleição da Presidenta Dilma Rousseff (PT);
- Viabilizar o fortalecimento das candidaturas a Deputados Federais e
Estaduais;
- Atualizar o Programa de Governo do PT baseado num profundo
diagnóstico, num lúcido prognóstico e em viáveis linhas de ação que possam de
fato promover a inclusão cidadã do povo tocantinense, fortalecendo e ampliando
a democracia participativa.
- Realizar cinco grandes encontros, no mês de junho, nas
macrorregionais, com a militância do PT do Tocantins, visando atualização da
análise da conjuntura política eleitoral e do programa de governo.
- Convocar novamente as delegadas e os delegados para o dia 28 de junho,
para fechamento e conclusão dos trabalhos referentes às eleições 2014.
Palmas, 31 de maio de 2014.
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