domingo, 11 de maio de 2008

FADES: ENSINO SUPEIOR COM QUALIDADE



A Educação Superior no sudeste tocantinense permaneceu anos e anos somente nos sonhos de muitos dianopolinos e municípios circunvizinhos. Por muito tempo viveram a triste e ousada realidade de ter que tirar seus filhos do seio familiar e despachá-los ao mundo, para uma possível aprovação no vestibular e assim concluírem o tão sonhado Ensino Superior.

Os tempos hoje são outros! Através de muita garra e determinação a FADES – FACULDADE PARA O DESENVOLVIMENTO DO SUDESTE TOCANTINENSE - foi criada. É uma Instituição de Ensino Superior credenciada pelo Conselho Estadual de Educação do Estado do Tocantins, em reunião do dia 20 de janeiro de 2006, cujo funcionamento e manutenção é de responsabilidade da FUNDAÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DO SUDESTE DO TOCANTINS – FESTO, criada pelo Governo Municipal de Dianópolis através da Lei nº 956/05 de 20 de junho de 2005, com Estatuto aprovado pelo Decreto nº 043/05 de 07 de outubro de 2005.

Dentre vários pontos positivos sobre a criação deste grande empreendimento educacional, podemos destacar: os jovens não precisam mais sair de casa para cursar o Ensino Superior, e conseqüentemente, não há a quebra de vínculos com a família e até mesmo com a região onde vivem; evita que as grandes metrópoles fiquem inchadas, pois muitos que vão estudar fora, dificilmente voltam às cidades de origem.

Dois anos após sua criação, a FADES oferece atualmente os seguintes cursos: Administração de Empresas, Tecnologia em Gestão de Agronegócios e Tecnologia em Gestão Ambiental, totalizando aproximadamente 230 acadêmicos e um corpo docente composto por 29 educadores especialistas e mestres.
Por ser uma faculdade municipal e tendo em vista que o poder aquisitivo da comunidade dianopolina é muito baixo, a FADES conta com uma verba municipal que garante o custeio de Bolsa Universitária Municipal para os discentes, criando alternativas para assegurar aos acadêmicos a oportunidade de cursar um curso superior.

Alguns acadêmicos também são contemplados pela Bolsa Universitária Estadual, fornecida pela Secretaria da Juventude do Governo do Estado. Nossa Instituição, única Faculdade presencial do Sudeste do Tocantins, tem como Missão a de “produzir e disseminar o conhecimento científico, valorizando o contato acadêmico/professor para o desenvolvimento de produções científicas que venham atender à demanda local.”
Na busca de realizar nossa missão, valorizamos a afetividade no desenvolvimento dos trabalhos, pois nossos jovens precisam aprender a sonhar e traçar metas para serem profissionais qualificados, formadores e geradores de opiniões, pessoas críticas e sensatas no convício com a sociedade.

Ressalto sempre que nossos professores precisam ser “luzeiros” na vida dos acadêmicos para que os mesmos possam produzir conhecimento pautado em ensinamentos sábios porque nossos acadêmicos não são máquinas, são pessoas que necessitam, além do conhecimento tecnológico e científico, do conhecimento humanístico, para que possam direcionar seus ideais. E este conhecimento humanístico, tão necessário, o ensino presencial promove e favorece proporcionando o desenvolvimento humano integral, contribuindo para a transformação social. Freinet é categórico ao dizer ” A interação entre o mestre e o estudante é essencial para a aprendizagem”.
Diante do acima exposto, e não desmerecendo o ensino à distância (até defendo
a necessidade destes cursos no Brasil, visto que pela grande extensão territorial,
a educação telepresencial é uma alternativa viável para atender a muitas localidades de difícil acesso), porque, afinal de contas precisamos de um país com formação apropriada para atender às diversas profissões. Defendo a democratização do Ensino Superior e não a massificação, é preciso expandir o Ensino Superior, sobretudo com qualidade.

Um artigo publicado recentemente na revista VEJA nos apresenta os índices da triste realidade da Educação Superior no país. Enquanto o Chile tem atualmente 48% dos alunos em idade universitária matriculados no Ensino Superior, o Líbano tem 46%, o Panamá tem 44%, o Uruguai tem 42%, a Venezuela tem 41%. O Brasil por sua vez, conta com apenas 24% dos jovens em idade universitária nos bancos do Ensino Superior.
Este é um dado preocupante para o país, visto que, comprovadamente, é no nível de escolarização superior, que os países cada vez mais se diferenciarão.

O MEC através do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação) vem traçando estratégias para ampliar o atendimento à Educação Superior. A educação à distância tem sido disseminada nesse intuito. Uma ação do MEC foi a criação em 2005 da UAB (Universidade Aberta do Brasil) que visa expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior. Através do edital de nº 02 publicado no Diário Oficial da União nº14 de 21/01/2008, Dianópolis e mais oito cidades do Tocantins foi contemplada com um pólo da UAB. A Prefeitura Municipal fechou convênio com o MEC, através da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, e a FADES entrará neste projeto como parceira, pois é nosso dever aumentar os graduados na região, estimulando a maturidade educacional e profissional da população.

A interiorização do Ensino Superior através de faculdades presenciais tem recebido muita força em nosso país, uma vez que as instituições têm como principal meta, “atender e interagir com as demandas locais”.
Os números comprovam. Em 2000, havia 745 Instituições de Ensino Superior no interior do país, contra 435 nas capitais. Atualmente a diferença aumentou: são 769 IES localizadas em grandes centros urbanos e 1.396 em regiões mais interioranas, segundo dados retirados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).

É neste cenário que se encontra a FADES. Uma IES que nasceu para trazer o desenvolvimento ao Sudeste do Tocantins. Investir nesta região torna-se necessário já que apresenta uma economia interessante e próspera. Os conhecimentos produzidos em nossa Instituição, dão à comunidade a possibilidade de ampliar a visão do mundo em que vivem. Os benefícios vão além do saber, uma vez que a FADES pode articular a alocação de recursos para obras e pesquisas que vão transformar a vida da região.
A longo prazo os benefícios podem ser caracterizados pela qualificação da mão-deobra e o desenvolvimento da capacidade de empreendedorismo dos moradores da região.
Nossos projetos de pesquisa e extensão são produzidos no intuito de atender as especificidades da nossa região para que assim possamos somar benefícios à sociedade e trazer o desenvolvimento sustentado que tanto se espera. Afinal, a FADES é a nossa Faculdade!

Todas as ações da FADES estão em sintonia com as necessidades da nossa população. Já neste semestre desenvolvemos a ação “As aparências enganam, a violência não”, em parceria com a Secretaria Estadual de Segurança Publica e os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Realizamos um debate com a presença da população local e especialistas do Direito, sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher. Os elevados índices de violência contra a mulher em nossa região nos fizeram promover este evento como forma de conscientizar a todos sobre os seus direitos.
Um outro projeto que está sendo desenvolvido pelos acadêmicos do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental é sobre os impactos ambientais que as PCHs têm ocasionado em nosso município. Os acadêmicos estão realizando, em parceria com empresas públicas e privadas, pesquisas na área e posteriormente serão apresentadas a toda a comunidade. O Curso de Administração de Empresas também realizará uma pesquisa, seguida de produção científica sobre os impactos econômicos e sociais ocorridos em nossa região a partir da chegada das PCHs.

Uma outra ação que evidencia a preocupação da FADES em estar sempre em sintonia com a população, foi a pesquisa diagnóstica de pretensão de cursos. Entrevistamos cerca de 1.500 alunos egressos do Ensino Médio das diversas escolas da nossa região, analisamos os resultados e já estamos mobilizando o vestibular de 2009-1 conforme os anseios detectados através da pesquisa. A FADES não será mera fábrica de diplomas, prejudicando seus acadêmicos e pondo em risco a sociedade atendida por seus formandos. Cito Toro, pois temos como obrigação, “Formar jovens capazes de criar, em cooperação com os demais,uma ordem social na qual todos possam viver com dignidade”.
Queremos profissionais competentes, capazes de fazer a diferença através de ações pautadas na qualidade por excelência, construindo uma sociedade mais justa, sábia, humana, fraterna e feliz.

Grazziella Póvoa Costa Rodrigues
Diretora Geral da FADES


FONTE: JORNAL SUDESTE HOJE

Um comentário:

motorola disse...

eu queria nao fazer um comentario e si perguntar si o mes de julho vai ter vertibular obrigada