domingo, 7 de abril de 2013

Entrevista - Josi Nunes: “Tentativa de entregar PMDB ao governo foi golpe contra o partido”


Jornal Opção Tocantins - Edição 1970 de 7 a 13 de abril de 2013

Deputada prevê que cedo ou tarde a direção nacional da legenda vai corrigir o equívoco do comando regional pela tentativa de entregar o partido ao siqueirismo contra a vontade da maioria

Por Ruy Bucar

A deputada Josi Nunes se diz convicta de que o PMDB vai conseguir superar a crise interna — considerada a mais longa e mais grave de sua história — e reencontrar o seu caminho. Admite, porém, que a tentativa de aproximação do governo, segundo ela, por meio de um golpe do presidente, causou enorme estrago na organização do partido. Presidente do PMDB Mulher, ela garante que a militância rejeita de forma ca­te­górica qualquer possibilidade de diálogo com o governo tucano de Siqueira Campos.

Josi Nunes defende que a disso­lução do diretório e pedido de intervenção foram medidas extremas para tentar salvar o partido da ameaça de siquerização, como vem acontecendo com outras legendas. “Essas ações são exatamente para chocar, para mostrar a gravidade do problema, para que nós possamos, diante desse caos interno que estamos vivendo, encontrar um cami­nho saudável e equilibrado para que o partido continue o trabalho que sempre realizou no Estado ao longo destes 25 anos”, ressalta a parlamentar, que vem enfrentando retaliações da direção regional pela sua postura crítica diante do que chamou de adesismo desenfreado ao governo.

Sobre o desempenho do governo Siqueira Campos, a deputada confessa que não consegue entender o motivo de tamanha paralisia. Ela aponta que a situação ainda é grave diante da constatação de superávit no orçamento do ano passado. “Nós tivemos aí dois anos o governo falando que estava se organizando porque os problemas financeiros deixados pelos governos anteriores eram grandes, no entanto se vê um superávit em 2012 e os problemas se agigantaram”, questiona a deputada, que numa comparação simples diz perce­ber que Gaguim, com me­tade do man­dato, fez muito mais que Siqueira.

Sobre o cenário de 2014 Josi Nu­nes anuncia que o PMDB terá candidato próprio. O nome de consenso é o do ex-governador Marcelo Mi­ran­da que, segunda ela, tem enorme aceitação em todas as camadas sociais. Em caso de eleição indireta a deputada reconhece a força do governo na Assembleia Legisla­tiva, mas vê problemas para uma eventual candidatura do secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos (PSDB). “Numa eleição in­direta, se isso acontecer, haverá uma briga jurídica porque as regras para uma eleição normal têm que ser as mesmas regras para uma eleição indireta, então como o filho (Eduardo Siqueira Campos) poderá ser candidato a governador numa eleição indireta?”, questiona a deputada.

Como a sra. avalia a decisão da executiva nacional do PMDB de indicar um relator para cuidar do processo de intervenção do partido no Estado? Pode significar o começo do fim da maior crise do PMDB?

Acredito que sim. Entramos com o pedido de intervenção, o procedimento legal é exatamente nomear um relator para que ele analise o processo, dê o seu parecer, reúna novamente a executiva nacional e a partir daí tome uma decisão. Talvez não ainda uma decisão final, mas encaminhamentos de ações para resolver a crise do PMDB do Tocantins. E nós estamos sempre ligando, mostrando para o diretório nacional não há como resolver esse problema aqui, sem a interferência direta da instância maior do partido. O nacional tem que chamar para si a responsabilidade de ajudar a colaborar com a solução dessa crise. O PMDB não é de tomar medidas assim tão drásticas, busca alternativas de solução, mas nós entramos exatamente para mostrar para a executiva nacional a gravidade da situação que estamos vivendo. Diante desse contexto grave o (diretório) nacional tem que colaborar com esse processo sob pena do PMDB perder pessoas importantes. Na verdade, ninguém quer sair do partido, ninguém quer perder ninguém, queremos que o partido continue sendo forte, grande, que cresça mais, mas que cresça respeitando a sua identidade e a sua ideologia.

A interferência da Justiça neste processo que permitiu o presidente (deputado Júnior Coimbra) se manter no cargo por meio de liminar, não fere a autonomia dos partidos?

