Durante a sessão da manhã
desta quinta-feira, 1º de novembro, um ofício encaminhado à Assembleia
Legislativa na tarde de ontem inflamou os ânimos da base aliada de Siqueira
Campos na Casa de Leis. O ofício foi em resposta à solicitação do deputado
Freire Júnior (PSDB) para que constasse nos anais da AL um editorial de autoria
da jornalista Roberta Tum, publicado no dia 23 de outubro, no qual foi
analisada uma entrevista do governador.
Em tom bastante contrariado,
o parlamentar, que já foi líder de governo na Assembleia, comentou que, depois
de seu pedido, duas pessoas ligadas a ele foram demitidas de cargos de
confiança, pelo governador. “O governo, de imediato demitiu a diretora regional
de Guaraí, dona Vânia. Não satisfeito, demitiu o chefe do escritório do
Naturatins na minha cidade, em Arraias, que é meu primo”, disse.
Ainda questionando as ações
de Siqueira, o deputado acusou a atual gestão estadual de falta de incoerência,
principalmente com relação aos aliados. “Entendo que o governo está emocionalmente
desequilibrado. Um assunto eminentemente político, é conduzindo como assunto de
governo. Quando um parlamentar não puder ter voz nesta Casa para dizer se está
ou não de acordo com o editorial de uma jornalista, onde iremos chegar?”,
questionou.
Durante seu desabafo, Freire
Júnior lembrou que durante a campanha eleitoral de 2010 foi aliado a Siqueira
Campos em sua corrida pela quarta gestão no Palácio Araguaia. “Um parlamentar
que trabalhou na campanha, que ajudou a eleger este governo e que mantém sua postura
nesta Casa. Este é um governo que está pecando em falta de companheirismo com
seus companheiros”, completou.
Para o deputado, o momento é
de análise da situação e de estudos no governo para que as ações sejam
coordenadas no sentido de melhorias para o Estado. “Falta de lógica do governo
na ação política que está dando a este mandato. Era hora de avaliar e chamar os
companheiros para definir ações, onde estão errando, onde estão acertando”,
ponderou.
Líder de governo e debate
Em resposta à fala de Freire
Júnior, o líder de governo na Casa, deputado Osires Damaso (DEM), defendeu o
ofício encaminhado pelo governador. “O governador não poderia se omitir de dar
uma resposta ao jornal. A imprensa não tem o direito, nem a capacidade e nem a
competência de calar um cidadão. Se tem alguma coincidência da demissão de
algum servidor público de indicação do deputado Freire Júnior, é meramente
coincidência. O governador tinha todo o direito e até a obrigação de dar uma
resposta a esta Casa”, justificou.
Além disso, o deputado,
depois de ouvir um breve relato da deputada Amália Santana (PT), irmã do
prefeito de Colinas do Tocantins, José Santana Neto (PT), comentou sobre a
demissão da diretora de uma escola no município de Colinas. “E a informação que
a deputada (Amália) me passou foi por que ela apoiou o prefeito José Santana e
não a candidata do PSD na cidade”.
Ao ouvir o posicionamento do
líder de governo, Freire retrucou, ainda em tom de desabafo contra o governo.
“A forma correta, se o governo queria contestar a nota na imprensa, era se
manifestar através da imprensa. Ele não quis contestar nota coisa nenhuma, ele
quis marcar território. O líder de governo está trocando alhos por bogalhos.
Demitiram a delegada de ensino em Colinas por que não apoiou a candidata do
governo. Isso é retaliação. O governo se isolou, se encastelou. O governo não
aceita crítica. Pergunta se o deputado Damaso foi ouvido na decisão do governo
de alguma coisa. Nada. Nós recebemos aqui fatos consumados. E ai de quem
levantar a voz para contestar alguma coisa aqui”, completou.
Fonte:
www.conexaoto.com.br
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