Superado o contencioso que o
país viu em 2012, com parte da mídia e a oposição fustigando o governo e o PT,
é chegada a hora de aprofundar a política de crescimento econômico e inclusão
social inaugurada há dez anos por Lula.
Apesar do ambiente falsamente
conturbado, com intrigas sobre supostos apagões e descalabros administrativos,
2013 começa com o reconhecimento da maioria da população para os acertos de
Dilma Rousseff. Nas últimas pesquisas, seus índices de aprovação ultrapassaram
70%.
Isso é resultado do estágio
de desenvolvimento do país. O desemprego está baixo, os juros continuam em
queda – no menor patamar da história – e a confiança do brasileiro permanece
alta. A arrecadação bateu recorde: R$ 1,029 trilhão.
Além disso, o país está na
vitrine do mundo, atraindo investimentos. Pesquisa da PricewaterhouseCoopers
revela que o Brasil é o terceiro mercado mais importante, atrás de EUA e China.
Além disso, 44% dos empresários brasileiros estão confiantes na perspectiva de
crescimento da economia nacional. O país é o 4º em percepção positiva, atrás da
Rússia (66%), Índia (63%) e México (62%).
Dilma fez certo ao mudar a
agenda, andando pelo país e ampliando o diálogo com o setor produtivo. Nos
últimos 15 dias, abriu as portas do Planalto para receber empresários. Na
semana passada, um banqueiro anunciou investimentos de R$ 5 bilhões. O país
continua um porto seguro.
Isso acontece no momento em
que o Brasil vê Lula de volta à política. Apesar da disposição de alguns em
manter ataques, a recuperação da saúde deixou Lula disposto a fazer aquilo em
que é mestre: política. Diferente de outros partidos que têm vergonha e
escondem seus líderes, o PT não esconde os nossos.
A liderança de Lula é
reconhecida pelo povo e chefes de Estado. Seu desejo é manter a colaboração com
Dilma, aprofundando a participação popular no processo político para coroar a
reeleição dela em 2014.
Aliás, bendita hora em que o
PT – o partido com a preferência de 24% da população, de acordo com o Ibope –
tem à disposição dois líderes capazes de manter serenidade para acelerar a
trajetória de desenvolvimento traçado há uma década. Criador e criatura estão
mais próximos do que nunca.
A oposição precisa mais do
que de torcida. Necessita de um projeto para convencer a população a deixar o
rumo consagrado nas urnas. Foram os governos do PT que derrubaram a taxa de
desemprego de 10,5% em 2002 para 4,7% em 2011.
Nesse período, Lula e Dilma
baixaram os juros de 25% para 7,5%. E conseguiram alavancar o salário mínimo de
US$ 56 para US$ 306. Quem melhorou a vida da imensa maioria dos brasileiros,
tirando 40 milhões de pessoas da pobreza, não foram aqueles que estiveram antes
no governo, mas Lula e Dilma.
Aprendi com um poeta
amazônida que nem sempre precisamos de um novo caminho, mas de uma nova maneira
de caminhar. O governo e o partido precisam fazer correções e mudar, mas sem
mudar de lado. O caminho é longo.
Jorge
Viana é senador pelo PT do Acre.
*Artigo
publicado no Site do Partido dos Trabalhadores em 28/01/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário