Jornal Opção Tocantins - Edição
1970 de 7 a 13 de abril de 2013
Deputada prevê que cedo ou
tarde a direção nacional da legenda vai corrigir o equívoco do comando regional
pela tentativa de entregar o partido ao siqueirismo contra a vontade da maioria
Por Ruy Bucar
A deputada Josi Nunes se diz
convicta de que o PMDB vai conseguir superar a crise interna — considerada a
mais longa e mais grave de sua história — e reencontrar o seu caminho. Admite,
porém, que a tentativa de aproximação do governo, segundo ela, por meio de um
golpe do presidente, causou enorme estrago na organização do partido.
Presidente do PMDB Mulher, ela garante que a militância rejeita de forma
categórica qualquer possibilidade de diálogo com o governo tucano de Siqueira
Campos.
Josi Nunes defende que a
dissolução do diretório e pedido de intervenção foram medidas extremas para
tentar salvar o partido da ameaça de siquerização, como vem acontecendo com
outras legendas. “Essas ações são exatamente para chocar, para mostrar a
gravidade do problema, para que nós possamos, diante desse caos interno que
estamos vivendo, encontrar um caminho saudável e equilibrado para que o
partido continue o trabalho que sempre realizou no Estado ao longo destes 25
anos”, ressalta a parlamentar, que vem enfrentando retaliações da direção
regional pela sua postura crítica diante do que chamou de adesismo desenfreado
ao governo.
Sobre o desempenho do
governo Siqueira Campos, a deputada confessa que não consegue entender o motivo
de tamanha paralisia. Ela aponta que a situação ainda é grave diante da
constatação de superávit no orçamento do ano passado. “Nós tivemos aí dois anos
o governo falando que estava se organizando porque os problemas financeiros
deixados pelos governos anteriores eram grandes, no entanto se vê um superávit
em 2012 e os problemas se agigantaram”, questiona a deputada, que numa
comparação simples diz perceber que Gaguim, com metade do mandato, fez muito
mais que Siqueira.
Sobre o cenário de 2014 Josi
Nunes anuncia que o PMDB terá candidato próprio. O nome de consenso é o do
ex-governador Marcelo Miranda que, segunda ela, tem enorme aceitação em todas
as camadas sociais. Em caso de eleição indireta a deputada reconhece a força do
governo na Assembleia Legislativa, mas vê problemas para uma eventual
candidatura do secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos
(PSDB). “Numa eleição indireta, se isso acontecer, haverá uma briga jurídica
porque as regras para uma eleição normal têm que ser as mesmas regras para uma
eleição indireta, então como o filho (Eduardo Siqueira Campos) poderá ser
candidato a governador numa eleição indireta?”, questiona a deputada.
Como a sra. avalia a decisão
da executiva nacional do PMDB de indicar um relator para cuidar do processo de
intervenção do partido no Estado? Pode significar o começo do fim da maior
crise do PMDB?
Acredito que sim. Entramos
com o pedido de intervenção, o procedimento legal é exatamente nomear um
relator para que ele analise o processo, dê o seu parecer, reúna novamente a
executiva nacional e a partir daí tome uma decisão. Talvez não ainda uma
decisão final, mas encaminhamentos de ações para resolver a crise do PMDB do
Tocantins. E nós estamos sempre ligando, mostrando para o diretório nacional
não há como resolver esse problema aqui, sem a interferência direta da
instância maior do partido. O nacional tem que chamar para si a
responsabilidade de ajudar a colaborar com a solução dessa crise. O PMDB não é
de tomar medidas assim tão drásticas, busca alternativas de solução, mas nós
entramos exatamente para mostrar para a executiva nacional a gravidade da
situação que estamos vivendo. Diante desse contexto grave o (diretório)
nacional tem que colaborar com esse processo sob pena do PMDB perder pessoas
importantes. Na verdade, ninguém quer sair do partido, ninguém quer perder ninguém,
queremos que o partido continue sendo forte, grande, que cresça mais, mas que
cresça respeitando a sua identidade e a sua ideologia.
A interferência da Justiça
neste processo que permitiu o presidente (deputado Júnior Coimbra) se manter no
cargo por meio de liminar, não fere a autonomia dos partidos?
Disputas de partidos têm que
ser resolvidas dentro do partido. Claro que qualquer pessoa que se sinta lesado
nos seus direitos tem o direito de procurar a Justiça. Respeito e acho que
todos têm esse direito, mas procurar a Justiça para resolver questões internas
de um partido só serve para protelar o processo, não vai resolvê-lo porque ele
é interno. A Justiça não vai tomar decisões sobre essa questão, então é apenas
para protelar, entrou na Justiça para adiar a solução do problema, ganhar
tempo, passar o período das filiações partidárias e comprometer o partido. No
final, pode ser daqui a três, quatro meses, um ano, dois anos, a decisão final
será do partido.
O grande problema é a
aproximação do PMDB ao governo, que grande parte do partido não aceita. O
deputado Júnior Coimbra admitiu publicamente que tinha entendimento com o
governo com vistas a 2014. Essa decisão da cúpula sem consultar o partido
representa um golpe?
Foi um golpe, a palavra é
essa, um golpe contra o partido. Uma decisão como essa não pode ser tomada
simplesmente por parte da cúpula, ou seja, só parte da cúpula executiva do
partido porque a executiva mesmo nunca foi chamada em nenhum momento desde as
eleições municipais até agora para discutir essa possibilidade. Nós fomos
percebendo esse encaminhamento ao longo das ações realizadas por alguns
membros, por aproximação com o governo, por entrevistas, por ações e
comportamentos, mas nunca houve uma discussão. Quando elegemos Júnior Coimbra presidente do
partido, o fizemos numa situação semelhante a essa, então não dá nem para
questionar. Quando Júnior Coimbra foi eleito a primeira vez, nomeado na
realidade, foi num processo de dissolução do diretório, o Oswaldo Reis era o
presidente, assinamos todos nós dissolvendo o diretório, renunciando ao
diretório porque com a renúncia dissolve, exatamente porque Oswaldo Reis, na
época da campanha, demonstrava interesse de articular uma chapa única, uma aproximação
com o governo, e nós do PMDB não aceitávamos como não aceitamos. O motivo da
dissolução do partido na época do Oswaldo Reis foi o mesmo de agora. Era
previsto que tomaríamos essas decisões porque não concordamos com essa posição,
o partido tem história, tem líderes, tem proposta alternativa de governo, de
poder, que não é essa liderada por esse grupo que está no governo. Isso tem que
ser respeitado, nós não podemos agora, simplesmente porque um grupo que é
minoria deseja, sermos cooptados. Não aceitamos e por isso tomamos a decisão de
renunciar ao diretório. Essas ações são exatamente para chocar, para mostrar a
gravidade do problema, para que nós possamos, diante desse caos interno que
estamos vivendo, encontrar um caminho saudável e equilibrado para que o
partido continue o trabalho que sempre realizou no Tocantins ao longo destes 25
anos.
Alguns membros do grupo dos
“autênticos” que resistem à aproximação com o governo já apontaram a
possibilidade de se desfiliarem. Como a sra. vê essa ameaça de esvaziamento do
partido?
Por isso que o nacional tem
que chamar para si a responsabilidade de colaborar no processo de solução desse
problema, porque aqui os grupos estão muito divididos. O conflito está muito
acirrado, está difícil de haver consenso. Para haver uma solução, ambas as
partes têm que estar disponíveis a ceder em algum aspecto. Então tem que ter
mediação do nacional. Se o problema não for resolvido o PMDB sofrerá baixas.
Pessoas comentam, vereadores, líderes dos municípios e nós falamos para não
fazer nada disso, para aguardar porque vamos resolver este problema. Há perigo
de esvaziamento, perigo do PMDB do Tocantins se tornar outro partido, como
muitos que são cooptados pela base do governo para serem anulados,
aniquilados, há esse perigo se continuar nessa linha, nessa direção. Mas estou
confiante de que vamos encontrar alternativa e de que o nacional não deixará
que esse esvaziamento aconteça, mesmo porque Dilma Rousseff e Michel Temer
precisam ter palanque no Tocantins e eu tenho certeza de que haverá solução.
A sra. voltou ao comando do
PMDB Mulher, isso significa uma vitória da resistência?
Tenho feito um trabalho
grande ao longo destes anos. Outras mulheres estiveram na presidência, mas
agora fui indicada mais uma vez. Nessa área, o núcleo feminino do PMDB não
comunga de forma alguma com essa cooptação, com adesão ao governo. Vamos lutar
dentro do PMDB Mulher para que os nossos princípios, nossos ideais que foram
construídos ao longo de muitos e muitos anos, sejam respeitados. É uma ala que
merece valor dentro do partido e que está lutando pela sua independência.
A oposição corre o risco de
desaparecer na Assembleia Legislativa. Até que ponto a crise do PMDB
contribuiu para a desarticulação da oposição?
No processo político acontecem
essas circunstâncias. Quem assume o Executivo em qualquer nível busca ter o
maior número de líderes na Câmara, na Assembleia e no Congresso, essa é a
dinâmica do processo. Isso até para e manter o poder, busca-se ter o maior
número de partidos. Vemos com a presidente Dilma, essa governabilidade, essa
gama de partidos que estão apoiando o governo dela. Isso acontece nos estados,
nos municípios, faz parte do processo. Mas os partidos têm que se respeitar,
manter a identidade, manter um diálogo constante com a sua militância. Pode até
acontecer dos partidos mudarem o seu rumo, mas que seja dentro de um diálogo e
de um apoio da maioria dos seus membros e não porque um ou outro deseja esse
encaminhamento. Há uma crise da oposição, isso claro, num governo muito
centralizador, que não admite as divergências, o contraditório e que quer todos
ao seu lado aceitando, comungando com as suas ações, com os seus princípios.
Estamos vendo isso acontecer, não é só o PMDB que está vivendo essa crise. Há
outros partidos internamente em conflito pelos mesmos motivos do PMDB. Esses
dias eu parabenizei o governo, do ponto de vista dele é um encaminhamento que
deve fazer para se manter, ele quer ser reeleito e precisa ter o máximo de
apoio. Mas os partidos é que têm que manter a sua identidade e respeitar a sua
militância e os seus princípios. Infelizmente, isso não está acontecendo em
muitos partidos. Felizmente, nós temos membros nessas legendas que estão dando
o grito de socorro e encaminhando algumas ações, como o PMDB.
O PMDB ainda tem salvação ou
foi definitivamente cooptado pela siqueirismo?
Tenho certeza que o PMDB do
Tocantins conseguirá se libertar desse direcionamento que alguns buscam nos
levar. Vamos ter a nossa independência, ter candidatura própria e voltar ao governo.
Depois do parecer da
Procuradoria Geral Eleitoral (PGE), o Rced contra o governador Siqueira campos
passou a ser considerado uma ameaça real ao governo. Qual o impacto desse
parecer no cenário político?
O parecer confirmou o que já
vínhamos falando há muito tempo e isso pegou o governo de surpresa. Eles
estavam esperando qualquer situação, mas não imaginavam que teria uma avaliação
daquele teor, então estão preocupados sim. É uma ameaça a este governo. Foi
dito na campanha, e o povo é conhecedor dessa situação, que os meios de
comunicação foram utilizados de forma potencializada para definir o resultado
eleitoral. Houve potencialização dos meios de comunicação que interferiu no
processo eleitoral e isso está comprovado no parecer da Procuradoria Geral
Eleitoral. Para nós é positivo, agora vai depender dos encaminhamentos dados
pelo (Tribunal Superior Eleitoral) TSE. Aí, teremos uma série de
encaminhamentos. Pode ser que não casse, pode ser que casse, que é o que nós
requeremos no Rced, eu falo nós porque eu sou do PMDB e o partido é parte nesse
processo. O que queremos é que haja justiça sobre aquela interferência que
influenciou o resultado. Com a cassação nós poderemos ter Gaguim, que é o
segundo colocado como governador. Isso que requeremos. Se esse não for o
encaminhamento, se for uma eleição indireta, o partido tem que se preparar para
lançar um candidato. Infelizmente, nessa crise interna que estamos vivendo, não
estamos analisando essa possibilidade, mas ela é real, ha´consistência no Rced,
então nós temos que nos preparar para oferecer uma alternativa. O governo vai
ter o seu candidato, e nós temos que ter o nosso candidato para fazer o
contraponto, para propor alternativas, sensibilizar os deputados e ganharmos,
como aconteceu com a questão do Marcelo Miranda e do Gaguim.
Já se percebe que secretário
Eduardo Siqueira Campos é candidato e utiliza a estrutura de governo para
projetar o seu nome. O controle que o governo exerce sobre a Assembleia tem o
pressuposto de vencer a eleição indireta e ganhar força para 2014. Como fica o
PMDB?
A maioria esmagadora que o
governo tem hoje na Assembleia facilita o seu processo de governar, mas
facilita o processo também de outros desafios como, por exemplo, o Rced e uma
eleição indireta. Numa eleição indireta o governo, com essa maioria, imagina-se
maior facilidade para ter uma candidatura, talvez do próprio secretário ou de
outro membro, com grande chance de vitória. Isso no cenário de hoje, que nós
não temos nenhum nome, ainda não vislumbramos nada, mas a partir do momento
que esse Rced se concretizar no sentido de uma eleição indireta o quadro pode
mudar. Por quê? Porque serão novas ações, novos nomes, os partidos vão se
mobilizar, não vai haver essa unanimidade, é o que nós esperamos. O PMDB vai
lutar para não ter essa unanimidade. Queremos que o partido proponha um nome
para poder se candidatar numa eleição indireta, caso o TSE confirme essa
decisão. Hoje é isso que parece estar mais claro, mas com certeza não é a
realidade, porque diante dos fatos reais o cenário vai mudar totalmente.
Que cenário a sra. prevê
para 2014?
O cenário que nós do PMDB
mais autêntico, mais tradicional, prevê é que teremos candidatura própria:
Marcelo Miranda como candidato a governador, Gaguim para senador e vamos buscar
composições com outros partidos que até lá estiverem livres para ter uma
proposta alternativa de poder para o Tocantins. Desejamos fazer uma composição,
ter uma chapa consistente para deputados federais e estaduais e voltarmos ao
poder com Marcelo e Gaguim.
O siqueirismo, com o
governador Siqueira Campos ou filho dele, será o adversário?
Isso é o que se aponta no
momento. O sonho deles é que o secretário Eduardo Siqueira Campos seja o
candidato a governador. Para isso acontecer terá que haver mudanças. Primeiro,
porque é filho, e parente até o terceiro grau não pode participar de um
processo de sucessão, a não ser que o pai possa renunciar antes, essa é uma
possibilidade. Numa eleição indireta, se isso acontecer haverá briga jurídica
porque as regras para eleição normal têm que ser as mesmas para uma eleição
indireta, então como o filho poderá ser candidato a governador numa eleição
indireta? Tudo isso terá que ser discutido, mas o que se apresenta para 2014 é
um candidato de oposição com o PMDB e outros partidos, o PT já está trabalhando
e é provável que tenha um candidato a governador também, pode ser que se unam
lá na frente PMDB e PT, mas o grande adversário desses grupos é a União do
Tocantins liderada por Siqueira Campos.
Onde ficaria nesse cenário o
PR do senador João Ribeiro e o PP do prefeito de Palmas, Carlos Amastha?
Estariam dentro dessa frente de oposição ou formariam a terceira via?
Pode ser outra via, como aconteceu em Palmas.
Foi outra via que se viabilizou contra PT, contra PMDB e contra tantos outros
partidos mais tradicionais. Mas pode também estar agregado. O que eu defendo é
que esse bloco de oposição permaneça unido, que o PR de João Ribeiro, que o
próprio PP do prefeito Amastha, PT e tantos outros partidos que sempre tiveram
uma linha de oposição a este grupo que está no governo, possa se unir, se
fortalecer, ganhar as eleições e não deixar acontecer o que aconteceu em Palmas.
É claro que em Palmas foi outra via, não foi do grupo do governo, mas as
oposições divididas podem comprometer o processo. Esperamos que em 2014 todos
os partidos possam ter essa maturidade e possamos estar unidos e visando um
processo alternativo e diferente do que aí está.
O governador reconhece que o
governo não vinha bem. O Rced pode piorar de vez o governo?
Independentemente do Rced o
que se vê é uma paralisia das ações do governo em muitos aspectos. Anda-se nos
municípios e não se vê nenhuma ação, nenhum projeto, nem programas do governo.
Claro que tem aí projetos na área da educação e alguns projetos estão sendo
lançados, mas não são suficientes para a gente definir como um governo
dinâmico, empreendedor. Há uma paralisia e você vê que entregaram a execução
orçamentária de 2012 para o Tribunal de Contas do Estado com superávit. Então
se questiona o que está acontecendo, ficou dinheiro e as estradas do Tocantins,
a maioria delas, tem problemas. Ficou dinheiro e a saúde, e a própria
secretária (Vanda Paiva) confirmou, está um caos. E tantos outros problemas.
Essas são as principais reclamações das pessoas. Mas se for fazer uma
avaliação, há pontos preocupantes em muitos aspectos.
Ainda tem tempo do governo
se recuperar?
Há tempo para redirecionar
algumas ações, mas para concretizá-las, infelizmente não há. Quatro anos é um
tempo curto até para fazer encaminhamentos de várias ações, que dirá dois anos.