Disputas de partidos têm que ser resolvidas dentro do partido. Claro que qualquer pessoa que se sinta lesado nos seus direitos tem o direito de procurar a Justiça. Respeito e acho que todos têm esse direito, mas procurar a Justiça para resolver questões internas de um partido só serve para protelar o processo, não vai resolvê-lo porque ele é interno. A Justiça não vai tomar decisões sobre essa questão, então é apenas para protelar, entrou na Justiça para adiar a solução do problema, ganhar tempo, passar o período das filiações partidárias e comprometer o partido. No final, pode ser daqui a três, quatro meses, um ano, dois anos, a decisão final será do partido.

O grande problema é a aproximação do PMDB ao governo, que grande parte do partido não aceita. O deputado Júnior Coimbra admitiu publicamente que tinha entendimento com o governo com vistas a 2014. Essa decisão da cúpula sem consultar o partido representa um golpe?

Foi um golpe, a palavra é essa, um golpe contra o partido. Uma decisão como essa não pode ser tomada simplesmente por parte da cúpula, ou seja, só parte da cúpula executiva do partido porque a executiva mesmo nunca foi chamada em nenhum momento desde as eleições municipais até agora para discutir essa possibilidade. Nós fomos percebendo esse encaminhamento ao longo das ações realizadas por alguns membros, por aproximação com o governo, por entrevistas, por ações e comportamentos, mas nunca houve uma discussão. Quando  elegemos Júnior Coimbra presidente do partido, o fizemos numa situação semelhante a essa, então não dá nem para questionar. Quando Júnior Coimbra foi eleito a primeira vez, nomeado na realidade, foi num processo de dissolução do diretório, o Oswaldo Reis era o presidente, assinamos todos nós dissolvendo o diretório, renunciando ao diretório porque com a renúncia dissolve, exatamente porque Oswaldo Reis, na época da campanha, demonstrava interesse de articular uma chapa única, uma aproximação com o go­verno, e nós do PMDB não aceitávamos como não aceitamos. O motivo da dissolução do partido na época do Oswaldo Reis foi o mesmo de agora. Era previsto que tomaríamos essas decisões porque não concordamos com essa posição, o partido tem história, tem líderes, tem proposta alternativa de governo, de poder, que não é essa liderada por esse grupo que está no governo. Isso tem que ser respeitado, nós não podemos agora, simplesmente porque um grupo que é minoria deseja, sermos cooptados. Não aceitamos e por isso tomamos a decisão de renunciar ao diretório. Essas ações são exatamente para chocar, para mostrar a gravidade do problema, para que nós possamos, diante desse caos interno que estamos vivendo, encontrar um ca­mi­nho saudável e equilibrado para que o partido continue o trabalho que sempre realizou no Tocantins ao longo destes 25 anos.

Alguns membros do grupo dos “autênticos” que resistem à aproximação com o governo já apontaram a possibilidade de se desfiliarem. Como a sra. vê essa ameaça de esvaziamento do partido?

Por isso que o nacional tem que chamar para si a responsabilidade de colaborar no processo de solução desse problema, porque aqui os grupos estão muito divididos. O conflito está muito acirrado, está difícil de haver consenso. Para haver uma solução, ambas as partes têm que estar disponíveis a ceder em algum aspecto. Então tem que ter mediação do nacional. Se o problema não for resolvido o PMDB sofrerá baixas. Pessoas comentam, vereadores, líderes dos municípios e nós falamos para não fazer nada disso, para aguardar porque vamos resolver este problema. Há perigo de esvaziamento, perigo do PMDB do Tocantins se tornar outro partido, como muitos que são cooptados pela base do go­verno para serem anulados, aniquilados, há esse perigo se continuar nessa linha, nessa direção. Mas estou confiante de que vamos encontrar alternativa e de que o nacional não deixará que esse esvaziamento aconteça, mesmo porque Dilma Rousseff e Michel Temer precisam ter pa­lanque no Tocantins e eu tenho certeza de que haverá solução.

A sra. voltou ao comando do PMDB Mulher, isso significa uma vitória da resistência?

Tenho feito um trabalho grande ao longo destes anos. Outras mu­lheres estiveram na presidência, mas agora fui indicada mais uma vez. Nessa área, o núcleo feminino do PMDB não comunga de forma alguma com essa cooptação, com adesão ao governo. Vamos lutar dentro do PMDB Mulher para que os nossos princípios, nossos ideais que foram construídos ao longo de muitos e muitos anos, sejam respeitados. É  uma ala que merece valor dentro do partido e que está lutando pela sua independência.

