sexta-feira, 5 de outubro de 2012

No último comício, Amastha chama Kátia Abreu de “rainha da motosserra” e Aragão apelida governador


O último comício do candidato da coligação “Um novo caminho é possível”, Carlos Amastha (PP), que aconteceu no setor Taquari, na noite dessa quarta-feira, 4, foi regado de ataques ao governo do Estado e ao candidato da coligação “É a vez do povo”, Marcelo Lelis (PV). Amastha chegou a chamar a senadora Kátia Abreu (PSD) de “rainha da motosserra” e o candidato a vice pela coligação Sargento Aragão (PPS) apelidou o governador de “cabeça de peba” e o secretário de relações institucionais, Eduardo Siqueira Campos de “príncipe da mala preta”.

Amastha começou seu discurso ao som da militância cantando: “Olá, olé, olé, olá. Eu voto 11. É pra mudar". O candidato estava emocionado com a demonstração de carinho da militância e a homenagem feita por seu filho, Gui Amastha, a ele. No telão de led, foi reproduzido um vídeo do neto do candidato, que nasceu essa semana, no qual seu filho lançou a campanha “Bebê de atitude”.

O empresário contou toda a trajetória de sua campanha e lamentou os ataques que teria sofrido da coligação de Marcelo Lelis. "Imagine se o povo palmense não conhecesse todas essas artimanhas, se essa campanha era a mesma coisa", comentou, afirmando que não precisava dizer que as pesquisas veiculadas pela outra coligação "são" falsas porque a população já sabia.

Amastha se voltou para o Taquari e afirmou que não abriu mão de que o último comício fosse naquele setor. "Acabou de ter duas Palmas. Essa cidade é uma só. Nós queremos trazer para cá tudo de melhor que tem no centro. Tenha certeza de uma coisa. De empresa e geração de trabalho eu entendo muito bem", disse.

Em seu discurso Amastha ainda elogiou a esposa, Glô Amastha, o vice na chapa Sargento Aragão e voltou a repetir frases que marcaram sua campanha como: “Me chamam de estrangeiro porque não podem me chamar de ladrão” e “Eles dizem que não entendem o que eu falo, mas eu não entendo o que eles fazem”. "Até a nossa religiosidade eles atacaram. Bateram a mão no peito e falaram de Deus para agredir um irmão", afirmou o candidato.

Amastha contou novamente a piadas dos gatinhos: “Professora ontem aconteceu uma coisa maravilhosa lá em casa. Minha gata deu a luz a oito gatinhos e todos eles votam no Lelis. A professora, que estava com medo de perder o emprego porque foi trabalhar vestida de xadrez, então ligou para a senadora [Kátia Abreu], rainha da motosserra, para pedir que o candidato fosse à escola escutar a história. Quando o deputado chegou a professora pediu que o menino contasse tudo sobre os gatinhos. O menino então falou para Lelis que sua gatinha deu a luz a oito gatinhos. Mas que nenhum deles votava em Lelis. A professora então falou para o menino que essa não foi a história que ele tinha contado para ela e o menino respondeu: É que todos os gatinhos já abriram os olhos".

“A caneta é do Dudu”
No meio do discurso de Amastha, alguns integrantes da juventude da coligação interromperam o candidato para entregar uma réplica gigante de caneta, na qual estava escrito “Basta! Agora é Amastha”.

Surpreso com a caneta gigante, Amastha ironizou: "Não esqueçam de me lembrar que depois da campanha vou dar uma caixa de canetas bic para ele", disse se referindo ao candidato Marcelo Lelis. Nesse momento a juventude começou a gritar: "A caneta é do Dudu", provavelmente se referindo ao secretário Eduardo Siqueira Campos.

“Absolutismo”
Ao som da militância cantando "Não é mole não. O nosso vice é Sargento Aragão", Aragão, foi o que mais criticou a coligação de Marcelo Lelis e o governo do Estado. “Neste governo o absolutismo está acabado. E o ditador que governa, daqui a alguns meses não estará aqui também. Nesse palanque não tem discriminador e nunca terá", disse.

O vice afirmou que o comício foi um momento ímpar para a campanha de Amastha, porque apenas dois deputados do Estado estão no palanque do empresário, e falou para o público presente que eles deveriam ajudar a eleger mais vereadores da coligação. “Olhem para esses vereadores. Como o Amastha sempre diz, aqui não tem alça de caixão para carregar, nem cachoeira para defender. Corrupto tem que estar na cadeia [disse se referindo ao vereadores da Câmara Municipal] e esse vereadores aqui são a renovação", disparou.

Ainda duro nas palavras, Aragão pronunciou uma série de denúncias contra o governador do Estado, Siqueira Campos (PSDB). "O governador desse Estado, em seu quarto mandato, determinou ao comandante geral que baixasse uma portaria para que qualquer policial que estivesse em seu horário de folga não pudesse participar de qualquer comício. Ele não se contentou com isso e pegou a tropa especial,e a partir de amanhã, aquartelou essas tropas. Elas só saem de lá na segunda ou se ordenado pelo ditador", afirmou.

Aragão ainda continuou: "Não é só isso. Ele também obrigou aos policiais a se apresentarem no quartel após seu horário de expediente aqui em Palmas. Ele transferiu mais de 400 policias de Palmas para o interior. Ou seja, Palmas não terá policiais na rua no dia das eleições. Por isso eu peço a vocês que sejam vigilantes para que não haja compra de votos”.

O vice terminou seu discurso pedindo votos para a coligação e disparou: “Peguem esse príncipe da mala preta, filho desse cabeça de peba". A frase faz referência ao governador Siqueira Campos e ao secretário Eduardo Siqueira Campos.

“Ataque”
O deputado estadual Wanderlei Barbosa (PEN) foi breve em seu discurso afirmando que se sentia feliz por participar de “uma festa tão bonita no Taquari”. “Taquari manifesta claramente seu compromisso com a mudança em Palmas", disse ele.

Sem citar nomes, o deputado atacou os integrantes da coligação “É a vez do povo”. “Estão pegando o dinheiro do Estado, para comprar votos. Eles não tem respeito com a população. Eles tem que pegar esses R$ 200 de comprar votos e asfaltar o Taquari", disse o deputado se referindo às denúncias de compras de votos a R$ 200 reais na região sul de Palmas.

Presidência
O comício também contou com a presença da assessora na Secretaria Nacional da Juventude da presidente Dilma Roussef, Gleyde Braga, que afirmou ter ido ao evento para levar uma abraço de Dilma para Amastha. “Amastha é tão brasileiro quanto eu. É horrível a discriminação que se instalou em Palmas”, disse pedindo que as pessoas se apaixonem pela campanha do empresário.

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