Por dois anos o governo ficou falando que estava se organizando porque os
problemas financeiros deixados pelos governos anteriores eram grandes, no
entanto se vê aí um superávit em 2012 e os problemas se agigantaram. É
inconcebível falar que a saúde no governo Marcelo e do Gaguim era como está
hoje, a saúde tinha problemas, mas nunca na dimensão de hoje; as estradas no
governo Marcelo e no governo Gaguim tinham problemas no período de chuva, mas
sempre havia manutenções; Gaguim adquiriu 300 máquinas no final do seu
governo exatamente para fazer essa recuperação e, no entanto, praticamente nada
foi feito depois. Por que se diz que nada foi feito? Porque as estradas estão
intransitáveis em muitos pontos do Estado. Por isso nossa avaliação não é
positiva, esperamos que o governo redirecione essas ações e consiga amenizar
o sofrimento do povo tocantinense. E o Rced pode complicar a situação de
governabilidade porque gera realmente uma insegurança, por isso que eu espero
que o Tribunal Superior Eleitoral avalie o mais rápido possível para que
possamos ter definição rápida sobre esse problema e recomeçarmos.
Como seria a situação do
Estado se fosse o PMDB que estivesse no governo?
Com certeza, numa situação
bem diferente. Eu tenho andado todo o Estado, Marcelo Miranda é querido por
todo canto, as pessoas desejam que ele volte, tem uma avaliação superpositiva
do seu governo, então seria totalmente diferente. Gaguim teve apenas um ano de
governo, mas revolucionou com a sua forma de trabalhar. Encontram-se ações dele
em todos os municípios, pelo menos uma obra em cada cidade. Ele adquiriu
máquinas, transporte escolar e tantas outras ações em apenas um ano. A gente
precisa de pessoas no governo com esse perfil de empreendedor, comprometido
com o povo, como o Marcelo, que tinha uma sensibilidade tão grande. A gente
precisa de um governo para o povo e, infelizmente, não estamos tendo nesse
governo. Governo para o povo é o PMDB de volta. Vamos trabalhar para que isso
aconteça em 2014.
Que avaliação a sra. faz do
início do governo Laurez Moreira, em Gurupi, que herdou uma prefeitura caótica?
Os municípios enfrentam
grandes desafios, principalmente Gurupi que, infelizmente, teve uma
administração anterior desastrosa em todos os aspectos. A cidade está
sucateada, foi abandonada, destruída em todos os aspectos. Há danos na saúde,
na educação, tudo o que se pegar tem danos prejudiciais em Gurupi. Laurez está
tendo que enfrentar graves problemas, mas ele conseguirá, só temos três meses
de governo e não vamos conseguir resolver esses problemas de uma vez, mas ele
está hoje resolvendo um dos mais grves em Gurupi, que são os buracos da malha
viária, que ficou cinco anos sem manutenção, sem conservação, sem recuperação
nenhuma. Ele já está recuperando, vai conseguir os recursos necessários com
todo o relacionamento que ele fez em Brasília, vai conseguir os recursos para
pavimentar aquela cidade, que é o grande sonho de Gurupi. Está trabalhando para
reestruturar as escolas, que têm estruturas muito ruins, precisa valorizar o
professor, precisa ter equipamentos. Ele já está fazendo isso, está trazendo
equipamentos para as escolas, mas precisa reformá-las, então ele está atrás de
recursos e parcerias a nível federal. A saúde também precisa de ser
reestruturada. Não dá para resolver tudo de uma vez, mas o Laurez vai fazer uma
das melhores administrações de Gurupi, o povo vai se orgulhar, uma mudança de
administração que a cidade estava precisando. Era o mesmo grupo administrando
Gurupi há 24 anos e agora mudou e estamos lá para colaborar com a sua
administração.
Qual é o seu projeto para
2014? A candidatura a deputada federal está madura, chegou a hora?
Sinto que é o momento sim.
Isso foi sendo construído ao longo desses anos, principalmente porque o
deputado Laurez Moreira, prefeito hoje, era representante das regiões Sul e
Sudeste do Estado, hoje essas regiões não têm um representante em nível
federal, tem o deputado (Ângelo) Agnolin, que também trabalha na região Sul,
mas ficou esse vazio deixado pelo Laurez que não é ocupado pelo deputado
Osvaldo Reis, que assumiu a sua vaga e é um representante da região Norte. Eu
vou colocar o meu nome a disposição do partido para concorrer a deputada
federal e desejo representar as regiões Sul e Sudeste ocupando esse espaço
deixado pelo deputado Laurez.
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