A oposição corre o risco de desaparecer na Assembleia Legis­lativa. Até que ponto a crise do PMDB contribuiu para a desarticulação da oposição?

No processo político acontecem essas circunstâncias. Quem assume o Executivo em qualquer nível busca ter o maior número de líderes na Câmara, na Assembleia e no Con­gresso, essa é a dinâmica do processo. Isso até para e manter o poder, busca-se ter o maior número de partidos. Vemos com a presidente Dilma, essa governabilidade, essa gama de partidos que estão apoiando o governo dela. Isso acontece nos estados, nos municípios, faz parte do processo. Mas os partidos têm que se respeitar, manter a identidade, manter um diálogo constante com a sua militância. Pode até acontecer dos partidos mudarem o seu rumo, mas que seja dentro de um diálogo e de um apoio da maioria dos seus membros e não porque um ou outro deseja esse encaminhamento. Há uma crise da oposição, isso claro, num governo muito centralizador, que não admite as divergências, o contraditório e que quer todos ao seu lado aceitando, comungando com as suas ações, com os seus princípios. Estamos vendo isso acontecer, não é só o PMDB que está vivendo essa crise. Há outros partidos internamente em conflito pelos mesmos motivos do PMDB. Esses dias eu parabenizei o governo, do ponto de vista dele é um encaminhamento que deve fazer para se manter, ele quer ser reeleito e precisa ter o máximo de apoio. Mas os partidos é que têm que manter a sua identidade e respeitar a sua militância e os seus princípios. Infelizmente, isso não está acontecendo em muitos partidos. Feliz­mente, nós temos membros nessas legendas que estão dando o grito de socorro e encaminhando algumas ações, como o PMDB.

O PMDB ainda tem salvação ou foi definitivamente cooptado pela siqueirismo?

Tenho certeza que o PMDB do Tocantins conseguirá se libertar desse direcionamento que alguns buscam nos levar. Vamos ter a nossa independência, ter candidatura própria e voltar ao governo.

Depois do parecer da Procuradoria Geral Eleitoral (PGE), o Rced contra o governador Siqueira campos passou a ser considerado uma ameaça real ao governo. Qual o impacto desse parecer no cenário político?

O parecer confirmou o que já vínhamos falando há muito tempo e isso pegou o governo de surpresa. Eles estavam esperando qualquer situação, mas não imaginavam que teria uma avaliação daquele teor, então estão preocupados sim. É uma ameaça a este governo. Foi dito na campanha, e o povo é conhecedor dessa situação, que os meios de comunicação foram utilizados de forma potencializada para definir o resultado eleitoral. Houve potencia­lização dos meios de comunicação que interferiu no processo eleitoral e isso está comprovado no parecer da Procuradoria Geral Eleitoral. Para nós é positivo, agora vai depender dos encaminhamentos dados pelo (Tribunal Superior Eleitoral) TSE. Aí, teremos uma série de encaminhamentos. Pode ser que não casse, pode ser que casse, que é o que nós requeremos no Rced, eu falo nós porque eu sou do PMDB e o partido é parte nesse processo. O que queremos é que haja justiça sobre aquela interferência que influenciou o resultado. Com a cassação nós poderemos ter Gaguim, que é o segundo colocado como governador. Isso que requeremos. Se esse não for o encaminhamento, se for uma eleição indireta, o partido tem que se preparar para lançar um candidato. Infelizmente, nessa crise interna que estamos vivendo, não estamos analisando essa possibilidade, mas ela é real, ha´consistência no Rced, então nós temos que nos preparar para oferecer uma alternativa. O governo vai ter o seu candidato, e nós temos que ter o nosso candidato para fazer o contraponto, para propor alternativas, sensibilizar os deputados e ganharmos, como aconteceu com a questão do Marcelo Miranda e do Gaguim.

Já se percebe que secretário Eduardo Siqueira Campos é candidato e utiliza a estrutura de governo para projetar o seu nome. O controle que o governo exerce sobre a Assembleia tem o pressuposto de vencer a eleição indireta e ganhar força para 2014. Como fica o PMDB?

