Ex-governador
ataca: “Governador empurrou suas contas ‘goela abaixo’ aos conselheiros"
Por Thaís Ramalho – Portal CT
O ex-governador do Estado,
Carlos Gaguim (PMDB), afirmou ao CT, na tarde desta quarta-feira, 21, que
entrará, na próxima semana, na Procuradoria Geral da República (PGR), com um mandado de
improbidade administrativa contra todos os conselheiros do órgão. Gaguim questionou
a provação de contas, com ressalvas, do governador Siqueira Campos (PSDB).
Conforme o relatório da
conselheira Doris de Miranda Coutinho, do parecer prévio da aprovação de contas
do governador, as irregularidades encontradas “não ensejam” a rejeição de
contas de Siqueira.
Além da PGR, Gaguim afirmou
que vai procurar o Ministério Público Federal (MPF), Supremo Tribunal Federal
(STF) e Polícia Federal (PF). Ele disse ainda que há nepotismo no TCE: “Lá todo
mundo é parente e tem alguma ligação a Siqueira Campos”, afirmou.
Gaguim questionou as 35
ressalvas no relatório, sendo que, segundo ele, à época em que teve suas contas
julgadas irregulares, seu processo continha apenas oito ressalvas: “É muito
estranho o Siqueira nunca ter uma conta julgada irregular”. Ele questionou ainda
a aprovação de contas de prefeitos da base do governador: “Todos prefeitos
ligados a Siqueira têm contas aprovadas. À época em que o Marcelo
[ex-governador Marcelo Miranda] era ligado ao Siqueira, ele não tinham contas
julgadas irregulares. É um tribunal subordinado ao governador [Siqueira
Campos]”, afirmou.
No relatório do TCE, consta
ainda que Siqueira aplicou 25% da verba na saúde pública e 12% na educação. O
ex-governador afirmou que, em seu governo, aplicou 26% na educação e 17% na
saúde pública: “Como posso estar com as minhas contas julgadas irregulares se
apliquei mais verba que ele [Siqueira Campos] ?". "O próprio
conselheiro, que era a favor da irregularidade das minhas contas, o Wagner
Praxedes, rejeitou-as e, de presente, ganhou uma viagem para a Inglaterra com o
governador", disse.
Outro fato lembrado por
Gaguim foi o relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou
irregularidades nos contratos de pagamentos entre a Sesau e a Pró-Saúde.
Conforme o acórdão do TCU, o relatório constata que não existiam elementos
contundentes que comprovassem a necessidade de decretar o estado de calamidade
no Tocantins. “Isso não consta no relatório do TCE. Esse é só um entre os
tantos outros casos que deixaram de lembrar”, afirmou. O ex-governador falou
que o PMDB também deve entrar com a mesma ação contra o governador.
Gaguim atacou: “Siqueira
empurrou suas contas ‘goela abaixo’ aos conselheiros. O TCE é um tribunal
agachado”.
Ele afirmou ainda que
entrará, na segunda-feira, 26, com um pedido na Assembleia Legislativa (AL)
para que o presidente, deputado estadual Raimundo Moreira (PSDB), cobre do TCE
mais informações sobre tudo o que o governo fez sem licitação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário