terça-feira, 17 de março de 2009

Estado passa a ter duas correntes de oposição: PT e UT


O Estado passou a ter duas correntes de oposição. De um lado, a União do Tocantins, liderada pelo senador João Ribeiro (PR). De outro, o PT.

Petistas e utistas, principalmente o PR, se aproximaram nas eleições do ano passado. O apoio do senador João Ribeiro foi de fundamental importância para vários prefeitos lançados pelo PT no interior. Foi assim em Colinas, com José Santana; Guaraí, com Padre Milton; e Dianópolis, com José Salomão.

Petistas e utistas fizeram ainda dobradinha em vários municípios. Dois deles, só para ilustrar: em Araguaína, com a incrível aliança da prefeita Valderez Castelo Branco (PR) com o petista Célio Moura - Célio foi candidato a prefeito, com Anselmo Filho (PTB), indicado por Valderez, de vice.

Em Colinas, o prefeito José Santana teve como vice a professora Raimundinha, do PRTB (indicada pelo PR), mesmo com o PP, partido utista, tendo candidata a prefeita na cidade, a ex-prefeita Maria Helena Defavari. A dobradinha também ocorreu em Aragominas (PR prefeito e PT vice), Axixá (PT prefeito e PR vice), Palmeiras (PT prefeito e PR vice), entre outros.

Juntos, UT e PT mostraram força nas urnas em 2008 e construiram um novo mapa na política do Estado. Somente nos 16 maiores colégios eleitorais (cidades com mais de 9,4 mil eleitores), a agora oficial oposição ao Palácio Araguaia - PT mais os partidos da União do Tocantins - passou a comandar em janeiro 33,08% do total de votos do Tocantins.

Isso significa que os prefeitos petistas e utistas tem sob seu comando 306.597 eleitores. A oposição venceu em dez dos maiores municípios e a base do governador Marcelo Miranda, em seis. Nessas 16 cidades estão concentrados 50,95% dos eleitores tocantinenses - 472.200 de um total de 926.716.

O aliados de Marcelo, em todo o Estado, venceram em 75 cidades. PT e UT juntos foram vitoriosos em 64. Esses números mostram um saldo favorável ao governo de 17,2%. Porém, o índice da vantagem palaciana é baixo, quando comparado com o número de prefeitos que o governador teve ao seu lado nas eleições de 2006 - 103 dos 139, conforme os próprios líderes marcelistas afirmavam na época.

O PT levará para a oposição, além de - em tese - dois deputados estaduais, 12 prefeitos, 13 vice-prefeitos e 97 vereadores.

Fonte: www.clebertoledo.com.br

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