A maioria esmagadora que o go­verno tem hoje na Assembleia facilita o seu processo de governar, mas facilita o processo também de outros desafios como, por exemplo, o Rced e uma eleição indireta. Numa eleição indireta o governo, com essa maioria, imagina-se maior facilidade para ter uma candidatura, talvez do próprio secretário ou de outro membro, com grande chance de vitória. Isso no cenário de hoje, que nós não temos nenhum nome, ainda não vislumbramos nada, mas a partir do mo­mento que esse Rced se concretizar no sentido de uma eleição indireta o quadro pode mudar. Por quê? Porque serão novas ações, novos nomes, os partidos vão se mobilizar, não vai haver essa unanimidade, é o que nós esperamos. O PMDB vai lu­tar para não ter essa unanimidade. Queremos que o partido proponha um nome para poder se candidatar numa eleição indireta, caso o TSE confirme essa decisão. Hoje é isso que parece estar mais claro, mas com certeza não é a realidade, porque diante dos fatos reais o cenário vai mudar totalmente.

Que cenário a sra. prevê para 2014?

O cenário que nós do PMDB mais autêntico, mais tradicional, prevê é que teremos candidatura própria: Marcelo Miranda como candidato a governador, Gaguim para senador e vamos buscar composições com ou­tros partidos que até lá estiverem livres para ter uma proposta alternativa de poder para o Tocantins. Desejamos fazer uma composição, ter uma chapa consistente para deputados federais e estaduais e voltarmos ao poder com Marcelo e Gaguim.

O siqueirismo, com o governador Siqueira Campos ou filho dele, será o adversário?

Isso é o que se aponta no momento. O sonho deles é que o secretário Eduardo Siqueira Campos seja o candidato a governador. Para isso acontecer terá que haver mu­danças. Primeiro, porque é filho, e parente até o terceiro grau não pode participar de um processo de su­ces­são, a não ser que o pai possa renunciar antes, essa é uma possibilidade. Numa eleição indireta, se isso acontecer haverá briga jurídica porque as regras para eleição normal têm que ser as mesmas para uma eleição indireta, então como o filho poderá ser candidato a governador numa eleição indireta? Tudo isso terá que ser discutido, mas o que se apresenta para 2014 é um candidato de oposição com o PMDB e outros partidos, o PT já está trabalhando e é provável que tenha um candidato a governador também, pode ser que se unam lá na frente PMDB e PT, mas o grande adversário desses grupos é a União do Tocantins liderada por Siqueira Campos.

Onde ficaria nesse cenário o PR do senador João Ribeiro e o PP do prefeito de Palmas, Carlos Amastha? Estariam dentro dessa frente de oposição ou formariam a terceira via?

 Pode ser outra via, como aconteceu em Palmas. Foi outra via que se viabilizou contra PT, contra PMDB e contra tantos outros partidos mais tradicionais. Mas pode também estar agregado. O que eu defendo é que esse bloco de oposição permaneça unido, que o PR de João Ribeiro, que o próprio PP do prefeito Amastha, PT e tantos outros partidos que sempre tiveram uma linha de oposição a este grupo que está no governo, possa se unir, se fortalecer, ganhar as eleições e não deixar acontecer o que aconteceu em Palmas. É claro que em Palmas foi outra via, não foi do grupo do governo, mas as oposições divididas podem comprometer o processo. Esperamos que em 2014 todos os partidos possam ter essa maturidade e possamos estar unidos e visando um processo alternativo e diferente do que aí está.

O governador reconhece que o governo não vinha bem. O Rced pode piorar de vez o governo?

Independentemente do Rced o que se vê é uma paralisia das ações do governo em muitos aspectos. Anda-se nos municípios e não se vê nenhuma ação, nenhum projeto, nem programas do governo. Claro que tem aí projetos na área da educação e alguns projetos estão sendo lançados, mas não são suficientes para a gente definir como um governo dinâmico, empre­endedor. Há uma paralisia e você vê que entregaram a execução orçamentária de 2012 para o Tribunal de Contas do Estado com superávit. Então se questiona o que está acontecendo, ficou dinheiro e as estradas do Tocantins, a maioria delas, tem pro­blemas. Ficou dinheiro e a saúde, e a própria secretária (Vanda Paiva) confirmou, está um caos. E tantos ou­tros problemas. Essas são as principais reclamações das pessoas. Mas se for fazer uma avaliação, há pontos preocupantes em muitos aspectos.

Ainda tem tempo do governo se recuperar?

Há tempo para redirecionar algumas ações, mas para concretizá-las, infelizmente não há. Quatro anos é um tempo curto até para fazer encaminhamentos de várias ações, que dirá dois anos. Por dois anos o governo ficou falando que estava se organizando porque os problemas financeiros deixados pelos governos anteriores eram grandes, no entanto se vê aí um superávit em 2012 e os problemas se agigantaram. É inconcebível falar que a saúde no governo Marcelo e do Gaguim era como está hoje, a saúde tinha problemas, mas nunca na dimensão de hoje; as estradas no governo Marcelo e no governo Gaguim tinham problemas no período de chuva, mas sempre havia manuten­ções; Gaguim adquiriu 300 má­qui­nas no final do seu governo exatamente para fazer essa recuperação e, no entanto, praticamente nada foi feito depois. Por que se diz que nada foi feito? Porque as estradas estão intransitáveis em muitos pontos do Estado. Por isso nos­sa avaliação não é positiva, esperamos que o governo redirecio­ne essas ações e consiga ame­nizar o sofrimento do povo tocantinense. E o Rced pode complicar a situação de governabilidade porque gera realmente uma insegurança, por isso que eu espero que o Tribunal Superior Eleitoral avalie o mais rápido possível para que possamos ter definição rápida sobre esse problema e recomeçarmos.

Como seria a situação do Estado se fosse o PMDB que estivesse no governo?

Com certeza, numa situação bem diferente. Eu tenho andado todo o Estado, Marcelo Miranda é querido por todo canto, as pessoas desejam que ele volte, tem uma avaliação superpositiva do seu governo, então seria totalmente diferente. Gaguim teve apenas um ano de governo, mas revolucionou com a sua forma de trabalhar. Encontram-se ações dele em todos os municípios, pelo menos uma obra em cada cidade. Ele adqui­riu máquinas, transporte escolar e tantas outras ações em apenas um ano. A gente precisa de pessoas no go­verno com esse perfil de empre­endedor, comprometido com o povo, como o Marcelo, que tinha uma sensibilidade tão grande. A gente precisa de um governo para o povo e, infelizmente, não estamos tendo nesse go­verno. Governo para o povo é o PMDB de volta. Vamos trabalhar para que isso aconteça em 2014.

Que avaliação a sra. faz do início do governo Laurez Moreira, em Gurupi, que herdou uma prefeitura caótica?

Os municípios enfrentam gran­des desafios, principalmente Gurupi que, infelizmente, teve uma administração anterior desastrosa em todos os aspectos. A cidade está sucateada, foi abandonada, destruída em todos os aspectos. Há danos na saúde, na educação, tudo o que se pegar tem danos prejudiciais em Gurupi. Laurez está tendo que enfrentar graves problemas, mas ele conseguirá, só temos três meses de go­verno e não vamos conseguir re­solver esses problemas de uma vez, mas ele está hoje resolvendo um dos mais grves em Gurupi, que são os buracos da malha viária, que ficou cinco anos sem manutenção, sem conservação, sem recuperação nenhuma. Ele já está recuperando, vai conseguir os recursos necessários com todo o relacionamento que ele fez em Brasília, vai conseguir os recursos para pavimentar aquela cidade, que é o grande sonho de Gurupi. Está trabalhando para reestruturar as escolas, que têm estruturas muito ruins, precisa va­lorizar o professor, precisa ter equipamentos. Ele já está fazendo isso, está trazendo equipamentos para as escolas, mas precisa reformá-las, então ele está atrás de recursos e parcerias a nível federal. A saúde também precisa de ser reestruturada. Não dá para resolver tudo de uma vez, mas o Laurez vai fazer uma das melhores administrações de Gurupi, o povo vai se orgulhar, uma mudança de admi­nistração que a cidade estava precisando. Era o mesmo grupo administrando Gurupi há 24 anos e agora mudou e estamos lá para colaborar com a sua administração.

Qual é o seu projeto para 2014? A candidatura a deputada federal está madura, chegou a hora?

Sinto que é o momento sim. Isso foi sendo construído ao longo desses anos, principalmente porque o de­putado Laurez Moreira, prefeito ho­je, era representante das regiões Sul e Sudeste do Estado, hoje essas regiões não têm um representante em nível federal, tem o deputado (Ângelo) Agnolin, que também trabalha na região Sul, mas ficou esse vazio dei­xado pelo Laurez que não é ocupado pelo deputado Osvaldo Reis, que assumiu a sua vaga e é um representante da região Norte. Eu vou colocar o meu nome a disposição do partido para concorrer a deputada fede­ral e desejo representar as regiões Sul e Sudeste ocupando esse espaço deixado pelo deputado Laurez.

Nenhum comentário: